Capítulo 62

Então, este capítulo e o próximo são os POVs do Negan, que eu normalmente detesto fazer, já que me esforço para escrever a partir de sua perspectiva, mas todos queriam saber a reação dele ao fato de Ellie tê-lo deixado. Sem mais delongas, aí está a primeira parte.
____________________________________

NEGAN

Depois que o mundo acabou, os negócios vem primeiro. Sempre.

Amanhã seria o dia de ir até Alexandria. Falando de Rick, o idiota, eu deveria aparecer sem avisar ele. Ele odiava, e é por isso que eu fazia isso. O cara era esperto demais para o seu próprio bem, e se ele não começasse a se submeter, em breve nós estaríamos indo para um caminho ainda mais difícil. Ele era uma puta do caralho para quebrar, apenas desmoronando sob a ameaça de ter que cortar o braço de seu filho, e ele realmente achou que eu faria ele fazer isso. Eu não iria, mas novamente, ele nunca precisou saber disso.

Na verdade, eu admirava aquele moleque de um olho só. Ele tinha toda a atitude de seu pai, e nada da insegurança. Na verdade, se eu um dia no passado tivesse tido filhos, eu queria que meu filho fosse assim.
Bolas quase tão grandes quanto as minhas, eu acho.

Falando nisso, eu teria que lidar com Ellie quando voltasse. Ela estava meio perturbada pelo que a maluca da Marie fez e agora tudo o que ela fazia era visitar a porra do cemitério, se sentido culpada por algo que ela não tinha culpa. Mas tudo virou o inferno quando ela descobriu sobre Rachel.

Eu não sabia o que tinha dado na merda da minha cabeça quando a escolhi, mas você não pode julgar o que um homem faz quando está com raiva. Rachel era gostosa, peitos perfeitos e bunda grande, e era o que eu precisava depois do que Ellie aprontou tentando fugir pelas minhas costas.

Ela estava passando grande parte do tempo em seu quarto agora depois da surra que Ellie deu nela e porra, não vou dizer que não foi merecido. Seu nariz não havia quebrado, mas estava roxo e ela tentava cobrir com toda maquiagem que tinha - como se eu me importasse. Eu não iria trepar com o nariz dela.

Enchi meu copo de novo e olhei para a garrafa quase vazia. Esse era um dos problemas do fim do mundo. Você se apega a qualquer merda que te tira um pouco da realidade. Meu veneno era o uísque. E Ellie. Mas na falta dela, eu deixava essa merda queimar minha garganta enquanto olhava para essas paredes vazias, não mais ecoantes pela voz e risada de Ellie.

Porra. Eu estava ficando bêbado.

Mas eu sabia que logo isso passaria, assim como das outras vezes. Não importa o quão forte Ellie pensasse que fosse, ela cederia a mim. Não era minha confiança falando, era apenas um fato. Eu tomei meu tempo com ela desde o começo, e deixei ela se mover em seu próprio ritmo, e com o tempo, ela confiava em mim de olhos fechados. Tudo isso era só mágoa que logo passaria.

Quer dizer, entendia a falta que ela sentia de sua família - mesmo eles não merecendo nem uma gota de sua preocupação e devoção, mas tudo ficou fodido quando Ellie soube deles. Ela era boa e estava se arriscando por eles, claro que eu não a machucaria, mas eu sabia que seria a morte dela se ela não começasse a ver as coisas como elas realmente eram. Eu estava protegendo-a, não importa o quão mal ela me achasse por isso.

Ela não estava mais na terra dos vivos, onde as pessoas seguiam a lei, comiam suas vitaminas e se preocupavam com as consequência de suas ações. Rick não pensou nisso quando me atacou primeiro, mas era isso que eu estava fazendo ele perceber: aprender a lidar com as consequências.

Quando um de meus Salvadores chamou no rádio dizendo que Ellie havia bebido e estava em seu quarto, eu fui até lá. Havia uma bagunça do caralho no quarto e ela estava deitada na cama.

Porra, isso tinha que parar. Ela não podia ficar bebendo como se não houvesse amanhã e como se não quisesse mais viver na realidade. Ela só tinha que perceber que para isso funcionar, eu tinha que estar no comando. Quando deixei o quarto depois de falar o que minha mente meio bêbada balbuciou, Dwight apareceu com um dos caras novos e idiotas, e disse que iriam reabastecer um dos postos hoje, já que pela manhã nossa parada era Alexandria. Foda-se, eu queria que ele os testasse, eles eram inúteis como uma porta e eu esperava para o bem deles que andassem na linha.

Depois de uma partida de sinuca com Simon eu subi, encontrando Rachel no processo. Eu te dei dispensá-la, mas eu estava bêbado e puto demais para isso. Esvaziar as bolas sempre funcionava para acalmar, apesar de Rachel não ser minha primeira opção era ela quem estava aqui. Foda-se essa merda.

- Quando vai me levar para conhecer o seu quarto? - ela perguntou quando eu a guiei para entrar em seu quarto. Puta que pariu, ela não cansava de fazer a mesma porra de pergunta?

- Eu não vou - eu tirei minha jaqueta e a coloquei junto com Lucille no sofá e me sentei na poltrona - Tire seu vestido - eu ordenei e ela se apressou, puxando o zíper com pressa, mas eu a detive - Devagar.

Poderia até ser uma rapidinha, mas talvez se eu a ensinasse ela poderia ser tão boa quanto Ellie, afinal, bocetas são todas iguais. Bom, essa era a merda que eu queria acreditar.

A visão de seu corpo quente e sua lingerie preta me despertou. Ela me olhou com aquela cara de safada e eu acenei e ela ajoelhou entre as minhas pernas, indo direto para meu cinto.

- Espere - eu segurei seus pulsos e coloquei suas mãos nas minhas coxas. Ela estava nervosa como das outras vezes, mas pronta para fazer o que eu mandasse - Me diga, porque está aqui?

Ela piscou, digerindo por um momento. Havia uma mancha roxa no seu nariz onde a maquiagem não cobriu.

- Porque nós vamos...

- Não, eu acho que você não entendeu a pergunta, boneca - eu empurrei seu cabelo para trás - Porque aceitou estar aqui? Seu irmão é um bom Salvador e te dava tudo o que precisava.

- Porque eu queria você - ela bateu os cílios, sua respiração subindo e descendo tensa - Eu sei que posso ser melhor que qualquer uma. Nós somos iguais em alguns pontos.

Eu ergui as sobrancelhas e ri.

- Oh, você se acha parecida comigo?

- Eu sou a única mulher que realmente entende o que você está tentando fazer pelo mundo e posso te apoiar nisso. Eu nunca faria o que Ellie fez.

- E o que você acha que sabe sobre Ellie?

- Sei que ela te traiu e armou pelas suas costas. Eu jamais faria isso com você - ela jurou. Eu escorreguei a ponta dos meus dedos por seu rosto e pescoço, mas ela não era tão quente como Ellie era.

Porra, por que eu ainda estava  pensando nessa mulher?

- Só há um trono, boneca, e eu não estou disposto a compartilhá-lo com ninguém.

- Porque? Você a ama? - ela me enfrentou como se eu devesse qualquer tipo de satisfação. Eu estreitei os olhos para ela, o que diabos essa mulher acha que está falando?

Segurei o cabelo de sua nuca, firme apenas o suficiente para que ela tremesse com os olhos temerosos quando eu aproximei meu rosto do dela.

- Eu não amo nada e nem ninguém - eu cuspi - Você está falando demais hoje, não acha?

Essa merda era culpa da Ellie. As pessoas estavam notando ela fazer merda atras de merda e falar comigo como se eu fosse qualquer um e não ser punida, e estavam achando que poderiam fazer o mesmo.

- Eu nunca vou te trair - ela sussurrou trêmula - Eu juro.

Eu ri, não tendo dúvidas que ela não seria idiota ao ponto.

- Eu tenho certeza disso - eu a puxei para meu colo e no segundo em que ela estava nos meus braços eu a devorei.

Eu fiquei de pé e a empurrei para a parede. Seu perfume era diferente, mas meio que me lembrava de Ellie e isso fez minha porra de pau pulsar. Eu lambi a pele de seu pescoço e peito até que ela estava gemendo por mais. Eu afundei meus dedos em sua calcinha e mergulhei em sua umidade, ela estava encharcada, então eu a empurrei de volta para a parede e a pressionei lá.

Quando eu disse para ela pegar um preservativo, ela negou.

- Eu estou limpa, nunca fiz sem... - ela tentou argumentar, mas não foi longe quando eu a cortei.

- Boneca, isso não está em discussão.

Eu não sobrevivi ao fim do mundo para morrer de uma doença venérea.

Ela mexeu nas gavetas e me entregou um, voltando a me esfregar por cima da calça. Então eu bêbado me atrapalhei com o meu cinto por um minuto antes de tirar meu pau para fora e por o preservativo. Eu puxei sua calcinha para o lado e deslizei dentro dela. Ela tremeu e gritou meu nome, então eu comecei a bater dentro dela com tanta força que ela teve que envolver suas pernas em volta de mim para não cair.

- Oh, sim - ela gemeu, enterrando as unhas nas minhas costas - Mais forte!

- Pare de falar - mandei, cobrindo a boca - Apenas olhe para mim.

Ela me deu um olhar vazio.

- É isso, nem mais uma maldita palavra, você me entende?

Ela balançou a cabeça.

- Abra mais seus olhos. Bom. Fique assim - eu instrui, empurrando-o mais forte meu pau dentro dela.

Sim, eu estava pensando em Ellie enquanto eu fodia Rachel, mas a fidelidade nunca foi meu forte.

Olho para Rachel, tirando a mão da boca. Não sei por que me incomodo. As duas não se parecem. O rosto de Ellie é mais fino e não desnecessariamente rebocado com maquiagem. Ela tem aqueles lábios que eu mataria para ter enrolado meu pau só mais uma vez.

Eu tentei imaginar Ellie, mas o rosto de Rachel estava me distraindo, então eu a girei. Enquanto ela se firmava com as mãos contra a parede, eu puxei meu cinto de seus laços e o envolvi em torno de sua cintura.

Eu usei isso como alavanca para fodê-la com tanta força que sua bunda bateu palmas contra mim - mas não era o suficiente.

- Diga que você me ama - eu ofeguei e enterrei minha mão em seu cabelo - Diga! 

- Eu te amo, Negan - ela choramingou.

Sua voz não estava certa, era muito alta, quase perfurante. Quanto mais ela gritava, mais a visão de Ellie desaparecia da minha mente. Eu apertei o cinto em volta de sua cintura e coloquei minha outra mão sobre sua boca e peguei o ritmo.

Então eu apertei meus olhos e me concentrei em Ellie novamente. Seus malditos lábios, o jeito que ela olhou para mim com aqueles malditos olhos. Eu me lembrei do cheiro dela e imaginei que fosse ela aqui e foi o suficiente para me empurrar para o limite. Eu senti meu coração começar a correr e meus joelhos ficaram fracos. Toda a pressão que estava se acumulando na minha barriga estourou e eu gozei tão forte que quase cedi em meus próprios pés.

- Isso, porra, Ellie... - eu gemi.

Assim que o nome dela caiu da minha boca, meus olhos se abriram e eu me senti sóbrio pra caralho. Realidade definida tão rapidamente como um trem. Lá estava eu, enterrado na boceta de outra mulher, perdendo a porra da minha cabeça. O que diabos estava acontecendo comigo?








Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top