Capítulo 6

- Achei que fosse acordar com você em meus braços, mas você não é do tipo romântica - ouço a voz rouca de Negan e me viro para encontrá-lo sorrindo.

Ele era a única pessoa hoje em dia que acordava com um sorriso no rosto.

- Pois é, nem você - pisquei. Eu já tinha acordado a algum tempo, e estava vendo pela janela a movimentação das pessoas lá em baixo.

- Nunca foi ou deixou de ser?

- Disso você nunca vai saber - eu sorri.

Caminhei até a beira da cama, apoiando um joelho no colchão. Negan sempre jogava essas perguntas achando que conseguiria algo sobre meu passado.

- Pelo menos as lengeries você usa - ele me fitou de cima a baixo, encostando suas costas na cabeceira.

- Dessa eu gosto - eu olhei a calcinha e o sutiã rosa que estava usando.

- Dessa? E das outras?

- Não muito. Prefiro essas assim um pouco maiores.

Eu não me imaginava usando uma calcinha fio dental, só a ideia era desconfortável.

- Qualquer coisa fica bem em você. Mas eu também gosto dessas. Esse seu jeito de menininha é excitante pra caralho.

Contive o frio na minha barriga por essas palavras.

- Como se sente? - me sentei na cama, um pouco longe dele, incerta de como agir depois da noite de ontem.

- Ótimo. Porque? - perguntou como se não fosse nada, ignorando o que aconteceu ontem. Eu já esperava que ele agiria assim.

- Você se mexeu muito enquanto dormia - comentei, não querendo pressioná-lo. Claro que mesmo depois da cena de ontem, ele não ia me contra a história da sua vida.

- Você também tinha uns sonhos fodidos quando veio para cá. Me falaram que acordavam com você gritando - ele comentou, e se fosse em outro momento, eu diria que ele estava falando para me machucar. Mas havia um fio de preocupação e curiosidade em suas palavras.

Eu sonhava muita coisa ruim assim que vim para cá, mas com o tempo eu fui esquecendo e esses pesadelos acabaram.

- Eu também passei por coisas ruins, assim como todos - dei os ombros.

- Você tinha um grupo? - ele perguntou, e eu franzi a testa. Lembrar do passado não me agradava. Eu queria bloquear toda e qualquer lembrança.

- Eu só fugia. Nada demais - respondi tentando disfarçar o desconforto.

- Nenhum grupo? Você nunca me contou nada - ele passou as mãos entre os fios escuros, arrumando os cabelos bagunçados, esperando minha resposta. Eu fiquei tensa na hora.

- Você nunca perguntou - minha resposta saiu sem pensar, e o olhar repreensível de Negan fez um arrepio correr pela minha espinha.

- Cuidado com essa língua - ele advertiu, me lembrando que não importava o que aconteceu ontem, ele ainda era o Negan. A atmosfera sempre tranquila agora estava densa.

- Desculpe. Às vezes você pergunta algumas coisas e eu não sei como responder - minha tentativa de contornar a situação o divertiu.

- Responda como sempre me respondeu. Com respeito. Eu adoro isso em você.

Eu concordei e ele se levantou, vindo até mim.

- Se vista e desça - Negan disse neutro, parado a minha frente. Eu ainda estava sentada na cama, o olhando de baixo. Ele correu o polegar pelo meu lábio antes virar e entrar no banheiro.

*

O dia passou como todos os outros, exceto por Negan ter voltado depois de descobrir que Amber estava dormindo com seu ex marido. A sala pareceu ficar do tamanho de um cubo mágico quando Negan perguntou a ela se era verdade. Ninguém mentia para ele, e quando ela confirmou, todos já sabiam o que ia acontecer.

- Esquente o ferro, Dwight. Teremos um flashback hoje - Negan disse em tom imperioso.

Todos saíram da sala em direção ao pátio da fábrica, onde aconteceria a punição. Eu nunca tive a infelicidade de ver Negan fazer isso durante o tempo que estava aqui, e queria continuar não vendo.

- Não estou me sentindo bem. Posso ficar aqui? - perguntei a Negan. Todos já tinham saído da sala, restando só eu e ele.

Quando ele me olhava assim, eu tinha quase certeza que ele via até minha alma. Seus passos lentos em minha direção me deixavam mais ansiosa ainda porque ele sabia que eu estava mentindo.

- Não minta para mim assim, Ellie - avisou, sem alterar o tom. Ele não precisava gritar para mostrar autoridade - Você está descendo, assim como as outras.

- Por favor. Eu não quero ver isso... não quero ver você fazendo isso.

Sempre soube o que Negan era e o que fazia, mas para mim ele era o homem que me salvou da morte, e eu não queria mudar essa visão que tinha dele.

- Querida, eu nunca menti sobre o homem que eu sou. Vamos - ele tocou minhas costas, mas eu estaqueei no lugar.

- Negan, por favor - implorei. Não era uma ideia inteligente contrariar ele, eu percebi quando seus olhos se estreitaram para mim. Antes que ele pudesse gritar ou me arrastar, eu segurei sua mão - Por favor.

Os poucos segundos que seu olhar indecifrável pairou sobre mim foram o suficiente para que mil coisas passassem pela minha cabeça.

- Tudo bem. Você pode ficar - ele respondeu, me pegando de surpresa.

- Obrigada - falei. Quando ele ia afastar nossas mãos, eu a segurei - Espera - disse, ficando na sua frente de novo e só assim afastando nossas mãos. Arrumei o lenço do seu pescoço, fingindo não me intimidar com seu olhar me fitando sem desviar.

- Pronto - sorri de leve, deixando minhas mãos caírem ao lado do meu corpo. Ele deu um leve aceno de cabeça e saiu sem dizer nada.

*

- Porque está chorando? - perguntei depois de Amber estar chorando por mais de uma hora sem intervalos.

Sherry e Frankie estavam a consolando, tentando em vão acalma-la. Eu não queria pensar na cena horrível que deve ter sido, mas foi culpa dela. Dos dois.

- Ela acabou de ver o marido ser mutilado - Frankie disse me olhando com raiva.

- Não, disso eu sei. Eu estou perguntando porque está chorando? - as três me olharam confusas - Foi você quem fez isso com ele. Negan pode ter segurado o ferro, mas foi você quem os esquentou.

A boca das três se abriu, mas só Frankie falou.

- Como você pode falar uma coisa dessas?

Ela ficou de pé, me encarando de cima com um misto de nojo e raiva. Levantei e cruzei os braços, a encarando do mesmo jeito.

- Estou falando a verdade - olhei para Amber - Nada disso teria acontecido se você tivesse obedecido as regras e fechado as pernas - dei os ombros. Amber continuou chorando e Sherry e Frankie me olhavam como se quisessem me matar.

- Você fala isso porque não tem mais ninguém. Se você tivesse alguém que te amasse ou que você amasse, estaria do lado certo - Frankie cuspiu as palavras como veneno.

Isso até me machucaria se eu tivesse alguém que eu conhecesse vivo. As pessoas que eu amava estavam mortas ou bem longe daqui. Eu me afastei, decidida a não discutir.

- Eu espero que você sofra. Que você passe por esse sofrimento de ter alguém que você ama sendo machucado por ele - Frankie praguegou depois de eu dar alguns passos em direção ao meu quarto. Não sei porque, mas essas palavras me atingiram, despertando lembranças que eu queria esquecer.

- Eu não tenho mais ninguém vivo, sua vadia estúpida.

Quando percebi, já estava com o rosto perto do dela. Por causa do salto escandalosamente alto, ela ficava alguns centímetros mais alta que eu, me olhando de cima.

- Você é um monstro, assim como ele. Vocês dois se merecem.

Eu queria bater nela, mas meu cérebro sabia que eu não podia. Infelizmente, meu corpo não pensou o mesmo quando eu fechei o punho e dei um soco, acertando em cheio seu rosto. Ela cambaleou, segurando o rosto e me xingando. Não sei o que deu em mim, mas eu fui para cima dela de novo, mas não a alcancei a tempo porque um braço se colocou na minha frente, me puxando para longe.

- Ei! - Negan gritou, ficando na minha frente - Essa merda acabou agora - ele olhou com as sobrancelhas franzidas para mim antes de segurar o rosto de Frankie, vendo um pouco de sangue escorrendo pelo canto da boca.

Dizer que eu fiquei com medo era pouco. O vendo agora com essa cara brava, eu me arrependi de ter deixado essa vaca me enlouquecer a ponto de bater nela - coisa que Negan deixou claro que nunca poderia acontecer.

- Que porra foi essa? - ele se dirigiu a Frankie. Provavelmente porque ela era quem estava sangrando.

- Ellie bateu em Frankie - Sherry apareceu atrás de Negan - Elas discutiram e Ellie simplismente socou o rosto dela.

- Sua filha da...

- Discutiram o quê? - Negan não deixou eu terminar o xingamento que ela merecia. Vadia mentirosa.

Pela cara assustada de Sherry, ela não esperava que Negan fosse querer saber o motivo. Se eu não tivesse com tanto medo, teria rido.

- Nada - sua voz tremeu - Ellie se irritou com o choro de Amber.

Eu abri a boca para falar, mas Negan levantou um dedo para eu me calar.

- Foda-se. Leve Frankie para Carson - ele diz para Sherry, que coloca a mão nas costas de Frankie e saem - E você, pode ir descansar - diz a Amber - Sei que tem muita coisa para digerir, e quanto antes você se recuperar, melhor.

Amber mal tinha saído e Negan me pegou pelo braço, caminhando comigo para fora.

- Negan...

- Não fale - ele me cortou. Não me atrevi a dizer mais nada, ocupada demais pensando no que ele ia fazer comigo quando me colocou para dentro de seu quarto e fechou a porta.

- Negan, eu posso explicar, eu... - me calei quando seu corpo me prendeu levemente contra a parede. Negan passou os dedos pelo meu rosto, e eu tremi involuntariamente. Ele franziu o cenho, inclinou a cabeça e deu um sorriso predatório.

- Está com medo, Ellie?

Eu balancei a cabeça, negando, não conseguindo desviar de seus olhos.

- Não. Só quero saber o que vai acontecer comigo. Você vai me mandar embora? Vai... me bater?

Eu nunca tive medo - provavelmente por que eu sabia que nunca iria fazer nada para irrita-lo. Mas eu sabia que isso não ia passar barato. Se ele me batesse, seria a primeira e a última, porque eu iria embora. O mundo pode ter acabado, mas eu não ia tolerar ser saco de pancadas de homem nenhum.

- Eu já te bati? Já bati em alguma de vocês? - a pergunta veio junto com um olhar de descrença, parecendo não acreditar que eu pensei nisso.

Eu neguei. Ele nunca encostou um dedo em nenhuma de nós, mas meu temor me fazia cogitar todas as possibilidades.

- Você vai deixar isso assim? - verbalizei a pergunta que gritava em minha cabeça. Ele se afastou um pouco, passando a mão no cabelo.

- Eu ouvi a conversa - respondeu sem rodeios - Ela também te provocou. Até achei que demorou para vocês se engalfinharem.

- Então não vai me punir?

Meu cérebro gritava para eu me calar, mas minha boca o ignorava completamente.

Ele sorriu aquele sorriso debochado, e eu não sabia se queria socá-lo ou beijá-lo. Com certeza a segunda opção, meu cérebro gritou.

- É claro que vou, mas não muito - ele colocou a mão na minha nuca, por baixo do cabelo - Além do mais, você é minha favorita, você sabe disso, não sabe?

Eu franzi a testa ligeiramente, não completamente certa do que ele está querendo dizer. Favorita? Ele tratava nós todas iguais, eu sentia que ele tinha alguma espécie de carinho por mim, mas achei que fosse coisa da minha cabeça por eu gostar muito dele. Eu não era iludida, afinal era Negan, mas o que explicava a noite de ontem? O beijo?

Só concordei, não ia discutir por não ser punida.

- Obrigado - eu sussurrei.

- Você fica aqui por enquanto. Não quero ter que apartar mais nenhuma briga - disse antes de se afastar.

- O que eu vou ficar fazendo aqui sozinha? - perguntei indo atrás dele.

Negan levantou as mãos, apontando ao redor.

- Deite, durma, leia um livro, eu não sei, porra. Só não faça nada que arrume mais problemas.

Ele caminhou até onde estava Lucille e a pegou. Ele parecia bravo, mas sabia que no fundo não estava. Quase ri disso.

- Talvez eu prefira ficar pensando em você - respondi, correndo as mãos por seu peito por cima da jaqueta de couro.

Ele apertou os olhos para mim, dando aquele sorriso de lobo, me olhando de cima.

- Vou pensar na sua punição enquanto eu estiver fora.

- Você está saindo por quanto tempo? - perguntei. Ele mal chegou e já iria de volta. Eu estava com tanta vontade dele, e mesmo que eu tenha passado a noite com ele ontem, não foi daquele jeito que eu desejava desesperadamente.

- Alguns dias - respondeu, gostando da minha preocupação.

- Posso fazer algo antes de você ir? - perguntei, mas não lhe dei tempo de responder, começando a acariciá-lo por cima da calça. O silêncio dele era muito mais intimidante que qualquer coisa enquanto ele me fitava com aquele sorriso depravado no rosto. Ele largou o bastão em cima do sofá. Eu sorri para ele sentindo o quão duro ele estava só comigo o esfregando.

Me ajoelhei, desfivelando seu cinto e abaixando sua cueca, o libertando. Ele caiu pesadamente em minhas mãos, a ponta úmida brilhando, comprovando sua excitação.

Meus olhos estavam fixos nos dele quando eu dei um beijo molhado na cabeça macia, provando de seu gosto. Abocanhei a cabeça do seu pau, sugando de levinho. Seus lábios se entreabriram e ele respirou fundo, emaranhando seus dedos em meu cabelo.

Com a ponta da língua, acompanhei a veia grossa que ia até a cabeça do seu pau, em seguida o abocanhando até onde pude. Seus olhos entreabertos não desviavam de mim.

- Foda-se, você é... eu amo sua boca - ele afastou um pouco as pernas, empurrando seu pau até na minha garganta e depois puxou de novo, fodendo minha boca. Acompanho seu ritmo com perfeição, o sugando até minhas bochechas ficarem côncavas. Segurei seus testículos, massageando de leve, ouvindo seus gemidos roucos.

Quase posso sentir ele se aproximando, quando ele aperta os olhos fechados novamente e joga a cabeça para trás. Seu punho fecha em torno de meu cabelo e eu o tomo na boca quase por inteiro, olhando fixamente para cima e encontrando seus olhos. O pau dele inchou na minha boca, suas mãos se fecharam com força nos meus cabelos, mantendo minha cabeça no lugar. Seu corpo inteiro tremeu quando ele gozou na minha boca, se esvaziando em jorros quentes e grossos, xingando enquanto eu engolia tudo.

O puxei para fora da minha boca e corri a língua ao longo de sua fenda, sugando até a última gota. Limpei minha boca com as costas da mão, sentindo a viscosidade de seu sêmen que havia escorrido pelos cantos da minha boca.

Ainda de joelhos, olhei para cima. Seu peito subia e descia com a respiração pesada, me olhando de cima com satisfação. Fiquei de pé, arrumando sua cueca e fechando seu cinto novamente. Negan ficou parado, apenas observando.

- Tome cuidado. Volte - pedi quando finalmente fixei meu olhar no dele.

Sua expressão tornou-se perdida por um momento - provavelmente por que ninguém nunca disse a ele para se cuidar e voltar - mas ele rapidamente disfarçou com aquele sorriso de marca registrada.

- Não sou eu quem tem que ter cuidado, querida - seu rosto se aproximou do meu e ele beijou o canto da minha boca - Mas se essa é sua preocupação, eu volto para você - ele piscou antes de pegar o bastão e sair porta afora.

Dias depois

Acordei com um peso sobre mim. Abri os olhos, mas as luzes estavam apagadas. Merda, eu deixei o abajur ligado... gritei, empurrando o que quer que fosse de cima de mim, mas sem sucesso.

- Calma, sou eu - a voz de Negan soou no escuro, próxima ao meu rosto. Eu relaxei meu corpo sobre o colchão, sentindo a adrenalina correndo em minhas veias. A luz do abajur foi acesa, me dando visão de seu rosto.

- Porque você apagou a luz? - suspirei, ainda sentindo meu coração batendo descompassado.

- Já estava apagada quando cheguei. Achei que você tinha perdido o medo do escuro - ele sorriu, se apoiando no antebraço.

Negan sabia que eu não gostava de ficar no escuro. Aqui no Santuário havia uma espécie de toque de recolher, onde se usava o mínimo de energia para que não faltasse, mas Negan sabia que eu não conseguia ficar no escuro, e nunca reclamou de eu ficar com elas acesas a noite.

- Eu deixei ele ligado - apontei para o outro abajur que estava apagado. Negan estendeu o braço e tentou liga-lo, sem sucesso.

- A lâmpada queimou.

Minhas mãos estavam tremendo quando as coloquei sobre seus ombros. Negan sorriu, deixando seu peso cair um pouco mais sobre meu corpo. Eu senti falta de seu rosto sorridente como o do gato do filme da Alice.

- Achei que não fosse voltar hoje - disse, agora já conseguindo sorrir para ele.

- Parece que você está mentindo, já que está dormindo nua na minha cama - suas mãos ásperas correram pelos lados do meu corpo, deixando um arrepio por onde passavam.

Seu corpo estava úmido e seus cabelos molhados, sinal que ele tomou banho enquanto eu dormia, e eu não ouvi. Antes quando eu só eu por mim mesma, eu estava atenta ao menor som que fosse. Desde que vim para cá, baixei minha guarda totalmente, e isso me preocupava. Mas agora não era hora de pensar nisso, não com nós dois nus na cama.

- Sempre estou esperando por você - eu sorri, passando os dedos por seu cabelo - Sempre.

- Vamos ver o que podemos fazer sobre isso, então.

Eu queria beijá-lo, mas esperei ele tomar a iniciativa. Quando seus lábios foram em direção ao meu pescoço, tive certeza que o que aconteceu naquela noite não se repetiria.

Seu corpo nu, quente e rígido contra a minha pele já era o suficiente para me deixar a ponto de derreter. Eu podia sentir os pêlos do seu peito largo roçando contra meus seios enquanto ele se precionava contra mim, me segurando firme contra seu corpo. Sua mão firme deslizava pelo meu corpo de forma tão precisa que eu tremia a cada toque.

Ele beijou o espaço entre meus seios, passando os dedos em meus mamilos túrgidos. Tomei uma respiração trêmula, acariciando seus cabelos. Ele lambeu o bico rijo de um mamilo, chupando e provocando o bico, circulando-o com a língua enquanto apertava meu outro seio.

Sem parar por um instante, foi alternando as carícias abrasadoras entre um seio e o outro, a ponto que eu estava empurrando desesperadamente meus quadris contra seu membro duro.

- Abra as pernas para mim. Quero ver você - ele ordena, tocando a parte interna da minha coxa. Obedeci sem protestar nem por um segundo, dobrando meus joelhos e afastando minhas pernas.

Um ruído veio do fundo da sua garganta quando ele ficou ajoelhado entre minhas pernas, arrogantemente
nu e cheio de confiança me olhando. Sua mão envolveu seu pau, fazendo movimentos enquanto olhava para mim com um brilho nos olhos. Ele era a visão mais excitante e quente.

- Porra, você é perfeita - ele gemeu, correndo sua mão pela minha barriga - E minha. Cada parte.

Com dedos firmes e sem parar de se tocar, ele explorou minhas dobras e deslizou dois dedos para dentro de mim. Ele era um mestre na arte de me fazer gozar em seus dedos.

- Fico feliz por saber que eu te faço ficar tão molhada, querida.

- Não se lisonjeie - eu disse tremulamente, dando um gemido quando ele circulou meu clitóris com o polegar.

Gemi, erguendo o quadril para aumentar a pressão de seu dedo. Cada pensamento racional evaporou enquanto seus dedos devoravam meu corpo e mente. Em poucos segundos, eu estava me contorcendo, gemendo e choramingando.

- Eu te conheço melhor do que você pensa, baby. Eu sei que você anseia por meu toque quando eu não estou por perto, mas você deve ter paciência.

Inclinei a cabeça contra os travesseiros e arqueei a coluna, me entregando às carícias torturantes. Seus dedos entravam e saíam de mim no mesmo ritmo lento e forte que seu polegar esfregava meu ponto sensível.

- Eu estive pensando na sua punição no caminho até aqui, e eu acho que eu finalmente decidi sobre uma adequada que vai fazer nós dois felizes.

Quando senti sua respiração quente no meu centro, ofeguei pelo que vinha a seguir. Ele lambeu as minhas dobras antes de mover sua língua para o meu clitóris latejante.

Mergulhei as mãos no cabelo dele, os dedos fincando-se no seu couro cabeludo. Solto um gemido longo quando ele suga meu clitóris em sua boca.

- Mais, por favor...

Suas mãos mantinham meu quadril firme no lugar enquanto deslizava seus dedos dentro de mim, bombeando dentro e fora, enquanto sua língua se mantinha ocupada em meu clitóris.

Minha boca se abriu quando ele lambeu mais para baixo, enfiando um pedacinho da língua dentro de mim. Quando ele voltou para cima e chupou meu ponto sensível mais uma vez, eu me desfiz em sua boca, gemendo e tremendo. Negan limpou a boca na parte interna da minha coxa.

- Estava louco para enterrar meu rosto no meio dessas pernas - ele sorriu, ficando novamente ajoelhado no meio das minhas pernas. Eu sorri para ele, totalmente entorpecida. Como ele podia ser tão bom assim?

Negan se esticou e pegou alguma coisa ao lado da cama, e eu só percebi o que era quando o tecido vermelho envolveu meus pulsos. Seu lenço.

- Eu realmente espero que você esteja pronta para o que está por vir. Para sua punição - com um nó firme feito pelo lenço, ele me virou de barriga para baixo.

Negan tirou o travesseiro de baixo do meu rosto e colocou-o debaixo de meus quadris, erguendo minha bunda de maneira erótica e convidativa, afastou minhas pernas, aconchegando-se entre elas. Deitei meu rosto no colchão, o olhando por cima do ombro.

- Você não imagina a visão que eu estou tendo daqui, Ellie - suas mãos apertaram minha bunda, abrindo as nádegas - Você é gostosa pra caralho.

- Negan... por favor - ronronei, empurrando minha bunda para cima. A única coisa que eu queria sentir era ele me preenchendo.

- O que é? - ele perguntou com uma risada suave, movendo os lábios pela pele das minhas costas, sua barba roçando deliciosamente - O que você quer?

- Você sabe - eu ofeguei, contorcendo-me suavemente, tão desesperada por ele.

- Diga - ele exigiu, sua voz um ronronar sedutor quando ele se inclinou e beijou ao longo do meu ombro - Diga-me quanto você quer meu pau. Eu sei o quanto você uma puta pra ele.

Negan agarrou meus quadris com as duas mãos, puxando-me para trás, enquanto encostava a cabeça larga de seu pau na minha abertura.

- Diga - exigiu mais firme, agarrando meus cabelos com que mão livre.

- Eu quero seu pau - ofeguei e ouvi sua risada em meu ouvido.

Ele deslizou seu pau pelos lábios da minha intimidade molhada, levando em direção a abertura apertada do meu traseiro, pressionando de leve.

- Vou comer você aqui até gozar. Mas agora preciso foder essa bocetinha apertada até você não conseguir mais se mexer.

Eu adorava sua boca suja. Essas coisas me deixavam pegando fogo e me mostravam o quanto ele me desejava.

Ele me penetrou. Tudo de uma vez, grosso e duro. Eu gemi com o rosto nos lençóis, o sentindo ir bem fundo, me alargando a cada investida. Cada impulso era uma doce agonia enquanto ele estocava em minha boceta.

Sua mão se apertou em meus cabelos, empurrando minha cabeça contra o colchão e a outra apertava minha bunda, dando tapas aqui e ali.

Os sons dos nossos sexos batendo um contra o outro foi interrompido quando ele me virou de barriga para cima, voltando a me penetrar. Cada
estocada foi possessiva, controlada e deliberada. E ele me fitou o tempo todo. Ele era lindo e selvagem, e eu ficava desconcertada com tanto calor que seus olhos transmitiam.

Negan capturou meus pequenos gritos frenéticos com a boca, emaranhou
sua língua na minha enquanto aumentava o ritmo. Eu o puxei, passando meus pulsos amarrados por cima da sua cabeça, amando o gosto da sua boca. Seu beijo era maravilhoso. Ele achou aquele ponto dentro de mim e eu me agarrei a ele desesperadamente, meu ventre tremendo pelo orgasmo que estava se formando. Sua mão entrou entre nossos corpos, esfregando meu clitóris, enviando choques, e eu tremi dos pés a cabeça.

Ele deu uma estocada final, e com seus olhos escuros presos nos meus, eu gozei. Naquele momento, eu poderia jurar que só existíamos nós dois no mundo.

- Esse olhar perdido que você tem quando goza... eu adoro isso. Faz qualquer merda valer a pena - disse com a boca na minha, roçando de leve enquanto metia devagar.

Olhando dentro dos olhos dele, o puxei para outro beijo. Eu jamais havia visto aquela necessidade escaldante iluminando aqueles olhos sombrios.

Era como se fôssemos só nós dois... Como se ele fosse meu e eu fosse dele. Eu era dele, mas ele não era meu. Não como eu desejava.

- Ainda não terminamos, querida - Negan me deitou de lado e se colocou atrás de mim, moldando nossos corpos suados um no outro - Vou comer essa bundinha gostosa.

A promessa saída com sua voz rouca e sexy fez meu ventre se contrair de novo.

- Pode me soltar? - pedi, olhando para ele sobre o ombro. Eu queria tocá-lo, me agarrar a ele.

- Não - ele riu e tirou os cabelos do meu pescoço - Faz parte do seu castigo.

Negan passeou com o nariz pela curva do meu pescoço com meu ombro, causando-me arrepios. Esses momentos carinhosos eram raros, e eu os aproveitava o máximo que podia. Virei meu rosto na sua direção, e ele me beijou de novo.

Ele tinha um bom fôlego e sempre me dava uma surra na cama. Seus lábios deixaram os meus e seguiram descendo de novo por meu pescoço, lambendo, mordiscando, chupando. Eu senti sua ereção quente e dura contra os lábios do meu sexo de novo, mas sabia que não era ali que ele ia me foder agora.

- Fique assim - Negan disse quando dobrou meus joelhos juntos perto do peito, a coxa esquerda mais alta que a direta para expor minha bunda - Quero você bem quietinha.

Seus dedos se encontraram de novo com a minha intimidade inchada e encharcada. Ele lubrificou os dedos, trazendo-os para trás. Seu dedo
circulou meu ânus de novo e de novo, empurrando minha lubrificação para aquele orifício apertado, que se abria pedindo mais, me deixando toda escorregadia.

Eu apertei os olhos e agarrei o travesseiro que estava ali, o apertando melhor que pude com as mãos amarradas, sentindo seus dedos entrando e saindo de dentro de mim enquanto ele continuava a beijar meu pescoço. Negan sempre ia devagar, todas as vezes, parecendo curtir essa coisa de me preparar antes. Instintivamente, apertei as coxas para aumentar a pressão na minha intimidade.

Devagar, ele me penetrou por trás, com os dentes no meu ombro e sua mão acariciando meu seio num ritmo preguiçoso.

- Porra... isso - ele começou um vai e vem lento - Tão apertadinha... em todos os lugares.

A pressão dele dentro de mim era intensa demais.

Negan tirou quase tudo, apenas a cabeça ainda estava dentro de mim quando ele estocou forte, encontrando um ritmo rápido e profundo. Sua mão desceu pela minha barriga e se enfiou entre minhas pernas, dois dedos penetrando meu sexo inchado e deliciosamente dolorido. Eu estava completamente preenchida por ele de todos os jeitos.

Senti seu orgasmo chegando, eu sempre sabia quando Negan ia gozar, por que ele se enrijecia todo e me segurava forte como se eu fosse desaparecer.

- Vem comigo - ele falou entredentes - Goza comigo.

Seus dedos dentro de mim se deslocavam com mais fervor. Levantei um pouco minha perna, permitindo que a palma de sua mão pressionasse meu clitóris.

Os movimentos da sua pélvis se intensificaram e eu o senti inchar dentro de mim. Ele gozou, arfando, estremecendo atrás do meu corpo.

Sua liberação jorrrou profundamente dentro de mim enquanto eu também me perdia em prazer, me apertando violentamente em seus dedos, gemendo e tremendo por ele.

Negan tirou seus dedos de dentro de mim, mas nós continuamos do mesmo jeito, quietos e sem nos mover. Eu estava completamente extasiada e satisfeita. Seu corpo e sua respiração quente contra mim me fizeram querer adormecer assim, do jeito que estava. Até porque eu não conseguia me mexer - como ele prometeu. Negan puxou para fora de mim, e eu me senti vazia. Tudo que eu consegui fazer foi virar de barriga para cima enquanto Negan me olhava, se apoiando no cotovelo. Nada foi dito, nós apenas nos olhávamos e não era desconfortável, pelo contrário. Ele puxou o lençol para nos cobrir e colocou sua mão na minha cintura, me puxando para que eu ficasse deitada de lado e de frente para ele. Passei a mão no seu cabelo, empurrando os fios suados para trás e ele desceu a mão para minha bunda, acariciando. Beijei de leve seus lábios, roçando meu nariz no dele.

- Vou te dar um vibrador de presente para enterrar nessa boceta gulosa enquanto te fodo aqui - disse colado a minha boca.

Claro que ia haver um comentário sujo. E eu adorava.

- Você acha que eu mereço? - eu levantei as sobrancelhas e ele lambeu o lábio inferior.

- Você merece qualquer merda que quiser.

Era estranho estar com ele assim. Em outro momento, ele já teria ido embora. Mas o que esperar de Negan? Ele era assim mesmo. Imprevisível.

Me arrumei melhor no travesseiro, me sentindo um pouco nervosa porque ele não desviava o olhar de mim nem por um segundo sequer.

- O que foi? Porque está me olhando assim? - perguntei num tom sereno, acariciando seu peito.

- Gosto de olhar para você. E como se... - ele não completou a frase, me fitando como se tivesse falando algo errado, mas disfarçando em seguida.

Era totalmente incomum ver Negan assim, como se não estivesse no controle. Ele sempre estava no controle, seja das outras pessoas ou de seus sentimentos - se é que eu podia chamar o que quer que ele sentisse de sentimentos. Apesar de eu tentar não notar, eu o via me olhar de maneira quase dolorosa às vezes.

- O que você vai dizer quando as outras esposas perguntarem onde você ficou todos esses dias? - ele questionou, mudando de assunto. Eu sabia que era para saber se eu ia me gabar ou tentar me prevalecer porque estive aqui.

- O que você quiser que eu diga - respondo.

Depois da noite de hoje, eu diria até que fui para Marte se ele quisesse. E não estaria mentindo. Eu sai de órbita depois desse sexo maravilhoso.

- Boa menina.

- Como foi lá fora? - perguntei.

Às vezes - só às vezes - eu sentia falta de enfrentar o mundo lá fora.

Nunca fui alguém que queria ganhar as coisas, mas quando Negan me achou eu estava esgotada. Eu me sentia bem com o cuidado que ele tinha comigo, e não tinha vergonha de falar que estava com ele pelo sexo, e não por não querer trabalhar. Se eu quisesse estar lá fora, sabia que era melhor que muitos de seus Salvadores.

- Fácil. Mostramos quem manda e tudo deu certo - ele respondeu tranquilamente - E você, ficou aqui deitada, pensando em mim? - perguntou ele com um murmúrio baixo e aveludado.

- Em quem mais eu pensaria? - sorri e fechei os olhos. Sua mão apertou minha cintura.

- Espero que seja verdade. Não quero ter que matar ninguém - mesmo de olhos fechados, eu podia ver o sorriso enquanto ele falava isso.

- Isso não é algo que você tenha que ser preocupar - respondi de olhos fechados, me sentindo cada vez mais sonolenta.

Negan me virou para que eu ficasse com as costas contra seu peito e passou o braço pela minha cintura, me pressionando contra seu corpo.

- É por isso que eu gosto de você, Ellie - ele sussurou no meu ouvido - Você entende.

Suas atitudes me confundiam, mas eu nunca achei que fosse gostar tanto de ficar com uma pessoa de novo. Eu me sentia confortável com ele em todos os sentidos, por mais maluco que fosse. Mas isso nunca seria normal porque ele nunca seria meu. Ele nunca me amaria e eu nunca o amaria.

Mas talvez esse seja nosso jeito gostar, depois de termos sido massacrados pelo mundo lá fora. Talvez um cure o outro.

Olá!!!

Vcs querem que eu conte a história do Daryl e da Ellie toda de uma vez nos próximos capítulos ou que eu intercalando com flashbacks?

Espero que não estejam achando a Ellie uma vadia sem coração 😂

Curtam bem esses capítulos de paz, pq daqui para frente a coisa vai ficar feia

Beijos!!!

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