Capítulo 23 | PARTE 2

O suicídio de Rachel mexeu com todos e criou um clima tenso nos primeiros dias, mas tínhamos que seguir em frente. Eu pensei em não contar a Thomas o que houve, mas uma hora ou outra ele saberia. Ele ficou triste quando soube, mas mais confuso.

Agatha assumiu como professora e eu acompanhei Thomas de perto para ver como ele passaria por isso. Ele gostava muito de Rachel e para ele foi uma perda grande.

Eu acho que Negan se culpou pelo que aconteceu, assim como eu. A gente sempre pensa que poderia ter feito mais, mas a verdade é que não podemos salvar ninguém. Algumas coisas simplesmente não tem concerto. Como você pode convencer alguém que a vida vai voltar a ser como antes depois de um acontecimento daqueles? Como você pode convencer alguém a se manter vivo?

Há coisas que só o tempo cura, e eu esperava que essa sequência de tragédias fossem uma delas.

1 MÊS DEPOIS

A expansão dos muros havia começado e estava indo de vento em popa. A nova área daria lugar para mais umas dez casas e a rapidez e empenho que os homens estavam trabalhando era invejável.

Eu estava sempre por perto, garantindo que eles tivessem o que precisavam. Eu amarrei meu cabelo num rabo de cavalo alto e peguei a cesta com garrafas de água e fui ao encontro de todos que estavam trabalhando, entregando a eles.

Eu vi Paul mais afastado, trazendo algumas madeiras e jogando-as no chão, juntamente com outras, e então vi Adam. Ele estava sem camisa, suado, sua pele bronzeada brilhando no sol.

Eu via essa cena diariamente, mas a primeira vez foi diferente. Ele era um homem bonito, mas eu nunca tinha reparado nele. Ele era só o amigo de Negan, bom, isso até que eu o visse sem camisa. Seus músculos saltaram quando ele pegou algumas madeiras do chão e as jogou perto de onde Paul estava.

Os dois estavam num papo animado, rindo, e eu parei de encarar Adam quando eles notaram minha presença, mesmo que afastada deles.

— Ellie cozinha como ninguém, não é, Ellie? — Paul disse, me colocando no assunto.

— Até hoje não matei ninguém — respondi e entreguei uma garrafa para um senhor que estava sentado ali próximo, descansando à sombra.

— Você podia cozinhar pra gente — Adam disse quando eu me aproximei deles e entreguei uma garrafa a Paul.

— Vai sonhando — eu disse e joguei uma garrafa para ele.

Ele a agarrou, sorrindo para mim. Eu tentei manter meu olhar em seu rosto, mas não consegui ignorar e olhei novamente aquele torço definido.

— Qual é! Nós estamos aqui, dando nosso couro nesse sol para te manter segura e você nos nega comida? — ele brincou e eu ri.

Eu gostava da energia dele. Sempre pra cima, sempre animando as pessoas ao redor.

— O máximo que eu posso fazer é emprestar minha cozinha e vocês fazem o resto — eu disse e para minha surpresa, ele concordou.

— Paul cozinha e eu lavo a louça — ele piscou para Paul, e não sei se foi com a intenção de ser sensual, mas foi. Muito.

— E eu bebo enquanto assisto — eu completei e Paul se rendeu.

— Fechado — meu amigo disse e bebeu metade da água da garrafa, mas então eles olharam para trás de mim.

Eu olhei por cima do ombro e era Negan vindo, e eu rapidamente peguei a cesta com as garrafas agora vazias.

— Volto mais tarde — eu disse a eles, e saí de lá.

Quando eu estava longe da construção, Negan me alcançou e tocou meu ombro para me parar.

— Preciso falar com você — ele disse e eu neguei, continuando a andar.

— Estou ocupada.

— Preciso falar com você agora — ele insistiu, me segurando de novo.

Eu o vinha evitando há semanas, deixando-o falando sozinho quando ele vinha falar algo que não envolvesse Thomas ou Alexandria — na verdade, eu só estava retribuindo o tratamento dele.

— O que foi?

— Porque você falou que Thomas vai dormir na casa do seu irmão sendo que é a noite dele comigo?

— Porque achei que você fosse estar ocupado como da última vez.

Ele riu, arqueado as sobrancelhas, incrédulo.

— Você está fazendo isso por pirraça?

— Eu não estou fazendo nada. Judith disse que ia fazer uma festa do pijama e chamou Thomas, ele estava triste que não podia ir por que você ia ficar chateado, mas não sabia se você ia furar com ele como da última vez — eu avisei com raiva.

Nós travamos os olhares, mas eu esperei que ele falasse.

— Eu sei que fiz merda — ele disse. Lá estavam os olhos de cachorrinho, a expressão caída. Porra, eu queria dar um tapa nele. Eu não disse nada, então ele suspirou — Fala pro Thomas que eu vou hoje a noite.

— Não — eu dei um passo para mais perto dele, meus olhos cerrados observando a mudança em seu rosto que de repente ficou nervoso — Ele vai fazer o que programou para fazer, e caso você queira contornar isso, faça por si só, em outro momento.

Eu percebi que estávamos discutindo no meio da rua, e as pessoas estavam olhando.

— A gente precisa conversar em outro lugar — Negan disse, e sua mão envolveu meu cotovelo enquanto ele me guiava para onde haviam algumas salas que serviam de depósito.

— Você enlouqueceu? — eu grunhi enquanto puxava meu braço de seu aperto, mas ele me pegou de novo.

— Você está vindo comigo, agora.

Ele abriu a porta e me empurrou para dentro. Eu soltei a cesta no chão, derrubando algumas garrafas vazias e a porta se fechou quando ele a bateu com força.

— Qual é o seu problema? — eu me movi para passar, mas ele me impediu com seu corpo, me empurrando contra a parede, ao lado de uma prateleira cheia de caixas de papelão.

Eu odiava isso. Odiava sentir essa sensação vulnerável que me tomava sempre quando ele estava assim perto de mim. Senti a respiração engatar na garganta e os sentimentos me esmagarem, tudo batendo de uma vez.

— Porque está agindo assim? — ele questionou e deixou seu corpo escovar contra o meu suavemente — Porque está me evitando desse jeito?

Eu engoli para limpar a garganta e tentar responder o mais firme possível.

— Você acha que o mundo gira em torno de você? — eu o empurrei, mas em vez dele se mover, ele pressionou seu corpo contra mim forte o suficiente para que eu não me movesse.

— Ellie — ele sussurrou, seus lábios pairavam quase sobre os meus, vibrando com sua respiração agitada — Me responda.

Ele continuou olhando para mim com aquele olhar intenso que sempre me fazia sentir desconfortável, mas eu não respondi nada e desviei o olhar dele. Eu não ia entrar nesse jogo.

— Eu sei que você ainda gosta de mim — sua voz era afiada como sempre, mas sem alegria apesar do sorriso, sem aquele prazer em suas palavras — Eu quero me acertar com você, Ellie.

— Assim? Me emboscando como se eu fosse um animal? — falei suavemente, mesmo que quisesse gritar, perguntar porque estava fazendo isso comigo.

Ele estava tão pressionado contra mim que eu estava certa de que ele podia sentir meu coração batendo contra a minha caixa torácica como uma marreta.

— Esse é o único jeito de fazer você me ouvir — seu nariz tocou minha bochecha —Eu não consigo mais dormir, Ellie. Eu não suporto mais ficar longe de você.

— Achei que esses oito anos longe tivessem te ajudado a entender.

— Nenhum de nós vai sair daqui até que a gente se acerte — seus olhos se estreitaram quando ele me observou, como se estivesse procurando uma brecha, qualquer coisa — Eu não estou brincando.

— Não estamos mais no Santuário. Eu não sou mais aquela garota que você manipulava — as palavras foram sufocadas e pequenas, e eu odiava a dor que ouvi na minha voz. Isso ainda me machucava.

Suas mãos se fecharam torno dos meus braços, quentes e grandes. Seus polegares acariciaram minha pele e ele encostou o rosto no meu.

— Porque é tão difícil você me aceitar? — ele não estava me olhando quando disse isso.

— Porque você me faz mal. Me faz lembrar de como eu era, e eu nunca mais quero ser aquela pessoa — eu respondi o que estava no meu coração.

— Eu amo quem você se tornou — sua voz reverberou em meus ouvidos.

Eu balancei a cabeça na intenção de expulsar todos os pensamentos e sentimentos, mas não adiantou. Ele colocou a mão na minha nuca, por baixo do cabelo, e então me olhou.

— Porque você quer ficar comigo? — eu perguntei, não dando brecha para que ele desviasse o olhar do meu. Eu queria a verdade.

Os olhos dele se moveram como se estivessem tentando enxergar meus pensamentos, os lábios tão próximos, sem me tocar, no entanto.

— Porque você é tudo pra mim — ele segurou meu rosto — Porque você foi a única que acreditou em mim quando todos estavam prontos pra me matar.

— Só isso? — eu perguntei sem pestanejar, segurando seu olhar.

— Ellie...

— Você não consegue, não é? Não consegue sentir nada além de desejo — eu disse, mas não era uma acusação.

Havia algo dentro ele que não o permitia amar ninguém, e eu já havia superado isso. Você não pode fazer ninguém te amar. O que eu não queria era deixá-lo entrar na minha vida novamente dessa forma, porque eu sempre iria me machucar.

— Eu não te amo — eu soltei. Negan enrijeceu, e seu olhar sugou todo o ar dos meus pulmões. Mas eu não parei — Um dia eu pude ter achado isso, mas hoje vejo que foi um equívoco.

— Porque está fazendo isso?

Ele não tinha tirado as mãos do meu rosto. Eu me sentia quente, excessivamente quente com as mãos dele na minha pele.

— Estou deixando as coisas claras para que não tenhamos que passar por isso novamente — disse e eu mesma segurei seus pulsos para tirar as mãos dele de mim — A única coisa que nos liga é Thomas, e é bom que você se acostume com isso.

Eu me afastei, mas ele ficou parado no mesmo lugar, e eu fiquei com pena. Mas antes dele, eu tinha que pensar em mim. Eu jamais passaria por tudo aquilo de novo.

— Só pra deixar claro, não tem nada de errado nisso, em sentir só desejo por alguém. O que tem de errado é tentar fingir que tem mais que isso — eu disse antes de ir até a porta. Quando coloquei a mão na massaneta, sua voz rouca falou.

— Eu não vou desistir de você, Ellie.

Eu não virei para trás. Eu tinha que seguir em frente.

***


Duas batidas na porta fizeram Ellie sair da cozinha e ir abri-la. Adam e Paul estavam do outro lado e ela se lembrou imediatamente que tinha esquecido do que combinou com os dois mais cedo.

O encontro com Negan a desestabilizou e ela só lembrou que Thomas ia dormir na casa de Rick porque o garoto avisou.

Ellie deu espaço para que os dois entrassem.

— Podem entrar, eu só vou subir rapidinho — ela disse, ainda estava de roupão.

Ela subiu as escadas e Paul disse para que Adam deixasse as coisas na cozinha e começasse sem eles.

— Aconteceu alguma coisa? — Paul perguntou quando entrou no quarto e Ellie estava tirando um par de roupas da gaveta.

— Não — ela negou, mas ele sabia que era mentira. Ele não a pressionou para que ela falasse, ele nunca fazia.

Ele chegou até perto dela e suas mãos tocaram sua cintura fina. Ele sentiu Ellie suspirar, mais de tensão do que pelo toque gentil dele.

Ele beijou ela, um encostar de lábios, mas que Ellie prontamente respondeu. Ela respirou fundo, sentindo o cheiro de sua pele e abriu os lábios para deixar a língua dele acariciar a sua, quente e molhada.

Ele sempre se perguntou o por que de não ter conhecido alguém como Ellie antes, haveria poupado-o de muitas desilusões. Mesmo não sendo sério, era bom ter um ombro amigo, alguém que você poderia conversa e liberar a tensão com sexo. Um sexo incrível, por sinal.

— Te espero lá em baixo — ele sussurrou contra a boca dela, e Ellie assentiu.

Ela vestiu um shorts e uma blusa de malha antes de descer e encontrar os dois homens já com as panelas no fogo.

— O que você prefere? — Adam perguntou quando colocou duas garrafas de bebida no balcão.

Ellie pediu o vinho e Adam serviu meia taça.

— Pode por mais, não sou fraca pra bebida — Ellie disse com uma piscadela e Adam colocou mais um pouco.

— Vai com calma — Paul alertou a Ellie e Adam não perdeu a forma carinhosa que a mão dele pousou nas costas dela.

Adam já tinha notado esses pequenos gestos entre eles, que passavam despercebidos pelas outras pessoas, mas não para ele. Ele ousava pensar que eles eram amigos com benefícios, mas muito discretos. E ele não sabia dizer quem era o mais sortudo nessa história.

Ele sabia que Paul também gostava de homens, tanto que pareceu devolver os flertes que Adam jogou a ele, mas nada mais que isso. E Ellie... bom, ele nunca tentou nada por que sabia que não tinha chances, e também porque era amigo de Negan. Mas se ela um dia quisesse, ele não iria se opor. De forma alguma.

— Obrigado, Adam — Ellie agradeceu e se sentou sobre a ilha da cozinha, as pernas balançando enquanto via os dois homens preparando o jantar.

Eles conversaram, beberam, comeram, beberam e beberam mais um pouco... até que eles estavam sentados no sofá da sala, rindo num clima tão leve que parecia ser mentira depois de tudo o que aconteceu meses atrás.

— O que eu não esperava era o seu dote culinário — Paul disse num determinado momento para Adam.

— Isso porque você não viu meus outros dotes — ele piscou para Paul e se levantou para ir ao banheiro.

Ellie olhou sugestivamente para Paul e ele puxou as pernas dela para seu colo, massagendo seus pés. Ela não se sentia leve assim há muito tempo, e nunca achou que uma noite com amigos faria ela se sentir tão bem — principalmente depois do seu encontro com Negan.

— Viu que Shawn estava aqui hoje? — Paul perguntou quando apertou o arco de seu pé e ela gemeu.

Ellie tinha visto, mas achou melhor não comentar com Paul. As coisas entre os dois não tinham terminado bem e ela sabia que ele ainda tinha sentimentos pelo cara.

— Você devia parar de pensar nele — ela murmurou e ele tombou a cabeça no sofá, olhando para ela com aqueles grandes olhos claros que mais pareciam duas bolas de gude.

— Fala isso porque você não viu ele pelado — Paul disse. Ellie riu e cutucou a barriga dele com o outro pé, mas ele rapidamente o agarrou — Aquela bunda...

Ellie jogou a cabeça para trás numa risada.

— Posso imaginar — ela disse entre risos e então sussurrou — E também posso ver Adam jogando indiretas pra você a noite toda.

— Não só pra mim — Paul retrucou, e ele sabia que ele falaria isso, mas ela não teve tempo de falar quando ele continuou — A gente poderia fazer algo a três — Paul sugeriu e Ellie riu.

Mas Paul não estava brincando. A risada de Ellie se transformou em surpresa e ela lambeu os lábios.

— Estou falando sério — ele insistiu quando ela não disse nada — Acho que ele supera Shawn pelado.

Ellie sabia que estava meio alta para tomar essa decisão, mas a ideia de Adam nu era muito tentadora. Mas sexo a três não era uma realidade para ela nem em seus sonhos mais selvagens.

— Então? — Paul apertou o pé dela, chamando sua atenção — Topa?

— Até parece que ele vai querer — Ellie desdenhou, mas Paul viu sua expressão mudar.

Ele deslizou no sofá para mais perto dela e tocou seu rosto.

— Vamos, Ellie, confie em mim — Paul desceu os dedos longos pelo pescoço dela, roçando o nariz no dela — Vai ser uma delícia.

Ela acreditava em cada palavra que saia daqueles lábios lindos — mas não podia parar de pensar em Negan e na sua declaração de mais cedo. Mas então ela também pensou em quantas vezes ele deve ter dormido com outras mulheres enquanto estava com ela, e isso aflorou algo dentro dela — seria uma vingança, talvez. Ou seria apenas ela se deixando levar por um momento. Ela confiava em Paul, então porque não?

— E se ele sair contando por aí? — Ellie questionou, e Paul franziu cenho, negando.

— E quem vai acreditar que você, Ellie Grimes, transou com dois caras? — ele sorriu e Ellie não pode evitar de rir também, mas ele não deixou de notar a ansiedade em seus olhos — Você confia em mim? — Paul perguntou e Ellie acenou imediatamente. Ela confiava nele de mãos atadas e olhos fechados — Então deixa comigo.

Ele a beijou, sua língua habilidosa entrando de pronto na boca dela, pegando a sua. O álcool fez tudo parecer mais leve e quente. Sua mão foi para o estômago dela, depois para tocar seu mamilo por cima da roupa. Ellie estremeceu com isso e fez um som seriamente sexy que fez a ereção dolorida de Paul pulsar com desejo.

Desculpa, não quero atrapalhar nada... — uma voz rouca e ruidosa falou e os lábios dos dois se separaram.

Adam estava de pé, olhando para os dois. Ellie estava com o rosto corado e lábios úmidos, e era a coisa mais bonita que ele tinha visto em anos... principalmente porque seus olhos estavam baixos de tesão. Ele não sabia o que tinha acontecido nesses minutos que eles haviam ficado sozinhos, mas eles exalavam luxúria.

— Na verdade, a gente queria saber se você quer se juntar a nós — Paul perguntou, sem parar de tocar o seio de Ellie por cima da blusa.

Adam não se fez de rogado e olhou para o volume na calça de Paul e seu pênis latejou nas calças. Isso era a porra de um sonho?

— Vai ficar parado aí? — foi Ellie quem falou, e sua voz era sexy e rouca. Ele se contorceu desconfortavelmente, tentando ignorar sua ereção crescendo nas calças. Eles só podiam estar brincando com a cara dele.

— Estão falando sério? — Adam perguntou, ele queria ter certeza e Paul assentiu juntamente com Ellie.

— Senta do lado dela — Paul instruiu e Adam caminhou até o sofá, se sentando ao lado de Ellie. Paul segurou o rosto de Ellie e deu um beijo em sua boca antes de virá-lo para Adam — Vai em frente, cara.

Foi Ellie quem fechou a distância entre os dois. Seus lábios molhados encontraram os dele, secos, e Adam segurou-a pela nuca antes de abrir a boca e suas línguas se tocarem.

Ellie sentiu dois pares de mãos correrem por seu corpo e se sentiu sobrecarregada só com isso. Ela afastou os lábios dos dele e o olhou nos olhos.

— Se isso rolar, você não vai contar pra ninguém — Ellie disse, ofegante.

— Eu não sou o tipo de cara que sai se vangloriando sobre uma transa, Ellie — Adam disse, sério — O que quer que aconteça aqui, não vai sair dessas paredes.

Ele não estava mentindo; não era do feitio dele fazer esse tipo de coisa. Ele esperou Ellie assentir antes de capturar os lábios dela novamente, essa vez com mais intensidade, ele não queria perder nenhum segundo.

Quando ele se afastou de novo foi para puxar o rosto de Paul e beijá-lo. O outro homem abriu a boca, aceitando-o, e Ellie se deliciou com a visão de dois homens absurdamente lindos se beijando bem em frente ao seu rosto. Quando eles se afastaram, foi Paul quem falou.

— Vamos subir?

Quando entraram no quarto, Paul empurrou Ellie para o colchão e ficou sobre ela. Eles se beijaram enquanto Adam observava e tirava a roupa.

Ellie estava se sentindo quente e sua boceta latejava cada vez que Paul pressionava seus quadris e sua ereção dura contra o centro dela. Tudo o que ela queria era sumir com aquelas roupas, e foi isso que eles fizeram, e então ambos estavam nus.

Ela olhou para Adam quando Paul foi para seu pescoço, e ela o viu nu, duro feito pedra, masturbando seu próprio pau enquanto olhava para os dois. E ele eram grande.

Seu corpo estava quase sem pêlos;
onde ele estava bronzeado, sua pele era um bronzeado rico. Aqueles olhos estavam agora olhando para ela, completamente focados. Poderia — deveria — ter sido desconcertante. Em vez disso, Ellie achou um desafio. Adam sorriu ferozmente quando Paul saiu de cima dela e olhou para o pau dele.

— Gostei — Paul disse com um pequeno sorriso e fez sinal para que Adam tomasse sua posição sobre Ellie — Eu já volto — ele avisou, sumindo para dentro do banheiro do quarto.

— Você parece uma pintura — Adam disse quando ficou por cima dela. Ele apoiou uma mão do lado da cabeça de Ellie e a outra se espalmou em sua barriga, subindo para seus seios, apertando-os com firmeza antes de baixar a cabeça e levar um mamilo na boca.

Ellie gemeu e alcançou o pau dele entre eles e o segurou, quente e duro. Adam gemeu quando ela começou a masturbá-lo lentamente.

— Eu quero te chupar — ele ronronou, lambendo seu maxilar e falou baixinho em seu ouvido — Eu não me importo de dizer a você que eu gosto de um pouco de pau também.

Ellie tremeu com isso e Adam desceu a mão até o meio das pernas dela, chegando até sua boceta molhada e pulsando. Ele recolheu sua humidade nos dedos e trouxe até seu clitóris, massageando-a, e ela gemeu sem pudor, abrindo mais as pernas para Adam. Mas nada se comparou com a língua dele quando tocou sua boceta. Ele lambeu e chupou, saboreando-a.

Paul voltou do banheiro e deixou sobre a cama algumas camisinhas e um frasco de óleo. Ele se ajoelhou na cama ao lado de Ellie e Adam, seu pau duro e brilhando de excitação, agora ainda mais pela cena a sua frente.

— Uau — Adam sorriu para o tamanho do membro de Paul e ficou de joelhos entre as pernas de Ellie — Alguém está animado.

Adam não perdeu tempo e agarrou o pênis de Paul, sua outra mão ainda trabalhando em Ellie, então os três estavam se tocando entre si.

— Eu vou perguntar, apesar de já saber a resposta — Paul disse enquanto descia a mão pelas costas de Adam, até descansar sobre sua bunda firme — Você é ativo?

— Passivo — Adam sorriu, puxando Paul para um beijo rápido — Quero seu pau dentro de mim, mas antes — ele olhou para Ellie — Vamos cuidar dessa coisa linda aqui.

Adam piscou para ela antes de sair de cima e então Paul tomou seu lugar, sua mão habilidosa chegando até sua boceta.

Ellie gemeu e levou as mãos até os cabelos dele, tirando o amarrador que segurava seu coque, deixando os cabelos dele caírem livremente.

— Então, como você prefere? Um de cada vez ou nós dois juntos? — ele sussurrou tão sensualmente e sem interromper os dedos esfregando o clitóris dela que Ellie se sentiu em chamas só com isso — Eu posso te preparar bem e...

— Você por trás — ela o interrompeu. Se ela fosse fazer anal também, só confiava em Paul para isso agora — Quero os dois, mas você por trás.

Adam já tinha colocado a camisinha quando se acomodou na cama, meio sentado e com as costas contra a cabeceira. Ele estava observando Paul falar com Ellie ver como ela queria que isso acontecesse.

— Como quiser — Adam ouviu Paul dizer e então ele estava puxando Ellie para se ajoelhar no colchão.

Os dois eram duas obras de arte, lindos e a intimidade que tinham um com o outro eram invejáveis.

— Seja um bom menino e faça ela gozar uma vez antes de começarmos — Paul piscou para Adam e ele estendeu os braços para trazer Ellie para montar em seu colo.

Ellie se apoiou nos ombros dele, suspirando quando a boca dele foi direto para seus seios e os dedos para sua boceta.

De repente, Paul estava atrás dela, suas mãos em sua cintura, seu peito contra suas costas, fornecendo apoio a ela. Ela podia sentir seu pau deslizando ao longo da fenda da bunda dela, duro e quente. Adam deslizou pra ficar um pouco mais deitado e assim Ellie ficou bem inclinada para Paul começar a trabalhar nela.

Ellie olhou para ele e mais uma vez ficou surpresa com a forma como os dois homens se comunicavam e trabalhavam como um time sem que nenhuma palavra fosse dita, e ela era a única destinatária desse foco e planejamento.

Os lábios de Paul estavam na parte de trás do pescoço dela, e Ellie estava gemendo no beijo profundo de Adam quando os dedos lubrificados de Paul começaram a tocar seu ânus no mesmo ritmo suave que Adam entrava e saia com os dedos de dentro dela.

Sim!

Ela queria muito isso e percebeu como ela precisava disso há muito tempo. Simplesmente sentir e não pensar em nada além dela por um momento.

Ela gozou com um gemido abafado pela boca de Adam, mas Paul não parou de abri-la até que julgou estar bem o bastante para recebê-lo.

— Vou entrar em você primeiro, e então depois Adam, tudo bem? — Paul perguntou no ouvido dela.

Ellie concordou, e Paul posicionou seu membro antes de forçar para dentro de seu buraco apertado. Ele entrou num impulso rápido e escorregadio, e os dois gemeram.

— Vai ficar um pouco apertado para Adam entrar, mas se você relaxar vai conseguir — Paul continuava guiando-a.

A mão de Ellie estava em volta do pescoço de Adam, agarrando o cabelo na nuca dele. Ela levantou um pouco mais o quadril quando sentiu o pênis dele cutucar sua boceta. Ela fechou os olhos e deslizou alguns centímetros, gemendo. Ela se sentia tão cheia, tão preenchida que achou que não conseguiria tomar mais dele.

— Isso... quase tudo dentro — a voz rouca de Adam disse contra seu rosto, sua respiração batendo contra sua pele.

Paul chupou a pele febril do pescoço dela e forçou seu quadril para baixo, enterrando Adam completamente dentro dela.

— Porra... — Adam e Paul disseram ao mesmo tempo, sem ar por como seus paus estavam apertados dentro dela.

Quando eles começaram a se mover, Ellie perdeu a respiração. Ela se sentia mais cheia e a medida que eles se moviam dentro dela, Ellie gemia mais e mais.

Paul mergulhou, se possível, ainda mais fundo do que antes, agarrou o quadril dela com uma das mãos e pegou o cabelo na outra. Ele a puxou pelos cabelos, trazendo suas costas até o peito, então envolveu o braço em volta da cintura e levou a mão dele para agarrar seu seio direito, prendendo-a contra ele no quadril e no peito, enquanto seu pênis enorme estava no fundo.

Ellie tombou a cabeça para trás contra seu ombro e fechou os olhos, gemendo sem pudor quando Adam começou a massagear seu clitóris.

Ellie sentiu que suas aberturas se expandiam e depois se contraíam tão violentamente que ela apertou os dois dentro de seu corpo. Cada um podia sentir o pulsar do outro através da fina membrana que separava seus paus.

Quando o corpo de Ellie os agarrou com tanta força, eles não conseguiram se segurar enquanto os músculos dela ondenhavam seus paus e fizeram com que cada um deles gozasse.

Essa foi, com certeza, a noite mais inusitada que os três tiveram na vida.


Perdão pelo tempo significativo sem capítulo novo. Espero que tenham gostado, beijos!


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