Pureza
Depois de mais cinco horas no soro, a pressão e a saúde de Felix já estavam melhores, pelo menos, o suficiente para receber alta e ter repouso de três dias em casa.
Algo que o perturbava bastante era que demoraria mais essa semana para começar o estágio que tanto queria na empresa, porém contra a saúde era difícil de lidar.
Sabia que era melhor cuidar da saúde do que se esforçar atoa e depois tratar da doença.
Aprendeu isso na marra quando perdeu o avô.
Agora o tédio era seu melhor amigo, não havia feito questão de pegar telefones a rodo na escola, mas não é como se tivesse um bom círculo social, sinceramente, se falasse com três pessoas era muito.
Com isso, seus três se resumiram ao tédio profundo, pois não era também um viciado em canais de TV Aberta e nem tinha paciência de ligar a televisão e achar como raios faria para ligar as redes pagas.
Passou o dia em tédio, olhando pela janela de seu quarto, a sacada tinha um lado extremamente positivo naquele momento, pois servia para algo pelo menos.
A visão divina que possuía da janela do quarto de Jeongin era o suficiente para valer a pena.
O corpo musculoso do atleta estava exposto pela falta de blusa, a bermuda era curta, permitindo as coxas torneadas de ficarem a mostra para 'bell prazer do rapaz.
O platinado olhou para sua janela, dando um sorriso sujestivo quando percebeu a secada que recebia de Felix, lambendo os próprios lábios em pura provocação.
Felix estava tentado a pular aquela sacada baixa e simplesmente correr para os braços dele, mas então em sua cabeça martelava a voz de Hyunjin.
E se ele estivesse certo? E se de fato ele precisasse valorizar sua primeira vez?
Um sentimento complicado se implantava em sua garganta.
E se estivesse realmente sendo um atirado? As pessoas estavam certas em o julgar?
Talvez seus pensamentos estivessem passando a serem mostrados em sua face, quando notou o sorriso do platinado sumir e uma feição preocupada se instalar.
Felix entrou novamente, fechando as cortinas e a janela, não queria mais olhar, se sentia mal.
Um ar deprimente alcançou sua garganta, enquanto seu coração parecia pesar, estava estranho.
Talvez estivesse apenas deprimido demais, tempo demais no hospital era normal desencadear esses picos de tristeza em si, se lembrava do acidente, seus pais, a explosão, seu braço ardia e doia quando lembrava do baque de suas costas.
Sua cabeça se voltou para o teto, encarando a cor clara com um incômodo nos olhos.
Não tardou a apagar a luz.
Agora sim, com tudo mais escuro e o som de pássaros no lado de fora, sua vista não doía tanto e sua cabeça parecia mais tranquila.
Menos peso na consciência.
Deveria ter realmente se valorizado. Talvez... Eles estivessem com razão.
Ele estava sendo um atirado.
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