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Quinta-feira
Stacy Simmons
- Eca - Anelise solta, observando meu primo de sete anos tirar catarro do nariz e colocar na boca, olhando para ela.
- Ele gostou de você - comento - Por que não dá um beijinho nele?
- Nunca!
Passei o dia inteiro conversando com Oliver por mensagens, é tão engraçado quando eu paro para pensar nisso, simplesmente porquê odeio ficar trocando mensagens como se não tivesse mais nada de importante para fazer.
"Fez alguma ação de graça hoje?" pergunta
" Faço todos os dias, querido. Já você, duvido muito." respondo
" Bom, eu pensei em você" diz
passo a língua pelos lábios, James James.
" Já usou essa conversa em quantas hoje?" perguntei
" Pergunte: Como você pensou em mim, Oliver?" - enviou
" Beleza, como você pensou em mim, Oliver?"
" Na primeira vez, eu estava te abraçando. Na segunda, estava te beijando. Na terceira, você está gemendo enquanto eu entrava e saia de dentro de você, lentamente"
engoli em seco, de repente, arrepiada.
"Foi bom?" pergunto
" A primeira, segunda ou terceira vez?"
" Terceira"
"Bom pra caralho".
Mordo o lábio inferior, essa conversa já esta me fazendo sentir coisas.
"Isso não é coisas de se pensar em um dia como esse, James." - envio
"Poderiamos fazer, ao inves de pensar, não acha?"
" Você está muito saidinho pro meu gosto"
" O que me diz?"
" Sobre o que?"
" Sobre a gente se ver"
Engulo uma risada. Está drogado de peru, só pode.
" Se você me encontrar, quem sabe as coisas que você pensou role".
Dito isso, desligo o celular sorrindo com cuidado.
- Credo, Ane. Não gosta de crianças? - Amber pergunta para ela, me fazendo prestar atenção
- Crianças catarrentas, não.
- Não tem problema, pode começar a gostar agora - Falo em um sorriso maldoso, então aceno para a criança- Vem aqui, Ben, minha amiga quer te dar um beijo.
Ela me dá um soco no braço, e eu dou risada observando Ben, melecado de catarro vir correndo até Anelise.
- Você é muito linda - ele diz observando ela com os olhos brilhantes
- Você também, que tal assoar o nariz? - ela pergunta
- mamãe foi buscar o papel higiênico.
- Anda, Anelise. Beije o homem dos seus sonhos - Incentivo
Ela me encara, como quem implora para mandar o menino para o outro lado do planeta. Ben vira o rosto, esperando seu beijo na bochecha.
- Eu... Preciso usar o banheiro- diz pronta para atravessar a sala e ir correndo fazer isso, Amber segura seu pulso
- A menos que queira ver a mãe do Ben cagando, pode ir.
- Você não vai morrer - Falo amparando ela, que olha para o menino a sua frente com uma careta. Ela aproxima o rosto do seu e beija rapidamente, mas não tão rápido assim, levanto o celular e tiro foto.
Ben vai embora feliz, comentando que ganhou um beijo da moça bonita para seu irmão gêmeo. Mostro a foto do celular pra ela que está esfregando a boca com nojo
- Isso não se faz, Stacy!
- Bom, a gente faz - Eu mostro para Amber que começa a rir pedindo que envie para ela
- Você não era obrigada- Amber provoca
- Ele não ia sair daqui de jeito nenhum!
- Vamos comer pessoal! - Minha mãe chama
Eu e as meninas vamos sentar perto dos meus pais, enquanto meus tios, por parte de mãe se sentam junto dos filhos gêmeos. Neste ano os membros da família do meu pai não puderam vir, principalmente porquê minha mãe está brigada com a mãe do meu pai.
Família maluca, eu sei.
- Vamos começar dizendo ao que somos gratos, quem começa? - Minha mãe pergunta visivelmente feliz que os familiares dos meus pais não estão, ela nem ao menos disfarça.
Ninguém levantou a mãe, fazendo-a revirar os olhos. Sinceramente não sei porquê ela pergunta, todo ano ela que começa com essa besteira.
- Eu sou grata a familia linda que tenho - Diz ela e então olha para as meninas ao meu lado - Isso inclui vocês meninas.
Vejo elas sorrir, e evito abrir um sorriso também. Sei que poucos tem a sorte de ter pais juntos, que se amem e que abram os braços com carinho para os outros. Meus pais são otimos, e isso me faz sentir um pouco culpada já que os pais de Anelise são distantes e os de Amber, bom, é uma historia complicada.
- Eu sou grato ao bom rendimento que tenho tido no trabalho esse ano - Meu pai diz
- Eu sou grato ao beijo da moça bonita - Ben diz, a mãe assoa o nariz dele
- Eu sou grata á todas as pessoas que fazem minha vida melhor - Amber diz na vez dela, olhando para meus pais com carinho- Não sei o que seria de mim sem todos vocês, obrigada.
- Assim eu choro menina - Minha mãe diz limpando o canto do olho
- Bom, é difícil pensar ao que sou grata - Anelise sorri sem graça- Mas neste momento, eu sou grata a minhas amigas- Olha para nós - Vocês não fazem ideia do quanto são importante para mim. Obrigada.
- Falta você, Stacy - Minha mãe diz
Levantei, observando as meninas, meus tios loucos para que eu falasse logo para comer e irem embora, e por fim meus pais.
-Sou grata a tudo e todas as coisas, apesar de eu não demonstrar. - sentei de novo -Vamos comer?
- Céus, só isso? - Anelise pergunta incrédula
- Estou com fome - falo
- Vamos cair de boca nesse peru! - Meu tio faz uma tentativa falha de piada. Ninguém riu
- Depois reclama da minha familia - Meu pai resmunga na cara dura.
Todos começamos a colocar nossa comida e comer. A comida da minha mãe é realmente deliciosa e só de olhar a expressão de todos posso notar a satisfação.
Quando começou a se aproximar das seis da tarde meus tios e primos foram embora, no segundo que isso aconteceu minha mãe sentou conosco no sofá da sala para falar mal da propria irmã.
As horas foram passando e eu nem notei, quando vi estava escuro lá fora. Estávamos assistindo a um filme de ação na sala, ao som de tiros e gritaria estridente, a campainha toca.
- Anelise vai - Digo comendo pipoca
- Por que eu? - Vira o rosto pra mim
- Amber está fingindo de morta e você é nova na casa - Falo com os olhos na televisão.
A campainha toca de novo. Meu pai resmunga, e minha mãe revira os olhos.
- Deixa que eu atendo, faço isso o dia inteiro porque não fazer agora- resmungo ela levantando e indo atender.
Mais tiros, mais gritos. Os protagonistas sinceramente estavam me confundindo, não fazem idéia do que querem. Ou iam pelo caminho da morte ou pelo caminho da morte, é tudo a mesma coisa bosta.
- Quem é, querida? - Meu pai pergunta
- Visita - Mamãe diz se aproximando
- Se for algum parente seu melhor nem deixar entrar - ele fala
- Não é atrás de mim que vieram, é atrás das meninas.
Levantei a cabeça confusa, olhando para trás. Quase engasgo com a pipoca assim que vejo Oliver e Brad entrando na sala de estar da minha casa.
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