3
QUINTA-FEIRA
Stacy Simmons
Tudo tem uma solução. Quando algo quebra procuramos concertar. Ou simplesmente nos livramos.
Existe vários exemplos de problemas diários que podem ser concertado.
1° Se seu cabelo tá quebrado, ressecado, a primeira coisa que a mulher pensa em fazer é ir atrás de um produto ou até mesmo profissional. Isso pode resolver.
2° Se nossa roupa predileta está rasgada e precisamos sair com urgência, mas seu foco era aquela, não resta solução a não ser procurar outra no guarda roupa que pelo menos chegue as pés da outra.
3° Se meu celular, notebook, televisão ou outro eletrônico danifica minha solução é óbvia: Me livrar ou procurar um técnico que possar detalhar o que aconteceu e quanto custaria para um concerto.
Eu poderia listar de um a milhão, a bilhão, inúmeros problemas diários que muitas pessoas passam e que possivelmente tem uma solução. No entanto existe a UFH, universidade que estudo, é cercada de vários problemas.
Em geral, tem seus benefícios. Como também tem seus problemas irritantes para qualquer universitário veterano.
Toda vez que eu ando por esse campus, é uma rotina. Eu ando observando a galera no gramado, rindo, conversando, fumando. Existe alguns apressados que saiem correndo ao ver que vão chegar atrasados para a aula.
O sol quente como o inferno. Não que eu já tenha ido para lá.
Honestamente eu prefiro o frio.
Porque o frio é o único que faz eu sentir verdadeira algo.
O frio é o único que tem o poder de me arrepiar.
Voltando para o problema irritante da UFH. Diferente de muitos problemas ele não pode ser solucionado facilmente.
Já tentei.
Já joguei salto nelas.
Já falei em alto e bom som o quanto eu gostaria de matar elas. Por sorte não sou assassina, psicopata nem nada do tipo.
Mas elas não se tocam. Aquelas líderes de torcidas são a porra do meu pior pesadelo. Quase todo dia, Todo mês. Sempre.
Elas sempre estão reunidas no gramado tentando parecer alunas de ensino médio, subindo em cima da outra gritando uma canção improvisada.
Nem quando eu estava no ensino médio as garotas eram assim. Sabiam a hora certa de "animar" o público, que geralmente é em jogos. Mas essas são os demônios do inferno.
- Melhora essa cara, Stacy - Minha colega de quarto e amiga diz ao meu lado, enquanto tenta segurar um livro enorme nos braços ao mesmo tempo que se olha no celular
Irritante, porém já acostumei. Nunca vi uma menina tão vaidosa, até conhecer a Evans.
- UFH, mais um semestre daqui a pouco vai começar. Se esforce para suas notas melhorar. Se divirta para seu coração se alegrar. Não use drogas para não se viciar. Vamos UFH!! - cantarolaram
- Eu daria tudo para estar em uma balada agora - Eu disse observando com uma careta os gritos estridentes das garotas no gramado - Ouvindo Poker Face enquanto me encho de bebida.
- Transar com alguém também - Ela disse guardando o celular no bolso do jeans. Anelise pode mudar tudo, mas nunca deixa de usar seus saltos e batom vermelho - Travis está dando conta do recado?
- Quem? - perguntei sem perceber e depois batendo na minha própria testa - Ah, Travis.
Ela me encarou com um sorrisinho nos lábios
- Ele não está dando conta do recado. O que foi, o pau dele é muito pequeno?
- Razoável. - Dei de ombros enquanto eu dava as costas para as meninas irritantes para continuar a conversa de frente com Anelise.
- E por que ainda está com ele?
- Defina "Está com ele"
- Por que ainda fica com ele?
- Porque apesar de não me satisfazer na cama, ele me satisfaz fora dela. E eu já deixei claro, ele pode se envolver com quem quiser e eu faço o mesmo. Não estamos e nunca estaremos em um relacionamento.
- Talvez você só esteja com o cara errado - Ela disse a mim
- Não viaja, Anelise. Eu não sou a Amber, não estou a procura de alguém para aquecer meu coração.
- Eu não disse nada relacionado a isso.
- Mas eu vejo em seus olhos, bonita.
ela riu
- O que estamos conversando? - Amber surgiu ao nosso lado suspirando enquanto prendia os cabelos negros em um rabo de cavalo alto
- Que precisamos ir para uma balada beber horrores até ficar louca a ponto de fazer um ménage - Anelise disse. Olhamos automaticamente para ela com uma cara de "sério?"
- Estamos conversando sobre Travis e... - comecei
- James. - Disse Anelise apontando com o queixo para atrás de mim. Eu revirei os olhos, observando antes de tudo as pessoas ao redor.
Todo mundo babava nos James. Eles são lenda, atração, e os irresistíveis dessa universidade.
Era quase como se fosse tudo forçado, combinado. Os James, qualquer um deles, juntos ou andando sozinho, atraia um grande número de olhares.
Todas as atenções automaticamente era deles. As garotas nem piscavam. Os caras também não, cada um de olho e foco em um James.
Nos seus traços. No modo como anda. No modo como sorri. No modo como se veste. No simples modo de ser apenas eles e ainda sim ser mais do que o suficiente para encher as mentes de cada uma naquele campus de pensamentos impuros, eróticos e perversos.
- Lembra o que você disse a primeira vez que os viu? - Perguntou Amber observando o namorado que ainda não a notou enquanto conversava com Oliver, andando confiante e sendo alvo de todos os olhares. Dei uma rápida olhada.
- "Quem são os babacas?" - Anelise repetiu sua fala, do primeiro dia dela nessa universidade
- Como esquecer do dia que eu não gostei e gostei de uma pessoa ao mesmo tempo - Eu disse
Amber riu
- Essa atenção toda é patética.
- Você diz isso por ciúmes do seu namorado ou porque acha realmente isso? - Ane perguntou
- Um pouco dos dois - Ela disse - Mas não as culpo, Se dependesse de mim eu viveria na cama com Brad.
- Sem detalhes por favor - Eu fiz careta
- Você já transou com um James, não se esqueça - Amber disse
- Ela lembra toda vez que coloca os olhos no Oliver. - Anelise diz
Odeio voltar nesse assunto, elas sempre os faz quando tem a oportunidade.
Então eu olhei para os irmãos James andando pelo campus. Dessa vez sem desviar com rapidez.
Brad James conversando e sorrindo, o sorriso cafajeste quase normal é sua marca. Já Connor James observava ao redor enquanto fumava seu cigarro. A nicotina parecia ser seu maior vício. Era nitido o foda-se enorme estampado em sua testa em relação a qualquer coisa.
Por fim, aquele que me irrita apenas quando eu o olho.
Oliver James não estava sorridente mas também não tinha uma expressão séria. Ele tinha as mãos nos bolso da frente da calça enquanto andava com confiança.
Então Brad notou o olhar quente de sua namorada ao meu lado. E sorriu igual um tolo apaixonado.
Connor seguiu o olhar do irmão mas decidiu dar atenção a qualquer outra coisa, era como se nós três não valesse o tempo dele.
Oliver olhou para mim. Seus olhos demorados no meu, o sorrisinho excitante de lado. Eu não sei descrever mas toda vez que Oliver James me encara eu sinto uma energia quase elétrica no ar.
É irritante. Porque seu olhar acaba prendendo o meu. E de forma estúpida ficamos os dois se olhando igual dois idiotas.
Eu sempre acabava lembrando daquela noite a quatro meses atrás.
Eu senti uma mão na minha cintura. Não precisei olhar para saber que era Travis. Ele cumprimentou as meninas e beijou minha bochecha.
Eu ainda não olhei para ele. Porque eu estava observando Oliver que tinha os olhos nas mãos de Travis na minha cintura.
Chega dessa baboseira. Por que eu ainda estou olhando para ele?
Eu virei meu corpo para o cara lindo diante de mim, e sorri ao sentir seus lábios macios nos meus.
__________________
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top