26

Sábado de manhã

Oliver C. James

     Eu acordei primeiro, parece que meu corpo quis acordar para olhar aquela cena. Porra de bela de cena.

Simmons estava deitado do meu lado no chão da sala. Poderíamos ter dormido em qualquer canto, inclusive na cama, mas estávamos tão loucos ontem a noite, fazendo o sexo mais louco das nossas vidas que quando o cansaço bateu dormimos onde estávamos.

Naquele interesse instante seus cabelos estavam jogados para todos os lados, espalhados por meu braço que servia de seu travesseiro. Eu não sinto meu braço- devo dizer, mas não vou tirar ela de perto de mim. Olhar pra ela é mais envolvente do que qualquer outra coisa na vida. É viciante.

Sua corpo quente estava coberto por um mísero lençol, cobrindo apenas seus seios e indo ate um pouco acima do joelho.

- É feio ficar olhando - ela diz de olhos fechados

Eu sabia que ela estava acordada, parece que ela sente meu olhar. Felizmente Stacy não me surpreende em algumas coisas, em outras é um baú de surpresas e segredos que eu estou disposto a desvendar e conhecer todos os dias.

- Não quando eu gosto do que vejo. - Eu falo

Ela abre seus olhos

- Está pensando no quê?

- Quer mesmo saber?

- Se eu não quisesse não perguntaria.

Eu ri

- Doce igual limão.

Ela revirou os olhos dramaticamente. Mas eu conseguia ver o vestígio de um sorriso em seus belos lábios inchados e vermelhos.

- Acordaram - Uma voz nos surpreende. Quando olhamos para a pessoa encontramos Connor nos encarando de braços cruzados.

- O que faz aqui? - Pergunto

- Eu moro aqui, caso não saiba.

- Depois me chamam de arrogante. - Stacy comenta cobrindo ainda mais seu corpo

Connor ignora e pega sua jaqueta que estava perto de nós no sofá, veste rápido e caminha em direção a porta.

- Então era por isso que a White me encheu de mensagem me proibindo de vir pra cá - Comenta ele abrindo a porta - Tem café pronto.

Quando ele saiu Stacy levantou me encarando de olhos semicerrados em uma provável ameaça.

- Se alguém perguntar o que aconteceu aqui noite passada não conte.

- Não quer que saibam que fez um jantar pra mim?

- Não quero que me vejam com outros olhos - Subiu em cima de mim - Só você é o suficiente.

Eu admirei sua beleza gritante, atitude interessante e forte.

- Tá olhando o que inferno? - Perguntou já irritada

- Sentindo seu mal hálito.

Ela me deu uma leve ajoelhada no pau e levantou indo em direção ao banheiro. Eu sentei incomodado com a leve dor.

- Idiota. - resmungou com a mão tampando a boca

Eu ri e levantei com a cabeça pegando fogo, eu estava extasiado naquele momento mas uma pergunta que estava enfiada na minha cabeça desde que ela abriu a porta pra mim estava me cutucando, me implorando pra perguntar.

- Pergunta - Ela disse depois de escovar os dentes provavelmente com os dedos. veio até minha tentando arrumar a bagunça dos seus cabelos castanhos.

- Como sabe que quero perguntar algo? -pergunto surpreso

- Você mudou de humor.

- Bem analisado.

- Pergunta.

- E Travis?

- O que tem?- Se fez de quem não sabia nada

- Seu relacionamento com ele.

- Nunca existiu um relacionamento. Sempre foi apenas duas pessoas que ficavam juntas. - colocou as mãos no quadril em uma pouse sexy até demais. - De qualquer forma acabamos o que sei lá que tínhamos ontem.

- Certeza que acabou?

- Sim, certeza.

Suspiro um pouco irritado

- Ele gosta de você. Eu vi o jeito que ele te olha.

Ela me encarou, seria. Depois riu. Eu ergui uma sobrancelha esperando o motivo da risada.

- Está com ciúmes, Oliver?

- Talvez.

- Travis parece bem ocupado com Julia. A colega de turma dele e de Amber.

Evitei um suspiro aliviado mas ainda com um pé atrás, eu sei que ele sentia algo por ela.

Stacy se aproximou com passos cuidadosos e calculados em minha direção. Essa mulher é, porra, uma mulher linda pra caralho. Seu sorriso discreto e malicioso foi capaz de me fazer esquecer Travis e qualquer baboseira.

- Você é fofo com ciúmes.

- Não sou.

- É sim.

Acariciei suas bochechas macias, as pupilas dilatadas. O cabelo parecia um ninho de pássaro, mas o ninho mais lindo da porcaria desse mundo.

- E a gente, Simmons?

- O que tem a gente?

- O que a gente tem.

Ela suspirou pesadamente, um sentimento perigoso nos circulando.

- Não sei, Oliver. - beijou meus lábios - Eu só tenho uma coisa a pedir.

- Peça.

- Vamos manter em segredo.

- Não sei se gosto da idéia.

- Por enquanto.

- Não.

- Oliver, O que ninguém sabe, ninguém estraga.

Eu assenti a contragosto. Concordando e discordando ao mesmo tempo.

- Tudo bem. Mas por pouco tempo.

E apesar de concordar com aquilo a longo prazo eu não podia negar que tinha a sensação que aquilo resultaria em diversas confusões.

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