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DOMINGO

FESTA NA FRATERNIDADE DOS GAVIÕES

Stacy Simmons

- Aquele cara tem um pau gigante - A menina perto do barril de bebidas disse a mim, apontando para o cara loiro do sorriso reluzente.

Ele até pode fazer uma propaganda de pasta de dente. De tão grande seu sorriso e branco seus dentes.

- E como sabe disso? - Perguntei sem nenhum interesse. Aliás eu nunca a vi, mas para universitários é super normal falar algo nada a ver para quem não conhece.

- Porque eu dei pra ele - ela deu de ombros

-Safadinha você - Falei revirando os olhos, não pude deixar a ironia de lado.

- Eu estava dançando, aí eu apertei a bunda dele. Quando vi ele já estava me levando pro andar de cima.

- Uma rapidinha?

- Não, menina. Foi na festa passada. Tô tentando ficar com ele de novo, mas aparentemente ele não repete as transas.

- Poxa, que droga - Falei desligando a torneira do treco. Levei a bebida de encontro a meus lábios.

- Sim, mas eu não esqueço o pau dele, ele é muito...

- Tá bom, eu já entendi - Falei pra ela, revirando os olhos sem ao menos disfarçar pela segunda vez. Honestamente eu tô pouco me fodendo sobre o tamanho, grossura ou quantas veias o pau do cara tem.

Infelizmente ouvir aquela conversa sem noção é o mais interessante que tem, pois Anelise e Amber sumiram.

Vadias. Era pra eu e Anelise vir tomar algo enquanto Amber conversava com o falso amigo dela. Eu não tenho nada contra mas também nada a favor. Porém aparentemente quando cheguei na cozinha e olhei pra trás, onde diabos estava a Anelise?

- Você deve estar me achando sem noção - A menina continuou

- Claro que não - Falei sem disfarçar a ironia na minha voz, mais uma vez. Ou aquela garota estava fazendo a egípcia com minha falta de interesse em seu assunto erótico ou ela é lerda.

Tomei mais um gole da bebida, ficar bêbada é a unica maneira que eu vejo de realmente curtir a festa. A realidade é que não sei se naquele instante eu estou sem paciência, como sempre, Ou estou cansada a ponto de abandonar as meninas aqui e simplesmente ir embora.

Mas e se alguma coisa acontecer com elas, Stacy?

Foda-se, elas são adultas. Não quero soar rude, Eu apenas não sei como me convenceram a vir e não sei como ainda estou aqui. No entanto elas sabem se cuidar, mas naquele lugar perigo é o que não parece a ver.

- Ele puxou meus cabelos e me empurrou na parede. Naquele instante eu falei, "Cara, Eu quero aqui e agora. Vai fundo" - Ela fez aspas com os dedos - Mas aí depois que ele terminou ele disse pra fingir que nunca aconteceu. Que nunca rolou.

- Caramba, então ele escorregou com a rola dentro de você e disse que não o fez? - Perguntei quase (quase) entretida no assunto

- Sim, menina. Isso que estou falando! Nós deveríamos ser amigas!

- Nunca nessa vida.

Ela me encarou, pareceu notar pela primeira vez minha falta de interesse.

- Melhor eu ir indo - Disse quando viu que comigo não teria o papo sem noção que ela queria - Até mais.

- Até, escorrega rola! - Acenei. Ela sumiu no meio de corpos suados pulando ao ritmo da música na sala.

Não é que eu não goste de papos sem noção, eu adoro, porém com as pessoas certas.

- Você tem um belo corpo - Ouvi uma voz grossa. Olhei na direção do cara encostado no balcão do outro lado, de braços cruzados, me encarando. Belos e chamativos olhos azuis. No entanto seu maxilar marcado é o que mais chama atenção.

Minha nossa, poucas vezes na vida vi alguém tão bonito desse jeito. É tão ridículo e clichê mas parece que foi todo esculpido por Deus.

Não seja tonta, Stacy.

- Não lembro de ter te perguntado - disparo

- Afiada - Ele abriu um sorriso de lado - Gostei.

Eu ri sem a menor graça

- Céus, estou cercada de pessoas sem noção.

- Eu ouvi parte da sua conversa com a garota que saiu - apontou pra multidão de corpos pra onde ela foi, ignorando completamente meu comentário. - Você nem ao menos disfarça seu desinteresse

- Dizem que sinceridade é tudo - Dou de ombros - Não faço o tipo que finge as coisas.

- Eu percebi - Seus olhos me analisaram minuciosamente. Eu tinha certeza que conhecia ele de algum lugar, foi inevitável estreitar os olhos enquanto eu tentava associar seu rosto perfeito com o de alguém. Quando por fim eu reconheci seu rosto por tê-lo visto recentemente e frequentemente com seus outros dois irmãos eu suspirei de cansaço.

- James.

- Sabe quem sou?

- Quem não sabe?

ele riu

- Eu não sei quem você é - Disse e então começou a se aproximar de mim com passos calmos e calculistas. Eu observei sorrateiramente seus passos delicados em minha direção. Interessante. Esses passos, esse olhar obviamente molharia a calcinha de qualquer uma. Quando ele parou na minha frente, devo acrescentar, ligeiramente perto demais, ele disse: - Quem você é?

Será que ele estava tentando me seduzir? Se ele estava, estava falhando miseravelmente. Ou não. Estou indecisa.
E como eu não sou boba e adoro uma brincadeira de gente grande, Eu sorri.

aproximei meus lábios pintados por um batom vinho escuro de sua orelha e disse:

- Eu sou uma mulher, meu bem.

ele riu. Seus olhos azuis brilhando em pura diversão, em pura atração. Deus, bonito pra caralho.

- Por que você me olha assim? -perguntou ele depois de alguns segundos

- Assim como?

- Como se eu não fosse nada.

-Talvez você não seja.

- Está enganada - Levantou a mão. Meus olhos estavam focados nos seus, assim como os deles estava nos meus. Sua mão acariciou levemente minha bochecha.

- Por que diz isso? - Perguntei

- Porque eu sou tudo aquilo que você precisa.

Eu ri afastando sua mão

- Uma fato sobre mim - Empurrei seu corpo - Você parece ser um cara fofo, e eu não gosto de caras fofos.

- Eu garanto que faço você mudar de idéia - disse

- Não vai rolar, James.

Deixei minha bebida no balcão e desviei de seu corpo atlético. Até onde eu sabia ele não praticava esporte nenhum, mas ainda sim ele é um James.

Os James são bonitos por natureza. Os olhos gritando a cor azul é a marca dos irmãos. Cada um deles tinha um sorriso diferente, e esses sorrisos diferentes porém detalhados tem seu toque de charme.

Eu conheço.

Eu sei.

Eu vejo todos os dias.

Eles molham quase todas as calcinhas.

Eles abalam quase todos os corações.

Ele afetam as estruturas daquelas que não se abalam por quase nada.

E quando digo quase todas, é porque eu e algumas poucas garotas não estava incluída nessa lista medíocre.

- Você ainda não me disse seu nome - Ele disse quando eu lhe dei as costas

- Não é importante.

- Pra mim é.

Virei para olhar para ele, admirando sua insistência irrelevante

- Você é um bom jogador. Mas eu não estou disposta a entrar no seu jogo. Tenha uma ótima festa, Oliver James.

Então eu saí andando por entre as pessoas. Embora eu ainda sentia seu corpo vindo atrás de mim. Garoto insistente deve ser um dos nomes dele.

Quando eu encontrei um canto calmo sem muitas pessoas peguei meu celular e comecei a encher a caixa postal de Amber e Anelise de mensagens. Onde essas vacas estão? A casa não é pequena mas nem tão grande assim pra eu não cruzar com nenhuma delas.

- Você é muito estressada - Ouvi. Olhei de novo para a nova fonte da minha impaciência. Oliver estava do meu lado com seu copo de bebida em mãos, bebendo um gole por minuto.

- Por que você não me deixa em paz?

- Achei que fosse esperta, Stacy - Ele não sorriu, mas seu olhar dizia que ele queria fazer isso - Porque eu não quero.

- Eu não te falei meu nome.

- Eu já sabia - Disse - A propósito, Eu menti sobre não saber quem você é.

- Qual sua intenção comigo, James?

- Eu quero casar com você.

- Tente novamente.

- Eu quero namorar você.

- Vou te dar mais uma chance.

Ele sorriu

- Você sabe o que eu quero - Seu olhos me analisaram de novo, dessa vez com mais desejo estampado no olhar. Eu espreitei os olhos para ele. Até que ele não é de se jogar fora.

A idéia é interessante e tentadora.

Não me leve a mal. Os James não me afetam. A minha desculpa poderia ser que:Eu estou na seca. Mas a realidade que não estou. Eu fico com o colega de turma e amigo da minha melhor amiga à dias, Travis é um gato. Interessante. Divertido. Eu adoro estar com ele, quando estou com ele.

Mas ele não está aqui. Então eu estava sim considerando a hipótese de transar com Oliver.

- Tá legal - Eu falei depois de pensar por alguns segundos, levantei do sofá encarando ele - Tá esperando um convite? Vamos lá.

Ele não escondia a surpresa, pensou que ia ser mais trabalhoso. Ele também resolveu não questionar minha súbita mudança de idéia.

- Você é impressionante, de todas as formas.

- Sem essa. Vamos pra onde? - Perguntei olhando para os lados

- Meu apartamento?

- Pode ser.

Eu nem vi mais nada naquela festa. Se eu não soubesse quem eu sou eu me acharia louca naquele instante. Mas qual é, o garoto é um gato, ele quer, eu quero, então vale a pena transar com ele.

Ele havia comentado casualmente que estava com o carro do irmão, Brad. Eu não liguei muito. Fomos o rápido caminho em silêncio para o apartamento dele. Eu pensei em observar o lugar mas na verdade eu estava afim de outras coisas.

No segundo que entramos em seu apartamento, Ele sorriu e me empurrou porta a dentro e foi andando na minha cola em direção ao seu quarto.

Eu nem pensei se tinha alguém no apartamento, aparentemente estava vazio. No segundo que Oliver entrou no quarto ele me puxou de encontro ao seu corpo. Ele ficou me observando, talvez esperando eu hesitar, porém parecia que ele estava focando e gravando meu rosto na sua memória. O seu olhar era tão intenso, ele estava praticamente me despindo com os olhos.

Seus lábios atacaram os meus de forma rápida, necessitada, veloz e urgente.

Ele empurrou meu corpo na cama dele, e então ele sorriu subindo em cima de mim. Seus olhos demonstrava luxúria, demonstrava desejo.

Suas mãos passearam por meu corpo cuidadosamente mas direto nos pontos que ele queria.

- Eu vou foder você.

- É o que espero. - Respondi ofegante

Ele sorriu

- E vou com calma e desejo. -sussurrou perto dos meus lábios

Eu troquei as posições, e então eu sorri.

- Calma não é meu forte, doce Oliver.

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