O lugar secreto
Um barulho estridente interrompe o meu sono e eu demoro alguns instantes para perceber que é o toque do meu celular. Abro os olhos com dificuldade e vejo que ainda está escuro. Verifico a hora no relógio, são cinco horas da manhã. Quem será uma hora dessas? Eu me sento na cama e alcanço o telefone que está na mesinha que fica ao lado da cama e atendo.
- Oi Claire, me encontre no estacionamento. – É a voz de Taylor do outro lado da linha.
- O que? – Falo ainda confusa.
- Estou no estacionamento do hotel Claire.
- O que você está fazendo aí?
- Quero te ver. Você vem?
- Claro... Vou sim, Só espera um minuto.
- Ok.
Eu olho pro lado, para onde a cama de Susan está. Ela parece não ter ouvido nada, ela está dormindo profundamente. Eu me levanto da cama com cuidado para não fazer barulho, pego um vestido de alça que eu trouxe e visto, calço meus chinelos. Caminho nas pontas dos pés até a porta e abro devagar, saio do quarto e fecho a porta. É estranho, mas estou me sentindo uma adolescente fugindo de casa para encontrar o namorado, a adrenalina deixa a experiência mais empolgante.
Quando chego ao estacionamento não tenho dificuldades em achar o Taylor, ele está de pé, encostado numa picape preta. Assim que ele percebe que estou me aproximando ele abre um sorriso, é aquele sorriso lindo que eu adoro. Não posso evitar sorrir também.
- Estou começando a achar que você tem fetiche com estacionamentos. – Falo quando chego perto.
- Só quando estou com você. – Ele fala e beija meus lábios com delicadeza. – Quero te levar a um lugar.
- Agora?
- Sim, agora.
- Mas alguém pode ver a gente.
- Claire é cinco da manhã. As pessoas não costumam perambular pelas ruas há essa hora.
- E pra onde nós vamos?
- É surpresa.
- Tudo bem. – Falo ainda desconfiada. Eu sei que não deveria ir, mas como Taylor disse, há essa hora as pessoas estão dormindo, não corremos o risco de sermos vistos juntos.
Taylor abre a porta do carro e eu entro. E fico olhando enquanto ele da à volta no carro e entra pela outra porta. Ele me olha e abre um sorriso antes de dar a partida no carro e começar a dirigir. A cidade está vazia e já podemos ver o dia clareando. Taylor dirige por vinte minutos antes de entrarmos em uma estrada de cascalho. O único som que ouvimos é o das pedrinhas sendo amassadas pelos pneus. Parece que estamos no meio do nada. Não há carros, nem construções, nem nada por perto. Depois de rodar mais ou menos um dois quilômetros e meio, ele para o carro. Olho pela janela e não vejo nada além de e árvores. Há algumas florezinhas vermelhas e amarelas espalhadas pela grama. É um lugar agradável e sereno. Mas por que estamos aqui?
- Não vai mesmo me dizer para onde estamos indo? – Eu pergunto cheia de curiosidade.
- É o meu lugar favorito aqui em Tulsa.
Taylor avança ainda mais com o carro. Não dizemos nada na maior parte do tempo, só observo o cenário ao redor. E percebo por que esse lugar é o seu favorito. É tranquilo. E pacífico. Muito diferente do turbilhão que é a vida do Taylor. Eu ficaria aqui por horas, só eu e um bom livro. De repente ele para o carro e desce.
- Já chegamos? – Eu pergunto quando ele abre a porta do carro para mim.
- Estamos quase.
Eu desço do carro e ele segura a minha mão me guiando para fora da trilha que estávamos seguindo, continuamos a caminhar pelo meio das árvores. Alguns minutos depois, chegamos à beira de um rio. Não faço ideia de qual seja, mas parece bem fundo. As árvores e as flores coloridas em volta do rio fazem uma paisagem linda. Parece uma pintura.
- Uau! Esse lugar é lindo. – Falo admirando cada detalhe.
- É lindo mesmo, e poucas pessoas conhecem esse lugar. – Ele diz.
Taylor tira a camiseta preta. Meus olhos percorrem seu tronco definido que fica ainda mais bonito sob o sol. Ele se agacha para desamarrar as botas pretas.
- O que você está fazendo? – Eu pergunto.
- É um ritual, sempre que eu venho aqui eu preciso dar um mergulho. – Ele fala enquanto tira a calça jeans ficando apenas com a cueca boxer branca. Ele olha para mim e sorri quando me vê admirando seu corpo seminu.
- Você não vem? – Ele diz antes de correr para a água, que parece estar deliciosa, mas fico paralisada com a visão dos músculos de suas costas nuas.
Taylor pula e mergulha espirrando água para todos os lados. Quando ele emerge na água ele está feliz como uma criança. É muito bom vê-lo relaxado dessa forma, na maior parte do tempo Taylor é muito sério, quase não faz piadas. Fico feliz que ele ainda seja capaz de se desligar do mundo real e ser feliz, nem que seja por algumas horas.
- Você é louco Taylor Hanson. – Eu grito.
- Você precisa vir. – Ele fala.
- Eu não posso, não trouxe roupa e não posso molhar essa.
- Quem falou em vir de roupa?
- Nadar pelada?
- Vamos Claire. Não tem ninguém aqui, só nós dois.
Eu olho em volta, realmente não deve ter ninguém a quilômetros daqui. É um lugar escondido no meio do nada, quem mais poderia vir aqui agora? Eu tiro o meu vestido, meus chinelos e corro em direção à água e pulo. A água está gelada e refrescante, ela é limpa e verde, a paisagem de dentro da água fica ainda mais bonita. Perece bobeira o que estamos fazendo, mas eu nunca me senti tão viva, eu nunca tinha nadado pelada antes. Sei que não tem ninguém por perto, mas a adrenalina invade o meu corpo e me deixa eufórica, isso me faz lembrar a noite que transamos no vestiário do clube.
- Eu já perdi as contas de todas as loucuras que fizemos juntos. – Eu falo.
Taylor nada até onde estou e me pega pela cintura e fala:
- Eu quero fazer muitas loucuras com você agora.
Sinto meu corpo se incendiar com o seu toque e envolvo sua cintura com as coxas. Um suspiro escapa de seus lábios.
- Então faz. – Sussurro.
Ele me beija sem hesitar, sua língua invade a minha boca com ferocidade e desejo. Eu mordo seu lábio inferior fazendo com que ele deixe escapar um gemido. E isso já é o suficiente para a eletricidade percorrer o meu corpo mais forte do que nunca. A boca dele toca meu queixo, e eu estremeço toda. Taylor continua beijando e mordendo meu pescoço me fazendo gemer. Eu o aperto entre minhas pernas. Levo a mão às suas costas e passo as unhas em sua pele. Estou prestes a explodir, e ele está só beijando meu pescoço. Taylor volta a me beijar com urgência, posso sentir seu pau duro pressionando a minha pélvis.
- Ai Taylor... – Minha voz soa carregada de urgência.
Ele segura minhas coxas, levanta-me um pouco mais e afasta a minha calcinha para o lado. Sinto ele me penetrando bem devagar, mas o desejo grita tão alto dentro de mim que eu não consigo me conter. Começo a mexer o quadril com força. Taylor me aperta contra seu corpo e geme. Eu assumo o controle e isso faz meus hormônios irem à loucura, adoro saber que posso deixa-lo perdido de prazer. A água deixa meu corpo mais leve e facilita o meu movimento. Posso me mexer com ousadia, e saber que estamos aqui sozinhos e longe de tudo me deixa livre para me entregar por completo. Sei que alguns gritos estão escapando da minha boca e não quero conte-los, só quero me entregar a essa sensação maravilhosa.
Eu coloco meus braços em volta do seu pescoço e agarro os seus cabelos. Taylor solta um grunhido alto. Eu acelero o meu movimento me arrastando para cima e para baixo em gestos febris e descontrolados, as mãos de Taylor estão agarrando meus quadris com tanta força que chega a machucar um pouco, mas eu não me importo. A sensação de ser pega desse jeito por ele, num lugar completamente aberto, dentro do rio envolvendo sua cintura com as pernas, é ao mesmo tempo intensa e divina. Passo a língua em seus lábios para beija-lo enquanto ele entra e sai de mim cada vez mais depressa. Nosso corpo se move vigorosamente, mas nossa boca continua em um movimento lento e íntimo.
- Claire... Porra! - Ele fala com a boca colada à minha, fazendo-me gemer e ficar sem fôlego.
Alguns grunhidos escapam de sua boca e dou um grito quando gozamos ao mesmo tempo. Eu me entrego àquela sensação intensa e ele mantém a boca junto à minha, engolindo meus gemidos quando fica todo tenso e jorra dentro de mim.
Taylor continua me abraçando, Sua respiração está ofegante. Apoio à cabeça no seu ombro para recobrar o fôlego. Permanecemos nessa posição por um tempo antes de ele se afastar um pouco e beijar o meu rosto.
- Eu te amo Claire. – Ele fala.
Olho bem em seus olhos azuis e reluzentes. Taylor é lindo, um homem incrível e está aqui, nesse lugar lindo dizendo que me ama. Eu não poderia estar mais feliz.
- Eu também te amo.
- Não diga "também", parece que você está dizendo por obrigação. Diga apenas "eu te amo".
- Tudo bem... Eu te amo Taylor Hanson.
- Eu também te amo Claire. – Ele responde com um sorriso sínico no rosto.
- O que? – Eu falo com cara de enfezada e jogo água nele.
Taylor dá risada e eu continuo espirrando água nele. Ele estende seu braço comprido, enlaça-me pela cintura e me puxa para baixo. Quando voltamos à superfície, Taylor cai na gargalhada.
- Você acha que pode me vencer na guerra de água? – Ele fala ainda rindo.
- Isso não é justo, não vale me afundar. – Finjo que estou irritada, mas acabo rindo junto com ele.
- Pra mim pareceu muito justo.
Nado até ele e tento enfiar sua cabeça na água. Mas é inútil, ele é mais forte do que eu e não afunda, então começa a rir ainda mais. Eu gostaria de ter mais momentos assim com ele, estamos nos divertindo de verdade.
- Acho que devemos ir embora. Já devem ter sentido a nossa falta. – Falo quando estamos mais calmos.
- Eu gostaria de poder ficar aqui com você pra sempre.
- Eu também. – Eu digo.
Nós saímos da água e nos enxugamos com as toalhas que Taylor trouxe no porta mala do carro. Parece que ele pensou em tudo! Vestimos as nossas roupas e eu tento ajeitar os meus cabelos com as mãos.
- Como você descobriu esse lugar? – Pergunto quando já estamos no carro.
- Quando eu era mais novo, antes de ficar famoso. Eu costumava andar de bicicleta pela cidade inteira, um dia sai da trilha e encontrei esse rio. Desde então esse tem sido o meu "lugar secreto", venho aqui sempre que eu quero ficar sozinho e pensar.
- Você tem sorte de eu não morar na cidade, senão eu iria roubar esse lugar pra mim. Na verdade eu não sei como ninguém roubou ainda?
- Eu nunca trouxe ninguém aqui antes.
- É sério? Nem mesmo a Natalie?
- Nem mesmo ela.
- Isso me faz sentir especial.
- E você é. – Ele fala e coloca a mão em cima da minha. Eu não respondo nada apenas fico sorrindo como uma boba olhando para a paisagem.
Quando Taylor se aproxima da cidade ele fecha os vidros que são escuros, para que ninguém nos reconheça. Em poucos minutos chegamos ao hotel e Taylor estaciona no mesmo local onde eu o encontrei mais cedo.
- Eu te amo. – Ele diz quando nos despedimos. - Você acredita em mim?
- Porque você sempre me pergunta isso? – Já é a segunda vez que Taylor pergunta se eu acredito que ele me ama.
- É porque eu quero ter certeza que você sabe. – Ele fala. Talvez ele ainda se sinta inseguro, com medo de que eu vá desistir a qualquer momento.
- Eu te amo Taylor e isso já deveria ser motivo suficiente pra você saber que eu confio em você. - Seus olhos azuis se movem rapidamente analisando cada detalhe do meu rosto enquanto eu falo. Ele me beija suavemente nos lábios e eu saio do carro.
***
Abro a porta do quarto com cuidado para não fazer barulho, espero que Susan ainda esteja dormindo. Mas minha esperança vai embora quando vejo Susan sentada na cama me olhando.
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Mas a Claire não aprende mesmo!
Qual será a desculpa que ela inventará para Susan para explicar porque ela não estava no quarto?
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Lembrando que tem capítulos novos todo Domingo e Quarta.
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