Ressureição
Notas da autora: Antes do capitulo começar eu quero apresentar um projeto que estou envolvida e eu gostaria muito de ter vocês lá.
O projeto Porta Mágica foi criado com a missão de dar voz a autores nacionais que habitam essas terras do Wattpad, que escrevem tão bem, mas que muitas vezes não são reconhecidos.
Queremos mostrar que a literatura brasileira pode ser tão boa ou até melhor que a literatura internacional.
Então se quiserem conhecer nosso projeto podem seguir nosso perfil no Wattpad que é Portamagica ou nos seguir no instagram. Link no comentário e na minha bio!
Boa leitura!
Ei! Em seu coração há um buraco
Há uma marca preta em sua alma
Em suas mãos está o meu coração
E ela não vai me deixar ir até que esteja cheio de cicatrizes
Tentei implorar, mas não posso
Porque as cinzas me deixam como condenado
Chegou a tocar como um espinho
Porque no mato ela está escondendo chifres
(Horns/Bryce Fox)
Lucifer Morningstar
Uma energia emanava dos olhos brilhantes de Amy, algo eletrizante que me atingia e me fazia sentir mais vivo. Eu reconhecia aquela energia, e sabia muito bem de onde ela vinha; do inferno.
Eu vi a chama vermelha apagar em seus olhos e então tudo estava normal, olhos humanos para a humana que eu achei que Amy fosse, mas aquilo estava longe da verdade. Amy estava longe de ser humana.
Eu assisti sua respiração voltar ao normal ao compasso de seu coração que batia denunciando a vida. Amy estava de volta, eu deveria agradecer pelo milagre, mas eu não podia, pois eu sabia que milagres vinham acompanhado de um alto preço.
Amparei o corpo de Amy em meus braços, pois mesmo que ela estivesse viva, eu ainda sentia o medo e a dor de perda-lá correndo por todo o meu corpo. Senti suas mãos me apertarem quase como se ela não pudesse acreditar que aquilo era real.
— Você está bem? — Eu questionei enquanto afastava os fios de seu cabelo que encobriam seus olhos.
— Sim. Eu só... — Ela focou os olhos nos meus, respirou profundamente. — Morri e fui para o inferno.
É claro que aquela energia tinha um motivo, eu só não imaginei que Amy iria para o inferno, afinal, ela era perfeita, mais parecia uma santa, como poderia ela ir para o inferno? Meu pai estava tão bravo comigo que fechou os portões dourados para ela apenas porquê Amy era importante para mim?
— Como você...
— Sabia que era o inferno? — Ela completou minha pergunta. — Era frio, cinza, e eu senti uma energia... eu só sei. — Amy suspirou.
Ouvimos os resmungos do pai de Amy ressoarem anunciando que ele estava acordando. Ela se moveu rapidamente sentando-se ao meu lado. Assisti seus olhos ganharem o tom vermelho novamente enquanto ela se concentrava nele que movia-se lentamente.
— Eu quero matar ele. — Ele murmurou e eu senti a energia viva que emanava dela.
— Amy... — A chamei enquanto ela se levantava. — O que você vai fazer? — Questionei quando ela já estava distante.
— Fazer ele pagar. — Ela resmungou enquanto levantava o pai dela.
O homem estava mole, um pouco desnorteado, mas sabia perfeitamente o que estava acontecendo ali. Ele olhava Amy com espanto e nojo.
— Amy é melhor não fazer isso. — eu toquei o seu ombro e senti seus músculos relaxarem.
— É claro que eu deveria. Ele me matou, a própria filha dele. — Ela estava fora de si, e eu tinha que impedi-lá. — Você é o diabo, deveria estar do meu lado.
E eu estava, até alguns segundos atrás quando descobri que ela foi para o inferno e não para o céu. Amy estava condenada apenas por estar ao meu lado, eu não podia deixa-lá se perder mais, eu queria que ela tivesse chances de ir para o céu, afinal, quele era o seu lugar.
Ouvimos passos e aquilo desconcentrou Amy por um segundo e eu aproveitei para puxa-lá para longe do pai. Eu tinha que proteger a alma dela.
Maze chegou ao recinto correndo, seus olhos brilhavam com o que pareciam ser lágrimas. Seus olhos que transbordavam medo e dor correram o ambiente, primeiro o pai de Amy, então a arma no chão. Os olhos dela brilharam em fúria, Maze deu um passo a frente, mas então seus olhos encontraram Amy.
— Lucifer disse que você estava...
— E eu estava. — Amy confirmou mordendo os lábios. — Meu pai me matou.
Todos os olharem recairam sobre o homem que encolheu-se contra um carro.
— Você me dá nojo Amy. — O homem berrou fora de si. — Deus não está mais ao seu lado, você é suja. Imunda.
Ele tinha um dedo apontado para Amy quando eu segurei o mesmo e o puxei para baixo, e o som dos ossos se quebrando revertebrou pelo estacionamento junto do grito dele.
— O imundo é você. — Maze disse de forma pausada enquanto desferia um chute contra ele.
— Eu queria te matar, mas isso é pouco. — Amy disse olhando diretamente nos olhos do pai. — Então eu voy fazer melhor, vou ligar para a polícia e eles vão te prender, e todos naquela maldita seita saberão que você se sujou. O imundo será você.
Amy o olhou de cima, cabeça erguida e nariz empinado, uma postura altiva de uma verdadeira rainha. Então ela cuspiu nele, dando as costas e o deixando ali, sujo e humilhado no chão, aquele era o lugar dele.
— Maze por favor fique com ele. Eu preciso respirar longe daqui. — Amy pediu olhando diretamente para a demônio.
— Eu posso me divertir? — Maze questionou tirando a faca da cintura e a girando entre os dedos.
— Só não o mate.
(...)
Amy estava escorada contra uma pilastra do segundo andar do estacionamento. O ambiente estava vazio e um pouco escuro, o silêncio era quebrado pelo som da respiração dela enquanto eu caminhava para ela.
— Você demorou. — Ela disse quando me viu.
— Achei que quisesse um tempo para digerir tudo o que aconteceu. — Ela sorriu enquanto se aproximava.
— Eu também achei que queria, mas tudo o que eu preciso é de você agora.— Ela sorriu quando me encostei na mesma pilastra que ela.
— Estou aqui.
— Esta! — Amy sorriu mais uma vez ao desencostar da pilastra e ficar de frente para mim.
Ela me olhava de forma profunda, me olhava como quem olha uma obra de arte. Amy fechou os olhos longamente e quando tornou a abri-los eles brilhavam em vermelho, e mais uma vez ela parecia me analisar. Um sorriso cresceu em seus lábios e ela deu mais um passo em minha direção.
Seu hálito quente vinda de encontro a mim e seu corpo estava próximo demais para que eu resistisse a tentação de beija-lá.
— Você é lindo de todas as formas. — Ela sussurrou. — Eu posso ver como você realmente é. — Ela disse pausadamente enquanto acariciava minha pele. — O rosto vermelho, a parte demoníaca.
Aquilo sim me assustou. Então Amy podia ver o meu rosto verdadeiro com aqueles olhos? Aquele era um dom que o inferno tinha dado a ela ou era um dom de Amy?
— Me olhe com os seus olhos. Os seus verdadeiros olhos? — Ela pediu em um sussurro rouco.
Eu não podia negar nada a ela, então eu deixei que o meu lado demoníaco viesse a tona, meus olhos agora não viam só a parte humana, ele podia enxergar o espiritual.
E eu via em Amy, via em seu rosto que ela não era só uma simples humana como eu achava.
Seu rosto não era igual o meu ou da Maze, mas era tão demoníaco quanto. Por toda sua face haviam veias carmesim e negras, algumas desciam em desalinho pelas suas pálpebras, outras soltas por sua pele, todas aparentes, rachaduras pela sua pele que parecia mais pálida.
Amy havia ido ao inferno, mas não por minha culpa. Amy estava desinada ao inferno, assim como eu.
— Tão linda. — Murmurei e ela sorriu.
Amy espalmou um das mãos em meu peito e a outra repousou em meu ombro. Ela mordeu o lábio inferior enquanto seus olhos estavam fixos nos meus lábios.
Quase como uma provocação ela umdeceu os lábios passando a língua vagarosamente por eles. Levantou os olhos apenas para me encarar um segundo antes de colar seus lábios ao meu.
Energia viva pairava entre nós, e quando nossas línguas se tocaram eu pude sentir toda aquela energia me deixar mais vivo, de alguma forma Amy me deixava forte.
Segurei seus braços e a coloquei contra a coluna. Me aproximei mais pressionando mais meu corpo contra o dela. Eu podia tocar cada parte do corpo dela, ela estava a minha mercê.
Desci meus lábios pelo seu pescoço e me deliciei com a sua pele. Um suspiro lânguido escapou de seus lábios, suguei sua pele e mais um suspiro ecoou, mas quando eu mordi o lóbulo da sua orelha o gemido rouco que escapou de seus lábios me fez perder o controle.
Voltei a beija-lá enquanto descia minha mão pela sua cintura, quadril e contornei seu quadril e apertei sua bunda.
Toquei sua coxa e subi o toque levemente trazendo consigo o vestido, deixando sua pele exposta, contornei sua virilha e a senti estremecer quando invadi sua calcinha.
Ela queria, e eu estava pronto para faze-lá sentir o quão bom pode ser o sexo com permissão, diferente de tudo o que ela conhece, mas passos soaram próximos a nós e eu tive que me afastar, mas antei beijei seus lábios mais uma vez, e me aproximei do seu ouvido.
— Eu prometo que iremos terminar isso.
Ela é a besta em meus ossos
Ela consegue tudo o que quer
Quando ela me pega sozinho
Como se fosse nada
Ela tem dois pequenos chifres
E eles me machucam um pouco
Ela se encontra no pecado
E eu queimo respirando-a
CAPÍTULO NÃO REVISADO!
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Notas da autora: Esse capitulo é oficialmente o meu favorito. Eu amo demais esse casal.
Quem será que atrapalhou a pegação? Podemos bater nessa pessoas já? Mas vocês focaram na promessa do Lucifer? O hot tá chegando IRRRAAAAA.
Agora a pergunta de um milhão de dólares.... Porquê Amy tem uma face demoníaca também?
Contem suas teorias eu quero saber hahaha
Beijos na bunda e até o próximo cap.
Não esqueçam de apoiar o projeto Porta Mágica. Grata a direção.
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