Planos diabólicos do suposto anjo

Chloe Decker

Antes, ficar perto dele era bom, me trazia certa paz e conforto, ele era meu parceiro, mas acima disso meu amigo o homem por quem eu cai perdidamente em amor. Que tola eu fui.

Eu estava me deixando levar cegamente pelo próprio diabo. Como eu pude me deixar correr esse risco? Coloquei minha filha e todos que eu amo em perigo, apenas porquê eu estava cega por uma paixão que ainda balança tudo dentro de mim.

Suspiro, minha mesa está cheia de papéis dos quais eu tenho que cuidar, porquê eu ainda sou uma detetive e ainda tenho papeladas, mas meus olhos e toda a minha concentração está no pequeno frasquinho de vidro que rodo entre meus dedos. Seu conteúdo é mortal, e pode matar o homem que sou apaixonada.

Valeria a pena?

Essa pergunta martela minha mente, me deixa acordada durante as noites e me faz pensar se eu sou realmente uma pessoa boa.

Eu deveria jogar tudo que vivi por anos com ele no lixo, apenas por conta das histórias que ouvi?
Mas não eram só histórias, eram fatos relatados em milhares de anos.

Todas as religiões tinham um mal, um vilão e se Lucifer fosse o mal pregado em todas as religiões? Eu precisava seguir com o plano.

Sentada naquela sala vazia e branca a meses atrás eu tive a maior epifania da minha vida. Eu poderia salvar muitas vidas se fizesse Lucifer voltar para o seu lugar.

Amy

Lucifer Morningstar tinha os olhos mais bonitos do mundo, ainda mais quano sorria e eu adorava ve-lo sorrir.

— Eu adorei isso. — Comentei enquanto mordia mais um pedaço do taco.

Aquela massa crocante combinava perfeitamente com o recheio de carne e a guacamole e o leve apimentado só melhorava as coisas.

— Ainda não acredito que você nunca tinha comido isso. — Ele comentoh risonho enquanto mordia uma quesadilha.

— Antes de você eu não vivia.

Lucifer me encarou, seus olhos brilharam e eu não sabia que aquilo importava tanto para ele. Eu sorri tomando mais um pouco do meu refrigerante.

Eu me sentia incrivelmente satisfeita depois de comer mais dos tacos e morder a quesadilha de Lucifer. Ele pagou conta porquê segundo esse era o seu código, eu achava aquilo uma tolice já que eu também tinha dinheiro.

Estavamos na rua daquele bairro não tão rico porque segundo Lucifer "As melhores comidas se escondem nos piores lugares." E eu adorava aquilo, a facilidade que ele tinha de se adaptar a todos os ambientes era incrível.

Caminhamos até o estacionamento aproveitando ar morno que vinha de encontro a nós já que era uma noite considerávelmente quente.

O estacionamento estava escuro, iluminado apenas pela luz de um farol aceso distante de nós.

Eu olhei para Lucifer enquanto ele procurava a chave do carro em seu bolso. Eu sentia falta dos lábios dele. Suspirei antes de caminhar até ele, seus olhos me encontraram na penumbra e eu sorri tocando seu rosto e acariciando sua pele.

— Me beija. — Não foi um pedido, foi uma ordem que ele prontamente acatou.

Lucifer sempre evitava me beijar, talvez ele tivesse medo de me assustar ou de me machucar, mas eu não tinha, tudo o que eu queria era queimar.

Naquele momento eu senti que eramos fogo e gasolina, e que estavamos prestes a iniciar uma explosão.

Sua língua me explorava com luxúria enquanto eu o puxava mais e mais para mim, eu o queria de formas que eu não saberia nem explicar.

Protestei quando seus lábios deixaram o meu, mas meu protesto virou um gemido quando seus lábios tocaram meu pescoço, ele deixou uma trilha de beijos do pescoço, a clavícula tocando levemente próximo aos meus seios expostos pelo decote e depois fazendo o caminho de volta. Um gemido escapou dos meus lábios quando o senti sugar minha pele.

Movi meu quadril de encontro ao dele em busca de contato porquê algo doía em mim, uma prazerosa dor que culminava no meio das minhas pernas.

Esfreguei meu corpo contra o dele procurando alívio para o que eu sentia e ouvi gemer próximo ao meu ouvido.

Ao fundo pude ouvir algo, um som estranho, mas meu corpo não estava pronto para se afastar do dele.

— Se afaste dela seu imundo. — Ouvi a voz rouca tão conhecida me puxar para a realidade.

Me afastei de Lucifer a tempo de ver meu pai nos apontar uma arma, seus olhos queimavam em raiva e eu senti tudo em mim tremer do mais puro pavor.

— Pai... — O chamei estendendo a mão, eu não podia deixar que ele atirasse.

— Cala a boca sua vadia. — Ele gritou fora de si e arma balançou em suas mãos.

Ouvi o riso de Lucifer enquanto ele batia palmas.

— Meu pai decidiu adiantar meu presente de aniversário. — Ele riu e parecia muito feliz. — Esperei muito para te conhecer, preparei torturas incríveis.

— Cale a boca seu maldito.

Vi a arma ser engatilhada ao mesmo tempo em que Lucifer deu um passo para a frente.

— Pare agora.

Meu pai gritou fora de si, mas isso não deteve Lucifer e eu ouvi o disparo ao mesmo tempo em que um soco foi desferido contra o meu pai que caiu inerte. Um grito escapou dos meus lábios.

— Você está bem? — Questionei procurando por algo de errado nele quando ele se virou em minha direção.

— Sim eu estou. — Ele sorriu.

Eu poderia retribuir o sorriso, afinal, estavamos bem, mas uma dor me fez gemer enquanto minhas pernas pareciam não ter mais forças. Toquei minha barriga tentando parar aquela dor que apenas aumentava, mas eu senti o líquido carmesim deixar meu corpo, junto com ele todas as minhas forças se esvaiam do meu corpo.

Ouvi o grito e Lucifer, e quando meu corpo cedeu ao peso ele estava lá para me apoiar, olhei profundamente em seus olhos e vi o pânico em suas íris, mas eu sorri, porque eu podia estar morrendo, mas eu estava morrendo livre, nos braços do homem que eu amava.

E então tudo escureceu.

Te usarei como um medidor improvisado
De quanto dar, e quanto tomar
Te usarei como um sinal de alerta
E se você falar que não faz sentido, então você terá perdido sua mente
Eu encontrei amor onde não deveria encontrar
Bem na minha frente, faça isso ter algum sentido
(I found/Amber Run)

Capítulo não revisado

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Notas das autora: Sim, eu demoro um ano para postar e volto só pra jogar essa bomba. Sorry.

E ai, o que vocês acham que acontecerá com Amy?

Será que cabeças vão rolar?

Isso, só no próximo capítulo e eu prometo não demorar.

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