O diabo, o demônio e a puritana

Amy

Maze tinha um olhar cético para a construção que acontecia ao seu redor, rolos de tinha subiam e desciam pelas paredes, flores eram plantadas do lado de fora e móveis entravam pela porta, tudo escolhido a dedo por Amy.

Maze caminhou alguns passos até estar do lado de Amy, que tinha um leve sorriso enquanto conversava com um pintor.

— Esse lugar não está ficando animado... sereno demais. — Maze comentou.

Amy a olhou com um ar leve. Elas não se conheciam muito bem, tinham trocado algumas palavras no decorrer daquela semana, mas nada que as tornassem grandes amigas.

— As pessoas que vão procurar esse lugar precisam de paz e serenidade. — Amy comentou.

— Mas precisam se sentirem entediadas?

— Você tem razão. — Amy deu um tapinha no ombro de Maze. — O que acha que devemos fazer para anima-los?

Maze a olhou, Amy recuou um passo. Maze tinha um olhar predatório, quase como se sempre estivesse pronta para dar o bote.

— Uma sala de jogos...

— Exato. — Amy sorriu animada. — Podemos colocar alguns desses video games que os jovens gostam...

— Não era nem esse tipo de jogos que eu estava falando, mas também serve. — Maze deu de ombros.

Sem um pedido de permissão, Amy puxou Maze pelo pulso escada acima.

— Tem esse cômodo. Ficou aqui sem utilidade, pensei em construir mais um quarto, mas uma sala de jogos vai ser incrível.

Maze deu de ombros entediada com aquilo.

— Me ajuda a comprar as coisas que vão ficar aqui? Não sou muita boa com essas coisas.

Maze a olhou de cima a baixo, tinha um olhar de escárnio que em nada afetava Amy, porquê Lúcifer já a havia avisado sobre os olhares de Maze.

— Com uma condição. Faremos compras de roupas também. — Maze sorriu.

Amy arqueou as sobrancelhas, olhou Maze de cima a baixo atenta ao vestuário provocativo que ela trajava.

— Pode ser. — Deu de ombros incerta.

(...)

O

s video games estavam comprados junto com outras coisas que segundo Maze divertiriam as pessoas, Amy só não entendeu o porque de estarem naquela loja.

— Não acho que isso seja adequado. — Amy disse corando fortemente.

— Acredite, isso diverte os humanos mais do que aquelas eletrônicos. — Maze sorriu cheia de malícia.

— Ainda sim, não me sinto confortável de fornecer isso as outras pessoas.

Maze bufou, devolveu a prateleira uma coleira que Amy se perguntava o porque as pessoas compravam aquilo.

— Eu desisto de comprar as coisas para o centro de reabilitação se você comprar algo para você. — Maze deu de ombros.

— Não posso aceitar essas coisas. — Amy corou fortemente recuando um passo.

— Ah você pode. Não precisa usar, so aceite. É um presente meu.

Maze caminhou pelos corredores sendo seguida por Amy que tinha um olhar incrédulo para tudo ao seu redor. Até que algo chamou sua atenção, e seu olhar aterrorizado era hilario.

— Isso é um... — Mal conseguiu terminar a frase.

— Um pênis. — Mas Maze terminou por ela rindo sem controle.

— Ai meu Deus o que estou fazendo nesse lugar? — Fechou os olhos corando fortemente. — As pessoas usam isso para que?

— Para enfiar na...

— Não termine. — Ela berrou constrangida.

Maze riu abertamente, bateu as mãos fazendo com que Amy abrisse os olhos.

— Não escolhemos seu presente ainda. — Ela anunciou tornando a puxar Amy pelos corredores.

Elas olharam as prateleiras, e Amy tremeu quando viu Maze caminhar até ela com um sorriso travesso.

— Tome isso. — Ela entregou um pacote nas mãos de Amy.

— Tenho medo de saber o que é. — Amy murmurou.

— É um vibrador Amy. — Ela disse lentamente.

Amy olhou o conteúdo da embalagem, não parecia nada demais, era apenas um objeto de plástico na cor rosa ao lado o que parecia ser um controle.

— Viu. Não é nada de errado.

— Para que serve? — Amy questionou.

— Bom você pode ver alguns vídeos ou eu posso te mostrar. — Maze tinha um olhar feroz.

— Ou você pode só falar. — Amy deu de ombros.

— Você coloca dentro de você e deixa a magia acontecer. — Maze riu cheia de malícia.

Amy recuou alguns passos afastando a embalagem de si.

— Eu vou para o inferno se fizer esse tipo de coisa. — Disse horrorizada, mas Maze riu.

— Todas as boas garotas vão para o inferno. — Ela comentou de forma amena. — Acredite em mim. Ninguém é bom o suficiente para ir para o céu. E não é nenhum pecado se conhecer Amy.

Maze empurrou o pacote de volta e sorriu.

— Pagamos e você usa apenas quando se sentir confortável.

— Tudo bem. — Amy sorriu.

Enquanto Maze passava o cartão de crédito, Amy deixava-se perder em memórias não tão boas. Ela não entendia a fixação de humanos por sexo. Doía, doía fisicamente quando aconteceu e agora doi na alma todas as vezes que ela pensa nisso.

— Então achei minhas garotas. — A voz carregada no sotaque chegou aos ouvidos de Amy que sentiu todo o seu corpo se retessar juntamente com seu coração que parava de bater. — Que loja incrível meninas. — Ele diz após dar um beijo estalado na bochecha de Amy.

Lucifer abraça Maze que não o recebe bem, enquanto a caixa parece confusa e assustada.

— Não era para você estar aqui Lucifer. — Ela sibila.

— Vocês fazem a festa com o meu cartão e quando venho aqui saber o que está acontecendo ainda me julga? — Lucifer finge tristeza.

— Sim. — Maze parece irritada, mas por fim sorri, estende a sacolinha para Amy que sente seu coração descompassar.

Repentinamente ele parece interessado, aproxima-se dois passos dela.

— Querida Amy? — Seu tom malicioso não passa batido e Amy cora formetemente.

— Maze... quis... quis me dar um presente. Não podia recusar. — Eka gagueja e parece perdida.

— Não se envergonhe querida. Isso é natural, e acredite, palavra do diabo, não vai te levar para o inferno. — Ele repousou uma mão sobre o ombro dela.

— A gente pode dar o fora daqui? — Maze questionou entediada enquanto balançava um pênis de borracha para um lado e para o outro.

— É claro minha querida.

(...)

— Você mora mesmo nesse lugar? — Questionou Maze analisando o ambiente.

— Sim. É o que eu podia pagar.

Amy disse descendo do carro, mas fora seguida pela morena que tinha um olhar curioso.

— Maze ofereça o quarto do seu novo apartamento para Amy. — Lucifer gritou de dentro do quarto.

— Ele tem razão. — O demônio disse apontando em direção ao carro. — Minha colega de casa se mudou, então aluguei um apartamento, pode ficar com o quarto se quiser. — De alguma forma, Amy notou que aquele assunto deixava Maze desconfortável.

— É melhor não. Não quero incomodar. — Amy murmurou tímida.

— Se fosse incômodo não estaria te convidando. — A morena revirou os olhos.

Amy suspirou, olhou fixamente para a mulher a sua frente e por fim suspirou antes de responder:

— Então eu aceito.

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