Irmãos part 1
Alan
A luzes da fachada da boate ofuscavam tudo ao seu redor, chamava a atenção e me deixam levemente cego.
Minha procura por Amy dura quase uma semana, e só teve algum resultado significativo quando um amigo policial me deu o endereço de uma pensão em que ela esteve hospedada.
Tery é policial em Los Angeles desde que abandonou a família e a ceita, levando suas duas irmãs consigo. Depois dele, so Amy teve coragem de fugir.
Só de lembrar de toda a situação, de encontrar minha irmã com dor, cheia de marcas roxas e abusada a raiva ferve meu sangue. Eu não podia deixar ela continuar ali, não podia deixa-lá se casar com seu abusador. Me arrependo pelo tempo que demorei para manda-lá para longe, eu podia ter evitado o abuso.
Meu pai caçava Amy por todos os cantos, ele a queria de volta porque a fuga dela o tornava fraco perante os outros homens. Eu fui enviado por ele para procurar por Amy, mas isso não significava que eu iria contar alguma coisa a ele.
Eu iria encontra-lá e me certificar de que ela estava bem e saudável, mas ele não precisava saber disso. A única informação que meu pai teria de mim era que Amy havia sumido do mapa.
O dono da pensão fuleira me disse que ela havia se mudado, mas que trabalhava para o dono de uma boate famosa da cidade. Lucifer Morningstar. Eu só tinha medo do trabalho que ela provavelmente conseguiu com esse homem.
Depois de uma hora na fila e de uma boa quantia paga ao segurança na porta, consegui entrar na Lux.
O ambiente hora escuro, outrora brilhava com luzes de várias cores, a batida da música revertebrava dentro das paredes e fazia parecer que tudo ao redor se movia junto com o som, pessoas dançavam, bebiam e fumavam, tinha beijos e cenas mais explícitas. Aquele lugar não combinava com minha irmã.
Me aproximei do balcão de bebidas onde uma moça servia um homem com um sorriso lascivo nos lábios.
Ela oscilou os olhos do homem e me mediu dos pés a cabeça, tombou a cabeça para o lado provavelmente julgando minhas vestimentas. Eu não combinava com aquele lugar e aquilo estava na cara.
- Com licença, estou procurando uma pessoa. - Comuniquei e a moça sorriu de canto.
- Todos estão. - Uma mulher morena murmurou sentada ao meu lado.
Analisei a figura feminina ao meu lado, seu sorriso ladino, um copo de bebida em mãos e roupas apertadas que deliniavam suas curvas e um decote gigante.
Peguei na carteira a única foto que eu tinha da Amy e coloquei sobre o balcão. Ela estava sorridente na foto, com seus longos cabelos e rosto angelical.
- O nome dela é Amy. Fiquei sabendo que ela trabalha para o dono desse lugar. - A bartender analisou a foto e eu sabia pelo seu olhar que ela conhecia minha irmã. - Ela é minha irmã.
- O que quer com ela? - A morena ao meu lado questionou com um tom feroz.
Olhei para ela, sua feição deixava claro sua raiva, mas eu só não entendia o porquê tal sentimento era voltado a mim.
- Ver como ela está. - Respondi meio incerto.
- Ou venho leva-lá de volta para sua casa e seu pai abusivo de merda? - Ela questionou em um rosnado feroz.
Analisei aquela mulher e sorri. Ela só estava preocupada com Amy. Deviam ser amigas já que ela parecia conhecer a história da minha irmã e o que trouxera para Los Angeles.
- Como posso leva-la para o matadouro se a livrei dele? - Rebati e finalizei com um sorriso.
Seu riso sem humor ecoou alto mesmo com a música alta. Ela não estava nenhum pouco abalada com minha falta de cavalheirismo.
- Amy está na pista de dança. - Apontou em direção ao aglomerado de pessoas que moviam-se no ritmo da música alta.
Procurei com os olhos, mas não a achei no meio daquelas muitas pessoas, ouvi novamente seu riso ecoar.
- Nunca vai ve-los se não levantar a bunda daqui e ir procura-la.
- Ve-los? - Questionei.
- Ela não está dançando sozinha docinho. - Sorriu maliciosa e virou a bebida que restava em seu copo. - Venha, vamos procura-lá. Ela vai ficar feliz em em te ver.
A mulher se levantou e analisei seu corpo novamente. A calça preta colava-se ao seu corpo e deliniava seu quadril, a regata preta de couro tinha algumas correntes estrategicamente dispostas pela peça e um generoso decote que deixava parte dos seus seios a mostra. Não tinha como negar, ela tinha uma beleza exótica diferente de tudo que já vi.
- A propósito, sou Alan. - Ela se virou e me analisou minuciosamente.
- Maze. - Apresentou-se e sorriu, um sorriso que um predador daria a sua presa.
A música alta tocava em um ritmo contagiante com uma letra um tanto peculiar, mas dizia muito naquele momento, pois quando me virei para seguir Maze eu a vi sirgir entre a multidão que havia se movido. Amy estava ali, minha linda irmã que não parecia a Amy que eu conhecia.
- Encotramos. Ta dá. - Maze sorriu apontando para a direção como se eu não tivesse a visto.
Meus olhos estavam presos nela, nos seus novimentos que seguiam o ritmo da música, seus cabelos negros que se moviam rebeldes, seu sorriso voltado para o homem que a acompanhava na sua dança.
Suas roupas não pareciam as que Amy usava, na verdade, eram o completo oposto, um vestido curto que ia até a metade das suas coxas de paetê prateado que reluzia o brilho das luzes, a parte da frente era totalmente fechada, mas as costas estava exposta até o começo do quadril, um salto alto também preteado que a deixava alguns centímetros mais alta.
Quando virou-se para mim analisei seu rosto e sua maquiagem que a deixavam ainda mais impecável, seus lábios estavam cobertos por um vermelho carmesim e seus olhos tinham um contorno preto que acentuavam seu olhar de desafio em direção ao homem que dançava com ela.
Mas minha real surpresa venho quando o homem a aproximou dela, tocando sua cintura a puxando para perto, eles estavam próximos demais e ela ainda mantinha o sorriso em seus lábios, nada incomodada com a proximidade.
Dei um passo, porque aquela aproximação era inadicimivel, eu não podia permitir que outro homem a tocasse, Amy era inocente, ela não entendia aquilo.
Mas Maze me segurou e o aperto de sua mão em meu braço era dolorido porque ela certamente era mais forte que eu.
O homem murmurou alguma para Amy e ela riu abertamente tocando o ombro dele. Ele a conduziu em uma dança mais lenta, com mãos paradas na cintura dela e o olhar fixos nos olhos dela.
Vagarosamente ele movimentou uma mão para as costas dela enquanto a outra segurou uma de suas mãos, em um movimento ágil ele impulssinou o corpo dela para trás, e ela riu achando graça da sensação de estar apoiada apenas em uma perna e na mão dele.
Eles trocaram um sorriso cúmplice quando a música acabou. Quando Amy estava em pé novamente ela se aproximou e sussurrou algo no ouvido dele e ele concordou, estendeu a mão na direção dela e a conduziu para um dos sofás pretos onde se sentaram.
- Pode me soltar agora? - Questionei para Maze que antes de me soltar sorriu felina.
Esfreguei meu pulso porquê uma ardência tinha se instalado ali, e minha pele estava levemente avermelhada. Olhei para a mulher que tinha um sorriso inocente nos lábios, mas os olhos brilhavam selvagem e me revelavam sua verdadeira natureza.
Ela caminhou para longe indo em direção a Amy. com um caminhar decidido e altivo, parecia a rainha daquele lugar... e talvez ela fosse, pois as pessoas e até mesmo eu a olhava como se ela fosse da realeza.
- Amy docinho, tem alguém aqui procurando por você. - Ouvi a morena comentar enquanto me aproximava da mesa.
Amy virou o rosto bem a tempo de me ver eu me aproximando, de imediato seu rosto se iluminou com um sorriso que podia iluminar toda a cidade e que com certeza iluminou minha alma.
Ela se levantou e correu para mim escondendo seu corpo nos meus braços. Sentiu dentro de mim, com tudo o que eu tinha que mesmo que as roupas tivessem mudado, ela ainda era minha doce e frágil irmã.
- Senti tanto a sua falta. - Ela murmurou.
- E eu senti a sua. - Beijei o topo da sua cabeça e a envolvi mais forte em meus braços.
Amy se afastou de mim apenas para me olhar nos olhos e sorriu. Ela estava ainda não linda de perto.
- O que faz aqui? - Questionou estudando minhas feições.
- Papai mandou que eu a procurasse. - Senti seu corpo tremer na palma da minha mão.
O homem que antes dançava com Amy se aproximou interessado demais na nossa conversa, tocou o ombro dela e tinha uma olhar cauteloso sobre mim.
- Eu aproveitei a oportunidade para te procurar e ter notícias, mas ele não precisa saber que te encontrei.
Vi o alívio aliviar a feição de Amy e ela sorriu um tanto travessa. Aquele sorriso era novo para mim.
- Vem, vamos sentar. Temos tanto para falar. - Ela tocou minha mão.
- Bom Amy, vou deixa-los a sós, estou na cobertura caso precise de mim. - O homem de sotaque britânico se pronunciou ainda a tocando.
- Não Lucifer, fique conosco.
- Você sabe que não sou adepto a reunião de família, mas irei deixar Maze por perto caso algo aconteça... você sabe, ela tem facas. - O tom descontraído tinha sido uma clara ameaça, mas Amy riu achando graça.
Procurei por Maze ali e a vi sorri em desafio para mim enquanto girava uma faca esquisita entre os dedos.
Amy havia encontrado amigos que seriam capazes de matar por ela. E eu não sabia se gostava daquilo.
O homem se afastou e eu e Amy nos sentamos. Ela tinha um sorriso nos lábios quando se concentrou em Maze que estava em pé.
- Se vai ficar aqui, sente-se.
Amy tinha um jeito doce de pedir as coisas, era impossível resistir, ate mesmo para aquela mulher durona que cedeu e sentou-se ao lado da minha irmã.
- Como me encontrou?
- Estou a semanas aqui. Quando te disse para desaparecer você levou muito a sério. - Ela riu da minha quase piada.
- A vida tomou rumos... estranhos.
Encarei minha irmã e seu rosto saudável e ela parecia tão mais jovem sem todo o peso da ceita em suas costas.
Sobre a mesa tinha dois copos de uma bebida escura, um Maze bebeu em um gole enquanto o outro estava ali, mas Amy contornava a borda do copo com a ponta dos dedos.
- Onde mora agora?
- Na minha casa. - A morena tomou a frente e respondeu no lugar de Amy.
Oscilei meus olhos de Amy para Mase meia dúzia de vezes. Eu não entendia como uma amizade havia surgido entre duas pessoas que aparentavam ser tão diferentes.
- Está trabalhando?
- Sim. Antes trabalhava aqui, e agora estou ajudando Lucifer em um projeto dele. - Ela comentou levando o copo até a boca e tomando um gole.
É claro que aquilo me surpreendeu, e me deixou um tanto incomodado. Não mandei Amy para longe para ela se tornar uma bêbada.
Bebida não era uma boa combinação quando se tinha muitas dores e traumas guardados, o álcool não podia dar um refúgio porque quando isso acontecia, o refúgio sempre dendia a desabar.
Mas nada falei sobre aquilo. Eu teria tempo para conversar com Amy.
- Vai ficar quanto tempo? - Amy questionou.
- Mais dois dias. - Comuniquei e ela sorriu.
- O que acha de amanhã ir comigo ao trabalho para ver o que faço.
- Eu aceito.
Trocamos um sorriso. Eu queria saber tudo que Amy fazia e quem conhecia. Eu ainda tinha o dever de proteger minha irmã e eu faria, eu não só morreria por ela, eu também mataria por ela.
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