Capítulo 01/Prólogo
Titã, a segunda maior lua do sistema solar.
Eu era nova no bando, só havia participado de alguns poucos trabalhos e aquele parecia ser só mais um. Não fazia a menor ideia, mas aquela missão foi, sem sombra de dúvidas, a mais importante da minha vida.
A Coretex, uma megacorporação com filiais espalhadas por toda a Terra e demais colônias do sistema solar, possuía participação nos mais diversificados segmentos de mercado principalmente o de desenvolvimento e comércio de armas.
Eu fazia parte de um grupo paramilitar terceirizado. Vivíamos para matar e morrer lutando a guerra dos outros, vencendo em nome de quem pagasse mais e a Coretex tinha predileção pela nossa eficiência.
Eu me chamo Agnes e eu era a única mulher naquela equipe, mas quem sou, ou fui, não importava para ninguém por lá. Convivia com homens cujos passados estavam cheios de erros e arrependimentos dos quais eles faziam questão de esquecer. À primeira vista todos pareciam durões e mal-encarados, mas cada um estava fugindo de algo, ou alguém, abandonando suas vidas e deixando tudo para trás.
Que melhor emprego que aquele para se fazer isso?
Estava com minha mente dispersa quando senti um solavanco. Era sinal de que tínhamos entrado na atmosfera de Titã.
Usávamos um esquema de patentes próprio e o cabeça da operação possuía a simples designação de líder C1. Fomos reunidos em torno de uma mesa holográfica e ele revisou todo o esquema de nossa operação. Invadiríamos uma colônia que ficava dentro de uma usina de extração de hidrocarbonetos, a mais importante produtora de combustível do sistema solar, já que Titã era de fato um gigantesco tanque de combustível orbitando Saturno.
Não tínhamos suporte para um cerco, então deveríamos invadir e render o lugar sem que houvesse a menor chance de reação do inimigo, do contrário seria nosso fim.
C1 projetou um holograma de todo o complexo e apontou os pontos fracos e fortes do lugar explicando como e onde íamos entrar.
— Atenção, temos menos cinco minutos e contando a partir de agora para o desembarque. O time Styx vai explodir aquela parede de aço com misseis aríete e o time Eridanus dará suporte para eles. Assim que aquela blindagem cair nós, os Phlegethon, entraremos. — Disse C1.
Ele então desligou a projeção holográfica.
— Preparem-se para enfrentar resistência. Nosso trabalho será abrir caminho para os times Lethe, Cocytus e Acheron. Como vocês todos já sabem, mas não custa lembrar, tudo que virem e ouvirem é confidencial.
— Lá fora a temperatura está em torno de -140° Celsius. Seus Xcores utilizarão configurações idêntica a utilizada na Terra. — Ele seguiu com as instruções. — A pressão atmosférica é similar, vocês só precisarão se preocupar com o oxigênio e as temperaturas criogênicas. Está chovendo metano, mas a visibilidade ainda assim é boa.
Ele encarou nossa tropa. Tentou ler em nossos olhos a determinação e o ânimo de cada um. Ninguém hesitou.
Aquela equipe era composta pelos animais mais selvagens e competentes que se podia contratar para os trabalhos sujos das grandes corporações e do governo: Espionagem industrial, hacking, guerrilha... o leque de opções era vasto. E eu estava ali no meio deles, uma piveta mal-encarada e puta da vida. Não era idiota a ponto de achar que era uma unanimidade ali, eu sabia que havia resistência quanto a minha presença, e sempre tinha um cuzão disposto a tentar provar que eu era inferior devido à minha estatura e gênero e fazer da minha vida um inferno.
O C11 era esse tipo de idiota. Ele me perfurava com os olhos numa tentativa patética de me intimidar. Eu dei a ele uma coisa que o ofendeu muito mais do que se eu tentasse revidar as suas provocações.
Meu desprezo total.
Enquanto seus olhos ameaçadores me procuravam eu bocejava, me espreguiçava, mas a gota d'água foi quando utilizei o reflexo da minha arma para conferir minha maquiagem.
Ele ficou pistola.
— Será nossa primeira incursão em áreas habitadas por civis. Se alguém tem algum escrúpulo contra isso informe agora. — Intimou C1.
Ninguém hesitou.
— Ótimo. Aos seus postos. — Ele ordenou. — Boa sorte senhores...
— ...E senhorita. — Fez questão de me destacar enquanto completava. — Novata, você me segue de perto.
— O resto já tem suas ordens. — Encerrou o briefing nos dispensando logo na sequência.
Enquanto deixávamos a ponte de comando em direção aos hangares da nave C11 bloqueou minha passagem.
— Mas olhem só para isso pessoal, não é uma beleza? — Ele se dirigiu a mim em tom de deboche. O time parou para ver seu showzinho.
— A novata já é o destaque do time. O que vocês acham disso? — Ele falou enquanto dava mais um passo em minha direção.
O homem estava me testando, queria ver a minha reação. O time, por sua vez, também esperou curioso para saber qual seria a minha resposta. Queriam saber que tipo de pessoa eu era.
Mais um passo. Já dava para sentir o seu bafo desagradável.
— E aí gatinha, você não acha que está perdida? — Continuou. — Eu já passei por muita coisa, você usava fraldas quando eu e esses caras aqui explodíamos cabeças por aí como ganha pão, está ouvindo? — Ele se gabou estufando o peito feito um pavão.
Não respondi, mas também não desviei o olhar do dele nem um segundo sequer.
— Não passei por tudo que passei para justo agora ter que aguentar a humilhação de dividir trabalho de homem com uma vadia de colégio como você. — Ele apontou o dedo para mim.
— Não vai falar nada, sua merdinha? — E para completar deu mais um passo.
O otário estava ali gastando saliva para tentar me intimidar, parece que no final das contas ele queria me apavorar na base do gogó, sem precisar chegar às vias de fato, mas a primeira regra de quem cresceu nas ruas é: "Na hora da treta, poucas ideias".
Ele tinha quase o dobro do meu tamanho, mas o saco estava bem ao alcance do meu joelho e a coquilha de sua armadura tinha um ponto vulnerável. De surpresa, cravei meu joelho bem ali com toda a minha força, ele caiu de joelhos em choque urrando de dor.
O imbecil nem viu o que o acertou, talvez eu tenha exagerado na força, mas eu não podia arriscar dar-lhe uma chance de revide. Eu não daria conta daquela carcaça gigantesca se ele tentasse me atacar.
Segunda regra de quem cresceu nas ruas é... Bom, está bem, isso também consta nos principais manuais de combate pessoal e é amplamente confirmado com dados estatísticos: quem ataca primeiro sai em vantagem em 80% dos confrontos.
Ali de joelhos sua cabeça finalmente ficou na altura perfeita e eu definitivamente não estava a fim de abrir mão de toda a vantagem construída com aquela joelhada. Eu nunca fui uma power puncher então resolvi aplicar uma cotovelada para liquidar a fatura, mas novamente exagerei na dose: O nariz dele se espatifou e quase foi parar na orelha.
O gigante jazia estirado no chão sem chances de recuperação enquanto C1 olhava seu corpo inerte com desprezo.
— Registrem que C11 foi dispensado por indisciplina. Todos os outros aos seus Xcore. — Ordenou. — Perdemos um minuto precioso com essa bobagem. Acelerado, andem!
Enquanto saíamos da ponte de comando C10 me abordou com aquela sua cara tatuada e a barba ruiva. — Rapunzel, você é zica! Posso te pagar uma cerveja depois da missão? Na verdade, tem uma galera da Irish Mob atrás de mim me cobrando uma grana e eu estou precisando de um segurança, sabe?
— Parece divertido grandão. — Respondi de bom humor. — Um dia desses podemos fazer uma visitinha a esses seus "amigos", quem sabe?
A Heavy Duty, ou simplesmente Stork, era uma imensa nave cegonha com capacidade de transporte de 28 unidades Xcore. Ela dependia de lançamento assistido por foguetes de combustível sólido, mas possuía habilidade de reentrada. No Hangar nossos Xcore estavam sendo preparados para a decolagem pelos inúmeros operadores de pistas. Eram profissionais impecáveis trabalhando arduamente para que tudo funcionasse como os "ponteiros" de um relógio atômico.
Esses caras tinham as vidas de nós, pilotos, literalmente em suas mãos.
Recebi a informação de que meu Xcore estava pronto e abastecido. Conferi a listagem com o chefe da pista e em seguida eu estava liberada para decolar.
O Xcore MK1 era o traje de combate patenteado da Coretex mais avançado que existia. Era rápido, de fácil manutenção, barato e, principalmente, letal.
E ninguém ganhava de mim em uma luta justa dentro de um daqueles.
— Atenção. 5, 4, 3... — O líder de dentro do seu cockpit fez a contagem regressiva.
Assim que dei sinal de Ok minha unidade fechou hermeticamente comigo dentro.
— 3, 2, 1...
Assim que dei a partida meu blindado começou a deslizar pelo propulsor até eu ser catapultado para fora da Heavy Duty.
A gravidade de Titã ajudou bastante e quase que planamos em direção a terra firme. Assim que tocamos o solo os propulsores instalados nas pernas de nossos humanoides ligaram e começamos a deslizar por sobre a areia como se patinássemos sobre o gelo.
C1 seguiu na frente nos liderando.
— Novata. Você fica com meu flanco esquerdo. — Disse ele se referindo a mim. — C9, você se encarrega da munição. C8 o flanco direito é todo seu. C10, você é o aríete e C12 a retaguarda. Demais em formação atrás de nós. VAMOS!
Nosso esquadrão se aproximou de uma cadeia rochosa com algumas cavernas bem visíveis.
— Qual a situação C2? — Perguntou o líder.
— A nossa Stork e as demais naves-mães da Coretex adentraram a atmosfera sem serem notadas pelo sistema de segurança deles. Quando eles finalmente notaram nossa presença o time Styx já estava posicionado perfurando uma entrada para nós. Contudo nosso pessoal não possui artilharia para se defender uma vez que estão sobrecarregados de equipamentos de escavação. — Deu o relatório o piloto C2.
— Vocês ouviram o homem. Temos que vencer o cerco deles, o fator surpresa ainda é nosso aliado. ACELERAR! — Ordenou o líder.
Como previsto os franco-atiradores surgiram entre as pedras. Eles estavam usando pesadas roupas térmicas, cilindros de oxigênio e armamentos rudimentares que não eram os mais indicados contra a fúria dos nossos Xcores.
Vi pelos radares de meu cockpit a ação dos defensores.
— Franco atiradores. Às 11 horas. — Alertei os demais.
O líder, também de seu cockpit, redistribui as ordens.
— Vocês ouviram a C6, saiam da formação, manobras evasivas. Atenção C9, quando eles estiverem na mira são todos seus.
Nos dispersamos durante o avanço para confundir a artilharia inimiga. Desviamos dos morteiros e engolíamos sem medo as rajadas de seus rifles.
Assim que atingimos a distância correta C9 disparou um de seus morteiros.
Seguimos pelo radar a trajetória do míssil até a encosta.
O projétil acertou o alvo com precisão milimétrica. C9 destruiu a encosta da montanha causando um desmoronamento que aniquilou os franco-atiradores defensores.
Ficou fácil para nosso esquadrão. Cruzamos a nuvem de poeira e pedras provenientes da explosão e seguimos a beira do rochedo até a caverna onde estava o time de perfuração.
— E aí time Styx. Estamos no prazo? — Uma vez dentro da caverna o líder falou pelo seu comunicador com o time de escavação.
— Afirmativo. O time Eridanus limpou a área. Essa parede cai em menos sete segundos. — Recebemos o retorno da mensagem.
Nossos Xcores avançaram deslizando pelo terreno.
— Pessoal, é a nossa deixa. Preparar armas. — Instruiu C1.
Os Xcores do time Styx, usando uma pesada broca, conseguiram vencer a parede de rochas e metal que dava acesso à colônia.
Assim que eles terminam deram sinal para que o time Eridanus se aproximasse.
Com uma precisão de segundos eles colocaram as bombas dentro das perfurações.
Uma explosão e então a parede caiu.
Imediatamente as forças de defesa da colônia correram para tentar impedir nossa invasão montando barricadas móveis do outro lado do buraco.
— C9. Agora! — O líder gritou no comunicador.
O número C9 ao ouvir a ordem dada por C1 disparou uma chuva de morteiros que cruzou o buraco parede adentro.
Os projéteis explodiram no interior da colônia.
Nos guiando pelos sensores em meio a toda aquela fumaça, poeira e fuligem adentramos atirando colônia adentro.
Mesmo após alguns minutos a visibilidade ainda era nula e de dentro do cockpit segui atirando nos alvos exibidos e marcados pelo computador em meus instrumentos.
Avançamos rapidamente e começamos a trocar tiros com alguns defensores entrincheirados mais bem equipados nas camadas mais profundas da fortaleza.
Assim que passamos pelas defesas deles o trabalho começou a ficar fácil. Ainda havia resistência, mas eram meros soldados sem armaduras. Chegava a ser covardia, mas este tipo de código de honra não nos cabia.
Chegou um ponto em que os defensores, contrariando nossas expectativas, não se rendiam. O cúmulo do absurdo foi quando eles nos enfrentaram usando apenas túnicas e metralhadoras de baixo calibre.
Os inimigos usavam roupas cerimoniais. Pareciam clérigos.
Era como se tivéssemos interrompido uma espécie de culto e os próprios sacerdotes e fiéis tivessem pegado as últimas armas disponíveis para tentar resistir.
Pobres coitados, a escolha foi deles, não tínhamos nada a ver com isso.
Em pouco tempo o trabalho de supressão do inimigo estava terminado.
Assim que nossos drones confirmaram a nossa vitória deixamos os Xcores e seguimos a pé para o interior do complexo a fim de cumprir a segunda parte da missão.
Procurávamos nosso alvo de extração.
Caminhei de arma em punho pelas dependências da colônia. Tudo estava destruído, mal iluminado e sujo de sangue.
Percebi que havia velas acessas e símbolos desconhecidos por todas as paredes. E para ficar ainda mais bizarro todos esses sinais haviam sido pintados com sangue, provavelmente humano.
Em um primeiro momento imaginei que todo aquele sangue tivesse sido proveniente dos que tombaram em combate, mas não.
A maior parte daquele sangue usado naqueles rabiscos era da população civil. Com certeza feitos bem antes da batalha começar.
Altares e estátuas davam a entender que aquele lugar era a base de uma seita religiosa. Tomei isso como certeza após ver evidências de sacrifícios humanos. Havia pilhas e mais pilhas de corpos amontoados e outros tantos pendurados nas paredes.
— Mas que merda acontecia por aqui? — Indaguei sozinha horrorizada.
O líder que seguia na minha frente diminuiu a passada para se aproximar de mim.
— A empresa encarregada da exploração desta lua estava de saco cheio dessa colônia rebelde. Aqui, ao invés de trabalharem como mineradores, os locais gastavam seu tempo como devotos de uma seita maluca, sabe? — Ele me explicou.
— Seita?
— Sim. Eles praticavam alguma espécie de magia negra e cometiam barbaridades como, por exemplo, automutilação e sacrifícios humanos. — Ele continuou a explicar.
— Que loucura... viver muito tempo no espaço deixa as pessoas malucas, não é? — Respondi alarmada. — Viemos dar um fim nessa barbárie?
— De forma alguma. O maior problema para a empresa nem de longe eram os sacrifícios e as mutilações dos locais, tampouco essa fé doentia.
— Não? Então qual era? — Perguntei ainda mais surpresa.
— Esse lugar se condenou quando eles decidiram ignorar a matriz na Terra e se isolar declarando independência. Isso deixou os velhos endinheirados espumando de raiva. Este lugar custou bilhões para ser construído, eles não iam abrir mão disso tudo aqui tão fácil.
— A religião macabra deles então era o de menos? — Fiz mais uma pergunta ingênua.
— Sim, apenas a desculpa perfeita para esse banho de sangue. Eles nos mandaram cortar o mal pela raiz. Antes que isso se espalhasse e se perdesse o controle. O que fizemos aqui foi dar um exemplo a qualquer outra colônia que, porventura, venha a decidir caminhar com as próprias pernas.
Durante nossa caminhada notei uma verdadeira cova pública diante de um altar banhado em sangue. Aparentemente era rotina eles chacinarem sua própria gente. Muitos corpos ali já estavam entrando em decomposição.
Posso ser uma mercenária sem coração, mas até mesmo algumas coisas conseguiam embrulhar o meu estomago. Ver crianças dissecadas era uma delas.
Esse altar estava entre duas gigantescas estátuas que a velavam. A nossa frente havia também um colossal portão de aço adornado em pedras preciosas e com inúmeros símbolos talhados nas portas.
Os sinais não faziam o menor sentido para mim, mas como se fossem pinturas rupestres eles tentavam contar uma história. Dava para perceber que existia uma narrativa ali.
Eu só não fazia ideia de qual mensagem aquilo tudo queria transmitir.
— Mas o que esses doidos adoravam? — Senti o meu suco biliar subir.
— Não sei ao certo, mas diziam que o "profeta" local escutava vozes. Ele dizia que as vozes vinham de outro universo, algo além do nosso plano de existência, seja lá o que for que isso signifique. E tem mais: Ele afirmava que essa estranha entidade lhe transmitia um vasto conhecimento tecnológico. — Disse C1.
— E por que esses sacrifícios? — Questionei embrulhando o estomago.
— Parece que eles estavam aprendendo a tecnologia necessária para criar um corpo físico para que sua entidade de adoração pudesse "encarnar" nesse mundo, mas para que isso fosse possível eles precisavam de sangue e carne humana... — Ele cuspiu no chão de nojo. — Uma barbaridade.
— Arghh...
Nossa conversa foi interrompida assim que chegou o time encarregado de abrir a porta de aço.
— E então? — Disse o líder se dirigindo ao técnico que tentava abrir a porta hackeando os dispositivos de segurança. Era apenas um garoto com seus 17 ou 18 anos, se muito, mas já tinha passado por vários aprimoramentos biônicos para ampliar suas habilidades naturais.
Com uma britadeira ele descolou a CPU do dispositivo que controlava os códigos de acesso à porta. Seu cérebro estava conectado a terminais que ficavam implantados no interior de suas narinas e se estendiam ou retraiam para fazer ligação com outros terminais possibilitando uma conexão direta entre o seu cérebro e sistema que estava sendo hackeado.
— Ninguém sabe dizer a razão, mas aparentemente essa porta era a única realmente segura por aqui. — Respondeu o jovem.
— E você não consegue abrir? — Inquiriu C1.
Irônico o garoto apertou um botão.
E a porta se abriu. Uma densa nuvem de poeira e vapor escapou do interior do cômodo revelado.
— Bom trabalho. — C1 cumprimentou entusiasmado o rapaz.
De armas em punho nós avançamos.
O interior da sala estava um breu. Não dava para ver um palmo diante do nariz.
Eu acendi minha lanterna tática para iluminar o local.
Notei alguma coisa realmente grande, mas muito grande mesmo, que estava diante de nós.
Ficamos boquiabertos sem entender o que observávamos. Havia algo descomunal a nossa frente.
— Meu Deus! — Disse o garoto.
Um corpo humanoide gigante, orgânico e sem pele como se tivesse sido esfolado jazia imóvel no local. Estava enrolado em fitas que mais se pareciam com selos e possuíam mais símbolos estranhos desenhados por todo seu segmento. Devia ter uns 20 metros, ou mais.
— Acho que nossos caminhões não darão conta de levar isso embora. — Disse C1 se recompondo do susto.
Continua.
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