Urgente
Vinte e oito anos atrás minha deslocada existência começa
Ser criança é tão bom pois ser inocente é cegueira pra maldade
E quando pensei que ser adolescente seria complicado
Jamais imaginei ou sequer estaria pronta para o que é ser adulta
Odeio tudo que sou, e o que sou nessa vida
E é tão facíl se odiar
É tão fácil, abre os olhos se encare no espelho
São falhas, estão decoradas de maneira tão compulsiva
Não importa esse cabelo tão bem arrumado
Esse delineado tão afiado
Batom lábios de carmim
Isso é um show e minha máscara está pronta
É como tento me enganar
Se existem pessoas abençoadas
Sinto que não sou uma delas
Tanto esforço meu que não vejo tanto valor
É como se eu estivesse sendo vendida pra minha auto-sabotagem
Eu e ela estamos juntas, quando estou sozinha ela timbra
Vou me tornando distante, não é egoísmo meu
Talvez seja apenas um mecanismo de defesa infeliz
Tão afogada na miséria desses pensamentos
Me faz querer beber, rir, chapar
Quem me dera esquecer
Queria até me abrir
Assim como me abro nesses poemas
Mas olha toda essa merda
Acha que alguém merece saber disso?
Por que eu contaria? Contaminaria alguém com toda essa merda
Mas então partimos para aqueles papos que Deus salva
Deus pode até salvar mas nunca essas igrejas falhas
Realmente me sinto vazia e o materialismo não compensa
Sou criada sem intenção nenhuma e sem interesse do destino
Vivo como se eu fosse um aborto vivo
Minha crise existencial já anda bem evoluída
Como um demônio dançando na minha vida
Ele me leva, me contorce, me agride
E estamos rindo disso antes porque não me prezo
Então que venha essa tempestade
Que são minhas lágrimas
A calmaria pós-tempestade é o cansaço
Sinto que morri
E falando de morte
Suicídio? SIM!
Não é à toa que escrevo poesia
Então escrevo, sangro, vomito, boto tudo para fora, rabisco e rasgo
Imaginando como se fosse eu me destruindo
É péssimo, mas é libertador
E no final disso tudo
Eu peguei aquela guia e vi :
Psicologia urgente
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