→Onze←


Capítulo 11 - Sete suspeitos

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   Senti meu coração saltar no peito e minha respiração ficar irregulada enquanto sentia uma de suas mãos apertarem meu pulso acima da minha cabeça. Eu preciso fazer alguma coisa!

Tentei desesperadamente conseguir ver seu rosto quando ele abaixou a máscara mas ele escondeu seu rosto no meu pescoço rápido de mais e a luz do quarto estava apagada o que não me ajudou em nada. Senti quando ele deu uma mordida no lóbulo da minha orelha me fazendo arregalar os olhos enquanto tentava me soltar dos seus braços.

- Quem é você? - eu pergunto quando ele tira a mão que tampava a minha boca e usava ela também para segurar meus braços sobre a minha cabeça.

Senti seu nariz deslizar sobre meu pescoço enquanto ele me prensava com força contra a parede, eu senti quando ele riu contra meu pescoço fazendo minha respiração ficar ainda mais irregulada. Merda! Merda! Merda! Isso está péssimo!

- Perderia a graça se eu falasse, não acha? - ele ri e tira uma de suas mãos do meu pulso descendo ela pela minha cintura deixando um aperto na mesma - Não gosta dessa sensação de mistério?

- O que você quer? Por que eu? O que eu te fiz? - eu perguntei notando minha visão ficar turva, enquanto ainda me debatia tentando me soltar do aperto dele. Como ele consegue ser tão forte assim? - Me deixa em paz!

- Shiu, você fala demais, sabia linda? - ele sobe a mão lentamente pelo meu corpo parando ela na minha clavícula onde ele ameaçou subir ela pelo pescoço e eu arregalei os olhos quando me lembrei que algumas daquelas vítimas foram mortas por enforcamento. Ele não vai me matar não é? Se fosse me matar, por que continuar com esse joguinho? - Mas, eu irei responder suas perguntas. - ele ri com o rosto ainda escondido no meu pescoço - Mas tem que prometer que vai ser boazinha.

- Quem é você? - eu volto a perguntar já sentindo algumas lágrimas deslizar pelas minhas bochechas.

- Isso você terá que descobrir sozinha, anjo.

- P-Por quê?

- Encare isso como um jogo de descobertas. - sinto ele soltar um suspiro no meu pescoço e apoiar seu corpo completamente sobre o meu. - Você é tão linda, Zafi, tão cheirosa, tão minha.

- O que você quer de mim? - eu volto a perguntar em um grito sacudindo meus pulsos tentando a todo custo me soltar de suas mãos, mas ele estava tão agarrado em mim que eu não consegui nem me mexer direito.

- Eu quero tudo de você! Quero seu amor! Quero sua afeição! Quero que você perceba que você é minha. - ele aperta meus pulsos me fazendo soltar um pequeno gemido de dor.

E é assim que ele pretende conquistar minha afeição? Me torturando?

- Eu não sou sua e nunca vou ser, eu jamais vou pertencer a um doente como você.

- Ah, você é completamente minha, e você sabe disso. - ele fala firme e coloca sua mão entre meus cabelos puxando alguns fios da minha nuca - E se eu fosse você, eu pensaria duas vezes antes de falar essas coisas.

- Ah é? E o que você vai fazer? Me matar? - sussurrei sentindo ele pouco a pouco se afastar do meu pescoço. Eu preciso irritar ele, assim ele irá olhar para mim e eu vou conseguir ver quem é - Então mata! Eu prefiro estar morta do que ficar mais um segundo com você, seu demônio! - eu grito e sinto sua mão se fechar em um punho no meu cabelo me machucando.

- Cuidado com o que fala, amor. Não esqueça que quem manda aqui sou eu e somente eu vou poder ditar quando você morre e quando você vive, está me entendendo? - ele fala alto me fazendo engolir em seco. Ele é maníaco! Um psicopata por inteiro! Um lunático! - A propósito espero que você pare de falar com aquele tal de Beomgyu ou eu terei que ir até Daegu fazer um visitinha para ele.

- Não faça nada com ele! - eu grito e ele coloca sua mão no meu rosto e aperta minhas bochechas com força - Não toque nele!

- E por que eu não faria? Ele tem que entender que você é só minha! Não dele! Você pertence à mim, apenas à mim! E se você não se comportar eu terei que tornar essas minhas "visitas" mais interessante, não acha? - ele pergunta e sinto seus lábios subirem no meu pescoço deixando pequenos selares no meu queixo subindo em direção aos meus lábios.

- Me solta! - eu falo sentindo seus beijos em meu rosto.

- Por que você tinha que ser tão linda, Zafi? Eu ainda lembro quando te vi pela primeira vez. - ele ri soprado - Você ficou me encarando pela janela, a culpa disso tudo é sua, me deixou bastante curioso ao seu respeito.

- Eu te odeio.

- Zafira! - ouso o Nate gritar do andar de baixo e solto um suspiro de alívio, finalmente, ele está aqui!

- NATE! SOCOR... - eu tento gritar mas ainda tinha minhas bochechas pressas pelo psicopata em minha frente e ele apertou elas tão forte que acabei gemendo de dor e parei de tentar gritar.

- Merda. - o desgraçado resmunga e solta meu rosto com agressividade fazendo eu virar meu rosto para o lado oposto do seu - Acho que a nossa diversão pode ficar para mais tarde. - dito isso, ele tampa meus olhos e deixa um pequeno selar nos meus lábios e quando ele tira a mão dos meus olhos, seu rosto já estava coberto pela máscara e eu deixei meu corpo deslizar pelo chão o olhando assustada.

O que será que ele usa para mudar a voz dele? Que até mesmo quando ele tira a máscara ela fica com aquele som meio robótico.

- Eu espero que você morra! - falei me encolhendo no chão enquanto passava a mão pelos lábios com agressividade e escuto ele rir mais uma vez. Ele realmente estava se divertindo com aquilo tudo.

- Mas já? Nós ainda nem nos divertimos. - ele fala andando calmamente para minha janela.

- Zafira! Onde você está? - o Nate grita no corredor.

- Ela está no quarto! - a Olívia grita me fazendo fechar os olhos com forca. Eu mandei ela não sair de lá!

- Até logo, linda. - dito isso ele pula a janela saindo do meu quarto.

Levantei da cama correndo e abri a porta encontrando o Nate em frente à mesma com os olhos vermelhos.

- Nate! - eu exclamo e me jogo em seus braços o apertando o mais forte que eu conseguia tentando encontrar segurança ali.

- Zafira! O que houve? - ele pergunta me apertando em seus braços.

- Nate, el-ele entrou aqui! Ele veio até mim! Por favor, não me deixa sozinha! - pedi enquanto chorava em seus braços.

- Eu não vou. - ele respira fundo - Ele ainda está aqui?

- Não, ele pulou a janela. - eu aponto para a mesma e o Nate vai até ela olhando para baixo.

- Vamos sair daqui. - ele fala trancando a janela e me puxando para a porta do meu quarto e me levando para o corredor - Olívia, vá lá brincar com a Alice! Eu vou ficar aqui com a Zafira. - ele fala para um das gêmeas enquanto me puxava para seu quarto.

- O-Okay. - ela fala e desce as escadas correndo e eu ouso as vozes dos meus pais me deixando mais aliviada. Pelo visto eles acabaram de chegar.

(...)

- Está mais calma? - o Nate pergunta depois de alguns minutos em silêncio. Eu estava deitada no seu colo enquanto ele fazia carinho em meus cabelos tentando me acalmar.

- Estou. - eu respiro fundo e passo a manga do meu moletom no meu nariz fazendo o Nate fazer uma careta com a minha ação - Onde você estava?

- Eu recebi isso. - ele respira fundo e pega um bilhete do seu bolso - E fui até lá.

"Olá cunhadinho! Deixei um presente para você no parque perto do mercado. Não me decepcione cunhadinho! Estarei te esperando lá.
Ps: Diga a Zafi, que eu estou chegando."

- Por que você foi até lá? Ele poderia ter te machucado! - eu exclamo encarando séria o meu irmão - Você é idiota ou o que?

- Eu queria acabar com essa palhaçada logo! Queria acabar com o idiota que anda te incomodando! Mas quando cheguei lá, só encontrei um bilhete colado em um dos balanços escrito "Te enganei" e então vim correndo para casa. - ele bufa e passa a mão pelos cabelos - A Olívia estava na lavanderia e quando ouviu minha voz veio correndo até mim falando que você estava em perigo! Eu fiquei com tanta raiva! Eu quero matar esse desgraçado! Como ele entrou aqui? - ele pergunta sério se levantando da cama.

- Pela porta. - exclamei arregalando os olhos, eu tinha esquecido desse detalhe.

- Que porta?

- A porta que está sempre trancada! Nate a gente precisa ir lá agora! - tentei me levantar mas o Nate me impediu.

- Hoje não! - ele falou e eu o olhei confusa. Hoje não? E se esse cara entra aqui de novo? - Você vai dormir um pouco e amanhã nós veremos isso, estamos seguros aqui, janelas e portas trancadas, você precisa descansar.

- Tem razão.

Por mais que eu queira ir lá, não sei se meu emocional vai aguentar passar por mais uma turbulência hoje.

- Ele fez algo para você? Ele te tocou? - ele pergunta sério e eu lembro das mãos do idiota tocando minha cintura e faço uma pequena careta.

- N-não! Bem, ele teria, eu acho, se você não tivesse chegado a tempo. - eu minto e olho para minhas mãos.

- Você acha? - ele pergunta irônico e eu encolho os ombros - Eu tenho certeza que ele teria feito algo com você! Amanhã mesmo eu vou entrar nessa maldita casa ao lado e vou matar esse arrombado. - ele grita e chuta a cama fazendo a mesma balançar comigo em cima.

- Não! Você não vai! Nós nem sabemos quem é! E se por acaso ele for o tal assassino que a polícia procura? Ele pode acabar te machucando! - eu grito e me levanto da cama parando em sua frente.

- Eu acho que não. Por que um assassino de sangue frio iria brincar com você? Se ele é mesmo um assassino ele já teria te matado! Não estaria fazendo todo esse teatrinho para te assustar! - ele fala sério e senta na cama passando a mão pelos cabelos.

- Eu estou com medo.

- Não precisa ter, eu não sairei do seu lado. - Nate fala e estende a mão me chamando para perto. Hesito por alguns segundos mas logo me aproximo dele deixando ele me abraçar e apoiar sua cabeça na minha barriga.

- Obrigada, Nate. - eu deixo um beijo em sua testa e ele me solta se deitando na cama.

- Dorme, peste. - ele fala e eu me deito ao seu lado - Não deixarei você sozinha. Eu prometo. - dito isso ele deixa um beijo no meu rosto e eu fecho meus olhos me lembrando do que o Yeonjun me disse.

Será mesmo que um daqueles garotos que eu conheci poderiam ser o maníaco que anda brincando comigo? Tentei incluir semelhança dos sete garotos nesse psicopata que entrou aqui...

Lembrei de suas mãos apertando meus pulsos... Ele era forte... O que me lembrou o Jungkook.

Lembrei da forma que ele me chamou pelo meu apelido... Zafi ... O jeito que ele falou meu apelido me lembrou o Hoseok que era o único dos garotos que me chama assim.

Lembrei do jeito que ele entrou no meu quarto... Ele era cauteloso e calmo de mais... O que me fez pensar no Jin que é bastante cauteloso e no Namjoon que é bastante calmo.

Lembrei do jeito que ele falava ... Sua voz... Mesmo estando distorcida tanto pela máscara como por algo que ele usava contra garganta para mudar o som dela. Seu jeito de falar me lembrou do Yoongi.

Lembrei do jeito que ele se desviava das minhas perguntas... Ele era misterioso... O que me fez pensar no Taehyung, ele sem dúvidas era um garoto cheio de mistérios.

Me lembrei do seu humor, que ria por qualquer coisa que eu falasse, isso me fez lembrar do Jimin. Que ria por qualquer coisa mesmo sem motivo.

Aqueles sete garotos eram sim suspeitos... E eu preciso ficar atenta e tentar descobrir logo qual deles é.

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