Narrador on..

        A semana no Dionysus foi uma loucura. Ana está a beira de um colapso com a organização da despedida de solteiro de Taehyung e Lili e ainda tinha todo o movimento da semana, ou seja, mal dormia. Por esse motivo Jin a obrigou a ficar em seu apartamento a semana toda assim ele ficaria de olho e a obrigaria a dormir na marra se fosse preciso.

       Hoje, faltando dois dias para a festa, Ana estava com os nervos a flor da pele.

— Isso é inaceitável. Encomendei essa decoração a mais de uma mês e você me garantiu que o palco ficaria pronto a tempo. - Esbravejava ela sentada na cama vestindo apenas a camiseta de Jin. — Eu entendo que é algo específico e grande, mas, eu pedi discrição e agora além de não ter o que preciso ainda vou ter que lidar com a mídia querendo saber sobre o que foi vazado. Espero que o senhor se responsabilize por isso afinal assinou o documento de confidencialidade.

       Estava tão nervosa que nem percebeu que Jin estava parado na porta do banheiro de braços cruzados e sem roupa. O rapaz caminhou em sua direção negando com a cabeça e tirou o celular de sua mão.

— Ei! Eu estava resolvendo um problema. - Jin apenas levou o indicador da mão até a boca de Ana a fazendo se aquietar e tomou a palavra ao celular.

— Vou lhe passar para minha irmã. Maia irá assumir o problema de maneira judicial. Peço que por favor não perturbe minha mulher com sua falta de competência. Maia irá te ligar em breve. - E desligou o mesmo.

—  A Maia vai te matar. Você sabe disso não?! - Argumentou Ana enquanto ele mandava uma mensagem. —  Tá fazendo o que?

— Querida Maia por favor resolva essa questão para que seu irmão possa ter uma noite de prazer e amor com sua amiga Ana. Segue aqui os contatos. Tenho certeza que você consegue. Fighting!

— Ela vai me matar também seu doido.

— Bom se é assim então temos que aproveitar nosso último dia aqui. - Diz ele subindo em cima dela e começando a explorar seu pescoço. Ana nem pensou mundo, apenas deixou-se levar.

      Acordou com seu celular tocando freneticamente. Jin acordou logo na sequência.

— Aí ninguém mais respeita horários não?

        Ana desbloqueou a tela e assim que viu o número encarou Jin como se fosse mata-lo.

- Você vai atender a fera. - Disse já atendendo a chamada de vídeo e praticamente enfiando o celular na cara do namorado.

                         CHAMADA

—  Kim Seokjin! Como você me faz isso?

— Maia minha irmã linda. Qual a boa?

— Menino não me faça ir até aí e arrancar você pelado mesmo da cama.

—  Eu não podia deixar a Ana mais estressada. Ela nem estava dormindo. O cabelo dela até começou começou cair e daí eu pensei... por que não deixar a minha maninha cuidar de tudo. Ela sabe se livrar de problemas como ninguém. - Enquanto ele falava Ana queria morrer ao seu lado. Não sabia se ria ou não.

—  Garoto você tem sorte que eu te amo. Já resolvi o problema e Ana eu sei que está ouvindo, consigo ver seu braço. Devia ter me avisado que estava com dificuldades.

—  Desculpa. Você já estava cheia de pendências do casamento para resolver que eu não quis piorar as coisas.

— Escuta, você faz parte da nossa família agora e sempre tem um espaço no meu dia pra você. Enfim, vão montar a estrutura no final do expediente de amanhã e quanto ao vazamento eu dei um jeito, mas vou conversar com o Tae e a Lili sobre o assunto. Quando a você senhor Seokjin, eu te amo, mas as vezes queria te dar um pescotapa.

                 Fim da chamada

—  Eu disse que ela ia resolver. Agora vem aqui. Tenho umas ideias bem legais pra fazer com você.

—  Nem pensar amor. Preciso comer algo e ir para o Dionysus. Hoje vamos receber um grupo médicos. Parece que está acontecendo um grande congresso aqui em Seul e a reserva já está feita desde da semana passada.

—  Estou começando a ficar com ciúmes do meu restaurante.

—  Bobo. Eu sou toda sua já disse.

      Ana ia saindo quando Jin a puxou para um beijo.

— Vá tomar seu banho que eu preparo o café.

—  Que sorte a minha. Tenho um homem incrível ao meu lado.

      Assim fizeram. Na sequência tomaram café e Jin fez questão de estar no Dionysus. Hoje estaria com sua agenda livre então iria aproveitar para conferir como andavam as coisas por lá.

       Ana lhe deu um beijo e foi para a cozinha. Mal abriram as portas e o local já começou a se encher. A recepcionista do Dionysus ajeitava as pessoas confortavelmente e muitas estavam ali para o café da manhã então eram levadas cordialmente para a confeitaria.

       Já perto da hora do almoço o tal grupo de médicos chegou ao restaurante e foram levados a uma grande mesa que havia sido preparada especialmente para eles. Essa mesa ficava um pouco mais afastada da cozinha. Sendo assim Ana não conseguia ver exatamente o que acontecia por lá.

— Que lugar elegante. - Uma das mulheres comentou.

—  Dizem que é a melhor comida de Seul atualmente. - Um senhor comentou e os demais concordaram.

      Logo todos pediram e conforme iam comendo e provando os pratos só se ouvia os murmúrios satisfeitos. Jin que passava perto da mesa diminuiu os passos para ouvir os comentários.

— Sensacional! - A mulher de cabelos castanhos escuros disse se fartando de mais uma garfada.

— Sim! Como um típico coreano posso afirmar que isto está magnífico. Diga-me Laura, sua filha é chefe de cozinha não? - Assim que o homem proferiu essas palavras Jin virou-se e encarou a mulher apurando os ouvidos e atento a sua resposta.

— Ana?! Por Deus! Ela tenta, mas, nem se compara a essa refeição magnífica. Já tentei muitas vezes lhe dizer para largar isso e fazer algo mais próximo do aceitável. Em vão. Ela é Teimosa.

—  Com licença. Eu sou Seokjin proprietário do Dionysus. Espero que estejam aproveitando a estadia em nosso estabelecimento. - Jin disse olhando fixamente para a mulher e depois sorrindo.

—  Que honra! - Disse um dos médicos.

—  Está tudo fabuloso. - Uma médica loira sentada ao lado de Laura.

—  Querem conhecer nossa chef de cozinha?

— Seria maravilhos.

     Jin os deixou por alguns minutos e foi até a cozinha.

—  Ana meu amor pode vir comigo? Os médicos querem lhe conhecer e parabenizar pelo excelente trabalho.

      Ana sorriu, Lavou as mãos e ajeitou as roupas.

—  Está linda meu amor. - Disse lhe dando a mão e a conduzindo até a mesa.

—  Está aqui é minha grande chef, Ana.

      Todos elogiavam a moça e Laura virou-se sorrindo.

— Mãe?!- Ana perdeu um pouco a cor do rosto e Jin a sustentou.

— Você nos disse que sua filha não era boa. - O médico coreano Pontua e Ana volta a encarar a mãe.

—  Ela é fantástica como puderam perceber. - Jin interferiu. - Fiquem a vontade. Ana meu amor, vamos?!

      Ana deu a mão e se apoiou em Jin pois suas pernas não queriam obedecer.

— Sua mãe consegue ser ridícula e agora terá que provar do próprio veneno. Você é maravilhosa meu amor e não precisa da aprovação dela.

     Jin deu um beijo na amada e sentou-se com ela no jardim de inverno.

—  Como pode aparecer ali e me fazer passar vergonha daquele jeito? - Laura questiona assim que coloca os pés no jardim.

—  A senhora passou vergonha sozinha. Ao invés de aplaudir as conquistas da filha tenta minar seus sonhos de todas as maneiras que consegue.

—  Você pode ser o patrão dela...

— Eu sou o futuro marido dela e juntos estamos construindo uma vida. Sai por favor ou terei que pedir que lhe retire gentilmente. - Laura sem palavras e indignada obedece. Aquela foi a última vez que Ana viu a mãe.

—  Obrigada meu amor por me proteger assim. - Ana da um beijo doce em Jin.

      No dia seguinte as cousas estavam fervendo no restaurante e os preparativos para a despedida de solteiro estava feitas com maestria. Maia corria de um lado para o outro com um dos gêmeos no colo enquanto Jimin brincava com o outro. Ela e Ana cuidavam para que tudo estivesse no seu devido lugar. Alice havia ficado responsável por manter os noivos relaxados por tanto fez Lili ir para um SPA enquanto Hobi cuidava de Taehyung.

        O dia finalmente havia chegado e Lili estava deslumbrante em um vestido vermelho ao estilo lolita para combinar com a roupa clássica que Taehyung usava. Ambos estavam radiantes e até mesmo os funcionários e staff estavam se divertindo. A noite foi regada de danças, brincadeiras, shows particulares e homenagens aos noivos.

        Em um determinado momento Ana encostou-se em um dos pilares do salão e observou a felicidade do casal.

—  Deve estar exausta né? Qua do chegarmos em casa farei uma massagem em seus pés.

—  Não me leve a mal amor, mas, estava pensando em ir para minha casa hoje. Já estou começando a ser um peso na sua casa.

— Não diga besteiras. Você nunca será um peso. Na verdade eu quero te pedir algo.

— Diga então.

—  Vem morar comigo? Já estamos vivendo juntos mesmo e pra falar a verdade nada tem sentindo quando acordo e oceano não está lá.

        Ana sorriu e lhe deu um beijo.

—  Vou levar minha cama e vamos redecorar aquela sala.

— Ué o que tem de errado com minha sala?

—  Tem uma vibe de solteiro e amor, você está longe de ser um.