coisas inevitaveis
Jin on...
Meu corpo inteiro estremeceu. Ana tinha um gosto maravilhoso. Meus dedos apertavam a carne de sua cintura a puxando com força contra meu corpo. Soltei um gemido quando seus dedos adentraram os cabelos em minha nuca. Estou lutando com todas as minhas forçar contra a falta de ar que começa a ganhar espaço. Meu coração acelera e um sentimento a muito enterrado por mim começa a despertar. Findo nosso beijo tentando raciocinar. Um medo sem fim me domina.
— Perdão Ana. - É tudo que digo abrindo a porta do meu apartamento e a deixando no corredor. Já do lado de dentro me encosto na mesma tentando me acalmar. Meu peito subia e descia muito rapidamente e minha respiração estava descompassada. Mãos trêmulas, droga, estava tendo um ataque de pânico. Meus pensamentos iam do que tinha acabado de acontecer ao que Nari me fez a tanto tempo. Quando finalmente consegui me acalmar o arrependimento tomou conta do meu ser. Abri a porta rapidamente na esperança dela ainda estar ali, o corredor vazio apenas me fez sentir ainda pior. Não consegui dormir direito.
Acordo com batidas insistentes na porta e só existe uma pessoa no mundo com coragem suficiente para me acordar a uma hora dessas, Kim Taehyung.
— Yeah! Você só faz isso por que eu sou muito pacífico, por que se fosse o Yoongi estaria perdido. Vai criatura desimbucha logo, oque você quer?! - Mal abro a porta e já disparo a falar.
— Você sabe que não sei cozinhar.
— E o que eu tenho haver com isso?
— Bom, penssei que podíamos fazer um café especial para elas, eu vi como você olha para a Ana, tá caidinho né?!
— Garoto não fala besteira, eu apenas fui gentil.
— Sei. Mais deixa isso pra lá. Vai hyung, Ana não pode cozinhar por causa da mão e acho que Lili não sabe. - O safado faz aquela cara de Tata mic.
— Ah essa cara não! Aí tá bom, mais vá avisar a elas e volte para me ajudar. - Aceitei pois talvez seja uma boa maneira de pedir desculpa a Ana pelo vexame de ontem.
— Combinado. - Dei uma lista de compras. Nada demais, apenas coisas que talvez as lembrem de cada. Não demorou muito para que ele voltasse sozinho.
— Cadê elas?
— Foram se arrumar. Acho que você não é o único vaidoso por aqui. - Apenas dei de ombros ao comentário dele e comecei a preparar o café. Quando finalmente chegaram meu coração disparou novamente assim que bati os olhos nela. Estava tentando ficar calmo e durante todo o tempo em que ficamos juntos, Ana foi perfeita. Em nenhum momento tocou no assunto ou me tratou diferente pelo que aconteceu.
— Acho que vamos indo então. - Lili diz se levantando e sendo seguida por Ana.
— Que tal um passeio pelo jardim? - Tae convida e Lili logo olha a amiga como se pedisse permissão.
— Ah por favor. Vão logo, não se preocupe comigo. Vou aproveitar e dormir um pouco. Esse remédio tem me deixado sonolenta. - Responde de imediato.
Tae oferece o braço a amada e a observo os entrelaçar feliz. Ambos se despende de nós dois ainda na porta do meu apartamento.
— Fofos. - Comenta Ana.
— Com certeza.
— Bom. Vou indo também. - Ela diz meio sem jeito.
— Espera. - Seguro seu braço com delicadeza. — Acho que te devo uma explicação sobre ontem.
— Que nada Jin. Você não me deve nada. Eu entendo. Rolou um clima momentâneo e você se deixou levar. Eu também me deixei. Sei que deve acontecer muito afinal você vive cercado de mulheres. - As palavras me causam um desconforto imediato. — Não se preocupe não vou deixar que volte a acontecer. - Ana gira os calcanhares e entra em seu apartamento batendo a porta na sequência.
— Espera! - Bato algumas vezes mais ela não atende.
— Hyung? O que houve? Algo errado com as meninas? - Estava tão distraído tentando falar com Ana que não percebi a aproximação de Jimin.
— Aconteceu. Eu sou um tonto. - Digo cruzando o corredor e entrando em casa. Sento-me no sofá de qualquer jeito.
— Quer me contar? - Ele me pergunta e vendo que permaneço calado se manifesta. — Sabe se tem uma coisa que a Maia me ensinou é que duas cabeças pensam melhor que uma e que falar sobre algo que nos incomoda pode fazer toda a diferença.
— Ontem eu beijei a Ana. - Digo jogando a cabeça para trás.
— Isso é ótimo.
— Seria mesmo se eu não tivesse ficado com medo e largado ela sozinha no corredor. - Completo passando as mãos no rosto.
— Hyung isso foi uma baita mancada, mais tudo se resolve com uma conversa. Está bem óbvio que você está interessado e a julgar pelas reações dela, é recíproco.
— Não está sugerindo que eu fale sobre Nari, está?
— Não necessariamente. Isso é algo que você deve conversar quando se sentir confortável em faze-lo. Seja sincero dentro daquilo que estiver preparado para dividir. - Meu amigo repousa uma de suas mãos em meu ombro. — Preciso ir. Maia está com desejo de comer melancia com sal e só temos o sal em casa.
Sozinho fico pensando no que deveria fazer. Não tive coragem de voltar a falar com ela, pelo menos não sozinho.
Os dias foram passando e Ana parecia me evitar. Tentei falar com ela algumas vezes mais sempre acabávamos nos provocando e brigando.
Estava saindo do elevador no nosso prédio quando a vi no corredor.
— Aí cuidado.... ah! Tinha que ser você mesmo. - Esbarrei nela de propósito e sua reação foi engraçada e fofa.
— Ué foi você que me atropelou menino.
— Menino? E eu tenho cara de criança por acaso? - A provoco.
— Você tem cara de ... - Ela para de falar quando me aproximo mais de seu rosto.
— Cara de que mulher anda fala.
Ana não responde apenas olha de meus olhos para minha boca, parecia buscar palavras mais não as encontrava.
— Deixa pra lá. - Ela ia me deixar ali e eu não queria, se não fizesse isso agora não faria mais. A puxo de volta para mim.
— Vai, admite que você se sente atraída por mim. - Aperto seu corpo contra o meu. Estava ficando insuportável ficar sem ela.
— Só se você adquirir que sente o mesmo por mim. - Ela rebate e é nesse momento que eu acabo com a distância entre nós. A beijo com desejo enquanto sua mão brinca com meus cabelos. Ela acaba me prensando em minha porta e nossas intimidades roçaram uma na outra. Ana se afasta lentamente mordendo meu lábio inferior me deixando ainda mais perdido naquele sentimento. Eu sabia que estava me perdendo, me perdendo nela.
— Eu adimito, gosto de você. - Ela diz ofegante.
— E não tenho conseguido nem cozinhar direito. - Revelo.
— E o que isso quer dizer? - Ela pergunta olhando profundamente em meus olhos.
— Quer dizer que você tem dominado meus pensamentos brasileirinha. - Volto a beija-la e desta vez sou eu quem a prenso contra a porta.
— Muito bonito! Os dois se comendo no corredor. - Nos assustamos com a frase.
— Não é nada disso Lili. - Ana responde se soltando de mim.
Taehyung e Lili estavam ambos com sorrisos safados, parados atrás de nós de braços cruzados.
— Que seja... Sabia que isso ia acontecer, mais da próxima vez façam isso no quarto. - Comecei a rir de nervoso.
— Vem Lili. Vamos deixar os pombinhos sozinhos. - Tae puxa a namorada para dentro do apartamento dela.
— Esses dois. - Diz Ana rindo. — Por que está me olhando assim? - Pergunta ao me ver a observando com atenção.
— Que tal um jantar? Só nós dois?
— Um encontro?
— Sim. Precisamos conversar e eu preciso me desculpar corretamente por...
— Ter me beijando daquele jeito e me largado lá sem entender nada?
— Isso.
— Combinado. Eu aceito jantar com você.
Meu coração está muito acelerado agora. Dei um passo muito importante hoje. Estou com medo, mais Ana parece valer o risco.
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