As sirenes eram ouvidas de todos os cantos da pequena e suja casa. A família que ali habitava com a aproximação dos policiais, saiu rapidamente pela porta dos fundos, carregando o máximo de pertences possíveis, deixando apenas uma coisa para trás, um rastro de dor e sofrimento.

— Polícia do condado do Texas! Abram essa porta agora, ou serei obrigado a usar a força bruta — exclamava de maneira alta uma voz masculina.

Como em alguns minutos não houve resposta alguma ou até mesmo alguma movimentação suspeita, a única alternativa restante era cumprir a ameaça. O ombro chocando-se com força a porta de madeira, era o único barulho proveniente naquela moradia, junto ao choro de um casal e a comunicação acelerada dos profissionais pelos seus radios de transmissão, mantendo-se alertas para se precisarem pedir algum reforço.

O banque ouvido sinalizou que finalmente haviam conseguido alcançar o seu objetivo, e aos poucos, os policiais foram entrando, com as suas lanternas e armas empunhadas no caso de necessitarem usá-las.

O corredor longo, escuro e mortificado estava aparentemente vazio, a única coisa que provia desde, era um cheiro leve mas marcante, um tanto ferroso, o do tão característico sangue. As paredes de madeira gastas com pequenos buracos, serviam de moradia para vários tipos de insetos, os quais, ousavam mostrar apenas os seus múltiplos olhos, encarando com curiosidade os intrusos, e pode ter certeza, que tais vermes não transmitiam uma sensação de que os profissionais encontrariam algo bom.

Ao se aproximarem o suficiente da porta, concordaram entre todos com acenos silenciosos que era a hora de abri-la. O rangido da maçaneta antiga virando anunciou de que haviam encontrado o local que provia o estranho cheiro, o qual ficou quase que insuportável. Iluminando com suas fontes de luz a sala escura e úmida, notaram apenas uma silhueta encolhida no chão.

— Por favor, me ajudem — sussurrou com bastante dificuldade uma voz feminina de maneira entrecortada.