A contadora de horas
07 de setembro de 1892
Querido diário...
Hoje eu pensei seriamente se o que eu sempre fui estava certo. Se o que eu sempre batalhei pra ser, estava quebrando regras demais, talvez um música me ajudasse. Mas não... a melodia delas só me fazia lembrar cada dia mais, o que eu tive que fazer, mas eu não queria.
Como se eu tivesse sendo forçado a andar cada passo, em cada segundo que nunca foi contado pra ninguém. Era sempre a mesma pessoa... A contadora de horas, eu a chamava assim. Era tão difícil eu ver as horas, sabendo que ela estaria vendo também... Observação.
Não era possível que eu fosse tão sonhador de pensar que podia driblar o tempo, mas não posso. A contadora de horas hoje não quis mais saber do que eu fazia, apenas contava freneticamente o que eu podia estar fazendo, minuto por minuto. Ela nunca quis saber de mim mesmo... Talvez quisesse saber da pequena ampulheta, que andava cá e lá posta em suas mãos sorrateiras.
Nada e nem ninguém me coloca tanto terror quanto ela. Queria só um dia de extrema paixão referente, mas os dias se passavam tão depressa, que eu não conseguia fazer o que eu queria aos olhos dela.
Queria entender o porquê eu queria tanto trazer cada milissegundos pra que ela continue a funcionar, se ela não me vê... Ela não quer me ver.
Bom... devo parar por hoje, ela ainda não parou de contar para me achar, eu estou preso nesse gás tóxico que nunca serão tirados pra que eu posso respirar..
Lembrei-me que ela é quem injeta isso.
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