11° e 12° passagem
15 de Abril, 2018...
Estou com medo, muito medo.
Acho que tem alguma coisa me perseguindo... Estou tão apavorada, meu corpo inteiro está tremendo enquanto ainda escrevo para você. A floresta está escura, bom, ainda é tarde de sol quente, eu sinto, mas essa floresta está escura.
Talvez você pense que tudo isso é apenas uma paranóia minha, pode ser, eu espero que seja e que na verdade eu esteja sonhando em meu corpo esteja em um coma induzido ou sei lá!
Mas você tem que concordar comigo, dormir em um lugar e acordar em outro não é nada normal.
Eu sei o que você está pensando, se é que você pensa... Eu estava me arrastando a procura do meu carro e posso ter dormido aqui mesmo e pensado que alguém me arrastou pela floresta...
Mas não foi isso.
Eu me lembro muito bem da árvore amarelada e com uma raiz funda na qual me escorei ontem para dormir. E hoje eu acordei perto de um lago! Você tem noção? UM LAGO!!! Isso é horrível, e eu tive sim a sensação de alguém me arrastava antes de acordar.
Será que iria me jogar no lago...?
Bom... Parece que a coisa parou de me seguir, eu acho. Tudo está silencioso demais...
Será que essa coisa ou sei lá que diabos isso é, está me fazendo entrar mais na floresta e ir ao contrário da direção da estrada?
É isso!
Vou voltar na mesma direção e...
MEU.DEUS!
————~•~————
16 de Abril, 2018...
Por que raios eu não posso simplesmente morrer logo?! Será que é pedir demais?
Se quer saber a verdade, eu não sei mais o que fazer, você deve me achar uma covarde por simplesmente estar sentada e chorando enquanto escrevo... Mas o que você quer? Eu estou presa aqui, e assustada.
Aquela coisa ontem, você viu, não viu?
Por favor, me diz que aquela coisa não existe de verdade!
Como pode existir uma coisa daquelas?
Eu não consigo nem descrever aquela aberração. Só de lembrar eu sinto meu sangue gelar. Por que ela está fazendo isso comigo? Por que?!
— Eu realmente não queria ser essa garota. — Izaac fala me entregando o diário de volta. Ele lera duas passagens em voz alta quando eu insisti para que ele fizesse, só assim ele entenderia o que eu queria dizer.
Tudo isso é muito maluco!
— O que acha que pode ser? — pergunto folheando o diário.
— Isso é coisa do incardido. — ele respondeu fazendo uma careta.
— E eu acho que concordo com você...
— Então é por isso que ninguém encontrou o carro, ele realmente foi movido... — ele disse pensativo.
— Precisamos ir, talvez possamos conseguir encontrar seguindo as "pistas" dela.
— Eu realmente não quero ir.
— É o nosso trabalho Izaac, não temos escolha.
— A equipe de busca pode fazer isso...
— Amanhã a gente vai junto.
— Droga!
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