Thamara
Sexta feira, 12/05/2017, 21h00min horas.
Assim que cheguei ao colégio, na parte da manhã ainda, nem havia batido o sinal para as aulas. Fiz o trajeto do refeitório e comprei uma barra de cereal, eu não havia tomado o café da manhã, estava de estomago vazio, e com muita fome, invés de eu comprar algo que me sustentasse, que saciasse a minha fome, optei por uma barra de cereal sem graça, eu nem gostava de barras de cereais, só havia comprado, por que eu não queria engordar mais.
- Obrigada. – agradeci a mulher que trabalhava na cantina.
Ela sorriu para mim e eu resolvi sentar em uma das mesas, já que estavam praticamente todas vazias, pois era muito cedo, e os alunos ainda estavam chegando.
Avistei um rapaz encorpado, cabelo castanho claro, olhos azuis, caminhando em minha direção, e só estava eu na mesa, então, eu não fazia ideia do que ele poderia querer comigo, nunca o vi na vida.
- Thamara? – perguntou ele, me encarando.
- Sim. Quem é você? – perguntei de volta, não estava entendendo nada.
- Sou o Matheus. Irmão do seu namorado Peter. – ele disse e sorriu, e eu quase engasguei com o cereal.
O irmão do Peter estava falando comigo, o mesmo que ficou com a Emma, quando a mesma era namorada do próprio irmão, o Peter. O que ele estava fazendo no colégio? De acordo com o Peter, Matheus terminou o ensino médio ano passado.
- Oi. – disse, ainda achando estranho.
Antes que ele pudesse falar mais coisas, percebi Peter se aproximando. – A sala da direção fica em outro caminho e você sabe bem disso, pois já estudou aqui, está fazendo o quê, incomodando a minha namorada? – perguntou Peter, estava irritado.
- Calminha irmãzinho! Eu só queria ver se sua namorada era tão bonita como nas fotos que eu vi dos dois juntos. – ele disse.
- Não seja irritante Matheus, eu não quero você perto dela.
- Está com medo de que ela se apaixone por mim, como aconteceu com a Emma? – Matheus provocou, desafiando Peter com o olhar.
Peter apertou os punhos, parecia se controlar para não explodir. – Cala a boca. Você é um canalha.
- Não irmãozinho, você que é um grande babaca e um pirralho, eu não posso fazer nada se as suas namoradinhas se interessam por mim, deve ser porque eu sou mais velho, já ouviu falar que as garotas adoram homens mais velhos?
- Eu vou te... – dizia Peter, até que eu levantei e peguei em sua mão, em uma tentativa de acalmá-lo.
- Peter, não vale à pena, calma. – eu disse baixinho.
Ele assentiu e respirou fundo. – Viu só? Até a sua namorada é mais sensata que você, pirralho. Agora, caso não se lembre, eu tenho que ir à direção, resolver o problema que você causou em sala de aula. – disse ele, com soberba e se retirou.
- Eu não o suporto. – disse Peter, assim que o irmão se afastou.
- Nossa, seu irmão é mesmo um arrogante. Que situação... Mas em que confusão você se meteu? – perguntei, ele não havia me contado nada a respeito.
- Tive uma discussão com um garoto da minha sala, que estava falando besteiras, e eu não aguentei e parti para cima dele, não me suspenderam, não sei como, mas pediram que meus responsáveis estivessem presentes hoje na direção, pois queriam falar a meu respeito para meus pais, só que, nem meu pai e nem minha mãe puderam comparecer, e eles pediram para que o Matheus viesse como o meu responsável. – ele disse, com a cara emburrada ainda.
- Que tenso, mas o que esse garoto estava falando que te irritou tanto? – quis saber, ele era o meu namorado, e namorados deveriam se abrir um para o outro, pelo menos é o que eu acho.
- Nada de mais, esquece. Coisas de meninos. – ele disse.
- Tem certeza disso?
- Claro, por que eu mentiria?
- Eu não sei. – respondi e ele sorriu, e foi logo me puxando para um beijo longo em minha boca. Naquele momento, eu sabia que ele estava me escondendo algo, mas não quis insistir no assunto.
Após afastarmos nossos lábios, ele segurou no meu rosto com cuidado, e ficou me olhando a fundo, com um sorriso se formando no canto do lábio. Eu sempre me perdia em seu olhar, será que acontecia o mesmo com ele em relação a mim? Eu não sabia, mas eu esperava que sim.
- Está se alimentando corretamente? – ele perguntou.
- Sim. – menti. Eu não podia dizer a ele que havia forçado vômito, eu tinha medo de que ele se cansasse de mim e dos meus problemas algum dia, eu não consigo pensar na hipótese de perdê-lo.
Desde que Peter entrou na minha vida, ele tem colorido todos os meus dias, se ele se cansar de mim, vai voltar a ficar tudo cinza de novo.
- Tem certeza? – ele insistiu.
- Por que eu mentiria? – devolvi com a mesma resposta que ele havia me dado anteriormente.
Ele sorriu e me abraçou novamente. – Não fique zangada comigo, se eu pergunto essas coisas, é por que me preocupo com você, estarei sempre ao seu lado, para o que precisar Thamara, se alguma coisa estiver errada, me conte, e assim, irei te ajudar. – ele disse, enquanto afagava meu cabelo ruivo.
- Eu sei, e obrigada. Mas não precisa se preocupar tanto, eu estou bem. – disse.
- Eu... – ele dizia, até que ele parou de falar, não continuou a frase.
- Você o quê? – perguntei.
- Nada. Não lembro mais. – ele disse meio nervoso.
- Tá. Acontece. – disse e dei um meio sorriso.
- Eu tenho que ir à direção, depois nos vemos. – ele disse, me puxando para mais um beijo. Quando nos desprendemos, ele se afastou, fazendo o trajeto para a diretoria.
Não fiquei sozinha por muito tempo, logo em seguida, Emma se aproximou de mim.
- Sabe... O Peter só está metido nessa encrenca, por sua causa. – disse ela, cruzando os braços, me fitando.
- Como é?
- Vai dizer que não sabia? – ela rebate, revirando os olhos.
- Eu não sei de nada. Ele não me contou, e eu tenho certeza que você sabia disso, diz logo o que sabe, não é isso o que você queria? – disse, eu sou muito boa, mas quando me irritam, eu perco a paciência fácil, foi o que aconteceu no meu antigo colégio, perdi a paciência com aquela garota e bati nela, e quando percebi, eu estava sendo expulsa da escola, mas quer saber, foi até bom eu ter sido expulsa, se eu continuasse lá, eu não teria conhecido as meninas e nem o Peter.
Ela riu uma risada debochada, claro. – Acho que você não é tão ingênua e bobinha como parece. É exatamente assim que eu gosto Thamara! Gosto de competir com quem está a minha altura e não com pobres coitadas que não sabem se defender. – ela falou.
Dei um suspiro e tentei não perder o controle. – Vai falar ou não?
- O Peter bateu no garoto da nossa sala, porque o menino estava debochando de você, Carlito tinha dito que você era muito bonitinha e que estava doido para ver sua cicatriz, no sentido maldoso da coisa, se é que você me entende, aí ele perdeu o controle e bateu nele, tudo por você. – ela disse.
Fiquei enojada com o que escutei... Saber que meu nome estava sendo dito por canalhas como esse menino me deixou abalada.
- Obrigada. – agradeci.
- Eu não estou te contando por que sou sua amiga, eu não sou e nunca serei. Eu quero o Peter, e eu vou consegui-lo ter de volta. – ela disse e saiu.
Mais essa agora! Que ela queria o Peter disso eu já sabia faz tempo. Mas eu não tenho com o que me preocupar, eu sei bem que ele jamais voltaria com a Emma, ainda mais depois dela ter o traído com o irmão dele.
E eu sentia que Peter gostava de mim, Emma era só o seu passado, um passado que o machucou de mais.
Só voltei a ver o Peter no intervalo, assim que tocou o sinal, todos saíram desesperados para o intervalo, levantei sem pressa, e saí acompanhada da Lívia, Mirela, Josi, Caleb, Lucca e Lavínia. Éramos todos da mesma sala, e conversávamos.
- Seu cordão é lindo Mi. – disse.
- Obrigada amiga, meus pais me deram há um tempo, eu estou usando para que o Caleb não me confunda com a minha irmã. – ela disse e riu.
- Sério isso Caleb? Você está com medo de confundi-las? – perguntei rindo.
- Não tem graça Thamara. Elas são idênticas, tenho que estar certo de que não estou fazendo confusão. – ele disse.
- Até parece que eu esconderia a minha identidade... Jamais deixaria você acreditar que eu sou a Mirela. – disse Lavínia, participando da conversa.
Percebi Lívia olhando de uma maneira diferente para Lavínia, assim que a mesma tinha dito isso. Notei que Caleb havia ficado calado, meio estranho, os dois estavam muito estranhos...
- Ele sabe Lavínia, mas é bom que não haja confusões assim. – disse Mirela.
- Claro.
Quando chegamos no corredor do colégio, começamos a nos separar, Josi foi atrás de Cauã para aproveitarem e ficarem juntos, Lucca foi conversar com seus outros amigos e provavelmente com a Nayeli também, só ficou, Mirela, Caleb, Lívia, Lavínia e eu juntos.
- E onde está o Peter? – Mirela perguntou a mim.
Olhei ao redor, eu não o encontrava. – Não sei, ainda não o vi. – disse.
- Vocês dois faz um casal muito fofos juntos! – disse Mi, sorrindo, enquanto abraçava o Caleb e davam alguns beijinhos em nossa frente.
- Obrigada. – agradeci, ficando meio tímida.
- A Mirela e o Caleb também formam um casal lindo, não é Thamara? – perguntou Lívia, a mim.
- Claro que sim! São muito lindos juntos. – concordei, era a verdade. Os dois se gostavam de mais e ver isso era lindo.
Quando o casal se gosta, é impossível que os outros não shippem.
- Só falta você se acertar Lívia. – comentou Lavínia.
- Pois é. Mas estou bem assim, solteira.
- Se você diz. – disse Lavínia, e de repente, percebi um tipo de desavença entre as duas.
- Por que o casal fofo não vai a outro lugar, onde possam ter mais privacidade para que se beijem? – Lívia deu a ideia, referindo-se a Mi e ao Caleb.
- Estamos bem aqui Lívia. – respondeu Mirela.
- Mas acho melhor escutarmos sua amiga dessa vez. – falou Caleb, sorrindo maliciosamente para Mirela, a mesma riu e assentiu, e assim, os dois se afastaram.
- Acho que agora a Mirela está a salva do seu veneno. – disse Lívia para Lavínia, e eu me assustei.
- Não estou com paciência para suas chatices Lívia. – respondeu ela, virando-se de costas, indo para longe de nós duas.
- O que foi isso Lívia? – perguntei incrédula.
- Não a suporto! É uma longa história Thamara, vou te explicar virtualmente à noite, pois não quero que a Mirela escute ou fique sabendo que estou grilada com esse assunto ainda. Só posso te dizer que a Lavínia não é quem a Mirela pensa que é. Ela está mais para a Paola Bracho da vida.
- O quê? Paola Bracho? Sério? Nossa... Então a coisa é feia mesmo. – disse. Eu já havia visto A Usurpadora mais de duas vezes, sabia que Paola Bracho era a irmã gêmea má da Paulina, mas pensar que Lavínia também pudesse ser assim... Era pesado, pois isso é a vida real, e não uma novela, e Mirela não merece passar pelo o que a Paulina passou, apesar de todas as maldades da irmã, Paulina amava Paola, e será que a Mirela ainda amaria a Lavínia caso descobrisse que a irmã tem tendências malvadas?
Antes que Lívia pudesse falar, Charles apareceu e a chamou para andar come ele.
- Tudo bem se eu te deixar sozinha aqui?
- Pode ir sem problemas, Peter já deve estar chegando. – falei.
- Ok então amiga. Nos vemos depois. – ela disse e antes de ir me puxou para um abraço apertado.
Assim que ela se foi com Charles, fiquei caminhando pelo pátio, olhando para todos, procurando o Peter, ele tinha de estar em algum canto daquele colégio, porque não havia ido até mim como sempre fazia?
Caí no chão com o impacto de uma bolada extremamente forte, recebida na minha barriga, foi tudo muito forte e rápido e quando percebi, eu já estava caída no chão, e a bola rolando ao meu lado. Era daquelas bolas duras de vôlei.
Minha barriga estava doendo muito, fiquei com vontade de chorar com a dor causada pela bola. Olhei na direção de quem estava jogando, era um grupo de meninos e meninas da sala de Peter, e Emma estava incluída no jogo, eles riam enquanto me viam caída ao chão, Emma me olhava séria.
Um rapaz que estava no jogo, correu em minha direção e me ajudou a levantar.
- Está bem? Está machucada? – perguntou ele, enquanto me segurava.
- Eu estou bem, me deixa em paz. – disse firme, e com raiva. Eu não queria assunto com ninguém daquele grupinho.
- Não seja mal agradecida. – ele disse.
- Eu não sei quem jogou a bola, mas sei que foi de propósito, vocês não gostam de mim! – disse, em um tom elevado de mais.
- Me deixaeu ver aqui. – ele falou, e levantou meu uniforme para cima, tentei o empurrar, mas ele foi forte e como eu ainda sentia dor, ele tirou a minha blusa de uniforme e jogou no chão do pátio.
Fiquei em choque e a única coisa que eu consegui fazer foi tentar me cobrir com minhas mãos, ele me olhava rindo, e não satisfeito, levantou os meus braços para que ele pudesse ver a minha cicatriz, não só ele, mas como todos que estavam próximos.
- Me solta! – gritei, chorando já.
- Sua cicatriz não impede de te dar uns belos pegas, você é gostosa de mais. – ele disse, enquanto me comia com os olhos e ria de mim ao mesmo tempo.
- Me deixa!
De repente alguém o empurrou, afastando ele de mim, e era a Emma. – Já chega! Ficou maluco Travis?! Não encosta mais nela!
- Qual é Emma?! Você odeia essa garota, você pediu para jogar a bola nela.
- Eu pedi para jogar a bola e não para tirar o uniforme dela em público e humilhá-la! Vai embora. – ela gritou.
Ele se afastou rindo, olhei para ela em choque e chorando horrores. – Como teve coragem de fazer isso comigo? – perguntei baixo.
- Eu... Eu não sabia que ele iria...
Estava tão nervosa e em choque, todos ali estavam me vendo de sutiã, que corri me tampando com os braços em direção ao banheiro feminino, e nem lembrei de pegar minha blusa que estava no chão, eu só queria sumir, desaparecer da faze da terra e não voltar nunca mais, eu estava sentindo muita dor, física e mental, foi humilhante, foi desumano o que aquele garoto fez comigo.
Entrei no banheiro chorando alto e me tranquei dentro do cubículo, sentei na tampa do vaso e chorei até que toda a minha dor e raiva se esvaziassem de mim. Mas eu não sabia se isso seria possível, pela primeira vez na minha vida, eu senti vontade de ter morrido naquele acidente quando eu era mais nova.
Escutei alguém entrar no banheiro e imediatamente bateram na porta do cubículo onde eu estava. – Thamara! Amor... abre a porta, por favor! – gritou Peter.
Ele estava ali, dentro do banheiro feminino, querendo falar comigo, com certeza tinha ficado sabendo do ocorrido no pátio, eu sentia até vergonha de olhá-lo, ainda mais no estado em que eu me encontrava, apenas de sutiã, e chorando feito uma criança.
- Vai embora. – disse entre soluços, eu não queria que ele me visse naquele estado deplorável, eu estava com muita vergonha e com muita dor.
- Meu amor, abre a porta, eu quero te ajudar, por favor, não faz isso comigo. – ele implorou.
Meu choro saiu mais alto dessa vez. – Eu só quero morrer. – eu disse.
Assim que terminei de falar, ele empurrou a porta com força e se abriu, eu não deveria ter trancado direito, mas não me acertou, pois o espaço do sanitário até a porta era longo. O olhei assustada, ele me puxou com as mãos e me abraçou forte, e chorei em seus braços.
- Eu odeio a minha vida, eu quero morrer. – disse, enquanto o apertava contra mim.
- Não diga que quer morrer, isso dói em mim, por favor, não tenha esses pensamentos, eu não quero te perder. – ele disse, enquanto me envolvia com carinho, muito protetor.
- Eles me humilharam... Aquele cara foi cruel. – eu disse.
- Eu sei, e eu já dei um jeito nele.
- O quê? O que você fez? – perguntei, enquanto me soltava lentamente do seu abraço.
- Eu deixei claro a ele para nunca mais se meter com você e dei uma surra nele, uma surra que ele nunca mais vai esquecer.
- Você brigou? Pode ser expulso assim... – disse, preocupada com ele.
- Não, eu bati nele dentro do ginásio, não havia ninguém, ele não vai contar a direção, pois se contar, ele vai levar um castigo severo por ter feito o que te fez.
- Obrigada, mas eu não quero que você saia batendo em todo mundo que implicar comigo, por mais que mereçam. – disse, me referindo também ao outro menino da sala dele.
- Eu não consigo... É mais forte que eu.
- Mas precisa tentar se controlar.
- Toma. É seu uniforme. – ele disse.
Peguei da mão dele e agradeci, mas antes que eu vestisse a blusa, ele tocou no lugar onde a bola havia me acertado, a região estava vermelha, recuei no inicio seu toque, eu não queria que ele visse minha cicatriz, mas ele me olhou com tanto amor que eu não fui capaz de afastá-lo.
- Está muito vermelho, não quer ir à enfermaria? Está doendo muito? – perguntou ele, ainda com a mão em minha barriga.
- Eu estou bem fisicamente, eu vou me recuperar, a bola não foi nada comparada à humilhação que eu sofri quando aquele nojento tirou a minha blusa... – disse, com os olhos inundados de lágrimas novamente.
Vesti o meu uniforme e Peter segurou meu rosto. – Eu amo você. E eu não suporto te ver nesse estado, chorando. Estarei ao seu lado, e vou te proteger, não vou permitir que te firam novamente, Thamara, hoje, eu percebi que te amo verdadeiramente, te amo tanto que quando soube do que aconteceu... Eu fiquei maluco e doeu muito em mim, e te ver dentro desse banheiro sozinha, sofrendo, doeu mais. E quando eu escutei que você queria morrer, imaginei minha vida sem você, e isso me destruiu. Eu estou com medo de que você tente se matar. – ele fala, seus olhos azuis estavam tristes e inundados de lágrimas.
- Eu também amo você. Amo muito, eu só quero poder esquecer tudo isso... Mas eu não vou fazer isso o que está pensando, a ideia passou pela minha cabeça sim, mas eu não seria capaz disso. Desculpa se te assustei, é que dói tanto... – falei, com dificuldade.
- Eu estou junto nessa com você, não vou permitir que se afunde, nunca. – ele disse, e me beijou. Aquele beijo naquele momento foi o que me deu forças para seguir em frente e era o que eu mais precisava no momento, o carinho e o amor dele me ajudou a sair daquele banheiro com a cabeça erguida, não foi fácil, mas com ele ao meu lado, eu sentia que podia enfrentar tudo e a todos.
Quando minhas amigas ficaram sabendo do ocorrido, elas me abraçaram e me confortaram, quando cheguei em casa, eu não quis contar nada do que aconteceu aos meus pais, eu precisava tentar esquecer esse dia, e ter que lembrar e contar detalhes, me faria muito mal, e eu não queria mais chorar.
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