Mirela
Sábado, 06/05/2017, 22:00 horas.
Hoje foi mais um sábado, mas não como os outros sábados que já vivi, foi especial, pois foi o primeiro sábado que passei ao lado do Caleb, parecia um sonho, é verdade que eu sempre tive os rapazes aos meus pés, mas, era só o Caleb que me interessava e ele era o único que não ligava para mim, e agora que sei que ele gosta de mim, fico feliz o tempo todo, na parte da tarde, saí um pouco com a Lívia e a Thamara, precisávamos fazer nosso programa de amigas, sair, conversar, tirar fotos, eu amo os sábados!
Antes de sair, mamãe me chamou. – Vai sair querida? – perguntou ela.
- Sim, eu posso?
- Bom, se está arrumada, creio que iria sair sem a minha permissão. – disse ela.
- É que eu nunca te pedi autorização antes.
- Claro, porque eu nunca estava presente na sua vida, quase nunca parava em casa. – disse ela, se sentindo culpada.
- Mãe. Isso não é culpa sua. Quer dizer, desculpa. Eu prometo que a partir de hoje vou passar a pedir autorização para poder sair à rua.
- É minha culpa sim, eu provoquei isso, eu não estive presente na sua vida, só me preocupei com o trabalho e agora estou percebendo que minha menininha linda cresceu. – ela disse, com a expressão facial triste. Fiquei com o coração apertado de ver a Vanessa naquele estado, ela é a minha mãe, nenhum filho gosta de ver a mãe triste, por mais complicada que seja a relação entre ambos.
- Mãe, eu ainda estou crescendo, só tenho 15 anos, vou precisar muito de você ainda. Não se preocupe, eu amo você e amo o papai, e sou muito grata por terem me adotado. – disse.
- Eu que tenho que ser grata, por ter tido a oportunidade de tê-la como filha, e você sabe que eu te amo como se tivesse o meu sangue, não sabe? – perguntou ela, pegando na minha mão.
Sorri. – Claro que eu sei. Eu sempre soube. Disso eu nunca tive dúvidas. Pra mim você será sempre a minha única mãe. – disse, e a abracei forte.
- Está tão linda... Tão meiga tão crescida. – dizia ela, enquanto nos abraçávamos.
- Herdei a sua beleza. – disse, e rimos juntas. Papai chegou e se aproximou de nós duas.
- Vai sair? – perguntou ele, enquanto analisava minha roupa.
- Sim. Posso?
- É claro meu amor. – respondeu ele, abrindo um sorriso.
- Obrigada família, por serem os melhores pais que eu poderia ter tido. – disse.
- Espera, antes de você sair, tenho que fazer outra pergunta.
- Qual?
- Vai sair à noite também? – perguntou ele.
- Se vocês dois permitirem sim. – disse.
- É que um rapaz ligou para o telefone aqui de casa perguntando por você, não consegui tirar muitas informações dele, mas imaginei que fosse um paquera, vai sair com ele hoje à noite? – Perguntou papai. Eu nunca havia conversado sobre garotos com nenhum dos dois até hoje, por isso fiquei um pouco assustada com a pergunta dele, não sabia o que dizer.
- Mirela, não precisa se assustar é só uma pergunta. – disse mamãe.
- Sim. Vou sair com ele hoje a noite.
- Vocês dois estão namorando? – papai continuou com suas perguntas que estavam me deixando constrangida.
- Acho que sim. – respondi.
- Estão se conhecendo? – foi a vez de a mamãe perguntar sobre ele.
- É. Estamos nos conhecendo ainda, ele é da minha sala no colégio, o Caleb. – disse.
- Ok. É... Não pensei que esse momento fosse chegar tão cedo, mas, se cuida moçinha, não faça besteiras. E se o relacionamento dos dois ficar sério quero conhecê-lo. – disse papai, um pouco sem jeito.
- Tá. Ok. Então é isso, tchau. Vou lá me encontrar com as meninas. – disse, dei um sorriso e me despedi dos dois com beijos no rosto.
Estava caminhando na rua, indo ao ponto de encontro onde marquei com as meninas, e de repente, alguém puxa o meu braço, me viro imediatamente assustada e vejo um rapaz alto, magro encorpado, com o cabelo quase chegando à altura do ombro da cor preto, um olho era azul e o outro verde, era certo que ele tinha Heterocromia, uma anomalia genética, já havia pesquisado sobre isso antes, mas nunca tinha visto uma pessoa com cor de olhos diferentes na minha frente, só pela internet mesmo, então, acho que fiquei concentrada de mais nos olhos dele.
E ele tinha piercing no nariz, um na sobrancelha, e um alargador pequeno na orelha.
- Não me viu não? – perguntou ele, ainda segurando meu braço.
Tentei me soltar primeiro, voltando à realidade. – Está maluco? Eu te conheço por um acaso? – perguntei irritada.
- Quê? Para de brincadeira Lavínia, porque me deu o bolo ontem à noite? – ele insistiu em sua confusão.
- Lavínia? Meu nome é Mirela, eu não te conheço, me deixa em paz. Está me confundindo com outra pessoa. – disse. E ele me olhou desconfiado, um pouco assustado, e me analisou de baixo a cima.
- Suas roupas não fazem o estilo que a Lavínia usa, mas, ta com a sua identidade? – ele pergunta, e eu me assusto.
- Eu não vou mostrar a minha identidade só porque você quer, já disse que meu nome é Mirela, não conheço nenhuma Lavínia, e não acho que eu deva ser tão parecida com ela a um ponto de você chegar e confundir. – disse.
- Meu Deus... Então é sério, você não faz à mínima ideia de quem é a Lavínia. – ele disse perplexo.
- É claro que não. Eu tenho que ir, está se confundindo. – disse, e quando me virei para ir embora, ele me chamou.
- Espera!
Bufei, e o olhei incrédula. – O que foi?
- Vocês duas não são parecidas. São completamente iguais. E eu nunca falei tão sério na minha vida. – ele disse.
Arqueei a sobrancelha confusa e intrigada. – Iguais? Iguais você diz...
- Completamente iguais, a mesma coisa, poderiam ser gêmeas de tão iguais que são. – disse ele.
- Tem uma foto dela? Contato? – perguntei.
- Vou te mostrar o facebook dela, e sim, eu também tenho o contato. – ele disse, e se aproximou para me mostra o perfil da Lavínia, e quando vi as fotos. Meu Deus... Ele tinha toda razão! Somos idênticas. Era como ver as minhas fotos, só que com pessoas e lugares diferentes.
- Não pode ser... – disse assustada.
- Loucura não é?
- O que você é dela? – quis saber.
- Estamos ficando, mas ela me deu o bolo ontem, e não consigo falar com ela desde então.
- Eu preciso que me passe o número do celular dela. – disse.
- Pra quê?
- Eu quero descobrir se tenho algum parentesco com ela, não da para ignorar essa semelhança toda, e eu sou adotada. Tem a possibilidade de que ela seja minha irmã gêmea. Mesmo que seja louco, se eu tivesse uma irmã gêmea, meus pais me contariam. – disse, pensando no assunto.
- Adotada? É... Se vocês duas não forem gêmeas, então são sósias. O que seria mais estranho ainda. – ele disse.
- Qual o seu nome?
- Iago.
- Me passa o seu número também, talvez eu precise entrar em contato com você. – disse. Ele assentiu, e passou os dois.
Suspirei fundo. – Ok, é isso então. Obrigada por ter me ajudado. – agradeci.
- Quando precisar, já sabe como me encontrar. – disse ele, e abriu um sorriso sedutor, e em seguida se afastou.
Eu ainda estava em choque com tanta semelhança entre mim e essa Lavínia, era tão surreal, há segundos atrás eu acreditava ser a única de mim existente nesse mundo, e do nada, eu descubro que existe outra garota na mesma cidade, que é a minha cópia! Sim, qualquer um diria que somos gêmeas se nos vissem juntas, isso é tão assustador. E eu não sabia de nada, não sabia se ela era mesmo a minha irmã gêmea ou se era só uma sósia, pois eu não sei nada do meu passado, eu nunca quis saber, mas, se eu tivesse uma irmã gêmea, meus pais iriam me contar, ou então, teriam a adotado junto. Eu não conseguia entender nada sobre aquela situação.
Assim que cheguei ao nosso ponto de encontro, as meninas já estavam de pé me esperando. – Até que enfim dona Mirela! Estávamos quase indo embora. – disse Lívia, fazendo seus dramas habituais.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Thamara.
- Aconteceu sim, e não foi pouca coisa. – disse, e então, contei tudo a elas. E no final, ainda mostrei o perfil do facebook da Lavínia para elas.
- Nossa... É como se fosse você nas fotos Mi! – gritou Lívia, as duas estavam tão perplexas como eu.
- Sua mãe só teve uma mesmo? – perguntou Thamara, então, me lembrei que ela ainda não sabia que eu era adotada.
- Você não sabe, mas, eu sou adotada Thamarea. – disse.
- Nossa. É você tem que tirar essa história a limpo então, pois vocês duas podem mesmo ser gêmeas. – respondeu ela.
- Não está magoada por eu não ter dito isso antes? – perguntei, sentindo que eu era uma péssima amiga. Amigas contam tudo, e eu ainda não havia contado isso a ela, não por desconfiança, mas sim porque é um pouco difícil pra eu falar disso, as pessoas fazem mil perguntas, e eu não gosto de ficar pensando em quem foram os meus pais biológicos.
- Porque eu estaria? Esse é um assunto muito delicado, e sei que se não me contou foi porque não se sentia bem em falar a respeito. – respondeu ela. Thamara era mesmo incrível, sempre tão boa, e compreensiva.
Tomamos um sorvete, e logo após, voltei para casa, voltei até cedo de mais, a Lavínia não saía da minha mente, eu precisava perguntar aos meus pais, Lívia e Thamara compreenderam que eu tinha de voltar, e disseram que era para eu ficar calma se não eu iria pirar.
Quando cheguei em casa, encontrei meus pais se beijando no sofá, tive que interrompê-los. – Mãe, pai. – chamei.
Eles se afastaram e riram ao me verem. – Nos pegou no flagra. – falou papai.
- Não é muito cedo? Você voltou rápido. – estranhou mamãe.
- Vocês sabem que eu não gosto de saber nada do meu passado e nem conversar a respeito, e eu nunca quis procurar pelos meus pais biológicos, mas, hoje aconteceu uma coisa, que por mais que eu tente, eu não consigo ignorar. – falei, os dois se entreolharam, ambos estavam sérios.
- O que aconteceu meu amor? O que quer saber? – mamãe perguntou aflita, os dois se aproximaram mais de mim.
- Um rapaz me confundiu com outra garota hoje, e ele disse que somos idênticas, ele me mostrou o perfil do facebook dessa garota, e ela realmente é idêntica a mim, é como uma irmã gêmea. Ela se chama Lavínia, e eu preciso saber da verdade. Eu tenho uma irmã gêmea? Ou ela é a minha sósia? Por mais estranho que isso possa ser.
Mamãe passou as mãos pelo cabelo, e eu soube que tinha algo que os dois escondiam. Papai coçou a cabeça, estavam nervosos e aflitos.
- Meu amor. Vamos te contar tudo, mas precisa se sentar. – pediu mamãe.
Concordei e me sentei de frente para eles. – Quando chegamos ao orfanato para te adotar, encontramos duas bebezinhas lindas no berço, quando sua mãe pegou uma e eu a outra no colo, nos encantamos, foi amor a primeira vista. A responsável do orfanato, disse que vocês duas eram gêmeas, e que foram abandonadas pela mãe, pelo o que nos informaram, sua mãe biológica era usuária de drogas, uma viciada. E não tinha condições de criá-las. Então, resolvemos que iríamos adotá-las, queríamos um filho, e tínhamos decidido a sair de lá com vocês duas como nossas filhas, mas enquanto a permissão de adoção não saísse, não podíamos levá-las, passou alguns dias, e quando voltamos para ir buscá-las, só encontramos uma, só você estava lá. Perguntamos onde estava a outra menina, e a mulher respondeu que a mãe biológica se arrependeu e voltou em condições melhores, estava mais apresentável e jurou que não usava mais drogas e que os pais a estavam ajudando e que eles ajudariam com a criança, ela queria sua filha de volta, mas só uma, segundo a dona do orfanato, a mulher disse que mesmo com a ajuda dos pais, não teria condições suficiente para criar as duas juntas. Foi assim que perdemos a sua irmã, sua mãe biológica a levou antes de nós, e como ela era a mãe biológica, tinha direitos. – terminou de explicar o papai, e eu estava em choque, então essa Lavínia era mesmo a minha irmã gêmea, quer dizer, eu tenho uma irmã gêmea... E cresci longe dela, minha mãe era uma usuária de drogas e escolheu não me levar com ela, não que eu gostaria de ter ido, mas, ainda assim, dói saber que fui rejeitada pela minha mãe biológica.
- Porque nunca me contaram isso antes? – quis saber.
- Achamos que se contássemos isso, você ficaria com raiva de nós dois, ou, ficaria com raiva da vida, temíamos a sua reação meu bem, você é nossa filha, não queríamos estragar a sua vida. Eu sempre imagino que teria sido ótimo se tivéssemos conseguido ficar com vocês duas. Assim, você teria uma irmã, mas não foi assim que aconteceu. – disse mamãe, com o olhar triste.
- Eu jamais ficaria com raiva de vocês, mas eu merecia saber que tinha uma irmã, até porque, nós duas não temos culpa dos erros da mulher que nos deu a luz. – disse.
- Deveríamos ter te contado, desculpa minha linda. Escondemos a verdade para te proteger, mesmo sabendo que não era o certo. – disse mamãe.
- Eu sei. Vocês queriam me proteger, eu não estou com raiva, e nem os culpo de nada. Mas eu preciso encontrar a minha irmã e conversar com ela, conhecê-la. – disse.
- Conhecer a sua irmã inclui conhecer sua mãe biológica, você tem consciência disso, não é? Está preparada para conhecer a sua mãe biológica? – perguntou papai.
- O meu objetivo é conhecer a minha irmã, porque mãe para mim só existe uma, e pai só existe um também, vocês dois. Eu posso até conhecer a mulher que me deu a luz, mas não quero criar laços com ela, eu só quero me aproximar da minha irmã. Afinal, o que sabem do homem que também [e responsável por eu existir?
- Não sabemos nada dele. Você teria que perguntar a...
- Não. Eu não quero conhecê-lo. – disse.
- Filha, não pode ter raiva dos seus pais biológicos, eles erraram sim, você não é obrigada a amá-los, mas também não é bom que sinta ódio, tanto rancor. – falou mamãe.
- Eu não tenho raiva deles, só não quero saber. E é isso.
- Tudo bem. Vamos te apoiar em tudo, e vamos estar presentes em todos os momentos que precisar. Nos mostra as fotos da sua irmã agora? Estou curiosa para vê-la. – pediu mamãe e eu sorri, fui para mais perto deles e mostrei as fotos da Lavínia.
À noite, saí com o Caleb como o combinado, eu já estava mais tranquila, sabia do que eu tinha de saber, e no Domingo iria tentar me comunicar com a Lavínia.
Ele estava muito lindo, e muito cheiroso também. Estávamos andando de mãos dadas pela rua, como esses casais apaixonados de filmes que eu amo tanto ver, qual seria minha trilha sonora? Para esse momento, gosto de pensar na música Feels Like Love da Shereen Shabana. É perfeito para o que estou sentindo.
- Aonde você quer ir? – ele perguntou.
- Pode me levar nos lugares que você costuma ir. – disse.
Ele franziu a testa e sorriu. – Não acho que seja uma boa ideia.
- Por quê?
- Os lugares que eu costumo ir não são bons lugares para garotas como você ir. – disse ele.
- O que quer dizer com isso? Você frequenta lugares onde tem muitos homens e bebidas? – perguntei.
- Mais ou menos por aí...
Fiquei sem falas naquele momento. O Caleb não tinha perfil de ser um "Garoto Errado", fiquei imaginando os motivos que ele tinha para gostar de ir a esses lugares, mas não consegui perguntar isso a ele.
- Ficou assustada, não é? Não que eu faça coisas erradas, mas costumo ir para me divertir mesmo. – disse ele.
- Que tipos de lugares está falando? – quis saber.
- Baladas, bares, sociais, costumo fazer trilhas nos finais de semana que da, as pistas de skate, onde a maioria é homem, tem mulheres também, mas são poucas, esses lugares assim. – disse ele.
- Mais balada e social é normal. – falei, ficando mais aliviada. Pensei que ele frequentava lugares mais pesados.
- Sim, mas eu nunca te vi em uma social ou em uma balada. Por isso disse aquilo, não são lugares que você está acostumada a ir.
- Eu nunca fui porque nunca tinha ficado com vontade. Mas se tiver alguma social rolando hoje, podemos ir. – falei.
- Tem certeza? Porque hoje tem uma social de um colega meu da escola acontecendo. Se você quiser, podemos ir a uma sorveteria, algum lugar mais calmo. – disse ele, enquanto acariciava meu rosto.
- Vamos ter muito tempo para realizar esses programas mais calmos, quero ir a um lugar diferente hoje, vamos a essa social sim. – disse e sorri. Eu nunca tinha ido a uma social na minha vida, já fui convidada para várias, mas nunca cheguei a ir. Eu posso ser a popular do colégio, mas nunca fiz o tipo "festeira", mas eu esperava curtir aquele momento como qualquer outro jovem.
Quando chegamos à famosa "social do colega dele", vi que era exatamente como nos filmes adolescentes que vejo, um monte de jovens dançando, pulando, se pegando, alguns bêbados, música alta, todos curtindo muito. Haja disposição para todos eles!
Apesar de conhecer a maioria ali, praticamente a maioria estudava no nosso colégio, me senti um pouco deslocada, como se eu não pertencesse aquele lugar, mas tratei de tirar isso da minha cabeça, é só ser normal Mirela, não é difícil. Se divirta, e pronto.
Alguns amigos do Caleb nos cumprimentaram, mas logo depois saíram de perto, indo para outro lugar da festa, avistei o Lucca beijando uma garota, que por sinal, era a mesma que um dia vimos com ele no colégio, aquela que a Lívia ficou com ciúmes, não lembro o nome da garota, mas com toda certeza a Lívia se lembra.
Peguei o celular e mandei uma mensagem para a Lívia.
Mirela : O Lucca está na social do colega do Caleb, e ele está ficando com aquela menina da escola, que um dia você viu, sinto muito L não faça besteiras, se te falei sobre isso, é porque eu te amo e não quero você sofrendo por um garoto que não te mereça. <3
Segundos depois meu celular fez barulho, era mensagem da Lívia.
Lívia : Mirela??? Aqui é a Thamara! Estamos indo para aí, assim que a Lívia leu, ela ficou enfurecida! Então, eu vou com ela para tentar impedi-la de fazer alguma besteira.
Se a Thamara estava mandando mensagens do celular da Lívia, então, significava que a coisa estava feia mesmo, me bateu um forte arrependimento de ter enviado aquela mensagem.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Caleb.
- Não. – menti, e guardei meu celular na bolsa.
Ele sorriu e me puxou para um beijo. Outro beijo intenso e gostoso. Enquanto eu me deliciava o beijando, eu podia sentir o meu coração acelerando fortemente, será que ele também escutava? Eu esperava que não.
Eu não queria que ele pensasse que eu era uma boba apaixonada, mas a verdade mesmo era que eu era.
Quando nossos lábios se afastaram, dançamos coladinhos ao som de uma música mais calma e romântica que tocava, e foi aí que vi o Peter na festa, nossa, estavam todos ali. Mas diferente do Lucca, ele estava acompanhado dos amigos, pelo menos naquele momento, e bem, estava bebendo algumas. Ele era uma pessoa legal, apesar de seus amigos não serem tanto assim.
Voltei a olhar para o Caleb, que me encarava meio "hipnotizado", sorri e o beijei.
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