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˖࣪ ❛ EU TENHO SAUDADE DE VOCÊ
— O8 —

O CANTAR CONTINUOU enquanto Cindy e Ziggy percorriam o caminho de onde vinha. Lila ficou para trás, lamentando a morte de sua amiga e Luna apoiando-a durante isso.

— O que é isso? — Luna perguntou em voz alta para Cindy e Ziggy pôde ouvi-la: — Não sei. Alguém está cantando uma música antiga. — disse Ziggy, ainda confuso. — Espere, um velho v-volte aqui! — Luna gritou para elas ao se lembrar do artigo sobre a morte de Ruby Lane.

— Corram, corram! — Cindy gritou e correu para a porta. — Lila! — Luna gritou, mas ela não seguiu. Ela ficou abraçando o corpo de Alice.

— Solte-a! Temos que correr! — Luna a puxou para longe, agora fazendo-a se levantar e correr com elas. Ziggy não se moveu por um segundo, e foi porque o corpo sem cabeça de Tommy agarrou seu pé.

— Seu idiota de merda! — Luna gritou e o chutou com a pá, e Ziggy correu para os braços dela. — Vamos lá!

— Quem diabos é esse?! — Cindy gritou e perguntou enquanto corriam para A Árvore Suspensa. — Isso é Ruby Lane, porra. — Luna respondeu, olhando para trás de vez em quando para ver se alguém as estava seguindo ou não.

Ser perseguida por mortos possuídos não era exatamente como ela imaginava que seria o dia.

Flashbacks constantes continuavam vindo à sua mente, principalmente os do tempo que passou com Ziggy. Tudo naquela mesma manhã e de anos anteriores, mesmo os ruins. Ela não ia deixar ninguém morrer esta noite.

À medida que corriam e se aproximavam cada vez mais da árvore, as memórias que voltavam eram mais fortes.

Todos os seus pensamentos a distraíram de seu caminho e das coisas em seu caminho. A próxima coisa que ela soube foi que ela estava deitada no chão, e seu tornozelo estava torcido de outra maneira, um osso saindo do lugar.

— Agh! Merda! — ela gemeu de dor, fazendo Lila e Ziggy se virarem. — Não parem! Eles não estão atrás de mim, estão atrás de você, Zig! Eu vou ficar bem! — ela gritou, impedindo-as de chegar mais perto dela. Ela tentou se levantar, mas a dor se intensificou só de pensar nisso.

Ela estava certa. Ruby poderia ter matado Lila minutos atrás enquanto ela estava com o corpo de Alice, mas ela não matou. Tommy poderia ter agarrado o pé de Cindy ou Luna antes, mas não o fez. Ziggy foi quem sangrou nos os ossos. Era ela que os assassinos estavam perseguindo.

Ziggy queria voltar e ajudar Luna, mas ela sabia que estava certa. Se ela se aproximasse mais, os assassinos também poderiam matá-la e não ia deixar isso acontecer.

Lila precisava ajudar sua irmã, mas de alguma forma parar a maldição em sua antiga cidade parecia mais importante.

Afinal, você nunca deixa de ser um Shadysider, mesmo que se mude para outra cidade.

— Escavação! — Lila gritou e Cindy e Ziggy cavaram buracos, tentando encontrar os ossos. Elas continuaram se virando, para ver se conseguiam avistar algum dos assassinos.

— Uh, acho que estamos perdidas, pessoal. — disse Lila, dando um tapinha no ombro de Ziggy. Tommy Slater, Ruby Lane, Harry Rooker, Billy Barker e The Grifter. Todos vindo de diferentes direções em direção a elas.

Luna observou Harry Rooker passar por ela, nem mesmo se virando para olhar para ela. Lágrimas escorrendo por suas bochechas, sem fazer nenhum som para que nenhum dos assassinos a visse e a matasse por pisar acidentalmente em um galho. Ela sabia que não havia nenhuma maneira de todos elas sairem dessa com vida.

— A 'bruxa' vive para sempre. — Ziggy leu em voz alta os entalhes em uma pedra. — O que isso significa? — ela perguntou. Nenhuma das outras duas tinha respostas.

— O que isso significa?! — ela repetiu. — Eu não sei! — Cindy gritou em resposta. Lila levou as mãos à cabeça, olhando para os assassinos que agora caminhavam mais rápido e quase corriam em sua direção.

— Ziggy, você sangrou no osso. Eles estão atrás de você. — Cindy disse. — Lila, você me ajuda a matá-los. Ziggy, prepare-se para correr! — ela gritou e empurrou Ziggy para longe dela, já que Tommy estava pronto para golpear Ziggy com seu machado, mas Cindy o acertou com a pá que tinha nas mãos.

Tommy percebeu que Cindy estava lá e começou a golpea-la com o machado. — Cindy! — Ziggy gritou, mas Harry Rooker a havia esfaqueado com sua faca.

O sangue de Ziggy espirrou por toda parte. Incluindo Lila, que estava a centímetros dela. Billy Barker não demorou cinco segundos para começar a balançar o bastão na cabeça de Lila, fazendo-a cair no chão instantaneamente.

Cindy, Ziggy e Lila estavam sendo mortas enquanto Luna assistia. Ela conseguiu ficar de pé e saltou com um pé na direção deles, pronta para matar todos eles sozinha, mas assim que ela se aproximou, os assassinos desapareceram no ar.

— Não! — ela caiu no chão, chorando mais alto que ela já chorou. Ela rastejou para os três corpos, vendo sangue espalhado por todos eles.

Luna se virou para ver o de sua irmã, mas ela não conseguiu nem reconhecer seu rosto depois que foi esmagado por Billy Barker e seu bastão. Ela abraçou o corpo, sabendo que nenhuma RCP iria consertar essa bagunça. — Luna! — alguém gritou atrás dela, e logo sirenes de carros de polícia e ambulâncias começaram a soar à distância. — Nick! Ajude Ziggy, por favor! — ela gritou, mas Nick já estava lá.

Normalmente, ela teria nojo de ver como Nick controlava Ziggy no CPR, mas a imagem do cadáver de Lila, rosto irreconhecível e seu cérebro espalhado em sua cabeça, a fez esquecer tudo o que ela já conheceu. Ela até esqueceu que Cindy também era uma vítima e estava deitada ao lado de Ziggy.

Quando ela ouviu Ziggy suspirar, ela sabia que pelo menos uma das pessoas que ela amava e cuidava não estava morta. — ZIGGY! — ela gritou, com lágrimas no rosto, mas feliz por ter sobrevivido ao ataque.

Luna sentiu alguém agarrar seu ombro, ela se encolheu e quase gritou. Quando ela se virou, um médico e um policial estavam parados atrás dela.

— Leve-a. Ela está ferida. — disse Nick, e eles carregaram Luna para uma maca. Os médicos priorizaram Ziggy, que havia sido esfaqueada e ressuscitada.

Ziggy viu Luna sentada na maca. Ambas estavam sendo questionadas sobre o que havia acontecido, mas ambas estavam em choque e não conseguiam explicar tudo em palavras.

— Ziggy. Eu preciso... Eu preciso de Ziggy. — Luna disse baixinho para o policial que a estava interrogando. — Você quer dizer Christine. Vocês se verão no hospital. — ele respondeu rapidamente. — Ela está bem? — Luna tentou se levantar, mas o médico atrás dela a fez sentar.

— Ela sobreviveu, sim. Ela foi esfaqueada, então ela vai passar alguns dias no hospital enquanto a tratamos. — ela confirmou. Luna ficou aliviada que pelo menos Ziggy estava bem.

Eles levaram as duas meninas em duas ambulâncias diferentes para o mesmo hospital. Lá, Luna colocou um gesso em sua perna fraturada e deu-lhe muletas, mas por dois dias ela não conseguiria se mover.

— Onde está Ziggy? Preciso vê-la. — ela perguntou à mãe, que estava sentada na cadeira ao lado dela. — Deixe-me perguntar à enfermeira. — ela se levantou e perguntou a uma enfermeira que estava passando por seu quarto.

— Quarto 248. Você quer vê-la? — a enfermeira perguntou com um sorriso gentil. — Por favor. — Luna respondeu, agarrando suas muletas e seguindo atrás da enfermeira pelo corredor com sua mãe.

— Christine, você tem visita. — ela sorriu e abriu a porta, revelando Luna com um novo curativo na bochecha esquerda do soco de Sheila e um gesso que envolvia sua perna direita. — Vou pegar um sorvete para você no refeitório. — Tabitha, a mãe de Luna, piscou o olho e saiu pelo corredor

— Luna! — Ziggy sorriu e seus olhos lacrimejaram. Ela tentou se levantar, mas Luna agarrou seus ombros para mantê-la abaixada. — Estou tão feliz que você está bem. — Luna suspirou e a abraçou sem muita força, caso ela a machucasse acidentalmente.

— Nossas irmãs... Cindy e Lila... Elas estão... Elas estão... — Ziggy lutou para cuspir as palavras de sua boca, mas Luna simplesmente assentiu e a interrompeu. — Eu sei, eu sei. — disse ela, derramando uma lágrima.

Ziggy limpou as lágrimas de Luna com o polegar e esfregou o rosto. — Senti sua falta. — as duas disseram ao mesmo tempo entre as lágrimas e riram da conexão.

Luna queria tanto beijá-la agora, mas ela sabia que não era a hora. Ela não podia arriscar que alguém as visse pela janela. Luna sabia que se ela fosse contar a alguém por sua família seu segredo, seria Lila.

E ela nunca teve a chance de explicar para ela. Lila simplesmente especulou sobre Ziggy e ela, brincou com Luna sobre isso, mas nunca realmente disse nada a ela. Ela faria qualquer coisa para ter Lila de volta, mas não havia nada a ser feito.

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