[08] Initial experience
❄
ㅡ Oi, Toy. ㅡ Adentrei o local, vendo-a já parada dentro da piscina artificial, emitindo o sonzinho típico de golfinho quando ficou animado assim que cheguei. Sorri.
Me aproximei e sentei na base da enorme piscina ao ar livre, acariciando sua cabeçinha lisa e fofa.
ㅡ A mamãe não está muito bem. ㅡ Informei, com pesar. ㅡ Mas eu ainda tenho esperanças de que ela vai ficar melhor, porque você também sabe o quanto ela é forte...
Ela pareceu entender, porque voltou a gritar outra vez, entusiasmada.
ㅡ E eu conheci um homem. ㅡ Comentei timidamente e ela gritou duas vezes. ㅡ Fica calma, fica calma... ㅡ tentei apaziguá-la, fazendo um carinho em seu bico. ㅡ E que homem!... Ele foi comigo visitar a mamãe, me deu um tênis novinho e depois comprou um negocinho pra mim, mas esse não posso te contar porque é coisa de adulto. Só que eu fui mal criado com ele, Toy, e ele ficou chateado porque ele não gosta que seja mal educado. ㅡ Contei a última frase tristeza na voz, e ela gritou três vezes.
ㅡ Eu sou muito mal criado, Toy. Acho que eu não mereço ele. ㅡ Confessei, pensativo e mais triste ainda. ㅡ Ele quer me ver amanhã pra gente conversar sobre meu comportamento, quer que eu traga ele aqui para te ver? ㅡ Questionei e a golfinha gritou um monte de vezes, parecendo animada com a ideia, logo batendo seu rabo na água e espirrando uma quantidade significativa para todo lado.
Tentei acariciá-la para deixá-la calma, mas ela estava muito agitada.
ㅡ Fique calma, garotinha, eu vou trazê-lo aqui. ㅡ Tranquilizei-a. ㅡ Mas você vai ter que se comportar porque ele não gosta de falta de educação, hein. ㅡ Alertei.
Saí do chão devagar, pegando o balde com pequenos peixes que trouxe e dei alguns para Toy, observando-a comer e pensando em como me redimiria com Jungkook.
Eu realmente fui errado com meu comportamento, e percebi que foi difícil para ele me punir, à julgar pelo momento em que ele voltou para despedir-se de mim. Notei uma certa culpa ou remorso naquele abraço.
Esperava que ele resolvesse me perdoar assim como temia que ele romperia o acordo por causa de meu comportamento ruim.
ㅡ Eu já vou indo, Toy. ㅡ Acariciei seu bico e o peguei, deixando um beijinho ali, e em seguida levantei-me.
Fiz um tchauzinho e ela gritou várias vezes.
Por conta de tudo isso, passei o resto do dia, a noite e a manhã contando quase que os segundos para ver Jungkook outra vez, e sem parar de pensar em seu sorriso lindo e em como seria toda aquela relação que estava propondo para mim.
As horas passaram-se torturantes, sendo decoradas por leves pensamentos bons sobre Jungkook, e em algum momento adormeci, imaginando como seria vê-lo saindo da linha tênue de seu juízo quando estivesse me fodendo, mas chegando à conclusão de que isso não aconteceria, pois tirá-lo de seu juízo pacífico parece impossível como tirar a lua do céu estrelado.
Pela manhã, quando acordei, senti saudade da minha plantinha sem nome e carinho suficiente, que agora era de Jungkook, e provavelmente, como o homem ocupado que percebi que é, a colocaria em uma estante e a deixaria lá para seus empregados cuidarem.
Tomei um banho tirando conclusões sobre a vida de Jungkook, e em seguida me sentei no sofá, decidido a gastar alguns minutos em minhas redes sociais até que a agonia me fizesse ir ver mais uma vez se não havia nenhum fio de cabelo fora do lugar ou se não estava com CC.
Rolei a barra de pesquisa, mas não achei nada de interessante além de fotos de k-idols e artistas americanos que gosto. Logo fiquei entediado e migrei para o twitter, vendo discussões e memes de sobre como deveriam tratar um certo grupo de garotos quando fossem em um país em um show que aconteceria em breve.
Depois voltei a rolar o feed de notícias, e então veio uma ideia.
Pesquisar, Jeon Jungkook, pensei comigo, enquanto clicava na barra de pesquisa e escrevia seu nome com meus dedos ágeis e, depois que internet colaborou, rapidamente surgiu algumas fotos de seu rosto sério, e eu quase me desmanchei sobre o sofá com um sorriso bobo nos lábios quando vi a doação que fizera para uma instituição de crianças que foram abandonadas. Jungkook é alguém bom.
Me recompus e voltei a prestar atenção no que estava fazendo.
Todas as notícias sobre ele eram impessoais, e em uma delas descobri que ele e seu pai são sócios da 'Bangtan', uma empresa de moda.
De repente escutei barulhos de batidas na porta, e levei um susto, logo apoiando a mão no coração. Levantei-me devagar e caminhei para lá, checando no relógio que já eram quase onze da manhã, mas parei ao seu encalço e abri, me deparando com a pessoa que mais pensei durante as quase dezenove horas anteriores.
Meu estômago revirou no mesmo ritmo em que eu escondi meu celular atrás de meu corpo.
ㅡ Oi, meu bem. ㅡ Sorriu sereno e me observou com seus olhos adoráveis.
O olhei da cabeça aos pés, inusitado com sua roupa social bem passada e opressora de algum modo, e depois olhei para mim, com minha calça de pijama, e a blusa também.
ㅡ Oi. ㅡ Respondi animado, logo pulando em cima dele e abraçando seu corpo quente. ㅡ Eu tava com muuuuita saudade. ㅡ Entreguei, influenciado demais por sua presença para não colocar isso em palavras.
ㅡ Eu também. ㅡ Disse, me afastando com calma de seu corpo, pela cintura. ㅡ Como dormiu? ㅡ Acariciou meus fios loiros e depois ajeitou alguns atrás de minha orelha.
"Jungkook pensou em mim?", sussurraram meus pensamentos. "Não, seu padóia, ele só disse que estava com saudade", respondeu a si mesmo, e eu me conformei. Só de poder ter a presença de Jungkook já me é algo extraordinário.
ㅡ Eu dormi bem. ㅡ Respondi, por fim. ㅡ E você? ㅡ Questionei com uma expectativa boba e inocente de que ele dissesse que pensou em mim como pensei nele.
ㅡ Meu dia foi cansativo demais, então acabei pegando no sono assim que tive tempo para isso e adormeci como uma rocha. ㅡ Comentou casualmente.
Segurei meu tom de voz decepcionado e substitui por um preocupado. ㅡ Oh, eu acho que te atrasei ontem... ㅡ Comentei, sentindo-me totalmente culpado, ainda mais pelo trabalho que dei...
ㅡ Não, meu bem. ㅡ Contrapôs Jungkook. ㅡ Você jamais me atrasaria. E não tive tempo para dormir porque frequentemente não tenho, de fato. ㅡ Analisou, parecendo não se preocupar de verdade.
ㅡ Quantas horas você dorme por dia? ㅡ Indaguei, unindo minhas sobrancelhas e o olhei, desconfiado.
ㅡ Hm... Deixa ver... ㅡ Pensou por um instante. ㅡ Em média, acho que quatro horas, ou cinco, dependendo do dia. ㅡ Concluiu com tranquilidade. Arregalei meus olhos imediatamente.
ㅡ Você dorme só quatro ou cinco horas por dia? ㅡ Questionei, boquiaberto. ㅡ Meu Deus, Jungkook, você tem que dormir mais. Faz mal dormir tão pouco assim. ㅡ Encarei seu rosto bonito e o repreendi com cuidado.
ㅡ Eu queria ter mais tempo para dormir, meu bem, mas ser sócio de uma empresa não é fácil. ㅡ Comentou sem soar nem um pouco orgulho e, sim, cansado e frustrado.
Engoli em seco quando me lembrei que sabia disso porque tentei bisbilhotar sua vida pelo twitter, falhando na tentativa pela escassez de informações pessoais, mas conseguindo alguma coisa como saber que Jungkook é quase dono e herdeiro de uma empresa de moda.
ㅡ Oh, deuses! ㅡ Pensei alto quando me dei conta de que ainda estávamos parados na porta. ㅡ Esqueci de te chamar pra entrar, que cabeça a minha! ㅡ Bati em minha própria testa com a palma da mão. ㅡ Vem, entra, e desculpa minha perca de noção. ㅡ Caminhei para longe dele, logo indo me sentar-me no sofá menor e me arrependendo de sair de sua presença.
ㅡ Bom, na verdade ㅡ começou, enquanto vinha se sentar no sofá oposto. Nunca entendi porque não se senta ao meu lado, ao invés de ir repousar suas nádegas lindas do outro lado do planeta. ㅡ Eu queria te levar até minha casa para conversarmos melhor lá, e logo em seguida te deixaria conhecendo-a enquanto cuidava de uma reunião que tenho marcada às duas. Claro, se não for um problema para você e também se não tiver compromissos. ㅡ Concluiu com observação, tentando raciocinar sobre os dois lados.
ㅡ Claro, está tudo bem. ㅡ Sorri, me sentindo ansioso e nervoso de repente.
ㅡ Mas antes quero lhe perguntar se pensou bem no que te pedi para pensar ontem. ㅡ Relembrou, e minhas bochechas coraram.
Encarei meus dedos hiperativos sobre o colo. ㅡ Sim.
ㅡ E a qual conclusão chegou? ㅡ Questionou, me analisando detidamente.
ㅡ Bom, eu fui muito mal criado com o senhor. E eu sei disso porque ontem fui egoísta e sem educação por idiotice, por puro egoísmo de querer chamar sua atenção ou te provocar, mesmo sabendo que você não gosta ㅡ confessei, cabisbaixo. ㅡ Mas eu não vou mais me comportar assim. ㅡ O olhei triste, porém tentando me convencer do que estava dizendo.
ㅡ Eu só quero que saiba que não quero que deixe de ser quem você é, mas que apenas tenha bons modos comigo, que me respeite e que acate minhas ordens sem respostas ou ações malcriadas ㅡ explicou, e eu assenti vagarosamente. ㅡ Eu gosto de provocações, mas às vezes você passa dos limites. ㅡ Completou. Eu engoli em seco.
ㅡ Então você me perdoa? ㅡ Questionei, entusiasmado com a ideia.
ㅡ Eu pensarei se devo lhe perdoar. ㅡ O tom de sua voz me parecia muito ameaçador. ㅡ Você tomou café da manhã, meu bem? ㅡ Desconversou e pegou seu celular para checar algo.
ㅡ Ainda não. ㅡ Dei de ombros.
ㅡ Por quê? ㅡ Ele me observou, desviando sua atenção do celular para meu rosto, atentamente.
ㅡ Não costumo tomar café da manhã. ㅡ Expliquei, me recostando no sofá.
ㅡ Mas é uma das refeições mais importantes do dia. ㅡ Disse, um pouco pensativo, e então uma notificação chegou em seu celular, e logo ele checou-a. ㅡ Podemos ir agora. Conversamos sobre isso depois. ㅡ Assinalou e se levantou com calma. Não contive meu olhar que deslizou pelo seu corpo bonito e captou os músculos marcando a roupa social.
ㅡ Mas Jungkook... ㅡ o chamei, meio tristinho.
Ele se aproximou de mim tomou meu queixo em uma das mãos. ㅡ O que foi, meu bem? ㅡ Ele tentou olhar em meus olhos.
ㅡ Por que a gente não fala sobre isso agora? ㅡ Na verdade eu me senti mais desconfortável pelo fato de que ele me trocou por algo em seu celular.
Ele suspirou por um momento, mas então disse, cuidadoso quando finalmente olhei em seus olhos: ㅡ Você tem que entender que eu tenho minhas obrigações, meu bem. Eu não estou te trocando pelo meu trabalho, se é o que está pensando, mas o fato é que preciso diferir meu trabalho de minha vida pessoal, e então estou fazendo isso agora porque, assim como no BDSM, eu também preciso ser responsável em outros aspectos. Por isso quero que entenda que nós poderemos conversar quando houver tempo para resolver tudo com calma, tudo bem? ㅡ Acariciou meu queixo, sorrindo devagarinho.
Às vezes me pergunto se Jeon Jungkook foi enviado dos céus para a terra.
ㅡ Tudo bem. Eu entendo que você tem suas obrigações, Jungkook. Eu vou entender melhor de agora em diante ㅡ prometi e recebi um sorriso orgulhoso de volta que afagou meu ego. ㅡ Mas você pode escolher minhas roupas? ㅡ Meu rosto se iluminou de repente e eu sorri em expectativa, juntando minhas mãos de modo pidão.
ㅡ Hoje não, meu bem. ㅡ Disse ele, e meu sorriso morreu. ㅡ Vista algo casual e venha, pois estarei lhe esperando no carro. E eu não vou escolher porque tenho que ir para o trabalho, porque se lhe conheço o suficiente e entendo seus olhos espertos, você já entendeu que eu estou fazendo minha parte, te punindo. ㅡ Sorriu em seu trejeito usual, sabendo que eu entenderia aquilo. E eu concordei meio chateado internamente, mas concordei. Ele acariciou uma de minhas bochechas com o polegar para só então pedir para que eu fosse trocar as roupas.
Deixei ele na sala de estar e fui para meu quarto. Dei falta na plantinha e pensei em perguntar para Jeon o que ele fez com ela, onde a deixou e se estava regando-a corretamente, mas não iria fazê-lo por medo da resposta, então me contentei apenas em vestir uma calça jeans claro normal, tênis preto e uma camiseta de mangas compridas branca, afastando de meus pensamentos logo em seguida.
Corri para fora de minha casa depois de trancá-la e cheguei no carro. Jeon já me esperava dentro dele e, poxa, fiz um beiçinho ao perceber que ele não iria abrir a porta para mim mesmo que eu tenha esperado lá por uns segundos, todo bobo.
ㅡ Oi ㅡ cumprimentou outra vez, sem me dar sorriso de coelhinho nem nada.
ㅡ Oi! ㅡ Sorri animado e entrei no carro, deixando de lado a ponta de tristeza por ele não ter abrido a porta para mim.
E assim que entrei e me recostei no estofado de couro, Jungkook indagou: ㅡ Qual seu gênero de música preferida? ㅡ Questionou como no dia anterior. Engoli em seco ao lembrar da má resposta que dei e resolvi ser gentil.
ㅡ Eu gosto do Chase Atlantic, mas como ainda são umas onze da manhã, pode colocar Billie Eilish mesmo. ㅡ Dei de ombros, deixando que ele o fizesse logo em seguida.
ㅡ Por que não devo colocar as músicas desse Chase Atlantic? ㅡ Questionou e eu sorri pelo seu modo desajeitado de pronunciar as palavras. Pelo visto Jeon não entende muito de música.
ㅡ Porque é putaria. ㅡ Respondi e observei a vizinhança silenciosa, chegando a conclusão de que meus vizinhos ainda estavam dormindo ou já haviam saído para trabalhar. Provavelmente a segunda alternativa, porque, bom, felizmente eles não são uns desocupados que não sabem fazer nada além de dançar, como eu.
ㅡ Oh, entendo. ㅡ Disse-me ele.
Pensei que colocaria Billie, mas depois de alguns segundos de cliques na tela digital, a música 'Devilish' começou a tocar. O olhei atordoado e sorri, desacreditado sobre sua ousadia.
ㅡ Não é só você que gosta de afrontar. ㅡ Sorriu ladino e deu partida no carro, saindo devagar de onde estávamos.
ㅡ Engraçadinho. ㅡ Sorri bobo por sua fala.
Com músicas que foram desde Chase Atlantic até Billie e Jaymes Young, continuamos, como sempre, todo o caminho em um silêncio confortável e suave. Quase chorei quando Dark Star começou a tocar, mas contive meu emocional para não passar vergonha na frente do homem inabalável ao meu lado, o qual sempre estava com os olhos focados e atenciosos na pista, dirigindo com cuidado e não me dando um pingo sequer de atenção.
Paramos em frente à um portão eletrônico na saída da cidade, e ele foi aberto quando Jungkook quase encostou seu carro chique nele. A visão que tive de sua casa ㅡ não sei exatamente se é sua, de fato ㅡ não me assustou, pois eu já imaginava que o termo humilde e inadequado "casa" era o que Jungkook usava para nomear sua mansão bonita e moderna, a qual estava em minha frente agora, depois que desci do carro, novamente sem Jungkook abrir a porta para mim.
ㅡ É muito bonita. ㅡ Elogiei, correndo meus olhos por toda extensão enorme da mansão.
ㅡ É, foi bem planejada. ㅡ Jungkook sorriu orgulhoso, aparentemente de si mesmo. ㅡ Vamos entrar, meu bem ㅡ caminhou em minha frente, me deixando para traz.
Uni minhas sobrancelhas em confusão por sua distância em duplo sentido e caminhei para perto dele na intenção de não ficar para trás, logo adentrando a grande porta, sem cerimônias clichês de chegar e ficar deslumbrado, e só então percebi, quando encarei seus olhos carregados de culpa, que ele ainda estava me punindo, inclusive nesse quesito de proximidade. Me encolhi e escondi as mãos nas mangas meio grandes da camisa branca para voltar observar o ambiente, meio encolhido.
Tudo naquele ambiente soava limpo e amedrontador do mesmo modo que era vazio demais... Não sei ao certo que palavra devo usar, mas aquela casa me parecia um tanto sem fundamento.
Ouvi um som de notificação de ligação de algum celular, e então pude saber que era o de Jungkook quando ele atendeu-o. ㅡ Sim. Mas agora? ㅡ Disse ele para a pessoa que estava do outro lado da linha. ㅡ Tudo bem, estou indo. ㅡ Ele puxou os próprios fios escuros de seu cabelo para trás, em um ato cansado.
Observei seu rosto, com receio.
ㅡ Me desculpe, meu bem, mas a reunião foi adiantada e terei que ir agora. ㅡ Parecia se culpar por isso. ㅡ Eu estarei aqui às seis, então me espere se puder, e sinta-se em casa. ㅡ Disse, se aproximando e deixando, demoradamente, um beijo carinhoso e cheio de culpa em minha bochecha. ㅡ O almoço é servido às onze e quarenta e cinco, então se alimente corretamente e tome café da tarde. ㅡ Beijou minha testa, bem suave. Meu coração se acelerou e eu o olhei debaixo, assim, um pouco sonhador.
ㅡ Tudo bem... ㅡ Falei, influenciado por seu beijinho carinhoso.
Jungkook tomou meu queixo em sua mão e aproximou seu rosto do meu, dizendo logo em seguida: ㅡ Eu estarei aqui em breve e conversaremos com calma, hm? ㅡ Sorriu cativante, selando seus lábios nos meus em um selhinho que pareceu incerto.
ㅡ Ta bom ㅡ concordei inocente, deixando um beijo carregado de carinho em sua bochecha, o que o fez parecer confuso por um instante.
ㅡ Tudo bem, estou indo. Haja como se a casa fosse sua. ㅡ Disse em tom de ordem, fugindo de meu beijo.
Seu corpo se virou e me deixou para trás, indo em direção à porta, logo saindo de minha visão, o que me deixou tristezinho.
ㅡ Okay, o que eu faço agora? ㅡ Olhei em volta da casa gigante, levantando meu pescoço para observar o andar de cima e todo o teto impecável. ㅡ Nada. ㅡ Respondi simplista para mim mesmo e fui me sentar em um sofá que havia ali, com preguiça demais para explorar aquela casa sem graça de tons pastel.
Fiquei lá por alguns minutos até que uma empregada velhinha e fofa veio dizer que o almoço estava servido, e mesmo sem entender como ela sabia meu nome e o que eu estava fazendo ali, a acompanhei até a grande mesa, onde estavam servidos alimentos que dariam para alimentar uma família inteira. Pensei que ela também comeria, mas a única pessoa que tocou naqueles alimentos fui eu.
E então a mesa foi retirada de modo esquisito quando terminei, e sem hesitar voltei para a sala, receoso sobre aquele lugar. Passei o resto da tarde fuçando em meu celular. Fui no banheiro uma vez ㅡ demorei quase uma hora inteirinha para encontrá-lo ㅡ, bebi vários copos de água para afastar a ansiedade, reorganizei todas as almofadas achatadas do sofá e fiz mais um monte de coisas que me fez parecer uma pessoa que tem transtorno obsessivo e compulsivo. Pensei em como deve ser ruim para as pessoas que têm isso conviver em ambientes bagunçados, imagino que deve ser bem dificilzinho.
Quando deu três horas e trinta minutos a senhorinha de vestido cinza comprido e bem passado veio me servir uma bandeja com suco de laranja e variados biscoitinhos.
Comi tudo, porque amo doce, e sorri satisfeito, logo a agradecendo pelo suco estar tão delicioso. Mas ela não fazia nada além de avisar que as refeições estavam prontas e dizer "Não há de quê, senhor Park" quando a agradecia. Como ela sabia meu sobrenome eu não sei, mas não importa desde que não sejá através de alguém que não seja Jeon.
Depois voltei, jogado no sofá, a mexer em minhas redes sociais e fazer algumas pesquisas, logo me deparando com um fórum BDSM, aparentemente famoso, e abri uma conta para mim, preenchendo as únicas duas opções que sabia que era ㅡ submisso e bissexual ㅡ no pequeno rótulo do cadrastro.
Foi bem legal entrar lá, e eu conversei com três pessoas super legais na caixa de mensagens. Uma disse que eu deveria me aprofundar mais no BDSM, porque eu tenho essa essência verdadeiramente submissa, outro rapaz me elogiou e disse que eu sou bonito, e eu sorri meio bobo meio chateado por saber que isso não é verdade, depois outro doidinho que se apresentou como mestre Kaw e quando eu disse "Oi, tudo bem?", ele respondeu "Você deve cunprimentar os dom's com um pouco mais de respeito, rapaz, acha que pode falar assim com um dominador?". Revirei os olhos e teclei "bela merda, você nem é meu dom mesmo" e em seguida mandei um monte de emojizinho mostrando a lingua para depois ficar off no site.
Cochilei um pouco quando meu celular descarregou enquanto eu vasculhava i instagram, e só fui despertar quando caí do sofá após ouvir a porta da entrada da casa de Jungkook ser aberta e fechada.
Me levantei depressa e me posicionei como uma estátua, esperando que fosse alguém que me daria um sermão, mas relaxando ㅡ não tanto assim ㅡ quando vi que era Jungkook, aparente e estranhamente apressado, observando seu relógio de pulso.
ㅡ Olá, meu bem. ㅡ Ele sorriu como um coelhinho, e eu refleti um sorriso vibrante. ㅡ Está tudo bem? Almoçou e tomou café da tarde? ㅡ Se aproximou depois que deixou sua maleta em cima da mesa de centro. Eu ajeitei meu cabelo e minha calça bem abarrota quando ele se virou para deixar o celular lá também.
ㅡ Ah, eu comi sim. ㅡ Sorri. ㅡ Estava ansioso pra te ver de novo. Como foi na reunião? ㅡ Indaguei, interessado.
ㅡ Ah, foi como planejado. ㅡ Ele sorriu vitorioso. E poxa, que sorriso lindo! ㅡ As filiais estão todas de acordo com o produto proposto. ㅡ Comentou, deixando-me confuso.
Nem me importei em questionar sobre isso porque nem gosto desses assuntos de negócios mesmo.
ㅡ Isso é bom. ㅡ Sorri largo por vê-lo contente e voltei a me sentar no sofá, desta vez menos relaxado do que quando estava sozinho.
ㅡ Você se alimentou mesmo? ㅡ Questionou desconfiado, enquanto voltava a sua pôse suave de sempre.
ㅡ Sim ㅡ o olhei em obviedade. ㅡ Nós podemos conversar agora? ㅡ Fui direto ao ponto, ansioso demais.
ㅡ Podemos.
Ele caminhou em minha frente depois de me chamar com um olhar silencioso, indo em direção a um escritório ao fundo da sala. E quando entramos lá, ele pediu para que eu me sentasse em uma cadeira confortável de frente a sua mesa.
Observei o local, e tudo nele dizia: Jeon Jungkook. Porque tudo que dava pra sentar ou descansar ali era trabalhado em couro preto, a madeira da mesa, arquivo e etecetera, toda envernizada e em tom marrom terra. As frestas e partes que poderiam ser portinhas, todas de vidro.
ㅡ Muito bem, Jimin. ㅡ Ajeitou seu terno enquanto sentava-se em sua poltrona chique, me deixando abobalhado por sua sensualidade até neste detalhe. ㅡ Como eu disse, o contrato é algo importante, e você deverá lê-lo com calma antes de assiná-lo. ㅡ Se levantou da poltrona e começou a caminhar, pensativo.
Me remexi na cadeira confortável e o observei, enquanto seu corpo lindo vagava pelo escritório.
ㅡ Há quinze regras. E você deverá seguí-las como se fossem obrigações cotidianas. ㅡ Informou-me.
Tudo bem, aquilo parecia moleza, então supús que não seria difícil a ponto de ter que falar que é.
ㅡ Cada uma dessas regras são de extrema importância, e se você desacatá-las, haverão consequências. ㅡ Continuou, logo sentando-se em sua poltrona confortável outra vez e me encarando de modo sério. ㅡ E eu estou ansioso para colocá-las em prática. ㅡ Sorriu sádico, coçando o próprio queixo, enquanto me observava atentamente.
Engoli em seco. ㅡ E quais são essas regras? ㅡ Questionei, abstinto da vontade de saber sobre as consequências.
Jungkook se recostou na cadeira de modo social para em seguida levantar a capa de uma pequena apostila, tirando um papel de lá. São três folhas, para ser mais preciso, pois notei isso quando ele me entregou-as.
ㅡ Leia com atenção, e pense bem antes de assinar. ㅡ Avisou, atencioso ao meu semblante meio retraído.
ㅡ E se der errado? ㅡ Indaguei. ㅡ Digo, se eu assinar e depois me arrepender? ㅡ Concertei a pergunta.
ㅡ É para evitar isso que estou dizendo para ler com atenção e pensar bem. ㅡ Relembrou. ㅡ Mas é claro que pode haver algum problema durante o tempo do contrato, e se houver, nós o rompemos. ㅡ Garantiu-me.
ㅡ E que garantias tenho disso? ㅡ Voltei a questionar.
Jungkook sorriu convencido e logo em seguida respondeu como quem não tem nada a temer: ㅡ Você tem a minha palavra, e um tópico explicativo na primeira folha do contrato. ㅡ Apontou.
Vi minhas bochechas corarem pela falta de atenção e logo observei a primeira folha do contrato, onde estava escrito em um dos tópicos que se houver a insatisfação de algumas das partes, ou de ambas, o contrato está sujeito a cancelamento.
ㅡ Agora vá para casa. O motorista irá te levar ㅡ disse de repente. ㅡ E leia com atenção. Nos vemos em três dias. ㅡ Ajeitou o terno para depois se levantar.
ㅡ O-o quê? ㅡ Arregalei os olhos e me levantei também. ㅡ Três dias? ㅡ Questionei com incredulidade, sentindo meu peito pesar com aquelas folhas entre as mãos.
Ficar sem Jungkook por três dias parece tortura da mais dolorida possível, e não me fará bem estar ansioso por longos três dias.
ㅡ Sim. Três dias. ㅡ Reafirmou, aparentemente tranquilo. ㅡ Eu tenho uma viagem de negócios, e três dias é o mínimo que devo dar à você para pensar bem se quer isso. ㅡ Comentou, como se aquilo fosse o certo a se fazer.
Tudo bem, eu entendo a parte em que ele diz que tenho que pensar muito bem antes de fazer essa escolha, mas como poderia não fazer se já estou tão necessitado de sua companhia?
E não acho um absurdo apenas por isso, mas tenho a impressão de que ele me vê como uma criança que pode mudar de ideia a cada minuto, mas eu não sou. Eu sei o que eu quero e sei o que espero. E o que espero não é um dom ausente que viaja à negócios e deixa seu submisso o esperando. Eu quero atenção para mim, oras.
ㅡ Escute, Jungkook ㅡ começo. ㅡ Eu não sei se você costuma viajar demais, mas eu gosto de atenção e fico muito mal humorado quando não a tenho. ㅡ Comentei, cruzando os braços e fazendo um bico descontente.
ㅡ Tudo bem. ㅡ Jungkook começou, já fazendo-me ficar arredio à ele. ㅡ Eu sei que você gosta de ter atenção apenas para você, mas essa é uma das coisas que tem que entender; A vida não é movida a atenção, e eu tenho uma empresa para guiar. ㅡ Assinalou, relembrando-me de alguma forma.
ㅡ Tudo bem, tudo bem. ㅡ Cedi. ㅡ Mas você sempre tem viagens de negócios? ㅡ Questionei, atencioso.
ㅡ Sim, quase sempre. Mas nem todas chegam a durar dias, porém podem haver exceções de viagem para viajem. ㅡ Explicou. Fiz um bico aborrecido.
ㅡ Entendi. ㅡ Não me impedi de transparecer minha chateação.
Jungkook caminhou em direção a mim com calma e sua postura opressora de sempre. O observei parando ao meu lado, amedrontador como nunca por estar em uma pôse tão sensual e acima de qualquer outra opressora que houver no planeta.
ㅡ Olhe para mim. ㅡ Ordenou, cuidadoso, me olhando de cima devido a diferença de altura.
Fiz o que me pediu, o olhando nos olhos com atenção, sem sentir nada mais do que sua respiração tão perto.
Seus dedos tomaram meu rosto em suas mãos, e de repente seus lábios se aproximaram de meu rosto, selando uma de minhas bochechas gordas demoradamente.
ㅡ Me diga o que sente. ㅡ Disse baixinho, ainda com seu rosto próximo do meu.
Senti meu corpo extremecer e um fio de eletricidade o percorreu.
ㅡ C-como assim? ㅡ Falei um pouco nervoso na medida em que engoli em seco.
Jungkook sorriu contra minha bochecha, e eu senti uma onda de calor invadir cada átomo de meu corpo quando seu hálito quente roçou minha pele. ㅡ Diga-me o que está sentindo agora ㅡ explicou, acariciando minha outra bochecha com seu polegar.
ㅡ E-eu n-não sei ㅡ comecei a gaguejar demais, meio estonteado. Isso, estonteado.
ㅡ Seja obediente, Jiminnie. ㅡ Me deixou mais abobado com o apelido.
ㅡ Eu... me sinto bem e... vontade de te beijar. E estou tonto. ㅡ Confessei, sentindo minhas bochechas esquentarem.
ㅡ Bom garoto. ㅡ Selou minha bochecha outra vez com seus lábios quentes. Ele estava me tentando ou o quê com essas carícias mínimas?
Voltou a acariciar minha bochecha, e então, em um movimento inesperado, agarrou minhas nádegas e as apertou com força, me empurrando mais para perto de seu corpo. Agarrei-me em seu ombro para me manter de pé.
Ele me encarou com um olhar profundo e cheio de desejo, e em seguida empurrou minha bunda de modo que nossas virilhas se friccionassem, e então percebi que ele estava duro. Deuses, ele já estava duro tão fácil, outra vez.
ㅡ Como você se sente tão atraído mesmo sem eu ter feito nada? ㅡ Questionei e ofeguei quando seus dedos pareceram massagear e sentir a textura de minhas nádegas.
ㅡ Esse é o problema ㅡ pelo tom de voz, aparentemente ele estava descontente. ㅡ Você me deixa louco apenas com seu modo de agir, e isso me faz imaginar muitas coisas. ㅡ Confessou, e eu juro que senti meu ego inflar e explodir, percebendo, que mesmo sem querer, eu tirei Jungkook da sua linha de juízo racional.
Não é possível que o que Jungkook está falando é verdade, pois não faz sentido algum, levando em conta que eu me comporto muito mal. Espera, então isso quer dizer que...
ㅡ E eu quero te beijar agora. ㅡ Entregou, necessitado. ㅡ E eu posso, porque você é meu, não é, garoto? ㅡ Me empurrou mais uma vez contra sua ereção, e eu já senti a minha começar a se formar.
ㅡ Sim, senhor. ㅡ Respondi automaticamente, suspirando em seguida, assim que sua mão deslizou por minhas costas e agarrou minha cintura de modo preciso, me levando mais para si.
ㅡ Você é um bom garoto, às vezes. ㅡ Disse. ㅡ Mas sua natureza selvagem me cativa, Jimin. ㅡ Aproximou seu rosto de meu pescoço para enfim mordiscar a pele sensível. Engoli em seco e inclinei um pouco para trás, meio fraco.
ㅡ É? ㅡ Indaguei incerto, ofegante, sem saber o que responder àquilo. Me agarrei mais aos seus ombros.
ㅡ É. ㅡ Reafirmou, e então levantou a barra de minha blusa, contatando seus dedos diretamente com a pele que sobre o tecido adiposo.
Seus lábios que estavam perto de meu pescoço, agora procuravam os meus. Então aproximou sua boca da minha, e seu olhar se fixou nela, assim como o meu na sua, e então analisei a pele chamativa e vermelha que desenhava seus lábios como se estivesse me chamando para prová-la. Jungkook parecia escolher o melhor lado, investindo devagar para me beijar, e eu deixei que ele fizesse para demonstrar que quem está no controle é ele. E também eu nem conseguia ter controle de algum sentido que precisava de comandos do cérebro, porque, digamos que Jungkook me faz perder o controle de tudo, e vale ressaltar que os neurônios também.
Jungkook finalmente colou nossos lábios, e foi incrível como em todas as vezes. De começo nos movemos lentamente. O adocicado de sua boca me fazia ir ao céu e ao inferno em uma fração de segundo, e então senti todo meu corpo esquentar assim que suas mãos apertaram minha bunda outra vez, empurrando nossas ereções cobertas uma contra a outra. Ofeguei contra seus lábios e intensifiquei o beijo, cravando minhas unhas em seus ombros por necessidade, e então Jungkook mordeu meu lábio, rosnando contra ele, o machucando como se quisesse devolver a dor.
ㅡ Jungkook... ㅡ Chamei manhoso quando consegui interromper o beijo em um estalo, e senti minha ereção fisgar necessitada.
ㅡ Oh, está com problemas? ㅡ Questionou atencioso, com sua testa próxima a minha, movendo sua mão que estava em meu quadril para o cós de minha calça, brincando com os botões.
ㅡ Oh... ㅡ Ofeguei quando ele deslizou dois de seus dedos por minha ereção ainda coberta pelo tecido, parecendo se divertir com a provocação.
ㅡ O que quer que eu faça, meu bem? ㅡ Perguntou contra meus lábios, me fazendo sentir uma satisfação enorme dentro do peito que abriga um coração prestes a ter uma parada.
ㅡ Que-quero que me... chupe. ㅡ Respondi tímido, mas impossibilitado de sentir isso quando Jungkook segurou minha ereção por cima da calça, apertando de leve e fazendo-me gemer manhoso. Eu tive mesmo a coragem e a cara de dizer isso?
ㅡ Qual a palavrinha mágica? ㅡ Voltou a indagar, encarando meus olhos com os seus, escuros de desejo.
ㅡ Por favor, senhor... ㅡ Supliquei, chormingando de tesão.
ㅡ Me acompanhe. ㅡ Me soltou devagar ㅡ o que não me agradou ㅡ, para então caminhar lentamente até se sentar em sua poltrona de couro, e Jeon pareceria ainda mais intocável se não estivesse com uma ereção grandinha marcando sua calça social, esta que me deixou salivando.
Não entendi o que ele quis dizer com aquilo, mas fiz o que pediu, ou mandou, logo parando em sua frente, mas desta vez sem me importar com a ereção porque sei que ele não gosta que eu tenha vergonha dela.
Primeiramente ele se aproximou, acariciando minha barriga por cima do tecido liso, e depois me puxou mais para perto, até que minha virilha ficasse na altura de seu rosto. Estremeci de excitação quando imaginei Jungkook me chupando assim, sentado em sua poltrona de couro.
Então novamente seus dedos começaram a se mexer, desta vez trilhando um caminho por minha ereção. Jungkook a agarrou mais uma vez, fazendo movimentos de vai e vem para cima e para baixo, com toda sua atenção voltada para o gesto, e eu ofeguei, começando a gemer baixinho. Perdi-me enquanto observava sua boca entreaberta e seus movimentos calmos em minha virilha, chegando a conclusão de que Jeon Jungkook não é Zeus, ele é o próprio Eros. Mas talvez ele fosse Apolo, porque com certeza estava querendo sair no soco quando me soltou quando eu tentei empurrar contra sua mão.
Choraminguei por dentro e esperei ansioso pelo que ele faria.
ㅡ Sente-se em meu colo. ㅡ Ordenou, se recostando confortavelmente na poltrona. Sem hesitar fiz o que ele mandou, logo perdendo minha atenção na textura firme de suas coxas. ㅡ Há três coisas, as quais você deve se lembrar, garoto. ㅡ Disse-me, chamando minha atenção, e em seguida continuou, fazendo uma pausa entre suas frases. ㅡ Para toda ação, há uma reação. Para toda boa ação, há uma recompensa. E para toda má ação, há uma sentença. ㅡ Acariciou uma de minhas coxas, e só então pude saber o quanto estavam sensíveis.
ㅡ C-como assim? ㅡ Consegui questionar, verdadeiramente desentendido e afetado por seu toque nocauteador.
ㅡ Vou usar um exemplo como explicação. ㅡ Avisou. ㅡ Levante-se e fique de pé até que eu mande você fazer algo. ㅡ Fitou meus olhos, enquanto parou de acariciar minha coxa, e eu me desvencilhei do contato visual por não ser tão autêntico como ele.
Me levantei devagar, sentindo o volume ser apertado pelo tecido da calça e adquirindo uma certa dificuldade para fazer o que ele mandou.
Assim que me posicionei ao seu lado, subitamente receoso, ele também se levantou e caminhou devagar até o lado oposto da mesa.
ㅡ No chão. ㅡ Disse, apontando para o carpete bonito de seu escritório. ㅡ Fique de quatro. ㅡ Ordenou.
Demorei uma fração de segundo para entender o que ele quis dizer com isso, mas então consegui, e confesso que a satisfação que se apossou de mim foi instigante.
Sem demorar, ajoelhei devagar e me coloquei de quatro no carpete vermelho e o olhei lá de baixo, sentindo sua aura opressora despejar seu peso em mim e me causar um arrepio de excitação.
ㅡ Engatinhe até mim. ㅡ Apontou devagar para o chão ao seu lado.
Aquilo parecia ridículo, mas de certo modo me agradava, então... por que não?
Me movi devagar, um pouco hesitante, testando se aquilo realmente era algo racional.
Não era.
Voltei a engatinhar devagar, logo parando ao seu lado e o olhando debaixo outra vez. E é a melhor visão que já tive em minha vida, possa assinalar, perdendo só para quando eu o ver me fodendo, se isso chegar a acontecer antes que eu estrague tudo.
De repente, suas mãos afagaram meus fios loiros, e uma sensação de satisfação me preencheu por inteiro.
ㅡ Bom garoto. ㅡ Tenho certeza que essa é a frase mais satisfatória de minha vida. ㅡ Você fez o que eu mandei. Então, agora, você terá uma recompensa. ㅡ Explicou Quase pulei igual um cavalinho por tanta ansiedade e entusiasmo me invadindo.
ㅡ Qual? ㅡ Perguntei, ainda o olhando sonhador, debaixo, com minhas mãozinhas no carpete bonito.
ㅡ Saberá quando estiver no andar de cima, na terceira porta a direito ㅡ disse. ㅡ Então levante-se e vá até lá e espere-me. ㅡ Ordenou, olhando-me de cima.
Fiz o que me pediu e me levantei, um pouco tímido, saindo devagar em direção a porta, observando seu corpo se repousar novamente na poltrona de couro e suas mãos ajeitarem a calça para desfarçar sua ereção.
Quando saí do escritório, coloquei meus olhos para buscar as escadas. Começei a subí-las quando a encontrei, ansioso demais para fazer isso devagar, e logo me deparei com um corredor gigante com muitas portas quando cheguei ao seu fim.
Olhei para o lado direito e contei três portas, caminhando depressa e parando em frente a terceira.
Me sentia um cordeirinho na toca do lobo, e talvez essa fosse a melhor sensação que já senti em minha vida.
Esperei ansioso por alguns longos mais ou menos cinco minutos que pareceram vinte, e então ouvi os passos calmos e perfeitos de Jungkook ressoando pelo corredor, batendo na escada de modo calculado.
Até os passos dele são perfeitos. Engoli em seco e retorci os pés.
Me encolhi mais, e logo pude ver o corpo de Jungkook na entrada do corredor escuro, sendo iluminado apenas pelo reflexo das luzes que vinham do andar de baixo. E então seus olhos brilharam para os meus, e no mesmo instante que me senti instigado, também fui preenchido com um calorzinho bobo no peito. Porém, isso foi quebrado quando Jungkook acendeu a luz e só então, levando em conta o meu meio grau de miopia, eu vi seu corpo coberto apenas por sua calça social, a qual marcava deliciosamente suas coxas, e o peitoral estava exposto para meus olhos se perderem nele. O calor se transferiu não só para meu volume, mas também para todo meu corpo, como um choque de eletricidade.
O observei da ponta da cabeça à sola dos sapatos sociais. Seu rosto bonito literalmente parecia uma obra de arte, desenhada e pintada pela mão mais leve e angelical do mundo. Era como se Jeon Jungkook tivesse sido criado por um anjo caído, pois sua aparência angelical não faz jus à sua alma aparentemente corrompida por suas fantasias sexuais.
Eu estava no mesmo caminho. E se eu realmente acreditasse em teorias religiosas, ㅡ e se fossem reais ㅡ eu escolheria ir para o inferno à não ter minha alma corrompida por Jeon.
Seus passos se aproximaram, o trazendo para perto de mim em um instante, enquanto eu tremi sobre os pés.
ㅡ Desculpe-me pela demora ㅡ Sorriu de modo cortez. ㅡ A empregada deixou as chaves em um lugar que não me é conhecido, então tive de procurar. ㅡ Explicou para, então, colocar a chave na fechadura e girá-la. Os músculos de minhas pernas se tensionaram em um misto de medo e ansiedade, e novamente meus dedos hiperativos se remexeram, ansiosos.
ㅡ Tudo bem. ㅡ Tentei tranquilizar, só não sei se ele, ou eu mesmo.
ㅡ Fique à vontade, e sinta-se como se estivesse em sua própria casa. ㅡ Me reconfortou com calma. Em seguida abriu mais a porta e acendeu a luz.
Era um quarto totalmente branco, arejado e aconchegante, de certo modo, assim como era exageradamente grande.
ㅡ É bonito. ㅡ Não deixei de comentar assim que entramos para dentro, deslizando minhas mãos pela penteadeira também branca. ㅡ Por que branco? ㅡ Questionei, o olhando com atenção.
ㅡ Para mim, branco representa início. ㅡ Explicou. ㅡ Todos os outros quartos desta casa são de cores diferentes. Exceto um. ㅡ Disse-me, e notei uma certa mágoa em sua voz ao pronunciar a última frase.
ㅡ Todos? Tipo, todos eles, são cada um de uma cor? ㅡ Questionei surpreso, esquecendo-me de perguntar qual seria o próximo quarto que ele me apresentaria, se fosse possível que houvesse uma próxima visita...
Ele sorriu para mim, depois respondeu: ㅡ Sim, meu bem. Cada um deles. ㅡ Afirmou com tranquilidade.
ㅡ Puxa vida... Isso deve ter custado o olho da cara. ㅡ Observei bem o quarto, com cada detalhe branco bem desenhado e polido, e perdi-me no que estava fazendo.
ㅡ Não. Eles ainda estão aqui. ㅡ Jungkook afirmou de modo sério, apontando para seus olhos. Caí na risada. ㅡ O quê? ㅡ Questionou com uma confusão estampada em seu rosto.
ㅡ Nada, Jun... ㅡ Falei de repente, me apoiando nos joelhos e sem perceber que usei um novo apelido.
ㅡ Gostei. ㅡ Jungkook sorriu fraco enquanto se aproximou de mim, e então meu corpo se viu obrigado a ficar tenso de um modo gostoso.
ㅡ Do quê? ㅡ Perguntei, o olhando com desconfiança por sua proximidade.
ㅡ Do apelido. ㅡ Arqueou as sobrancelhas em obviedade. Só então entendi.
ㅡ Hm, Jun... ㅡ Repronunciei, sem perceber que isso saiu manhoso demais.
ㅡ Repita. ㅡ Segurou minha cintura entre suas mãos grandes e me puxou para si. Demorei um instante para processar sua ordem.
ㅡ Jun... ㅡ Repeti, com os olhos perdidos em sua boca.
ㅡ Jimin ㅡ chamou-me de repente, tomando toda minha atenção. ㅡ Me diga... Por que faz isso comigo? ㅡ Questionou entredentes, me deixando confuso. Senti sua mão me apertar mais contra seu corpo firme.
ㅡ Isso o quê? ㅡ Hesitei, o observando com receio.
ㅡ Isso. ㅡ Disse, e então agarrou minha bunda com suas duas mãos, logo me empurrando contra sua virilha mais uma vez.
Ele estava duro. Muito duro.
ㅡ O-oh... ㅡ Senti minhas bochechas corarem. ㅡ Eu... não sei? ㅡ Tentei formular algo, mas tudo que consegui fazer foi me sentir estimulado com seu volume grande e duro contra o meu, que já voltara a se formar e acalorar todo meu corpo.
ㅡ Eu acho que preciso te ensinar, então. ㅡ Ué, mas não é ele que não sabia?
ㅡ É, Jun? ㅡ Não contive o sorriso malicioso, e recebi um olhar perigoso de volta, acompanhado de uma pegada firme em minha cintura novamente.
ㅡ É, Jiminnie. ㅡ Vociferou.
Caí na risada.
ㅡ O que foi? ㅡ Perguntou, inocentemente confuso.
ㅡ Esse apelido é muito engraçado. ㅡ Falei, me engasgando com a risada, ainda sendo envolvido por seu aperto aconchegante. Recebi um sorriso leve de volta.
ㅡ Tudo para você é engraçado, hm? ㅡ Me olhou provocativo. ㅡ Vamos ver se você acha isso engraçado também. ㅡ E no instante seguinte me girou, deixando um tapa em minha bunda. Levei um susto.
ㅡ Deuses... Você quer me matar? ㅡ Questionei, suspirando, sentindo seus dentes roçarem em minha nuca e todos os pêlos de meus corpo se arrepiarem.
ㅡ Ninguém aqui quer te matar, Jimin. ㅡ Assinalou Jungkook. ㅡ Apenas te fazer desmaiar de tesão. ㅡ A voz rouca foi emitida ao pé de meu ouvido.
Choraminguei necessitado contra seu corpo, notando seu volume em minha bunda e tendo suas unhas apertando minha cintura.
ㅡ Agora venha comigo. ㅡ Se afastou de mim, me olhando suave e puxando minha pequena mão em mesmo tom.
Mesmo que tivesse sido provocado a ponto de achar que Jungkook queria me enlouquecer, não havia como negar um pedido assim à ele, e eu nem queria, então apenas caminhei para perto da cama para depois ele segurar minhas duas mãos e se posicionar de frente para mim.
ㅡ Eu quero que confie em mim. ㅡ Disse-me. ㅡ Espero que saiba que pode fazer isso. ㅡ Então alisou o edredom branco, me soltando.
ㅡ Sim, eu confio. ㅡ Confirmei, completamente perdido na parte exposta de seu corpo, e também pelas palavras confiantes.
ㅡ Olhe. ㅡ Tomou meu queixo em um toque suave e direcionou meu olhar para a parte superior da cama, a qual era sustentada por quatro pilares de madeira, e na madeira superior estendida havia um espelho. Ocupava toda a extensão condizente ao tamanho da cama. ㅡ Nesta noite, eu quero que confie em mim, que deixe toda sua vida em minhas mãos, e o mais importante, ㅡ fez uma pausa e fitou meus olhos com os seus, brilhantes e escuros ㅡ que grave cada detalhe do que houver sobre esses lençóis. ㅡ Observou a cama, e eu me senti ansioso demais a ponto de ter que desfarçar isso.
Assenti vagarosamente e voltei a observar o teto da cama. E por mais que eu odiasse minha aparência ou qualquer coisa que me refletia ela, com Jeon tenho uma leve certeza de que posso ficar à vontade com meu corpo, mas sou levemente orgulhosinho demais para admitir isso.
ㅡ Mas antes, devo lhe perguntar se está com fome. ㅡ Anunciou com seu trejeito calmo inabalável.
ㅡ Eu não estou. ㅡ Afirmei e voltei a olhá-lo.
ㅡ Tem certeza, meu bem? ㅡ Questionou, em tom desconfiado.
ㅡ Hoje tenho, sim. ㅡ Deixei um riso escapar, e então recebi o seu de coelhinho de volta, finalmente.
ㅡ Então tome um banho relaxante, e eu já subo. O banheiro é ali. ㅡ Disse, e desta vez em tom sério, enquanto apontava para uma porta ㅡ também branca ㅡ que havia ao lado direito e afastado da cama. Senti uma brisa friazinha se alastrar por minha barriga, assim como senti quando estavamos em seu quarto de hotel e tive que tomar banho lá.
Acho que ainda não tinha caído a ficha de que iria fazer sei lá o quê com Jeon naquela cama fofa, e por isso ainda estava sem saber como agir.
ㅡ Até mais, meu bem ㅡ Despediu-se com um beijo nas costas de minha mão, e então meu coração disparou no peito.
ㅡ Até. ㅡ Quase murmurei, tentando assimilar tudo que havia acontecido.
Jungkook se virou e caminhou para fora do quarto, me deixando sozinho e atordoado ali.
Juntei minhas mãos frente ao corpo e apertei-as contra si. Observei local depois que seu corpo saiu de minha vista, escutando seus passos se distanciarem, e só então hesitei sobre o que fazer. Procurei tentar elaborar um mapa mental.
Um, tomar banho; Dois; vestir as roupas e ficar quieto esperando o Jun (que roupas???); Três; Não esquecer de ficar limpinho em todos os sentidos.
Não adiantou nada, pois fiz tudo ao contrário e com muita ansiedade.
Primeiro vasculhei todo o quarto a procura de roupas, falhando na tentativa e descobrindo que todos os móveis que continham portas eram trancados a chave, depois tomei um banho assim mesmo, fiz uma limpezinha e tratei de me deixar limpinho e com cheirinho de chocolate (porque o shampoo era desse aroma), e então não soube mais o que fazer.
Parei em frente a porta e decidi esperar até que Jungkook subisse, pois assim poderia pedir que ele me trouxesse as roupas que ele provavelmente esqueceu de trazer.
Fiquei lá por longos minutos, mas cansei-me de esperar e fui deitar um pouquinho na cama, decidido a levantar rápido e ir escoltar a porta quando escutasse os passos de Jeon ressoando na madeira do chão. O que eu não imaginava era que, em meio aos meus pensamentos desordenados e ansiosos, eu dormiria. E imaginava menos ainda que, quando estivesse dormindo, eu viraria sobre a cama e a toalha se desenrolaria de meu corpo, me deixando nu.
Um toque quente e macio em minha bunda me fez ronronar durante o sono fraco, assim como o sorriso que exibi quando o senti. Um arrepio correu por minhas pernas quando, ainda debruço, me esfreguei contra a cama sentindo um toque delicado em todo o comprimento de minha coluna vertebral.
ㅡ Meu bem ㅡ Uma voz sussurrou ao longe, e eu murmurei um "O quê?" inconsciente. Então houve um selar calmo e úmido em uma de minhas bochechas gordas.
ㅡ Ai, para... ㅡ Retruquei, sorrindo fraco e imaginando que estava em um sonho.
ㅡ Jimin, acorde, meu bem. ㅡ A voz chamou outra vez, e desta, mais audível e reconhecível.
Espera um pouco...
ㅡ Deuses! ㅡ Abri os olhos, ainda com o rosto apoiado no travesseiro, ficando paralisado. Ouvi um risinho de Jeon em minha nuca, e depois ele disse: ㅡ Você dormiu. ㅡ Contou. Eu engoli em seco.
ㅡ Jungkook ㅡ Chamei incerto, esperando que não estivesse acontecendo o que estava. ㅡ Eu tô de toalha? ㅡ Questionei com medo na voz, sem exibir nada mais do que meus olhos arregalados.
ㅡ Não. ㅡ Senti que o sangue de minha cabela fugiria. ㅡ Mas a visão que estou tendo é a que mais desejei desde que te conheci.
Puxa vida...
ㅡ Me cubra, por favor. ㅡ Pedi, confundido por todas as sensações, mas ciente de que a vergonha predominava, assim como a temperatura de minhas bochechas.
Sem hesitar Jungkook fez o que pedi, me cobrindo com a toalha.
ㅡ Me cobre com o cobertor, né. ㅡ Revirei os olhos, mesmo com a cara queimando de vergonha. Ele pareceu descontente de algum modo, mas fez o que pedi, levantando-se da cama e me cobrindo com o edredom branco e fofo.
Tentei acalmar meu coração, mas quase não consegui.
ㅡ É contra nudismo? ㅡ Jungkook perguntou, e eu imaginei que estivesse sorrindo divertido, mas me enganei, pois assim que me virei devagar, enrolando-me corretamente no edredom, pude ver seus olhos me encarando de um modo um pouco estranho e um sorriso sacana nos lábios.
ㅡ Não. ㅡ Fiz um bico e cruzei os braços abaixo do tecido que me cobria. ㅡ Mas por que não deixou roupa pra eu vestir? ㅡ Questionei, mal humorado e rancoroso.
ㅡ Porque não quero que vista. ㅡ E uni minhas sobrancelhas.
ㅡ E se eu não quiser ficar sem roupas? ㅡ Provoquei, sorrindo malicioso.
ㅡ Antes de não querer algo, lembre-se das três coisas que eu disse a você. ㅡ Avisou, tranquilo sobre o que estava dizendo.
"Para toda má ação, há uma sentença", e todos os pêlos de meu corpo se eriçaram, logo me deixando menos afrontoso.
É claro que Jeon jamais me puniria se eu dissesse a ele que me sinto desconfortável sobre ficar sem roupas, mas eu até gosto que ele goste que eu fique sem...
ㅡ Acho que já se lembrou. ㅡ Disse ele, desconversando logo em seguida: ㅡ E se me permite, queria dizer que sua bunda me deixa com tesão. ㅡ Comentou, depravado e sacana.
ㅡ Deixa? ㅡ Sorri provocativo.
ㅡ Sim, e muito. ㅡ Levantou-se e esticou os braços em uma aliviação propositalmente falsa apenas para que eu pudesse ver o volume proeminente em sua calça. E pelo visto, agora, ele está com uma camiseta branca, abstinto de sua ousadia em me deixar quente apenas por vê-lo ㅡ não que eu não fiquei.
ㅡ Hm, então, talvez eu goste que a veja. ㅡ Entreguei timidamente, logo cobrindo meu rosto com o edredom branco.
ㅡ Eu a verei hoje novamente. ㅡ Sorriu tranquilo.
ㅡ É? ㅡ Fui eu quem perguntei, ansioso.
ㅡ É. ㅡ Reafirmou, me observando com intensidade. ㅡ E agora, quero que tape seus olhos e espere o comando para que possa abrí-los. ㅡ Disse-me.
Fiz o que mandou, sem hesitar, e tapei meus olhos com o próprio tecido branco que me cobria.
Ouvi uma porta de madeira ser destrancada, só não sei de qual móvel.
Então, depois de alguns sons de objetos sendo tocados e friccionados, a porta foi trancada em um som amedrontador. Tremi sobre o colchão macio.
ㅡ Continue com os olhos fechados e obedeça minhas ordens. ㅡ Seu trejeito suave é tão eminente agora, mas a suavidade do sorriso que imagino em seu rosto não é mais imaginável, pois não consigo pensar em nada mais do que o semblante sério e sexy de Jeon exercendo sua dominação sobre mim.
Senti seus passos se aproximarem e me remexi contra os tecidos que me envolviam, ansioso demais.
Jungkook retirou o edredom de meu rosto calmamente, descobrindo-me para si e me deixando com uma certa dificuldade em acatar sua ordem de continuar de olhos fechados.
ㅡ Lembre-se das três coisas que lhe falei, garoto. ㅡ O tom de sua voz iniciou os calafrios gostosos em meu corpo.
Então, sem avisar, Jungkook se apoiou na cama e meu coração bateu descompassado quando, logo em seguida, seu corpo foi sobreposto sobre meu quadril. E o meu inteiro se esquentou como fogo em uma fração de segundo.
Suas mãos ágeis e habilidosas seguraram meus pulsos e enrolaram neles o que supús que fossem cordas, e então, depois de fazer uma amarração provavelmente bem elaborada, Jeon voltou a quebrar o silêncio.
ㅡ Regra número um, nunca tocar em seu dom quando ele lhe amarrar. ㅡ Disse-me, e por alguma coincidência assimilei isto com o contrato. ㅡ E para toda má ação, há sentenças. ㅡ Relembrou.
Engoli em seco e me remexi, logo sentindo o volume de Jeon roçar contra minhas coxas, o que foi a chama para acender o fogo que se alastrou por minha virilha.
ㅡ Jun... ㅡ Remexi, um pouco receoso do que ele estava fazendo, mas me sentindo excitado demais para ficar parado.
ㅡ Não dirija a palavra à mim até que eu permita. ㅡ A corda que ele entrelaçava na amarração que fez em meu pulso foi esticada em um baque e amarrada na cabeceira da cama. Senti seu corpo perto de meu rosto e tentei me afundar no travesseiro e desvencilhar dos pensamentos impuros que tive para não ficar mais necessitado do toque que provavelmente Jungkook demoraria a me proporcionar. ㅡ E como ainda não temos uma palavra de segurança, se não se sentir confortável ou quiser parar, só peça para parar. Entendido, garoto? ㅡ E indagou.
Eu sei que Jungkook jamais deixaria minhas reações desconfortáveis passarem despercebidas, mas por obediência, eu digo:
ㅡ Sim, senhor. ㅡ Concordei, um pouco manhoso.
Então Jungkook saiu de cima de mim, e eu juro que me segurei para não choramingar alto quando sua voz atingiu meus ouvidos outra vez. ㅡ O que eu pedi para que fizesse quando estivessemos sobre esses lençóis? ㅡ Questionou, exigindo que minha cabeça funcionasse. Acho que pensei por longos segundos até me lembrar.
ㅡ Que gravasse todos os detalhes que aconteceria nela. E que posso confiar em você. ㅡ Respondi, orgulhoso de mim mesmo.
ㅡ Bom garoto. ㅡ Jungkook afagou meu cabelo, e então percebi que ele estava ao meu lado direito, mas fiquei triste quando ouvi seus passos se distanciarem para longe. ㅡ Você pode confiar em mim. ㅡ Disse-me como se eu devesse fazer isso neste momento. Assenti, incerto se ele veria ou não.
Senti uma brisa leve roçar meu peitoral, e só então me dei conta de que Jungkook estava me descobrindo. Rapidamente tentei levar minhas mãos para segurar o edredom de volta, mas percebi que estava impedido quando a corda pressionou meus pulsos pelo gesto rápido e impensado.
ㅡ Confie em mim, meu bem. ㅡ A emissão desse tratamento que tanto adoro foi o que faltava para eu relaxar na medida em que uma onda de gelo correu desde meu peito, passou pela cintura e foi parar pouco acima dos joelhos. As cordas pareceram estar até mais leves, mesmo que não estivessem apertadas, pois é óbvio que Jungkook jamais me machucaria ou faria algo sem ter total confiança de que não seria inócuo em mim.
Então meu corpo foi descoberto pouco a pouco, parte por parte, e em cada uma delas um arrepio sobressaltava uma parte de pelos eriçados e refletia em meus músculos, fazendo-me remexer ansioso sob o colchão macio e que parecia tão frio agora, comparado à temperatura de meu corpo.
ㅡ Ah, como eu queria que visse seu corpo como eu vejo... ㅡ Jungkook comentou, parecendo vislumbrar algo à julgar pelo tom de sua voz. Engoli em seco e juntei meus pés para remexê-los na intenção falha de aliviar a ansiedade. ㅡ Esculpido por anjos ou por deuses gregos. Afrodite, eu diria. ㅡ Completou e eu uni minhas sobrancelhas, quase deixando de acatar sua ordem de não abrir os olhos.
ㅡ Gosta de mitologia grega? ㅡ Questionei, interessado. Ele parou de descobrir meu corpo pela cintura.
Uma coisa de tecido áspero foi deslizado por meu abdômen instantes depois de um silêncio mudo, e eu gelei.
ㅡ Acho que não entendeu minha ordem em que eu disse a você para não dirigir a palavra à mim até que eu mande. ㅡ Relembrou. Engoli em seco e novamente aquela coisa fria e que faz cosquinhas por parecer conter pontinhas foi deslizada em meu corpo, desta vez em minhas costelas. Me remexi para o lado involuntariamente, como se meu corpo quisesse se desvencilhar do toque. ㅡ Estou sendo tão permissível com você. Acho que devo refrescar um pouco sua memória. ㅡ A voz perigosa me deixava mais excitado, e a ponta de medo se alastrava cada vez mais por minha coluna, e depois pelo corpo todo quando ouvi um som estridente assim Jungkook bateu o que supús também ser uma corda, só que de pontinhas, pela sensação que tive em meu corpo, na beira da cama, estalando na madeira de modo seco. Levei um susto e pensei que ia cair da cama quando meu corpo se retesou, assustado.
ㅡ Me diga, garoto, você gosta disso? ㅡ Novamente ele deslizou a coisa gélida por meu corpo, desta vez fazendo com que ela afastasse o tecido que cobria meu pau e a deslizou ali, arrancando arrepios meus. Me contorci sob o toque e senti as cordas apertarem meus pulsos.
ㅡ Sim... ㅡ Quase manhei. ㅡ Senhor. ㅡ Completei, ofegando quando ele pressionou algo duro em minha ereção já visivelmente necessitada.
E eu não senti nenhuma vergonha ali, mesmo sabendo que Jeon estava me vendo quase totalmente nu, ou inteiramente, já que minha parte intima estava sendo tocada por ele de modo indireto.
ㅡ E disso? ㅡ Questionou, e no instante seguinte, após o tecido áspero e gélido abrir espaço na lateral de minha coxa, senti algo ser desferido contra minha pele que ficou árdua, e só então entendi que era um chicote pela textura do couro. Me contorci muito pela dor, mas de alguma forma aquilo foi deliciosamente excitante. Apertei meus olhos para não abrí-los.
ㅡ Não ouviu minha pergunta, garoto? ㅡ Novamente um estalar foi ouvido quando ele desferiu outra chicotada em minha coxa que ainda não havia sido maltratada.
ㅡ Sim, senhor. Gosto. ㅡ Me apressei em responder, tentando puxar meus pulsos da corda de modo inconsciente para que pudesse massagear o local dolorido.
ㅡ Gosta? ㅡ Ele deslizou o objeto lá outra vez, amenizando o ardor, e isso me deixou vulnerável.
ㅡ Sim, senhor. ㅡ Respondi com sinceridade, embora estivesse achando uma loucura que eu estivesse gostando de apanhar com um chicote, mas adorando demais da sensação para não deixar de me contorcer novamente na vontade de que Jungkook acariciasse minha coxa, ou que desferisse outra vez o couro em minha perna.
ㅡ Interessante... ㅡ Disse-me ele, enquanto saiu para longe de meu corpo, o que me deixou descontente. Porém, graças ao silêncio daquele quarto, pude ouvir o som de suas calças sendo retiradas e me contorci sobre a cama, juntando minhas pernas para pressionar minha ereção dolorida, mas paralisando elas quando seu corpo se aproximou outra vez, e então ele estava acima de mim e eu senti seu joelho nu tocar minha pele. Quase desmaiei.
ㅡ Abra os olhos, meu bem. ㅡ Finalmente Jeon permitiu. ㅡ Mas devagar, pois precisa aceitar a luz outra vez. ㅡ Lembrou-me e meu coração palpitou pelo seu cuidado sempre presente.
Abri os olhos vagarosamente, aceitando a luz como Jungkook havia me dito, e então o que vi me fez ficar assustado e um pouco muitíssimo excitado.
O corpo de Jeon estava totalmente descoberto, e seu pau grande demais apontava para mim de modo obsceno, me deixando mais excitado ainda, e ele segurava um... bastão em sua mão.
Minha respiração oscilou.
A sensação de medo e vontade de que Jungkook me fodesse com seu pau fez-me remexer necessitado demais sobre o colchão. Senti as cordas de contorcerem, assim como meu corpo, que foi emburrado mais para baixo na tentativa de tocar qualquer parte com o de Jeon.
Seu membro estava ereto e inchado, as veias saltando e o falo lubrificado pelo pré-gozo. Contorci meu corpo inteiro sobre o colchão e respirei com dificuldade.
ㅡ Fique calmo, meu anjo. Eu vou te foder gostoso. ㅡ Sorriu provocativo, os olhos faiscando de desejo para mim. ㅡ Isso é um bastão separador de pernas, e eu vou usá-lo para deixar suas pernas abertas para mim, okay? ㅡ Explicou seriamente, e eu assenti, quase choramingando de tesão. ㅡ Sim, senhor ㅡ percebi que devia dizê-lo quando Jeon pareceu esperar por uma resposta em voz alta.
Jungkook se posicionou aos meus pés e abriu os dois suportes de couro preto, encaixando-os em meus tornozelos logo em seguida. Senti um calafrio gostoso percorrer meu corpor quando olhei para cima, observando a corda, também preta, em uma amarração tão bem elaborada que se tornou bonita de alguma forma, a qual foi presa por outra corda que me prendia na madeira da cabeceira da cama. Me deparei com o espelho no teto da cama, observando meu corpo nu em seguida, e sentindo-me excitado demais para me lamentar por me ser tão feio.
Jungkook terminou de prender meus pés, sempre prestando atenção em todas minhas ações, e então se aproximou novamente. Achei aquele bastão transverso, abrindo minhas pernas de modo desabitual, um pouco engraçado, e isso foi refletido em meus lábios na mistura de um sorriso enlouquecido de tanto tesão e divertimento.
Então seu peito nu tocou meu peito nu, assim como nossas ereções se tocaram no mesmo momento, e eu gemi arrastado, sem me conter.
ㅡ Ah, por favor, Jun... ㅡ Implorei, sentindo que choraria a qualquer momento de tanta necessidade.
ㅡ Você é um bratzinho mimado, Jimin. ㅡ Ofendeu-me, e a satisfação que me preencheu quase me fez ficar louco. ㅡ Eu já avisei que não é para falar comigo sem minha permissão, mas você não entende. ㅡ Disse, e nem sei se descontente ou provocativo. Só sei que empurrei meu quadril outra vez contra o seu na tentativa de friccionar nossas ereções desnudas outra vez, vencendo na tentativa.
Recebi um rosnado de Jungkook, e isso me fez tentar fazer outra vez.
ㅡ Hoje não vou te punir porque preciso te foder com força, mas saiba que se deixei essa passar, a próxima não ficará impune, está me ouvindo, bratzinho mimado? ㅡ Apertou meu rosto com força entre suas mãos, enquanto ainda falava perto de minha boca. Me contorci para encontrar sua ereção outra vez. ㅡ Olhe em meus olhos e me responda, Jimin. ㅡ Um tapa fraco foi desferido em minha bochecha, e eu sorri deliciado.
Não respondi na esperança de levar outro tapa.
O desejo e a excitação febril misturada a dor é algo inexplicavelmente delicioso para mim.
ㅡ Você acha que estou brincando, não é? ㅡ Jungkook riu perigoso, e eu fiquei amedrontado de repente. ㅡ Acha? ㅡ Um tapa forte foi desferido em minha coxa onde levei uma chicotada.
ㅡ Não, senhor. ㅡ Falei entre um gemido de dor.
Poxa, esse doeu um pouquinho...
ㅡ Hum, mas parece que gosta de me insultar, ou estou errado? ㅡ Questionou, me deixando sem saída.
Choraminguei alto e me contorci de excitação.
ㅡ Me desculpe, senhor. ㅡ Manhei, sentindo as lágrimas involuntárias escorrerem pelas laterais de meu rosto quando meus olhinhos arderam, não de tristeza, mas de tesão. E medo.
ㅡ Eu vou te perdoar quando te foder bem forte, garoto. ㅡ Jungkook massageou a região em que desferiu o tapa, logo depois se esticando acima de mim para pegar algo. Acompanhei seus movimentos, curioso. ㅡ Acho que da próxima vez terei que te vendar para você deixar de ser tão bisbilhoteiro. ㅡ Repreendeu-me com um olhar ameaçador, e eu engoli em seco, olhando para seu rosto, sem ousar desvencilhar minha atenção dele.
ㅡ Me desculpe, senhor. Eu irei me comportar. ㅡ Falei, sentindo minha virilha fisgar quando Jungkook se sentou em meu colo. Gemi. ㅡ Jun... ㅡ Não consegui ficar sem choramingar.
ㅡ Cale a boca. ㅡ Ordenou calmo, enquanto vi seus dedos rodearem a tampa do lubrificante que escolhi quando fomos àquele estabelecimento juntos.
Ele abriu o mínimo vidrinho, derramando uma pequena quantidade sobre meu pau, e eu senti o líquido acalorá-lo mais ainda. Apertei meus olhos e puxei meus pulsos para baixo outra vez, falhando na tentativa de me desprender e usar minhas mãos para aliviar-me.
ㅡ Você é fraco e egoísta, meu bem. ㅡ Jungkook deixou o lubrificante em cima do pequeno móvel de madeira onde estava, então pegou meu pau em uma de suas mãos e começou a bombeá-lo para cima e para baixo. ㅡ Eu não deveria satisfazer seu desejo porque você só está pensando em si mesmo neste momento. Mas acho que devo lhe compensar pelas horas de ausência mais cedo. ㅡ Deslizou o polegar pelo falo rigo, e eu arqueei as costas pelo prazer crescente.
Entrei em desespero com o toque de suas mãos ágeis e quentes demais, macias como nuvem do céu. É tão delicioso que não contive um gemido alto que ecoou por todo o quarto, recebendo um olhar profundo de volta.
Eu não conseguia pensar em mais nada do que em meu alívio, mas fiquei mais necessitado ainda quando Jungkook pegou em seu próprio pau e com a mão suja de lubrificante, começou a bombeá-lo calmamente, de modo habilidoso.
Observei a cena de Jungkook com os joelhos sobre a cama, segurando seu próprio pau e gemendo contidamente enquanto fechava os olhos após me olhar em êxtase profundo.
E se eu achava que já tive a visão mais linda do mundo quando estava ajoelhado em frente a Jeon no seu escritório, eu estava enganado, pois a melhor visão que já tive em toda minha vida é a que estou tendo agora.
ㅡ Hm ㅡ Gemi, me contorcendo feito um louco a procura de alívio, enquanto me excitava mais ainda com a imagem perfeita de Jeon se masturbando em minha frente.
Jungkook se aproximou, deixando seu pau perto do meu, e começou a deslizar sua língua por meus mamilos, perdido no que estava fazendo. Então ele sugou um dos montinhos, o deixando duro e me fazendo remexer a procura de mais.
Ele o beijou, sugou e maltratou, e depois veio para minha boca, a tomando com a sua em um beijo agressivo, cheio de desejo e cobiça.
Eu quis arranhar suas costas e trazê-lo mais para mim, mas a única coisa que consegui foi puxar as cordas que prendiam meus pulsos na cabeceira da cama, sem conseguir fazer o que queria.
Sem mais delongas, Jungkook se voltou para trás, interrompendo nosso beijo em um estalo e fitando meus olhos como quem os lê. E eu pude ver, nos breus escuros e brilhantes, o quanto ele me queria. Pude ver e perceber a intensidade, pois era o que acontecia comigo neste exato momento.
Seu corpo se posicionou aos meus pés outra vez, e então ele segurou nas duas laterais dos bastões e a sensação de ter as pernas erguidas em um ato rápido, expondo minha intimidade mais íntima para alguém poderia ser constrangedor, mas não naquele momento, não com Jeon Jungkook me olhando como quem olha a pedra mais preciosa e delicada do mundo de modo minucioso e observador.
Ele se posicionou entre minhas pernas, e com uma de suas mãos colocou o bastão atrás de sua nuca, e com a outra empurrou seu pau contra minha entrada, que piscou para ele, resistindo e tentando expulsá-lo de mim. Me remexi mais para baixo, esticando ao máximo meus braços com a corda para alcançá-lo, mas Jungkook parecia querer brincar comigo.
Sua mão livre foi diretamente ao meu pau, começando a estimulá-lo devagar, enquanto ele pressionava sua ereção librificada em minha entrada, e então colocou a ponta. ㅡ Porra, Jimin... ㅡ Rosnou de prazer, observando o contato entre nossas intimidades quando eu puxei a corda com força, maltratando a pele de meu próprio pulso, e no momento seguinte, com cuidado, se empurrou para dentro devagar, gemendo quando a base encostou em minha bunda, e eu refleti o mesmo gemido em um misto de dor e tesão.
A sensação de Jungkook me preenchendo é enlouquecedora, e se eu pensava que estava sem controle, agora nem posso pensar mais porque meus pensamentos também estão fora de controle, assim como o último fio de juízo, então acabo por implorar: ㅡ Jun, mais, por favor... ㅡ Choraminguei, me contorcendo furtivamente.
ㅡ Já mandei calar a boca, caralho. ㅡ Repreendeu-me enquanto voltava e me penetrava mais uma vez. Palavrões saindo da boca de Jungkook é demais para meu psicológico aguentar.
ㅡ Ah... ㅡ Não deixei de gemer fino e arrastado quando ele me penetrou fundo pela terceira vez, atingindo um ponto dentro de mim.
A mistura da dor latejante pelos tapas que levei, juntamente com meu corpo à mercê de Jeon e o fato de que precisamos visivelmente um do outro me faz pensar que eu quero fazer isso pelo resto de minha vida, e não duvido dessa conclusão, pois no instante seguinte Jungkook começa a estocar mais rápido, entrando e saindo habilidosamente, e a dor que senti no começo já não está presente.
ㅡ Eu quero te foder com força, Jimin. E também quero te beijar. ㅡ Disse ele, os fios escuros grudados em sua testa suada. No instante seguinte suas mãos desprenderam as travas que seguravam o couro das laterais do bastão aos meus tornozelos e o ele foi deixado de lado, sinalizando que o bastão não funcionou muito bem entre nós.
Ele segurou minhas pernas ao lado de seu quadril e se afundou em mim, voltando a me beijar esfomeado e ofegante. Retribui seu beijo, não menos impreciso dele, sentindo as cordas sendo esticadas enquanto tentava tocar Jungkook. Seus dentes maltrataram meus lábios e me levaram ao paraíso.
Suas mãos fortes seguraram minha cintura de modo firme e ele começou a me foder mais forte, enquanto usou uma para me masturbar.
ㅡ Goze para mim, garoto. ㅡ Pediu, ou ordenou, mordendo meus lábios , os nossos gemidos se misturando de modo obsceno. As estocadas aumentaram o ritmo e o som indecente de nossas peles se chocando, juntamente com nossos gemidos altos, ressoava pelo quarto de modo que qualquer um que estivesse lá embaixo pudesse escutar, e eu me senti cativado pela possibilidade.
De repente meu corpo necessitou de mais, e eu tentei me empurrar mais rápido contra o pau de Jeon, que entrava e saía de mim sem pudôr algum, cada vez mais maltratando meu ponto sensível, e então todos meus músculos se contraíram e eu gemi alto e estridente quando arqueei as costas com a ajuda do braço firme de Jeon, sentindo a bomba de prazer se explodir por cada veia de meu corpo. Minhas pernas tremeram quando o gozo foi expelido para fora, sujando minha barriga.
Jungkook continuou a me foder com força, rosnando a medida que me estocava com força para prolongar meu orgasmo, até que depois de um gemido profundo e rouco, senti seu sémen me inundar, trazendo a sensação mais gostosa que já senti em minha vida, diferente de todas parecidas que já senti.
Ele tombou sua cabeça para trás durante o orgasmo e comprimiu os olhos de prazer. Respirei mais descontrolado ainda.
Então voltou a me beijar, desta vez de modo calmo, fazendo-me sentir uma dorzinha em meus lábios por terem sido maltratados pela mesma boca que me acaricia agora.
ㅡ Está tudo bem? ㅡ Questionou, desamarrando as cordas enquanto frizava toda sua atenção em meu rosto com sua respiração difícil, assim como a minha.
ㅡ Está tudo maravilhoso. ㅡ Sorri vibrante, me sentindo completo de alguma forma. Recebi um sorriso fraco de volta, e então percebi que Jungkook voltou ao seu trejeito usual e calminho de sempre. E eu consegui lhe tirar o juízo. É, talvez eu deva fazer uma lista das coisas que quero causar em Jeon.
Ele deixou as cordas de lado pacientemente e segurou meus dois pulsos, deixando um arco de beijos por onde elas rodearam, em cada um dos pulsos, e em cada beijo meu coração pulava de modo idiota.
Só depois de me desprender e cuidar de meu pulso, Jungkook se deitou ao meu lado, puxando meu corpo molenga para si. Deitei-me sobre seu peito de pedra, quase desmaiando de cansaço.
Sem perceber me relembrei do espelho acima de nós e observei nossos corpos sem roupas nele, percebendo o quão bem nós convidávamos. E com essa visão linda, cheiro de sexo e um corpo vulnerável a qualquer brisa suave, adormeci sobre o peito quente de Jungkook, recebendo um cafuné seu, concluindo que esse foi o orgasmo mais delicioso de minha vida, e que essa foi nossa primeira de muitas fodas que ainda teríamos.
E era isso, todo esse carinho e essa dedicação de Jungkook, e toda minha desobediência e rendição, era disso que percebi que nossa relação de dominação e submissão iria se tratar, e por um instante quis prolongar a sensação gostosa que invadiu meu peito pela eternidade.
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para quem quiser ver, segue a mídia de como imagino o separador de pernas que jikook usou, e o chicote vai para o capítulo Mídia, pois ele será importante mais pra frente
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