[04] On your feet

❄️

Voltei para sala depois de alinhar meu cabelo e calçar meus sapatos e me deparei com Jungkook ainda lá, no lugar onde estava, desta vez me observando. ㅡ Onde vai? ㅡ Questionou. Observei sua maneira sexy de se posicionar, meio inclinado, com as mãos dentro da calça social, e o pior é que ele nem faz de propósito.

ㅡ Para minha casa, oras. ㅡ Falei com sarcasmo, e então recebi um sorriso malicioso em minha direção, e fui eu quem fiquei confuso.

Por que diabos ele está sorrindo? Era para ele estar insatisfeito.

Seus passos lentos e calculados o aproximaram de mim até que seu corpo parou frente ao meu, quase nos unindo e me deixando nervoso.

ㅡ Não quer saber para que serve? ㅡ Encarou meus olhos, balançando algo no ar.

Desviei os meus dos seus e observei o que estava entre seus dedos compridos, vendo o anel esquisito e transparente entre eles. Era grande demais para ser um anel, e diferente demais para parecer algo que já vi em todos meus dezenove anos.

ㅡ Hm... Para que serve? ㅡ Perguntei, fingindo indiferença.

ㅡ Para prolongar o orgasmo do homem. ㅡ Disse, enquanto tombava sua cabeça para o lado e mordiscava seu lábio inferior, me olhando com malícia.

Fiquei desconcertado do mesmo modo que fiquei curioso, e provavelmente por isso talvez a careta que fiz tenha sido meio confusa.

ㅡ Ele é colocado na base do pênis para impedir que o esperma seja expelido ㅡ explicou, se aproximando um pouco mais e me deixando atordoado com suas palavras. ㅡ Quer experimentar?

Balançei a cabeça em concordância.

ㅡ Oi? ㅡ Questionei e balançei a cabeça em um não, completamente confuso.

ㅡ Ah, que pena... ㅡ Disse, se afastando de mim. Choraminguei por dentro.ㅡ A proposta está de pé para quando quiser ㅡ informou quando deu as costas para mim.

ㅡ Tudo bem. ㅡ Concordei, fingindo desinteresse. ㅡ Mas antes me diga algo ㅡ esperei que ele se virasse para mim.

ㅡ O quê? ㅡ Questionou quando me analisou.

ㅡ O que é brat? ㅡ Deixei meus olhos perdidos na cena em que o cara loiro que veio de Nárnia me disse isso.

ㅡ Bom, isso está nos planos em que pretendo te explicar depois, mas como estou de bom humor, vou ceder. ㅡ Disse convencido, e eu revirei os olhos. ㅡ Não revire os olhos para mim. ㅡ Falou em um tom de aviso que me causou calafrios gostosos.

ㅡ Sim, senhor. ㅡ Concordei automaticamente.

ㅡ Basicamente e de modo geral, Brat é o termo usado para caracterizar pessoas que não encontram prazer na submissão e tendem a gostar de provocar seus dominadores. ㅡ Explicou, perdido na explicação calma e engenhosa. E eu estaquei no lugar.

Então aquele loiro me identificou como um brat?

Fiz outra careta.

ㅡ Por que a pergunta? ㅡ Deslizou os dedos pela mesinha de centro, ajeitando as pedrinhas de enfeite e me olhando de soslaio, simultaneamente.

ㅡ Àtoa mesmo. ㅡ Respondi e me apressei para a porta, insatisfeito com aquilo, mas fui barrado enquanto mecanizava um jeito de abrir a porta.

ㅡ Não disse que passaria o dia comigo? ㅡ Jungkook apoiou a mão na maçaneta, cruzou as pernas e tomou o corpo de lado na porta, depois enfiou a mão livre do bolso e sorriu sugestivo para mim. Se eu fosse um cachorro eu teria feito xixi no chão.

ㅡ D-disse. No passado e no pretérito imperfeito. Mudei de ideia. ㅡ Sorri falso, meio nervoso, depois olhei para a porta esperando que ele a abrisse para mim.

ㅡ Sabe, acho que me enganei quando pensei que você tinha um submisso aí dentro ㅡ tirou a mão do bolso da calça apenas para deslizar o dedo indicador sobre o lado esquerdo de meu peito, circularmente. ㅡ Acho que você é um brat. ㅡ Provocou.

Acho que a careta que fiz entregou minha mágoa.

ㅡ Eu.não.sou.um.brat. ㅡ Pontuei, subitamente irado.

ㅡ Prove. ㅡ Me encarou com seriedade.

ㅡ Não preciso provar à ninguém o que eu sou. ㅡ Rebati e levantei as sobrancelhas em convencimento. ㅡ Eu sei o que eu sou. ㅡ Falei com tanta certeza que até me assustei.

Jungkook soltou uma leve risada nasal.

Ele riu?

Que filho da...

ㅡ Aceite meu acordo, garoto. ㅡ Me fitou com seus olhos opressores, como se soubesse que aquilo era o melhor para mim.

ㅡ Não. ㅡ Contrapús, cheio de certeza, e fiz um bico emburrado.

ㅡ Hm... Há condições que queira acrescentar de sua parte para que aceite? ㅡ Indagou, fingindo estar pensativo, mas não deixou de sorrir sugestivo.

ㅡ Sim, há. ㅡ O olhei falsamente inocente.

ㅡ E quais são? ㅡ Pareceu não esperar por aquilo.

Deslizei minhas mãos por sua regata, em cima de seu peitoral firme e bem marcado, lutando para me controlar e focar na provocação.

Jungkook pareceu surpreso.

Meu rosto ficou mais perto do seu, aproximando nossas bocas, mas desviei quando cheguei perto, rumando ao seu ouvido e sussurrei: ㅡ Me faça querer.

Me afastei de seu corpo e fiz menção para que ele saísse da porta.

No instante seguinte sua mão agarrou meu braço e seu corpo estava atrás do meu, me pressionando contra a porta. Senti minha bochecha ser resfriada pela madeira fria e a outra pegar fogo quando Jungkook aproximou sua boca de meu ouvido.

ㅡ Seus modos não me agradam, garoto. ㅡ Rosnou, o hálito quente roçando em minha derme. Sorri satisfeito por finalmente tirá-lo do sério. ㅡ Gosta de me provocar? ㅡ Sussurrou contra meu ouvido, pressionando sua virilha contra minha bunda, e fazendo a minha ser expremida contra a porta.

Ele já estava duro.

Acabei por perceber que, nossa, Jungkook fica excitado quando é provocado. Eu engoli em seco, afetado por ser eu o causador da ereção dura contra minha bunda.

ㅡ Gosto. ㅡ Respondi convencido, sorrindo malicioso.

ㅡ Eu também, pois assim poderei dar as devidas punições quando for preciso. E estou vendo que serão muitas. ㅡ Sorriu contra minha nuca, beijando ali, e logo depois senti seus dentes arranharem a pele sensível. Minhas pernas tremeram.

ㅡ Como tem tanta certeza de que vai poder fazer isso? ㅡ Questionei, ofegando quando suas mãos deslizaram por minha cintura e a apertou.

ㅡ Eu posso tudo, meu bem. ㅡ Respondeu com indiferença, girando meu corpo de repente e pressionando minhas costas contra a porta. Encarei seu rosto bonito e sorri extasiado quando ele deslizou as mãos por minhas coxas.

ㅡ Mas não pode me ter. ㅡ Ri convencido, encarando seus lábios rosados entreabertos.

ㅡ Oh, não? ㅡ O sorriso foi tão sacana que até seus olhos refletiram ele. ㅡ Então me diga que não está louco para que eu te foda, como parece agora. ㅡ Provocou assim que segurou meu quadril com suas duas mãos e moveu o seu, insinuando uma penetração contra meu volume, perfeitamente, como se dançasse o ritmo envolvente de uma música espanhola.

Fechei os olhos e suspirei, tatendo qualquer coisa atrás de mim para segurar.

ㅡ Não gosto que não respondam minhas perguntas, garoto. ㅡ Ameaçou, investindo sua virilha contra minha em um ato rápido e furioso. Eu gemi arrastado.

ㅡ Desculpe, senhor. ㅡ Murmurei, comprimindo os olhos de tesão quando ele voltou a estocar lentamente, movendo o quadril, naquele ritmo envolvente, enquanto apertava o meu tão sensível entre seus dedos fortes.

ㅡ Me responda. ㅡ Rosnou em meu ouvido, pressionando nossas ereções demoradamente.

Choraminguei baixinho pela necessidade.

ㅡ Estou. ㅡ Respondi, ofegante.

ㅡ Estou o quê? ㅡ Desceu suas mãos pelo meu quadril e apertou ali.

ㅡ Eu estou louco para que o senhor me foda. ㅡ Completei, me agarrando mais ao se corpo quando suas mãos que estavam em meu quadril deslizaram por minhas nádegas, as agarrando e me levantando para cima de modo que meu corpo ficasse apoiado na porta e minha bunda sob suas mãos.

ㅡ Bom garoto. ㅡ Sorriu malicioso, voltando a insinuar as estocadas, agora, com minhas pernas envolvendo seu quadril.

E juro que me arrependi muito de ter trocado as roupas, porque eu quis muito que aquelas estocadas simuladas fossem pele a pele quando ele encontrou nossos volumes completamente, e eu tive que cravar minhas unhas em sua nuca para ter certeza que ele sabia o que estava causando em mim, o que me fez saber, também, quando ele devolveu a dor em uma mordida em meus lábios, que eu estava causando algo profundo nele.

Logo senti seus lábios devorando os meus, me fazendo ficar cada vez mais excitado e envolvido, e por isso dei passagem para que sua língua quente e deliciosamente úmida encontrasse a minha, combinando perfeitamente em um beijo intenso e sôfrego às suas insinuações de penetração contra minha ereção.

Jeon moveu suas mãos para cima e me colocou no chão novamente, mas sem interromper o beijo, desta vez acariciando minhas costas e logo adentrando minha camisa, arranhando a pele sensível.

Porra...

Entrelaçei meus braços em seu pescoço e o trouxe mais para perto, esfomeado por seus lábios. Nosso beijo ficou ainda mais intenso e a necessidade de alivio cada vez mais insuportável.

ㅡ Me leve para o quarto. ㅡ Pedi, mas resolvi corrigir só para afagar seu ego. ㅡ Por favor, senhor. ㅡ Supliquei, mordiscando seu lábio inferior.

A respiração ofegante de Jungkook era música para meus ouvidos.

No momento seguinte Jeon deslizou suas mãos até minhas nádegas outra vez e me levantou facilmente. Entrelaçei minhas pernas em seu quadril e gemi baixinho quando senti nossas ereções se friccionarem pelo movimento brusco em que ele me tirou da porta.

Me agarrei ao seu corpo enquanto nos beijávamos e trocávamos caricias ㅡ com a boca ㅡ até o quarto e, quando adentramos o espaço bem iluminado pela luz do dia, Jungkook fechou a porta com o pé e eu interrompi o beijo furioso para arrancar a jaqueta e jogá-la longe, junto com meu celular, sem me importar com a chance de ele quebrar ou algo assim.

Jungkook me jogou na cama, colocando seu corpo acima do meu logo em seguida. Remexi meus próprios pés um contra o outro e arranquei meus sapatos, e em seguida abri minhas pernas para que Jungkook pudesse se encaixar ali.

Ele segurou meus dois pulsos com uma de suas mãos sobre o colchão, e eu retorci meu quadril, necessitado de mais um toque. Em seguida ele sorriu malicioso para mim, aproximado seu rosto do meu outra vez e encontrando nossos lábios novamemte.

Puxei o ar quando sua mão livre agarrou o osso de meu quadril para me empurrar forte contra o colchão e, no instante seguinte, sua ereção foi empurrada contra a minha, para me fazer gemer arrastado. Revirei meus olhos de prazer e tentei encontrar, ao meu lado, qualquer coisa que me dissesse que eu estava errado sobre achar que estou no paraíso.

Não encontrei nada que me dissesse isso, apenas uma pessoa nos observando, aparentemente surpresa, na sacada de um prédio do lado oposto do quarto em que estávamos, e Jeon me impulsionou mais para cima quando mordeu meu pescoço e marcou-o, vagarosamente, como se fosse experiente naquilo, e eu...

Espera, uma pessoa?

Em um supetão empurrei Jungkook para longe, me afastando repentinamente e ofegando, tentando recompor minha respiração alterada.

ㅡ O que foi? ㅡ Sua expressão inocentemente confusa quase me fez me arrepender de meu ato anterior.

Encarei a pessoa distante através do vidro, podendo identificar sua face assustada e desconhecida.

ㅡ Tem uma pessoa observando a gente. ㅡ Cochichei como se ela fosse escutar à uns quase trinta metros de distância.

ㅡ Eu sei. ㅡ Ele sorriu malicioso, me olhando com seus olhos escuros.

ㅡ O quê? ㅡ Perguntei incrédulo, ainda com a respiração ofegante.

ㅡ Vem. ㅡ Me chamou de volta.

Balançei a cabeça em confusão, mas fui.

Ajoelhei sobre o lençol, em sua frente, sentindo a ereção dolorida ser pressionada por minha calça apertada.

ㅡ Fique assim. ㅡ Ordenou, se levantando em seguida. Cada movimento seu era calculado e afeiçoado na calma.

Observei seu volume enorme.

Eu estava quase literalmente fodido...

ㅡ Agora olhe em meus olhos. ㅡ Mandou e eu o fiz, vendo eles brilharem em desejo. ㅡ Olhe como estão escuros de desejo por você, por seu corpo. Vê a necessidade que eles transparecem de que meu corpo precisa do seu? ㅡ Questionou atentamente.

ㅡ Sim, senhor. ㅡ Quase murmurei, hipnotizado por suas palavras itensas e pela satisfação de fazer Jeon ficar assim por mim.

ㅡ Então deixe que ela veja o quanto nossos corpos anseiam um pelo outro. Deixe-a ver como eu te tenho para mim. ㅡ Sugeriu, me olhando de cima e segurando meu rosto entre suas mãos grandes.

ㅡ Sim, senhor. ㅡ Respondi, inebriado.

Ele sorriu fraco, satisfeito e quase orgulhoso, então ordenou: ㅡ Olhe para ela. ㅡ pressionou seus polegares em minhas bochechas e moveu meu rosto para a janela transparente.

Observei a mulher, ainda nos observando.

Afinal, o que ela queria?

ㅡ Está vendo como ela está curiosa? ㅡ Perguntou de modo seduzente. ㅡ Agora levante-se. ㅡ Ordenou. E eu nem fui doido de desobedecer. Me levantei sobre o colchão mesmo, finalmente ficando mais alto que ele.

Suas mãos deslizaram pelo cós de minha calça e seus olhos fitaram os meus, pedindo silenciosamente para tirar.

Apoiei minhas mãos sobre as suas e as levei até os botões do jeans.

Ele os desabotoou, um por um, com calma e perfeição, e logo em seguida abriu o zíper, deixando que o tecido para então puxá-la para baixo, dela formasse um montinho em meu pés. Levantei minhas pernas para que ele tirasse-as.

Quando terminou, seus olhos fitaram os meus de modo cuidadoso.

Jungkook abaixou-se um pouco e aproximou seu rosto de minhas coxas, deixando leve três selares em uma, depois na outra. Eu estava muito sensível e cada toque seu refletia em meu volume, que pulsava necessitado em um misto de excitação e admiração por Jeon ser tão cuidadoso assim.

Olhei para os vidros transparentes, observando a mulher que nos observava, desta vez no vão da cortina. Sorri divertido pela situação, me sentindo mais excitado de um modo estranho.

ㅡ Eu adoro suas coxas. ㅡ Comentou Jungkook, fazendo meu coração disparar de modo idiota.

Não respondi nada, e nem acho que devia.

Ele deslizou suas mãos pela lateral de meu quadril e depois segurou a barra de minha camisa.

Levantei os braços e me inclinei para frente para que ele pudesse tirá-la.

Eu tinha vergonha de minhas gordurinhas horrorosas, então acabei por tentar falhamente tapar de modo desfarçado, com meus próprios braços, minha barriga exposta, depois que ele puxou a camisa e deixou-a cair no chão atrás de si.

ㅡ Oh, o que foi? ㅡ Observou meus movimentos.

ㅡ N-nada. ㅡ Repondi, envergonhado.

ㅡ Não gosta de sua barriga? ㅡ Questionou, fazendo minhas bochechas corarem.

Assenti devagar.

ㅡ É a mais linda que já vi. ㅡ Disse com tanto cuidado e certeza que meu coração palpitou outra vez.

Mas que droga estava acontecendo?

ㅡ Me dê sua mão. ㅡ Pediu, estendendo a sua para mim. Seus olhos, agora encantadores e inocentes, me olhavam com atenção e cuidado.

Talvez realmente fosse disso que surgiria uma relação de dominação e submissão. Desse cuidado que recebo e que tanto adoro, e também do medo gostosinho que sinto das ordens e comandos de Jeon. Eu gosto tanto de seu cuidado que meu coração até galopa no peito, assim como gosto do medo e do frio na barriga que me faz ter uma sensação crescente de adoração, não pelo medo em si, mas por saber que mesmo sentindo medo, ele vai estar ciente de que o medo que sinto é algo bom, e não ruim.

Segurei em sua mão com tanta confiança que senti uma expectativa ansiosa.

Ele caminhou até o outro ponto do quarto, me puxando devagar, e então parou de frente a um grande guarda-roupas.

ㅡ Abra. ㅡ Ordenou, ficando atrás de mim sem soltar minha mão.

Fiz o que me pediu, rolando a porta para o lado e me deparando com o meu reflexo horrível no espelho embutido, apenas coberto por uma boxer. Senti que iria broxar assim que meu sorriso ansioso morreu.

Eu gosto de meu corpo, mas apenas quando estava coberto por roupas.

ㅡ Olhe. ㅡ Disse suave, enquanto começou a beijar minha nuca, me arrancando arrepios, e deslizou seus dedos por meu abdômen.

Tentei olhar, mas não consegui de modo algum.

A vergonha que senti me fez ficar paralisado e finalmente me sentir impotente.

ㅡ Olhe, baby, por favor. ㅡ Jungkook pediu, mas infelizmente isso eu não era capaz de acatar.

ㅡ Eu não quero. ㅡ Contrapús e caminhei de volta para cama, me desvencilhando de seu toque para me sentar no edredom frio.

Observei o corpo lindo de Jungkook, ainda coberto pelas roupas e começei a chorar, me achando um idiota por acreditar que Jeon quer alguém com um corpo tão feio como o meu.

ㅡ Não chore, por favor. ㅡ Jungkook pediu, se aproximando de mim e sentando-se ao meu lado.

Ele me encarou cabisbaixo e enxugou uma de minhas lágrimas com seu polegar.

ㅡ Sabe, Jimin, antes de fazermos qualquer coisa, temos que amar tudo aquilo que somos. Se não fizermos isso, ninguém fará por nós. ㅡ Disse de repente, tentando me ensinar algo.

ㅡ Você pode amá-lo por mim? ㅡ Perguntei, segurando sua mão contra meu rosto molhado e tentando tapar um pouco de meus pneizinhos com meu outro braço livre.

Era constrangedor demais...

Recebi um sorriso adorável e carregado de carinho.

ㅡ Não como amor próprio, porque isso só você pode fazer. ㅡ Explicou. ㅡ Mas eu já o amo. ㅡ Meu peito aqueceu quando o sangue foi bombeado rapidamente.

Ele é estranho, mas diz amar meu corpo como se fosse algo muito precioso para ele.

ㅡ Ninguém nunca amou meu corpo. ㅡ Comentei, deixando uma última lágrima cair.

ㅡ Eu posso fazer isso agora. ㅡ Disse, com carinho, e enxugou a lágrima que caiu.

Sorri genuíno por sua fala.

Pensei em como seria estar aos cuidado de Jeon, entregar meu corpo e minha alma a ele.

É renovador saber que alguém pode amar você, digo, seu corpo, mesmo que sem nem conhecê-lo direito. E é disso que percebo que a dominação realmente se trata, amar o corpo de alguém que está à sua mercê, pronto para serví-lo do modo que quiser.

Eu estou pronto para servir Jeon Jungkook de corpo e alma.

Talvez fosse algo precipitado demais, mas a confiança que tenho nele acaba me fazendo dizer com toda certeza de mim, ciente de que o "me faça querer" já foi cumprido: ㅡ Jungkook, eu quero ser seu submisso. ㅡ Falei, com esperança que de isso mudasse, de modo importante, algo em minha vida.

Ele me encarou surpreso, mas ao mesmo tempo inexpressivo. No instante seguinte seu rosto foi iluminado por um sorriso que me contagiou e seus dentes de coelhinho ficaram à mostra de modo que me deixou maravilhado com tamanha fofura. Notei as ruguinhas em volta de seus olhos e suspirei, com o corpo dolorido por tanta beleza estar concentrada em minha frente.

ㅡ Isso é sério? ㅡ Questionou feliz, ainda com sua voz calma de sempre.

ㅡ Sim. ㅡ Dei de ombros e sorri abobalhado, ficando um pouco tímido, porém meu rosto perdeu a timidez quando ouvi o som familiar e identifiquei que era meu celular.

Busquei com os olhos para tudo que é canto do quarto e, quando me dei conta, Jungkook já estava parado em minha frente com ele.

É, seus sentidos são bem mais ágeis que os meus.

O olhei e ele sorriu fechado para mim, mas seus olhos estavam um pouco mais brilhantes agora, e gentis.

Olhei o visor e vi que era o número do hospital em que minha mãe faz tratamento. Em uma fração de segundo arregalei meus olhos e estaquei no lugar, sentindo um calafrio percorrer meu corpo como uma onda elétrica e gélida.

ㅡ Alô? ㅡ Hesitei, atendendo o telefonema.

Jungkook se sentou em minha frente e olhou-me com atenção.

Senhor Park Jimin? ㅡ Uma mulher questionou.

ㅡ Sim, sou eu. ㅡ Confirmei.

A senhora Park teve um problema no seu estado clínico ㅡ a moça pareceu medir as palavras. ㅡ O senhor poderia comparecer o mais rápido possível no hospital, por favor? ㅡ Ela pediu, e no instante seguinte eu senti meu corpo vacilar.

ㅡ Sim, claro que posso. ㅡ Falei, entrando em um desespero interno.

Estamos aguardando. Tenha uma boa tarde e até logo. ㅡ E então desligou.

Fiquei paralisado no lugar.

Eles nunca ligam desde que haja uma piora com consequências no quadro clínico de minha mãe. Da vez passada que ligaram, foi oara avisar que minha mãe havia tido uma quase parada respiratória. Senti meu peito ser afundado em angústia e medo.

ㅡ O que houve, meu bem? ㅡ Jungkook questionou, me reconfortando de alguma forma.

ㅡ Minha mãe... Ela... teve um problema. ㅡ Disse eu, perdido e atordoado.

Seja lá o que aconteceu, algo em mim dizia que era um problema dos grandes e isso estava começando a me atormentar.

ㅡ Vem. ㅡ Se levantou de repente, me deixando mais confuso ainda.

ㅡ Hm? ㅡ O olhei atordoado, sem saber o que fazer.

ㅡ Para o hospital. ㅡ Disse de repente, e em tom sério.

ㅡ Espera... Mas... Você vai? ㅡ Franzi a testa em confusão.

ㅡ Claro. Eu prometi que cuidaria de você. ㅡ Relembrou.

Sorri, mesmo angustiado, e me levantei, parando de frente ao seu corpo.

ㅡ Obrigado. ㅡ Agradeci e fui surpreendido quando ele tomou meu rosto em suas mãos grandes e selou nossos lábios em um selinho, sem segundas intensões e nem nada do tipo.

Aposto que meus olhos brilharam quando encarei os seus.

ㅡ Agora vista suas roupas. Precisamos ir. ㅡ Disse ele, se afastando gentilmente e pegando as roupas para mim.

É, acho que aquele acordo realmente mudaria minha vida para sempre, porque os sentimentos já estão totalmente alterados.


🐥


essa mídia é o anel peniano, anjos. até a próxima, beijo beijo e beijo :-*

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