2 - Acho que vi o futuro
— Você precisa contar a Steve.
Era a centésima, milésima, milionésima vez que eu ouvia Wanda dizer a mesma frase, com o mesmo pedido: contar a Steve sobre o que realmente aconteceu na missão "Caça ao Gostoso de Lata". — jamais iria me cansar desse apelido. — E, igualmente, pela centésima, milésima, milionésima vez, tentei explicar.
— Wanda, já disse a você. — Encarei seus olhos esverdeados. — Ele precisa de um tempo.
— Ele precisa de ajuda, Kira. — disse com o tom de voz um tanto alto. Ergui rapidamente a mão direita e depositei o dedo indicador em meus lábios, pedindo silêncio. — Imagine se fosse Pietro. Vivo, sozinho e completamente despedaçado desse jeito...
— Não coloque Pietro no assunto. — pedi, ainda tentando manter a calma. — Bucky precisa de ajuda, concordo, mas antes ele precisa querer ajuda. — Eu praticamente implorava com os olhos, mesmo sabendo que minha irmã veria tudo mais facilmente em minha cabeça. — Ele precisa de tempo... e se fosse Pietro, eu também daria esse tempo a ele.
Wanda cruzou os braços e virou o rosto, bufando, como sempre fez desde criança, quando algo a contradizia ou não a agradava. Revirei os olhos, estressada pela extensão da conversa, porém logo me recompus e caminhei na direção de minha irmã. Toquei seu braço gentilmente, abrindo meu melhor sorriso sugestivo.
— Aposto que esse novo complexo deve ter alguma garrafa de vinho por aí.
Havia três dias que a Central dos Novos Vingadores ficara pronta, ao norte de Nova York. Antes, um dos inúmeros bunkers de Tony Stark e posteriormente, uma instalação imensa, tecnológica, glamurosa e, com certeza, excepcionalmente cara. Nos mudamos havia menos de vinte e quatro horas e passamos todos os momentos organizando nossos pertences em cada um dos quartos, por conta disso, nenhum tempo para explorar o local. Wanda voltou a me encarar, mas estava desanimada.
— Ainda não terminamos de arrumar o quarto. — disse ela, afastando-se de mim e pegando um caderno em cima de uma mesa, toda bagunçada. — Você precisa organizar seus cadernos, seu lápis, canetas e seja o que for que tiver.
Os matérias que minha irmã citou são os que uso para desenhar. Desde pequena gostava de rabiscar imagens e silhuetas, então acabou virando um hobby, mas as vezes, era muito mais do que isso. Na maioria das situações, eu usava o desenho, a pintura, o artesanato e quaisquer atividades relacionadas como uma fuga, ou um porto seguro. Como se eu entrasse em um mundo paralelo, com uma realidade alternativa na qual eu poderia fugir de toda a dor, lembrança ou ansiedade que perturbasse minhas emoções.
Wanda voltou a colocar o caderno de volta a onde estava, logo direcionando seu corpo a cama de casal, enorme, que existia ali. Eu e Wanda decidimos ficar no mesmo quarto, já que estávamos acostumadas e preferíamos ficar na companhia uma da outra. Observei enquanto ela jogava seu corpo de qualquer jeito no colchão novo e macio. Não precisei senti-la para saber que algo a afligia.
— O que foi? — Sentei-me ao lado de onde ela estava deitada.
— Desculpe, ainda não estou bem. — Ela respondeu, encarando o teto. — E sei que você também não está, por mais que tente, e consiga, esconder.
— E é por isso que estou falando pra gente procurar algo que distraia a cabeça. — Tentei, miseravelmente. Wanda soltou uma risada desanimada.
— Não quero distrair a cabeça. — respondeu ríspida. — E Steve disse que amanhã será o primeiro dia de treinamento, então precisamos dormir cedo.
Fiquei em silêncio por alguns segundos. A falta que sentíamos de Pietro era como se um buraco houvesse sugado um terço de nossos corações, como se um órgão estivesse faltando e nossos organismos lutassem para sobreviver sem ele. Eu tentava, ao máximo, manter meu humor a todo tempo, porque além de sentir por mim, eu sentia por Wanda. Eu não suportava ver minha irmã destruída daquele jeito, então qualquer mísero sorriso que surgia em seus lábios, era uma vitória para mim.
— Wanda, eu quero te ajudar, mas como eu disse, é preciso querer ajuda antes. — Ela me encarou após a frase. — Deixe os materiais onde estão, vou dar uma volta e depois eu organizo.
Um singelo arrependimento emergiu em seus olhos, mas ela não respondeu, apenas balançou a cabeça em afirmação. Esforcei-me mais uma vez para sorrir minimamente para ela, depois inclinei meu corpo e depositei um beijo suave em sua testa.
Caminhei pelos corredores da instalação, e constatei que ela era muito maior do que eu imaginava. Stark devia ter nos dado um mapa, pensei enquanto parava meus movimentos e encarava os arredores.
— Não se preocupe, também demorei a me localizar nesse lugar.
Desviei meu olhar até um dos corredores apenas para ver a figura de Natasha se aproximando, com um sorriso pacífico no rosto. Ela não usava seu uniforme, e me perguntei se já a havia visto vestindo roupas sociais, comuns. Continuava extremamente bonita, não consegui deixar de encara-lá por inteiro.
— Estava procurando a cozinha. — Eu disse finalmente quebrando o silêncio momentâneo. — Ou qualquer lugar onde Tony guarde uma taça de vinho ou algo parecido. — Natasha ergueu uma sobrancelha.
— Parece que estamos indo ao mesmo lugar, então. — respondeu, virando seu corpo para seguir o caminho. — Vem comigo.
(...)
Uma garrafa de vinho já havia secado completamente, e a segunda tomava o mesmo rumo, enquanto eu e Natasha conversávamos e degustávamos a bebida, provavelmente muito cara. Na verdade, a "conversa" em sua maioria foi uma troca mútua e cada vez mais criativa de flertes e comentários sugestivos, e quanto mais alteradas, mais animadas ficávamos.
— Quando disse que se fosse me levar a algum lugar, não seria ao museu do Capitão América, aonde você quis dizer? — perguntei e logo levei outro gole de vinho à garganta, porém meus olhos continuavam fixos aos de Natasha.
— Posso te levar agora mesmo, se quiser.
Não foi preciso mais que uma singela troca de olhares para deixarmos as taças e a garrafa de vinho pela metade, e tomarmos nosso rumo ao quarto da ruiva. Durante o caminho, mesmo que eu estivesse levemente alterada, pude perceber que já era um pouco tarde, e provavelmente todos já estariam dormindo, mas simplesmente não me importei, e Natasha também não. Wanda faria várias perguntas no dia seguinte.
Ao chegarmos em seus aposentos, Romanoff trancou a porta ao entrarmos. Após, ela se aproximou e encarou profundamente meus olhos, com um sorriso sugestivo no canto dos lábios. Suas mãos subiram até minha cintura e deixaram um aperto delicado e ao mesmo tempo firme ali. Natasha não se movia como Bucky. Ao passo que os toques, as investidas e ações do Soldado eram selvagens e ávidas, a ruiva possuía e exalava pura sensualidade e suavidade de um jeito envolvente e atraente.
Não esperei nem mais um segundo. Levei uma das minhas mãos a nuca da mulher e puxei seu rosto para mais perto do meu, juntando nossos lábios de forma graciosa. Senti o gosto fresco de vinho que ainda circundava sua boca e língua, e ao passo que ela dava abertura, pude sentir cada vez mais seu corpo e o meu responderem ao desejo e prazer.
O que deixava tudo melhor, era o fato de que não estávamos presas a nenhum sentimento amoroso ou algo parecido. Para ambas era muito evidente que seria apenas um evento casual e a constatação apenas nos excitava mais. Era apenas uma distração, algo bom para focar a mente depois de tanta merda que aconteceu, e eu devia dizer, uma distração extremamente maravilhosa e viciante. Continuamos madrugada a dentro com o mesmo pensamento: muito provável que repetiríamos a dose, mas sempre como boas amigas.
(...)
Um pesadelo acordou-me no dia seguinte. A imagem de Pietro era nítida e ele bradava, desesperado, pedindo ajuda. Eu simplesmente não conseguia dar um passo, e a cada vez que eu tentava, mais parecia que ele estava longe, afastando-se para a escuridão e inexistência. Meu peito apertou-se como se quisesse me quebrar ao tamanho de átomos, minha respiração pesava a cada segundo e ficava cada vez mais difícil puxar o ar aos pulmões. Eu tentei gritar, chamar seu nome, mas era completamente inútil, não conseguia alcançá-lo.
— Kira. Kira, vamos lá, acorde!
Meu corpo deu um salto, e em segundos eu já estava sentada sob a cama, com Natasha ao meu lado, encarando-me de forma calma. Talvez ela tivesse seus próprios pesadelos, pensei ao inspirar profundamente.
— Desculpe, não quis te acordar. — Eu disse, encarando algumas roupas espalhadas pelo chão. Logo um sorriso quis emergir em meus lábios, fazendo-me esquecer por um breve momento do pesadelo.
— Tudo bem, eu já tinha acordado. — Ela respondeu. — Hoje é dia de treinamento, está quase na hora.
Respirei profundamente uma última vez antes de me levantar e vestir as roupas que eu usava no dia anterior, afim de passar em meu próprio quarto para trocá-las. Natasha terminou de colocar seu uniforme e saiu porta a fora apenas dizendo um singelo "te espero no treino". Fui logo em seguida após pegar do chão uma jaqueta fina que eu usava e pendurá-la em meu braço.
Ao sair do corredor, deparei-me com Steve, Thor e Tony, enfileirados e parados, provavelmente acabaram de ver Natasha sair, e suas expressões eram impagáveis ao me ver sair do quarto da ruiva logo em seguida. Abri um sorriso largo em suas direções, fazendo questão de olhar nos olhos de cada um.
— Barbie, já vai embora? — perguntei, ao perceber as vestimentas do loiro.
— É preciso, Lady Kira. — Ele respondeu formalmente, mas seu rosto carregava um semblante divertido. — Tenho assuntos a resolver. Mas prometo que quando eu voltar, deixo que façam uma visita a Asgard.
Não respondi, apenas sorri mais uma vez. Após, com um aceno de cabeça e um movimento com as mãos direcionados aos três, virei as costas e caminhei até meu quarto. Wanda vai me matar, pensei correndo para dentro do cômodo. Meu novo uniforme estava em cima da cama, e minha irmã encontrava-se parada ao lado dele, de braços cruzados e uma das sobrancelhas erguida.
— Bom dia, irmãzinha. — disse cínica, com meu maior sorriso no rosto. Os olhos de Wanda brilharam em um tom vermelho.
— Sério? Você não se controla? — disse ela após terminar de bisbilhotar minha mente.
— O que? Ela estava lá, eu estava lá, ela queria e eu queria. Pronto. — Dei de ombros, como se fosse a situação mais óbvia possível. E realmente era. Duas mulheres solteiras, traumatizadas e atraídas sexualmente uma pela outra, por que não?
— Isso estava no guarda roupa, junto com o meu.
Observei o uniforme de Wanda após sua fala. Era um corset e um sobretudo vermelhos com uma calça preta, e ao mesmo tempo que parecia confortável, era extremamente estiloso. Minha irmã estava linda e imponente. Sorri levemente, orgulhosa.
— Está linda, irmãzinha. — Aproximei-me e posicionei uma mão em seu rosto. Ela sorriu e revirou os olhos.
— Você é só vinte minutos mais velha que eu, Kira. — Eu sabia que ela diria isso.
— Continuo sendo mais velha.
Após minha fala, apressei-me em vestir meu próprio uniforme. Não era muito diferente do de minha irmã, mudava apenas na coloração e em alguns detalhes da costura. Enquanto Wanda vestia um vermelho escarlate ardente, eu vestia um verde esmeralda vibrante. Quem quer que tenha desenvolvido o design desses uniformes optou pelo caminho mais lógico para as cores, mas realmente ficaram ótimos, e extremamente confortáveis.
Ao terminar de me vestir, seguimos eu e Wanda em direção ao espaço onde o treinamento aconteceria, e após alguns minutos tentando decifrar o caminho, finalmente o encontramos. Steve e Natasha estavam posicionados lado a lado, esperando. Sam, Visão e Rhodes também estavam lá. Olhando assim, parecíamos um grupo implacável de super heróis, como se tivéssemos saído de histórias em quadrinhos, mas cada um ali carregava sua escuridão e inseguranças. Seria um longo treino.
UM ANO DEPOIS
Foi um ano muito proveitoso, eu diria. Os treinamentos estavam cada vez melhores, o rendimento e estratégia da equipe também. Trabalhávamos em união, quase como uma família. Cada um com suas originalidades e diferenças, mas com muito respeito.
Eu e Wanda conseguimos, também, aperfeiçoar e entender um pouco mais sobre nossas habilidades, mesmo que ainda sentíssemos que havia muito mais por trás delas... ou pelo menos eu sentia. Algo como uma intuição, um frio na barriga corria por meu corpo algumas vezes, mas eu ignorava. Um passo de cada vez.
— O que vai querer para o almoço? — perguntei a Wanda após o treinamento do dia.
Era um costume sempre almoçar junto de minha irmã, mas isso possuíamos desde pequenas. Éramos sempre eu, ela e Pietro, juntos, independente do que fôssemos fazer. A memória e a falta de nosso irmão ainda nos assombrava, e eu apostava que assombraria pelo resto de nossas vidas. Ainda tinha pesadelos com ele, com nossos pais, com as missões da Hydra, porém eu tentava engolir tudo ao acordar. Wanda era a única que percebia, mas ela sabia meus limites, assim como eu também sabia os dela.
Wanda acabou preparando o almoço naquele dia. Nos alimentamos entre conversas e assuntos variados, como estávamos acostumadas a fazer. Após, recolhi nossos pratos e talheres e caminhei em direção à pia, equilibrando tudo nos braços. Poder erguer coisas com a mente seria bom agora, pensei caminhando lentamente.
— Eu ouvi o que pensou, irmãzinha. — Wanda comentou, e pelo tom de voz, percebi que estava rindo divertida.
Eu fiz menção em responder, já estava com as palavras na ponta da língua, porém uma sensação anormal e inédita tomou conta de todos os meus sentidos. Praticamente lancei os pratos à pia quando senti uma pontada aguda em minhas têmporas, apoiando firmemente a mão no mármore gelado. Minha visão começou a ficar turva e a se esvair aos poucos. Arfei e pisquei algumas vezes, tentando voltar ao normal, mas a sensação apenas aumentava. Até que mais imagens apareceram diante de meus olhos. Mas não era a cozinha do complexo, nem nada parecido.
Eu estava parada em frente ao que parecia uma cidade. Havia uma construção imensa e majestosa ali, um palácio provavelmente, e parecia ser feita de ouro, ou algum material parecido. Aos arredores, as construções eram graciosas e tecnologicamente avançadas, era um lugar lindo, brilhante, arrebatador, poderia ficar por horas apenas observando todo aquele esplendor.
Olhei mais um pouco, para mais perto de mim. Eu estava em pé em uma ponte. Ela brilhava em todos os tipos de cores e parecia ser feita de vidro. Em baixo dela via-se um rio com uma borda, e além dela, o completo vazio. Estava totalmente entorpecida por toda a beleza e magnificência daquele lugar, e a energia que ele exalava era tão surreal, que abraçava meu corpo de forma maternal e confortável. Fechei os olhos e respirei fundo, apenas aproveitando tudo aquilo.
Mas ao abri-los novamente, tudo pareceu ir a ruínas. A todo lugar que eu olhava, o chão estava coberto de destroços e chamas consumiam o que quer que estivesse em sua frente. Encarei ao redor mais uma vez, assustada, devastada, e pude ver que não estava mais sozinha. Ao meu lado estavam Thor e mais duas pessoas. Uma mulher, segurava uma espada e sua postura era firme e imponente. Os cabelos castanho escuros voavam ao redor de sua cabeça.
Desviei meu olhar ao outro homem que estava lá. Ele estava ao meu lado, encarava-me fixamente, parecia que havia ternura em seu olhar, mas não tinha certeza. Eu conhecia seu rosto, lembrava-me dele nos noticiários quatro anos antes. Aquele era Loki, irmão de Thor, e algo na combinação de cabelos negros e olhos incrivelmente azuis me atraía violentamente. Eu não sabia explicar o que eu sentia exatamente, mas podia mergulhar em seus olhos de oceano a qualquer momento.
Pisquei os olhos novamente, e em nossas frentes estava uma mulher. Ela caminhava decidida, e parecia enfurecida ao conjurar duas espadas enormes em suas mãos. Um poder avassalador emitia dela, e por algum motivo encolhi os ombros.
Se tudo já parecia um caos, em mais um instante tornou-se pior que o inferno, ao passo que um gigante emergiu bem ao centro do que antes parecia um paraíso. Ele portava uma espada maior ainda, e todo seu corpo e arma pegavam fogo. Ele cravou a espada aonde antes estava o palácio de ouro enquanto dizia: "Eu sou a perdição de Asgard. O Ragnarok chegou".
Meu corpo foi ao chão ao passo que as imagens sumiam, e as figuras da cozinha do complexo voltavam a se fazer presentes em meu campo de visão. Pude ver Wanda ao meu lado, segurando delicadamente meu corpo. A tensão e preocupação de seus olhos eram quase palpáveis.
— Kira, merda, me responda, o que está acontecendo? — Ela perguntou, sua voz falhou com o desespero.
— Estou bem. — Forcei a voz para responder, ainda atordoada com tudo o que eu acabara de ver.
— O que aconteceu? Seus poderes estavam em volta de todo seu corpo. — Ela dizia, aflita. Esforcei-me para sentar, com a ajuda de minha irmã.
— Eu não tenho a mínima ideia. — respondi. Peguei uma das mãos de Wanda e a posicionei em minha cabeça. — Veja.
Wanda assim o fez, e logo vi a luz escarlate sair da ponta de seus dedos e preencher a coloração de seus olhos. Concentrei minha mente em tudo o que eu havia visto, e dois detalhes ainda estavam em grande evidência: os olhos azuis de Loki e a palavra que o gigante havia dito, Ragnarok.
— Foi muito real, parecia que eu estava lá. — disse após Wanda abaixar a mão. A confusão tomava suas feições por completo. — Eu acho que eu realmente estava lá, na verdade.
— Que lugar era aquele? Como você poderia estar lá? — Ela perguntava. Lentamente me ajudou a levantar do chão e a me sentar em uma das cadeiras da cozinha.
— Thor estava lá, e seu irmão também, então talvez fosse Asgard. — respondi, seguindo a lógica. Massageei minhas têmporas, que ainda encontravam-se um pouco doloridas.
— Ainda não estou entendendo. — Wanda disse de novo. Ela buscou um copo e o encheu com água, entregando-me logo em seguida.
Fiquei em silêncio por alguns instantes, enquanto tomava um longo e refrescante gole de água. As imagens do que eu acabara de ver surgiram de novo, e eu não conseguia explicar as sensações que tive enquanto estava imersa nelas minutos antes. Parecia real demais, concreto demais, eu estava realmente lá. Não sabia explicar, mas minha intuição gritava que sim, e logo uma possível explicação surgiu em minha mente. Mas era loucura, não era?
— Wanda... — chamei. Ela ainda não havia tirado seus olhos de mim por nenhum segundo. Ainda estava preocupada.
— O que foi? — Ela inclinou seu corpo, com a atenção completa em mim.
— Acho que vi o futuro.
—————————
Autora: Oi, marvetes, cá está mais um capítulo. Espero muito que tenham gostado.
Hoje vimos um pouquinho mais da personalidade da Kira né? Por conta disso, vou aproveitar pra desejar um feliz mês do orgulho lgbt pra vocês guerreiros, guerreiras e guerreires, muito amor e luz pra vcs!!
Deixem aquela estrelinha pra mim, por favorzinho, e fiquem a vontade pra comentar, espero que estejam gostando da nossa Kira! E caso queiram saber, ela se identifica como uma mulher panssexual, assim como eu!
Um bjin proceis♥️
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