18 - Você não é um monstro
⚠️Alerta gatilho: ansiedade, menção a tortura e violência⚠️
"E agora pegue minha mão, bela senhorita
Vamos desenhar sobre o mundo com um lápis
Coloque a meia-calça e o salto
Vamos brilhar nesta noite cinzenta
E, amor, ao seu lado, meu bem, ao seu lado
Eu morrerei como um rei"
(Morirò da Re - Måneskin)
Alguns dias haviam se passado, e mais uma vez encontrava-me acordando de manhã ao lado de Kira. Na maioria das ocasiões ela acordava antes de mim, mas dessa vez foi o contrário. Observei seu rosto um pouco tenso enquanto dormia, e preocupei-me com o tipo de pesadelo em que ela estaria participando no momento.
Eu sabia de seus pesadelos, e depois de eu ter dito aquela completa idiotice sobre o irmão dela, a culpa e remorso sempre martelavam meus sentidos quando eu presenciava suas crises de ansiedade, ou então seus inúmeros pesadelos. Eu sabia que o assunto "Pietro" era completamente delicado, e mesmo assim tive a audácia de tocar profundamente em sua ferida.
Pensei que depois daquela briga, ela simplesmente iria mascarar qualquer resquício de raiva minha apenas com seus comentários sarcásticos, picantes e insinuantes, e após isso, terminaríamos na cama, acordados a noite inteira como sempre fazíamos.
Mas daquela vez eu havia ido longe demais.
Vê-la indo embora, com a expressão do rosto exausta e chateada, revirou meu estômago de forma extremamente incômoda. Queria poder correr atrás dela e fazê-la esquecer do que eu havia dito, mas meu constrangimento e orgulho falaram mais alto. Lembrei-me da última vez que falei com minha mãe antes que fosse assassinada, e havia sido do mesmo jeito; uma discussão.
O que me encaminhou até o quarto de Odin fora o completo e mais angustiante remorso que existia em todo meu ser — corroía todo meu interior e destroçava cada pedaço ainda existente do meu coração — enquanto a bebida fora uma anestesia acompanhante, mesmo que a dor e a raiva apenas aumentassem a cada gole.
O que me fez desviar a atenção para Kira novamente foi o sobressalto que seu corpo deu sob a cama, sentando-se no colchão, enquanto buscava o ar de forma desesperada e afoita. Ela encarava os arredores de forma atordoada, como se tentasse reconhecer onde estava. Seus olhos, antes mágicos e enérgicos, carregavam o mais puro medo, angústia e... raiva. Sim, eu via raiva ali.
Chamei seu nome algumas vezes enquanto me apressava para segurar seus braços, na tentativa de trazê-la a realidade e acalma-la. Ela se debateu algumas vezes, ainda com a respiração pesada e expressão tensa, mas depois de finalmente fixar seus olhos nos meus, parou os movimentos e piscou algumas vezes.
— Foi apenas um pesadelo. — disse, posicionando uma das minhas mãos em seu rosto. O contato de sua pele macia e quente com a minha causando-me as melhores sensações.
— Loki... — Sua voz saiu em um sussurro, chamando meu nome como se confirmasse que era realmente eu ali.
Acenei positivamente com a cabeça, puxando seu corpo até o meu de forma gentil. Ela não resistiu, apenas aconchegou sua silhueta na minha, apoiando a cabeça em meu peito. Pude sentir sua respiração acalmar-se gradativamente.
A única coisa que fez com que se afastasse foi o pequeno susto que levou no momento que Sari entrou no quarto de forma bruta e um tanto desesperada. Eu até acharia estranho uma tigresa saber abrir portas, porém estamos falando de uma Sari. Ela poderia fazer qualquer coisa... certo? De qualquer forma, não tive tempo para pensar, já que o animal chegou perto de nós em instantes, checando a mulher em minha frente de forma frenética.
— Está tudo bem, foi só um pesadelo. — Kira disse, provavelmente respondendo a algo que a tigresa possa ter perguntando em sua mente. — Você viu também, não viu?
Kira suspirou profundamente após alguns segundos, e levei aquela pausa e reação como um "sim". Minha expressão provavelmente estaria um tanto cômica naquele momento, já que Kira soltou uma risada fraca ao voltar a me olhar. Ergui uma sobrancelha, esperando que dissesse alguma coisa.
— Apenas mais uma das minhas inúmeras e fodidas memórias. — disse ela, forçando um sorriso sarcástico nos lábios, porém eu sabia que a dor que ela sentia era muito maior do que mostrava.
— Eu sei como são... e o peso que carregam. — falei alguns segundos depois, buscando passar minha compreensão com meu olhar. Sari já havia subido na cama e deitado ao nossos pés naquele momento, como se fosse um gatinho pequeno.
— Quer me mostrar? — Kira perguntou, aproximando-se um pouco mais do meu corpo. Soltei uma risada nasalada.
— Acredite, você não gostaria de ver. — respondi, sentindo um arrepio percorrer todo meu corpo, dos pés ao último fio de cabelo. — Elas são...
— É. — Ela me interrompeu. — Eu sei como são... — repetiu o que eu disse mais cedo. — E eu consigo sentir. — Ela apontou para o meu peito ao dizer as últimas palavras. Fiquei em silêncio, ainda sentindo o pânico e horror que minhas memórias me causavam. — Não precisa me mostrar se não quiser. — Kira voltou a falar. — Mas pode me contar caso sinta-se à vontade.
Eu não precisei de nenhum segundo para perceber que eu confiava nela o bastante para me abrir ainda mais, algo que jamais senti com ninguém. O único motivo que me fez ficar em silêncio por algum tempo foi o quanto a figura de Kira me encantava. Desde o início me encantou, mas nunca quis admitir, e ainda tinha medo.
— O que você pensa sobre o ataque de Nova York? — perguntei, sem desviar minha atenção dos olhos mágicos da mulher. Ela deu de ombros enquanto pensava em uma resposta.
— Eu não sei. — Ela começou. — É só que... alguma coisa não bate. — Franzi as sobrancelhas esperando sua explicação. — Eu consigo sentir que você nunca quis e nunca gostou de ter feito tudo aquilo. — Tentei manter a serenidade, mesmo que todo meu interior revirasse por conta das lembranças. — E ao mesmo tempo, todos dizem que você é um psicopata. — Ela deu de ombros de novo, o que conseguiu arrancar um leve sorriso dos meus lábios.
— Bom, você está certa, como sempre. — comecei após limpar minha garganta com um pigarreio. — Nunca quis realmente invadir Nova York e controlar a mente de todos. — Fiz uma pausa, Kira semicerrou os olhos. — Na verdade eu mesmo estava sendo controlado. — Kira franziu as sobrancelhas mais uma vez, sua confusão era quase palpável.
— Controlado? Como assim?
— Depois que me perdi no espaço, após Thor destruir a ponte da Bifrost, fui encontrado por alguém. — Engoli em seco conforme as memórias e imagens retornavam como uma avalanche. — O nome dele é Thanos, e era... é, na verdade, a criatura mais influente do universo. — Mais uma pausa, mais um aperto no peito. — Ele possui o maior exército da galáxia, e é temido por todos que o conhecem. — Não consegui mais olhar para Kira naquele momento. As memórias faziam com que eu me sentisse sujo. — Ele me mostrou essa influência... de todas as maneiras possíveis.
Fiz mais uma pausa, dessa vez um tanto quanto longa. Sentia minha cabeça começar a latejar ao mesmo tempo que meu peito se contraía em raiva e angústia. Tensionei o maxilar, tentando controlar aquela onda avassaladora de sentimentos e gatilhos que tomava conta de todo meu interior de forma violenta.
Fechei os olhos, ainda sem conseguir olhar para Kira novamente, sentindo toda a repulsa pelo que fiz e pelo que presenciei. Minha mente, minhas emoções e meu coração estavam em pedaços, por mais que eu não demonstrasse. Por esse motivo e outros recebi o tão famoso título de "Deus da Mentira". Um trapaceiro, sujo e sorrateiro. Mas o que todos não sabiam era que eu apenas escondia todos os meus pesadelos em baixo do personagem que foi criado para mim. Um personagem que sequer inventei, e que não me orgulhava, porém, havia se tornado tão confortável quanto rotineiro.
O que me trouxe de volta ao mundo real foi sentir a pele quente da mão de Kira tocar gentilmente meu rosto. Abri os olhos novamente, procurando pelos seus, para que eu pudesse sentir todo o conforto e magia que eles me proporcionavam. E lá estava ela, linda, majestosa e enérgica, encarando-me de volta.
— Não se afunde nisso. — disse ela enquanto erguia a outra mão e depositava do outro lado do meu rosto. Respirei profundamente, buscando mais um pouco da energia que me faltava em seus olhos e seu toque, antes de voltar a falar.
— Thanos me manteve preso por algum tempo. — Voltei a dizer. — Não sei dizer quanto, mas para mim, pareceu a eternidade. — Percebi apenas naquele momento, que além de Kira, Sari também prestava atenção, ainda deitada na cama aos nossos pés. — Fui torturado, de muitas maneiras possíveis, e Thanos apenas parava quando conseguia me apagar por completo. — Mais imagens, mais angústia. — Era cada vez pior, já que meu corpo começava a se acostumar, portanto, cada vez demorava mais, ao ponto de eu implorar aos Deuses para que eu perdesse minha consciência o quanto antes...
— Não precisa continuar com detalhes. — Kira apressou-se em dizer ao perceber e sentir o tamanho da dor que aquelas palavras me proporcionavam. Agradeci silenciosamente ao balançar a cabeça de forma afirmativa.
— Thanos enfim conseguiu encontrar o famoso cetro que usei durante o ataque. — continuei, após respirar profundamente mais uma vez. — Conseguiu o que queria finalmente: um idiota que fosse o culpado para que alcançasse seu objetivo. — Uma raiva quente consumiu meu ser naquele momento. — Como sabe, não deu certo, já que os Vingadores conseguiram me impedir. — Dei de ombros, desviando meu olhar do dela mais uma vez. — Hulk acabou comigo como se eu fosse uma boneca de pano. Foi quando conseguiu acertar minha cabeça e me trazer de volta a realidade, sem a influência de Thanos e da Joia da Mente. — disse as últimas frases revirando os olhos, já que a memória do gigante verde e idiota ainda me envergonhava ao mesmo tempo que me dava nos nervos.
Encarei Kira de novo ao perceber que ela segurava uma risada. Revirei os olhos mais uma vez e bufei, percebendo infelizmente que meu querido irmão poderia ter contado a ela sobre o ocorrido.
— Desculpe, Thor me contou. — disse ela finalmente soltando a risada, confirmando minha teoria.
— Imaginei. — disse desviando meu olhar mais uma vez.
— Sabia que meus poderes surgiram da Joia da Mente? — Kira perguntou, após cessar a risada. — Ou então a Joia os desativou, não sei dizer com certeza. — Ela franziu o cenho e encarou algum ponto aleatório, enquanto contorcia o nariz. — Só sei que eu e meus irmãos nos voluntariamos pra uns testes, e foi assim que Pietro ficou veloz pra caramba e Wanda e eu nos tornamos algum tipo de bruxa. — concluiu, de forma rápida e aflita, algo que ela sempre costumava fazer ao explicar alguma coisa.
— Pelo menos não foram controlados pela Joia. — Ergui uma sobrancelha enquanto falava com o tom de voz irônico. Kira sorriu antes de ficar alguns segundos em silêncio.
— Não. — disse ela. Pude ver o brilho de seus olhos sumindo gradativamente. — Pela Joia não, realmente, mas pela Hydra sim.
Suas próximas palavras foram a explicação sobre a organização Hydra, que inicialmente nasceu na Alemanha nazista durante a segunda guerra mundial. Os humanos são mesmo patéticos em alguns aspectos, mas mantive esse pensamento para mim enquanto ela explicava, com inúmeros gestos de mãos e palavras rápidas. Seu jeito afobado era sempre presente.
— Bom, acontece que depois de Steve jogar o avião no mar, a Hydra continuou até recentemente, e eu e meus irmãos nos voluntariamos a fazer parte de alguns experimentos com o seu cetro, o qual continha a Joia da Mente, mas não sabíamos disso inicialmente. — Ela continuava o discurso, e se estivesse de pé, andaria de um lado ao outro incansavelmente. — Recebi meus poderes, e no instante em que despertei com eles, senti como se devessem estar ali. Como se fizessem parte de mim e como se eu os carregasse durante toda minha vida. — Ela fez uma pausa, encarando as mãos.
Enquanto ela fazia alguns movimentos com os dedos, pude notar uma luz verde esmeralda tomar conta de suas falanges. Não fiquei surpreso, conhecia a magia há mais de mil anos, mas quando era ela, quando era Kira... havia algo a mais. Energia, ela sussurrou ainda encarando os dedos, antes de voltar a me encarar.
— Pierce, um dos líderes, ao perceber que eu havia "estabilizado" meus poderes mais rapidamente, começou a me enviar em missões. — Kira trincou o maxilar, sua voz começara a soar mais séria e seus gestos contínuos com as mãos diminuíram. — No início, eu servia apenas como isca, ou como um transporte rápido por conta dos poderes. — Mais uma pausa. Percebi os nós de seus dedos tencionados ao juntar as mãos. — O Soldado Inv... Bucky, fazia todo o trabalho sujo.
A menção do nome agitou meu interior singelamente, algo que sempre acontecia quando Kira trazia aquele homem na conversa, ou quando eu via seu rosto em forma de desenho no caderno da mulher. Engoli em seco tentando disfarçar, e não saberia dizer se Kira havia percebido ou não.
— Mas depois, conforme ouvia mais e mais mentiras, sobre como eu estaria ajudando o mundo, ou sobre como aquelas pessoas a quem eu ajudava a capturar e a... — Uma pausa, uma aflição. — Eles diziam que eram más pessoas. — Kira balançou a cabeça de forma negativa, com os músculos, agora do corpo inteiro, tensos. Percebia sua respiração pesada a cada palavra.
Kira permaneceu em silêncio, dessa vez por um período maior de tempo. Pensei em dizer ou fazer algo, porém aquele era o momento dela, o tempo dela. Sari pareceu perceber a mesma coisa que eu, já que a única ação que fez foi deitar a cabeça no colchão, em cima de suas patas dianteiras e encarar Kira com carinho.
Ela suspirou profundamente e fechou os olhos, levando uma das mãos ao peito. Ansiedade. O sentimento a seguia por todos os cantos e dilacerava seu coração e sentido aos poucos, e aquilo acabava comigo. Não me importava com ninguém, fazia o esforço para não ligar, mas era Kira... Com Kira era diferente, odiava vê-la daquele jeito.
— Eu também matei pessoas, Loki. — disse ela finalmente, encarando mais uma vez meus olhos. — Mas depois de todas as mentiras, as manipulações, eu realmente acreditei que estava fazendo o certo. — Notei uma lágrima se formar em um de seus olhos. — Eu me senti bem, e isso é o que mais me assombra.
Permaneci alguns minutos apenas encarando seus olhos, tentando fazer o que ela sempre fazia por mim: transmitir toda a força e energia de que ela precisasse. Vi a lágrima escorrer em seu rosto, e em um movimento involuntário, ergui meu braço e sequei seu rosto de forma delicada. Kira se inclinou sob meu toque e lançou mais um olhar em minha direção, como se agradecesse.
— Em uma das missões com Bucky, quase matei Nick Fury ao explodir seu carro. E antes de me juntar aos Vingadores, tentei matá-los. — Ela comentou, ainda com pesar. — Ainda bem que não deu certo. — Um leve divertimento havia voltado a emergir em sua expressão, o que me deixou mais aliviado.
— Não se esqueça de que eu tentei igualmente acabar com os Vingadores, e Fury estava no meio. — falei, e sorri ao ver que Kira soltou uma risada nasalada, divertida.
— Pelo menos consigo tirar algumas poucas coisas boas de todas essas memórias. — Ela disse mais uma vez, dando de ombros, tentando esconder o quanto nossa conversa havia sido profunda e verdadeira como nunca antes.
— E por coisas boas você quer dizer o tal de Bucky? — Pronunciei o nome do Soldado de forma um tanto venenosa, sem conseguir esconder mais um incômodo em meu interior. Kira ergueu uma sobrancelha e semicerrou os olhos.
— O que é isso? Ciúmes, majestade? — perguntou, intrigada e dessa vez com um sorriso enorme e presunçoso nos lábios. Franzi as sobrancelhas.
— Ciúmes? De você? Me poupe. — respondi enquanto revirava os olhos. Voltei a encarar Kira quando ouvi sua risada alta e bem humorada. Sari também pareceu se divertir, já que abanou a cauda de maneira animada.
— Tá tudo bem, Branca de Neve, não conto pra ninguém.
Mais uma vez revirei os olhos e bufei, desviando o olhar para algum ponto que não fosse a expressão irritante de Kira. Me importava com ela, sim, e me encantava com ela a cada dia, mas ela continuava irritante.
— Loki. — Ela chamou, com a voz mais calma, porém ainda mais leve que antes. Encarei seus olhos, perdendo-me neles mais uma vez. — Você não é um monstro. — Sua frase repentina me deixara sem palavras, do jeito que apenas ela conseguia fazer.
Ela não me deu tempo de pensar em mais nada, apenas puxou meu rosto de forma delicada até o seu e depositou um longo e quente beijo em meus lábios, transcendendo todos os meus sentidos e emoções mais uma vez. Aproveitei o momento, como sempre fazia a cada toque.
(...)
Como sempre, continuei meu dia quase todo separado de Kira, já que ela dividia seus afazeres entre tentar ler aquele livro antigo, — que apenas havia nos levado a caminhos sem saída até o momento — treinar com Sif e tentar fortalecer a conexão com Sari.
Terminei de fazer qualquer coisa que Odin precisasse fazer, e caminhei até o quarto de Kira. Já havia se tornado um costume nos reunirmos a noite e passá-la inteira juntos, tanto dormindo quanto nos divertindo com algumas outras ações. Mas quando abri a porta, encontrei a figura de Kira sentada na cama, rígida e petrificada, com a expressão mais horrorizada que pudesse existir no universo. Ao seu lado estava Sari, que possuía também a total atenção dos olhos de Kira.
Nem a tigresa, nem a mulher haviam percebido minha chegada, apenas continuaram com os olhares fixos uma na outra. Quando estava prestes a interferir, o corpo de Kira reagiu. Ela puxou uma enorme quantidade de ar para os pulmões enquanto piscava os olhos diversas vezes, como se acordasse de um transe. Seu olhar ainda possuía o mais puro horror.
— Kira? O que aconteceu? — perguntei ao fechar a porta rapidamente, aproximando-me da mulher.
Ela me encarou imediatamente, e em seus olhos azuis esverdeados pude ver a perplexidade, a agitação e principalmente a tristeza. Franzi o cenho e me ajoelhei em sua frente.
— O que aconteceu? — Repeti a pergunta, depositando uma das minhas mãos em seu braço.
— Bryndís... — Ela começou dizendo. A voz era aflita e sussurrada. — Sari me mostrou tudo, a conexão está finalmente completa. — Sua voz aumentava de volume a cada palavra. Em um movimento desesperado, ela puxou a minha mão que estava em seu braço e colocou em seu rosto. — Veja. Veja tudo.
Esperei alguns segundos, pedindo novamente a permissão que ela já havia me dado, e ao procurar pela mente de Kira, surpreendi-me com o que vi. Finalmente tudo veio à tona, junto com as minhas memórias e lembranças sobre o assunto. A verdade sobre Bryndís, Deusa Esmeralda, havia sido encontrada.
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Autora: OOOIII GENTE, EU SUMI EU SEI! me perdoem, mas cá estou e com um capítulo maiorzinho, cheio de conversas e revelações, e estou animada SIM pq no próximo capítulo vcs vão descobrir TODO o mistério envolvendo a Bryndís, eu PROMETO!!!
Não me matem por terminar o capítulo assim, por favor kkkkkk
Bom gente, acho que é isso, um Feliz Natal atrasado procêis e um MARAVILHOSO ano novo! que 2022 seja mil vezes melhor, e recheado de coisas boas pra vcs e pras suas famílias! Obrigada pela leitura esse ano, e vamo que vamo com Deusa Esmeralda em 2022, com uma novidade: TEREMOS SEGUNDA TEMPORADA SIM! Tô longe de terminar a primeira? Talvez, mas vai ter segunda!!!
Bjin procêis💚
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