Capítulo 25

Não sei ao certo quanto tempo eu dormi, mas foi um tempo suficiente para que Luke e seus dois parceiros tentassem invadir o local em que estávamos.

Kate assim como cada um de nós ali, estava extremamente cansada e acabou também pegando no sono.

E esse nosso silêncio foi a brecha perfeita para que Luke soubesse que estávamos dormindo e que seria o melhor momento para invadir...

***

Acordo no susto em meio a gritaria e barulho, demoro questão de segundos para entender o que estava ocorrendo, quando finalmente percebo que Kate está caída de um lado enquanto escorria sangue da sua cabeça, meu irmão estava caído um pouco mais distante de Kate com um leve ferimento na testa e um olho roxo enquanto Simon e Peter estavam batendo nos dois caras que estavam com Luke.

Luke ? Bem, ele estava vindo na minha direção com uma feição em seu rosto que demonstrava claramente raiva e nenhum pudor.

Meu reflexo é demorado, não só porque tinha acabado de acordar, mas também porque não há quase ou praticamente nenhuma iluminação no apartamento, portanto , não consigo desviar quando Luke dá um soco no meu rosto relativamente forte, mas não o suficiente para me apagar.

Instantemente caio no chão e ele segura meu cabelo com força e me arrasta pelo apartamento.

Estou tonta com o soco que acabara de levar e não consigo me desprender da mão dele, mesmo me debatendo.

Luke me carrega ate próximo da lareira e em seguida diz :

-Se você não tivesse feito tanta questão de vir para esse apartamento, para essa estúpida lareira, nada disso teria acontecido. Meus amigos estariam vivos, nós não estaríamos presos aqui sem poder ajudá-los ! Você não merece ficar viva enquanto eles estão mortos! -disse Luke enquanto apertava cada vez mais forte meu cabelo.

Depois de ter sobrevivido a um terremoto, uma tsunami, frio, fome , eu já estava mais do que ciente de que provavelmente não sobreviveria naquele momento.

Luke não era apenas um cara que estava com medo e desesperado, ele era uma pessoa ruim e que justificava suas atrocidades com motivos fúteis, como por exemplo , eu ter sido o motivo para que os amigos, se é que são mesmo os amigos dele, estarem mortos.

-Levanta ! Olha para mim, menina tola ! -disse Luke enquanto levanta meu cabelo e me puxava para cima, com o intuito de eu ficar cara a cara com ele.

-Você e seus amigos vão morrer e sabe o que eu vou fazer com o corpo de vocês ? Queimar! Isso não é genial ? Assim a lareira vai ficar acessa por mais tempo e se ela quiser apagar, eu ainda terei muitos corpos para não permitir que isso aconteça.

Nesse momento , cara a cara com o Luke, percebo que em seu rosto e em seus olhos não há nenhuma humanidade, nenhum ar comoção, compaixão. Luke não foi em nenhum momento uma pessoa boa, ele é ruim e sempre foi, com ou sem fim do mundo, porque naquele momento percebo que não é a primeira vez que ele faz algo ruim com alguém.

-Você vai queimar, Clary. -ele diz e em seguida cospe na minha cara.

A pior atitude que ele poderia ter tomado foi me levantar, porque assim, além de eu ter percebido tudo a minha volta , eu também pude dar um chute entre as suas pernas, fazendo com que ele me soltasse na hora.

Sem pensar duas vezes pego um abajur que está do meu lado em cima de uma mesinha e acerto em cheio sua cabeça e enquanto ele cambaleava para trás pego um pedaço de metal que encontro no chão e acerto ele mais uma vez na cabeça, fazendo com que caia para trás bem em direção à janela.

Dessa maneira o corpo de Luke despenca do último andar do apartamento até bater em algo coberto pela neve do lado de fora do apartamento.

Minhas mãos estão tremendo, tem um pouco de sangue respingado do Luke no meu rosto.

Olho para Simon e Peter e percebo que ambos estão bem, apesar de alguns leves ferimentos por conta da briga com os dois outros caras.

-Estão mortos? -pergunto ao Simon e a Peter, me referindo aos dois caras caídos no chão, enquanto limpo o sangue do meu rosto e controlo a vontade de vomitar.

-Sim, estão, assim como o Luke . -respondem eles em coro.

-E o que faremos com esses corpos ? Jogaremos pela janela? -perguntei nervosa com toda a situação.

-Exatamente isso que faremos. Porque se eles acordarem, vão matar a gente. Não vejo outra opção sem ser essa. -respondeu Peter por fim de maneira tensa e assustada.

***

Algumas horas se passaram desde que toda essa situação ocorreu.

A janela do apartamento que estávamos, estava completamente quebrada, isso significava que o frio e o vento adentravam o local com tamanha facilidade e nem mesmo a lareira era capaz de nos aquecer , nem muito menos manter o fogo dela acesso.

Por esse motivo, juntamos todos os nossos pertences e caminhamos até o saguão do apartamento, que na nossa opinião era o local menos frio e ali nos restabelecemos, cuidamos dos ferimentos em cada um de nós da melhor maneira que conseguíamos, com os recursos que tínhamos.

A essa altura não tínhamos como nos comunicar com ninguém e nem saber sobre a tempestade.

Nenhum de nós sabia onde o rádio estava e estávamos cansados demais para procurar.

Diante de tudo isso, o que nos restava era aguardar, era nos manter juntos, o máximo possível aquecidos e bem...

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