5.Aproximação

Ainda custo a acreditar que realmente existe um lugar assim no submundo, tudo é tão frio que até mesmo os deuses tremem e ao mesmo tempo é belíssimo.

-- Vamos Dália, precisamos passar por dentro das geleiras se quisermos chegar na cidade. -- Beelzebub me despertou do meu fascínio e agora só consigo imaginar como raios Sn quer ir para outro lugar tendo tudo isso ao seu redor.

-- Será que Podemos parar no caminho eu nunca estive aqui antes? -- Acabei me abaixando um pouco colocando as mãos em meus joelhos e meus fios caíram para frente, toquei o gelo lentamente sentindo a frieza em minha mão e sorri, isso é uma delícia.

-- Depois princesa agora devemos ir. -- Deixei um sorriso escapar, por mais que seja um título que trouxe comigo e Sn fez com que todos adotassem ainda me soa diferente nos lábios dele.

-- Tudo bem. -- Ao me levantar senti minha cabeça girar um pouco antes de ir até ele, realmente preciso descansar. -- Voltamos a andar pelo local e conforme adentramos a geleira, a luz da lua vermelha que banhava as frestas da caverna refletiam no gelo, deixando o ambiente incrivelmente belo e eu nem pensei que isso fosse possível.
Continuamos andando e cada vez ficava mais frio e eu sentia meu corpo doer e minha respiração dificultar afinal estou usando um vestido branco meio opaco que Anúbis me deu, atravessamos tudo e mantive minha seriedade não é problema de ninguém o fato dos meus poderes me deixarem fraca, como se meu corpo fosse o de um mortal e principalmente, não é bom que saibam ou posso simplesmente ficar em perigo, quando chegamos ao fim havia um ser de pé sua pele era tão azul que me fez duvidar se podia realmente existir.

-- Sejam bem vindos regentes temporários. -- A deusa se curvou.

-- Despina não esperava vê-la aqui. -- A deusa possuía um sorriso tímido nos lábios. -- Por acaso seu pai sabe que está aqui?

Ela revirou os olhos.

-- Não seja um fofoqueiro lorde Beelzebub. Meu está ocupado demais governando o mar. -- Sorriu de maneira singela e como as geleiras estão instáveis vim colocar tudo no lugar.

-- E aposto que a imperatriz concordou com isso.

-- Não só concordou como me deu plenos direitos sobre essas funções, então estou as ordens. -- Coloquei minha mão sobre o ombro de Beelzebub e me aproximei.

-- Sou Dália, é um prazer conhecê-la.

-- Sei quem és a princesa que mora no castelo exilado irmã da Imperatriz do inferno. -- Assenti.

-- Bom, agora que já fomos apresentadas, poderia nos mostrar o problema, quero resolver o mais rápido possível. -- Ela concordou, a deusa puxou sua capa né seguiu pelo caminho seus olhos são idênticos ao do deus do mar, seus cabelos ruivos, andamos por todo o território que mais pareciam cavernas até finalmente chegarmos a um local praticamente inóspito, com dunas de gelo que mais pareciam montanhas uma paisagem coberta por neve com uma aurora boreal avermelhada em seu céu.

-- Bem-vinda as geleiras. -- Saudou e eu me pus a olhar mais de perto, ergui meu vestido e caminhei pela neve notando que meus pés não afundavam na superfície macia.

-- Aqui é belíssimo! -- Comentei levando-a sorrir. -- Pode me responder por que meus pés não afundam.

-- É simples, aqui é a punição para aqueles que sentem o peso de suas ações e conseguiram a redenção a sentença mais básica são mil anos e neles todos ficam abaixo dessa neve que só aumenta e são eles os obrigados a suportar todo o peso sem nunca descansar, padecer ou sequer respirar e ainda assim sentem o desespero da escuridão, da morte, do sufocamento e acima de tudo sentem seus corpos perderem a uma temperatura inumana todos os dias e seus sentimentos geram os alimentos dos córcomos. -- Por um instante senti pena e me afastei retomando ao lado de Beelzebub, o príncipe tocou em meus dedos fazendo com que eu prestasse atenção nele:

-- Não esqueça que o submundo é um local de punição. -- Sussurrou para que só eu ouvisse.

-- E qual é o problema? -- O lorde perguntou atraindo atenção da deusa:

-- Além da fuga constante dos córcomos, parecem que adquiriram resistência ao gelo, veja bem, essas criaturas terríveis ficam presas em uma cadeia de fogo, mas se a porta for aberta elas congelam e de alguma maneira isso foi superado o que não deveria já que estamos falando da ordem e da criação pelas mãos do soberano do inferno.

Me pus a pensar e observar ao redor, foi então que notei a mesma mancha preta que vimos nas plantações...

-- O que é aquilo? -- Mostrei para a deusa, já que Beelzebub sabia exatamente do que se tratava, ela olhou com afinco antes de tentar congelar e falhar.

-- Parece uma chama eterna, isso não deveria estar aqui. Por isso que os córcomos estão tão agitados.

O príncipe se aproximou observando de perto e suspirou antes de olhar para a deusa.

-- Peça a Hefesto que venha buscar, ele é o único que pode retirá-la daqui, não se preocupe com o Tour, eu mesmo mostrarei o local para Dália. -- Assim que a deusa assentiu e sumiu, ele se aproximou novamente, mais uma vez com um tubo maleável em mãos, recolheu uma amostra e invocou uma gárgula. -- Me informe tudo o que acontecer nesse lugar, responda somente a mim e fique camuflada.

E assim se afastou, eu o segui com algumas dúvidas em mente.

-- Príncipe, se essas chamas fazem parte da forja de Hefesto, ele está envolvido?

Beelzebub parou de andar antes de me olhar.

-- A coloração está envenenada, chamas eternas são em sua grande maioria azuis, vermelhas ou branca, não nesse tom de piche. Agora precisamos reconhecer o castelo e você ainda precisa aprender mais sobre as geleiras.

Concordei calmamente e pelo caminho passamos a conversar sobre as mais remotas e inaceitáveis possibilidades e a todo momento eu sentia um par de olhos a me espreitar.


[...]


Há muitas vantagens em não precisar dormir, principalmente quando se está no lugar mais frio que já existiu, porém, se o seu corpo necessita de um descanso isso se torna a maior das loucuras. Beelzebub levou o trabalho a outro nível de seriedade enquanto andamos pelo pátio, minha pele está completamente arrepiada e sinto meu coração disparar a cada momento, mesmo assim ignorei cada reação.
Beelzebub identificou outra falha de campo onde havia muitas rachaduras e sempre que chegávamos perto mãos pareciam sair de lá e eu respirei tranquilamente me afastando e compreendo que mais um dos locais da punição de gelo está em estado crítico, o príncipe pediu que mais uma gárgula ficasse de olho.

-- Acho que fizemos muito por esses dias. -- O príncipe comentou.

-- Dias? -- Indaguei confusa.

-- Sim, lady, foram cinquenta e seis horas de mapeamento com quatro pontos críticos fora toda a tensão que as geleiras está apresentando. -- Me explicou tranquilamente, conformei notei que não faltava muito para chegarmos ao castelo. Despina assim que nos viu veio em nossa direção agora usando um armadura em tom cinza belíssima, seus fios estavam presos em um rabo e notei que havia safiras espalhadas pelo traje, três para ser exata.

-- Que bom que retornaram inteiros, levá-los-ei até o quarto para descansarem, amanhã vemos o resto e podem partir antes do anoitecer. -- Sorriu e concordamos, Despina nos guiou pelos corredores gelados de seu castelo detalhando o local até parar em frente a uma porta de gelo com um símbolo dourado na frente e ao abrir tive que contemplar a beleza do quarto, apesar de ser um ambiente frio tudo indicava para uma morada comum, não é como o Castelo das punições que para chegar nele tem que atravessar uma ponte sobre o rio de lava e parando para pensar agora, sinto muita falta do calor do meu atual lar, principalmente com os meus poderes tão ariscos.


-- O jantar será em algumas horas. Espero que não se importem com um menu simples. -- Eu nem sei o que responder, afinal comida é comida e pensando desse jeito a deusa e o príncipe saíram, quando fiquei sozinha parei para pensar em cada problema que encontramos, Beelzebub acha que é uma conspiração por aqueles que estão insatisfeitos com as mudanças feitas por Sn e eu tenho certeza de que não é só isso, afinal de contas quem arquitetou tudo isso deve conhecer muito bem cada brecha do Submundo. Suspirei convencida de que utilizar meu poder seria a forma mais fácil de compreender e assim me sentei na cama, fechei meus olhos em buscas de ir até a consciência daquele a quem respondo e me criou:

"Tempo preciso falar com você." O silêncio bradou pela mais profunda escuridão sem as estrelas no universo, como se eu estivesse dentro dele novamente.

"NÃO HÁ O QUE CONVERSAR, VOCÊ FEZ SUAS ESCOLHAS E CONTANTO QUE CONTINUE CUMPRINDO COM SUAS FUNÇÕES NADA DO QUE SENTE É PROBLEMA MEU." A voz dele ecoou.

"Então por que meu corpo enfraquece cada vez que us..."

"EU NÃO LHE DEI PERMISSÃO PARA USÁ-LO EM BENEFÍCIO PRÓPRIO, SIM PARA CONTINUAR COM SUA EXISTÊNCIA. QUIS VIVER ENTRE OS DEUSES? CONSEGUIU, MAS NÃO PENSE QUE SUAS PUNIÇÕES SERÃO REVOGADAS OU QUE SEREI MISERICORDIOSO QUANDO VOCÊ MANIPULOU A TODOS, QUANDO SN DESCOBRIR O QUÊ VOCÊ FEZ, TORÇA PARA CONTINUAR VIVA E ATÉ LÁ CONTINUE COM A SUA VIDA."

Ele simplesmente desligou como se nunca tivéssemos nos falado e parando para pensar eu espero que ela compreenda, Sn vai dar à luz a uma menina muito poderosa e os celestiais temem que essa criança reivindique o lugar da mãe, porém somente o tempo sabe o que acontecerá em seu futuro já que tentou tirá-la da terra antes de saber da existência dessa criança e eu fiz o que tinha que fazer para estar aqui.
Respirei pesado tendo ciência de que provavelmente morrerei e me aproximei da lareira acesa e por mais quente que as chamas fossem minhas palmas jaziam frias e passei tanto tempo aqui que só ouvi as batidas na porta quando a maçaneta foi mexida.

-- Senhorita sou Ciclame, sua acompanhante. -- Eu me levantei encarando a garota de fios laranja trançados e olhos castanhos, sua roupa também consistia em uma bela armadura da cor de seus cabelos.

-- Muito prazer, sou Dália. -- Tentei sorrir de leve observando a curta reverência.

-- Eu sei que é, a senhorita e o príncipe são os regentes temporários. Se puder me acompanhar ficarei grata por lhe mostrar a sala de jantar, concordei e fomos em direção à porta, a todo momento Ciclame me informava a respeito do castelo, ela é bem comunicativa e prestativa também, quando chegamos na sala de jantar ela riu de leve. -- Aquela debruçada em seu príncipe é Prímula a acompanhante dele, infelizmente o irmão da Lady Despina está ocupado, então se lhe for desconfortável a visão pedirei que Prímula saia.

A princípio não entendi, até que vi como a semideusa tocava os ombros dele e o massageava sempre lhe oferecendo algo e tudo o que fiz foi arquear a minha sobrancelha, o príncipe é livre e desimpedido para fazer o que quer e com quem quiser.

-- Não se preocupe com isso. Podemos jantar se bem que não vejo lady Despina. -- Comentei.

--- Ela deve estar a galope. A lady sempre vasculha tudo antes de dormir e não esperem por ela, nossa comandante é mais propensa a luz da manhã. -- Comentou sorrindo e fui até a mesa, ao me sentar na cadeira olhei para Beelzebub que fez o mesmo:

-- Boa noite.

-- Boa noite, princesa.

-- Sou a semideusa Ciclame e aquela é semideusa Prímula, serviremos vocês por está noite e espero que apreciem o jantar simples planejado por lady Despina. -- Ao fim de suas palavras, a outra semideusa de cabelos brancos e armadura do mesmo seguimento acendeu velas na mesa e segurou a cúpula de uma das bandejas, levantou e sorriu para ele antes de desejar bom jantar e Ciclame fez o mesmo. O prato a mesa é peculiar, parece que tem cobrinhas laranjas e algas ao redor de algo que pareceu um ninho, nunca comi tão iguaria.

-- Despina mandou preparar um prato de frutos-do-mar, ela deve querer atrair a ira do próprio pai. -- Beelzebub deu uma garrafa.

-- E por que ele faria isso se as criaturas já estão mortas? -- Fiz o mesmo que ele e me surpreendi, essa comida está uma delícia!

-- Dália, além de camarões, aqui há lagostim e lula, Poseidon odeia que toquem nos frutos-do-mar, é como uma afronta direta e não iremos desperdiçar.

Concordei e assim continuamos a comer, quando acabamos as semideusas entraram agora trocar os pratos por pires menores com uma sobremesa de banana flambada deliciosa que eu conheceria até mesmo se voltasse para o corpo do tempo, já que Sn mandou fazer para mim uma vez.

-- Estava uma delícia. -- Degustei uma taça de vinho.

-- Que bom, a lady gostará de saber, se não precisam mais dos nossos serviços com licença. -- E assim saíram, eu aproveitei para tirar uma dúvida.

-- Escuta Beelzebub será que tudo o que vem ocorrendo aqui não é uma armação de um deus tão grande quanto Hades ou Zeus?

Ele me olhou alarmado, antes de se levantar e se aproximar:

-- Não devemos conversar a respeito de nossas dúvidas aqui, se acabou lhe acompanharei até seu quarto. -- Concordei deixando o guardanapo sobre a mesa e aceitando seu braço cavalheiro, Beelzebub andou comigo em silêncio até minha porta e eu agradeci beijando sua bochecha.

-- Onde é o seu quarto? -- Perguntei por curiosidade e ele ainda estava com o semblante meio corado.

-- De frente ao seu, seu precisar de algo, não hesite em me chamar. -- Assenti o observando se afastar. -- Tenha uma boa noite, Dália.

Meu sorriso mínimo falou por mim, que adoraria passar a noite com ele fosse conversando ou simplesmente observando seu belo rosto, sacudi minha cabeça antes de adentrar o local e fechar a porta, fui até o banheiro e após minhas higienes deitei na cama me cobrindo com as peles que serviam como um cobertor enorme e quentinho, tentei aproveitar desse calor que não funcionava de forma alguma até que consegui adormecer.


[...]


Parecia que passei uma eternidade me revirando quando, na verdade, meu corpo parece morto por tanto frio e nem mesmo a lareira está ajudando e pela primeira vez desejei ter o deus dos mortos aqui, será tão fácil pedir a Anúbis que me esquentasse devido ao fato de me deitar com ele, agora Beelzebub, fico constrangida só de pensar, no entanto, estou a caminho da porta de seu quarto.

Eu bati duas vezes antes de esperar por ele e mais uma caso não tenha escutado. O príncipe abriu a porta abotoando a camisa branca e desviei meu olhar.

-- Dália aconteceu alguma coisa? -- Mordi meu lábio inferior antes de tomar coragem para encará-lo:

-- Será que posso entrar? -- Ele me olhou atentamente me dando espaço, ainda sinto meu corpo muito frio, porém não agirei por impulso.

-- Você está usando duas cobertas? -- Tentei ser o mais direta possível.

-- Não.

-- Então pode me emprestar?

Ele me olhou atentamente, enquanto eu me aproximei.

-- Você está com frio. -- Frio não é bem a palavra, eu estou quase desmaiando em meio a um congelamento, mas ele não precisa saber disso.

-- Digamos que essas roupas não são apropriadas para esse lugar. -- Desconversei e ele pegou as cobertas dobradas me entregando e antes de se afastar tocou no meu braço, me encarando.

-- Você está muito fria, o que está acontecendo? -- Direto tirou as cobertas das minhas mãos e me fez sentar sobre a cama e sua seriedade me faz crer que está irritado.




Por Beelzebub,

A princesa é muito interessante, desde que vi seus olhos soube disso e agora estou fascinado e preocupado. Dália não apresenta a mesma normalidade de antes, pelo contrário está de contorcendo em algum tipo de problema enquanto tenta aparentar tranquilidade, parei ao seu lado prestando bastante atenção em sua pele, que além de gelada como um dos muito pedaços de gelo desse local está completamente eriçada.
A deusa respirou e o ar gelado saiu de seus lábios e ao virar para encarar um canto qualquer do quarto pude ver os formatos dos flocos de neve branco desenhado em sua pele e agindo por impulso toquei seus cabelos tirando do pescoço para ver melhor, passei meus dedos pelo local e olhei para seus ombros que apresentavam os mesmos desenhos, desci meu olhar para seu colo e voltei a sua face, aparentemente Dália está congelando.

-- Pelo visto há algo que me escondeu. -- Fui direto enquanto ela se levantava na intenção de ir embora, porém segurei em seu pulso lentamente antes de me afastar.

-- Lidarei com isso depois. -- Ela sabe que o depois não vai existir se continuar assim.

-- Dália fique aqui por favor. -- Fui até os meus pertences e abri minha mala, não é a primeira vez que vejo esse fenômeno, porém nunca o presenciei em um ser vivo. Peguei uma seringa e um estabilizante, a ideia é descobrir que estava por trás das confusões causadas nas geleiras e coagular o seu sangue, porém a princesa parece estar a beira de um colapso.

-- Isso vai doer um pouco. -- Ela deixou as cobertas na cama e esticou o braço, peguei a seringa, o líquido e após pronto injetei em seu braço direito, os olhos dela se alarmaram antes da mesma abaixar a cabeça e apertar o gelo da cama, sua respiração aos poucos acelerou antes de normalizar e ela finalmente se acalmou, toquei em sua pele ainda bem fria e respirei pesado, Dália expressava cansaço por todos o seu corpo. -- Se isso não a incomodar, vou aquecê-la.

Ela sorriu.

-- Na verdade, eu ia lhe pedir isso, mas não pensei que se sentiria confortável o suficiente para dormir comigo. -- Por um lado fiquei confuso, aposto que se fosse outro deus ela não agiria desse jeito.

-- Não há problema algum. -- peguei as cobertas e pedi para que se deitasse, ela tirou as sandálias e deitou sobre o travesseiro, coloquei as cobertas sobre seu corpo e fiz o mesmo me deitando de frente observando seu belo rosto e seus olhos fechando, pela primeira vez suas pupilas não estavam transparentes, respirei fundo antes de passar minha mão pelo rosto dela e me aproximei mais envolvendo sua cintura com minha mão, ela simplesmente me puxou mais e senti seus lábios gelados no meu peito bem ao lado da tatuagem e acabei apertando um pouco seu corpo.

-- Relaxe, príncipe da gula, não farei nada com você. -- Sussurrou abrindo os botões da minha camisa e passando sua mão por ali, arranhando de leve minhas costas. -- E obrigada por isso. -- Assim ela passou a perna por cima da minha coxa e deslizei minha mão por seu quadril a sentindo relaxar e seu cheiro entranhou em mim, senti meu corpo corresponder a ela tentei ignorar, porém, os dedos dela deslizaram por minha face e a olhei seriamente seus belos olhos e seus lábios bem delineados que sem pensar muito me fizeram ansiar e assim a beijei.

Despina é filha de Deméter e Poseidon e deusa do inverno e das geadas
Ciclame é uma flor típica do inverno

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