Pré-revisado, boa leitura

Sentimentos não ditos, porém expressados

"Tristeza mergulhou fundo em meu sangue
Todos aqueles ao meu redor

Por quem eu me importei e,
acima de tudo, amei
Mas não posso me ver desse jeito

Por favor não me esqueça ou chore enquanto eu estiver longe"

I won't see tonight p1- A7X

Ninguém nasce para ficar sozinho.
Não importa se é um humano ou um deus, sempre há  aquele que lhe estenderá a mão e caminhará contigo independente do tortuoso e infernal caminho. - Queen the Vampire.

Por SN [a Imperatriz do Inferno],

Depois que dei a luz minha vida ficou uma correria e no momento estamos planejando o quarto de repouso de Dália enquanto Beelzebub se isolou no próprio laboratório.

-- Amor estou preocupada com ele. -- Sussurrei para Hades enquanto andávamos pelo corredor em direção a sala do trono, uma vez que meu bebê está dormindo em meus braços e uma das gárgulas empurra o carrinho.

-- Me imagine no lugar dele e entenderá. A dor de Beelzebub é extremamente plausível e ele a está afogando em trabalho. Segundo Luthor, ele não dorme á três meses contando com o tempo que passou agarrado a sua irmã. -- Minha respiração pesou e senti  um certo incômodo, isso está demorando mais do que o esperado e sei que é culpa do tempo que "anda" interferindo em minha busca, mas não adianta. Eu sou a deusa da ressurreição e pode levar mil anos, mas vou trazê-la de volta.

-- E é por isso que não vou descansar até trazê-la de volta. -- Coloquei minha filha no carrinho e encarei meu marido que apenas sorriu beijando o topo dos meus cabelos.

-- Você foi a escolha certa para governar ao meu lado. -- Hades beijou meus lábios. -- O que devemos fazer a respeito da sua irmã? Por mim deixaríamos repousar aqui em meu castelo, mas sabemos que ela ficará melhor ao lado de um certo deus solitário.

-- Peça a Poseidon que me encontre no castelo de Beelzebub, eu tenho uma ideia do que farei. -- Dei meu melhor sorriso enquanto Hades apenas seguiu em frente, meu trabalho está apenas começando e só posso me perguntar onde foi que Dália se escondeu...

Por Beelzebub,

Nada do que Tesla ou qualquer outro deus faça ou fale é capaz de me desconcentrar ou sequer me reter fora desse laboratório, eu tenho estado bem ocupado com meus experimentos agora que não há mais nada com o que se preocupar e tenho tempo livre de sobra apenas para mim. 

Por um mero momento errei o composto e um leve incidente corroeu a bancada do meu laboratório, avariando todo o meu material.

-- Droga! -- Joguei tudo no chão antes de tirar as luvas e pegar uma vassoura, eu dei folga as minhas gárgulas. Estão todos proibidos de adentrar meu laboratório.

-- Esse seu jeito de sofrer não está dando certo. -- É claro, todos que tem bom senso, uma vez que Asmodeus manda as minhas  ordens para o limbo do inferno, olhei para ele sem dizer uma palavra sequer e meu irmão apenas riu.

-- Até mês passado eu diria que esse seu olhar de ódio me causaria algo, mas agora sei que não passa de um filhote de Cérbero perdido.

-- Vá para o quinto dos inferno Asmodeus!

-- Tá-tá querido irmão, vamos logo. Eu não vou sair daqui sem você e querendo ou não os outros estão te esperando. 

Respirei pesado, essa praga não vai me deixar em paz. Limpei meu local de trabalho e somente após repor os frascos e tubos de ensaio segui até a porta ao qual Asmodeus me esperava, notei que meu irmão usava saltos e um vestido curto cheio de aberturas, essa meretriz vai me levar para algum tipo de puteiro infernal sinto isso em meus ossos. 

[...]

Tesla estava bêbado uma vez que a bebida dos deuses é extremamente forte e Asmodeus se aproveitando da situação, Hades segurava a pequena Nix nos braços enquanto eu apenas encarava a situação., nada disso consegue aliviar minha mente ou me trazer de volta para a realidade em que vivemos.

-- Tire um dia para descansar. -- Hades falou e eu encarei o copo de vinho em minhas mãos, tomei de uma vez sem dizer nada.

-- Tudo o que mais tenho feito é descansar. 

-- Não é sobre esse descanso que estou falando. Dália não está morta Beelzebub e uma hora irá despertar. Lembre-se que Sn também adormeceu quando mexemos em seu corpo. 

Bebi mais uma vez, ele está com a razão então por que sinto que não será tão fácil assim?

-- Talvez leve um tempo, mas garanto que Sn deve está em busca de uma solução. -- Me dei por vencido relaxando meus ombros e peguei mais um copo.

-- Eu esperarei quantos séculos forem necessários. 

Hades sorriu antes de brindar a isso e assim passei um bom tempo rodeado por eles, toda vez que tento ir embora, surge algo e entendi que estão me prendendo aqui. Sinceramente o motivo não faz a menor diferença.

[...]

Foram incontáveis horas preso no castelo do imperador, até mesmo Tesla ficou sentenciado a  estar aqui e isso fez com que eu ficasse responsável por ele uma vez que Asmodeus pode muito bem usar de seus dons para convencer o cientista a transar com ele.

Meus dias estão se arrastando como um verdadeiro martírio ao qual parece não ter fim.

-- Você pode voltar para o palácio agora. -- Hades comentou enquanto Nix dormia em seu colo, uma vez que o rei do submundo não larga a filha quando está livre. -- Há não ser que queira continua aqui nesse caso fiquem á vontade. 

Outra novidade é a hospitalidade dele, uma vez que o rei é tão sério que apenas sua aura é o suficiente para mandar qualquer criatura embora.

-- Agradeço, mas tenho muito trabalho a fazer. 

-- Vamos? -- Me referi a Tesla e Asmodeus.

-- Eu levo ele irmão. -- Revirei meus olhos arrastando o cientista para longe enquanto Asmodeus resmungava alguma coisa, quando já estávamos bem próximos do meu castelo ele respirou fundo. 

-- nossa parece que eu bebi muito!

-- Na verdade ficou entorpecido pelos poderes de Asmodeus, você só bebeu uma taça de vinho, mas não se deixe enganar Asmodeus quase te seduziu. 

-- E isso seria ruim? -- O encarei incrédulo. -- Somos cientistas Beelzebub, novas experiências são sempre um aprendizado. -- Revirei meus olhos.

-- Depois não diga que eu não avisei, quer se envolver com um lorde infernal é problema seu. -- Me distanciei e ele balançou a cabeça.

-- Você está cada dia mais temível. Soube por Asmodeus que duas de sus gárgulas morreram essa semana.

-- E já foram revividas. Agora eu tenho mais o que fazer. -- E assim segui para dentro com Tesla ao meu lado me recordando de como essa minha maneira de encarar uma perda tem sido prejudicial, entrei em meu quarto e fechei a porta me virei respirando fundo e resolvi tomar um banho para aliviar minha cabeça, passei pela divisão de armários e não pude evitar de olhar.

Eu não deixei que guardassem nada, todas as roupas de Dália estão exatamente como ele organizou, assim como os sapatos, tudo branco e delicado como ela.

Senti minha respiração pesar enquanto me recordei que foi exatamente em uma porta como essa que sucumbi perante a deusa, assim como todas a conversas que tivemos e até mesmo aquela discussão antes dela adormecer.

 Ás vezes quando estou deitado tenho certeza de que sinto suas mãos em meus cabelos e sua voz dizendo que eu deveria descansar.

Merda eu vou acabar enlouquecendo e esse é o real motivo de eu não conseguir dormir.

Batidas soaram á porta e resolvi ignorar enquanto elas se tornavam mais frequentes.

-- Beel eu preciso falar com você. -- A voz da Imperatriz me tirou dos meus devaneios e nem percebi que segurava um dos vestidos da deusa em minhas mãos, apenas larguei sobre minha cama e me teletransportei para o lado de fora.

-- Sn não é uma boa hora...

-- Nunca será príncipe. Agora vamos. -- Ela parou ao lado da porta que fica diretamente de frente para o meu quarto.

-- Sabe Beel eu ainda não encontrei a correspondente de Dália para revivê-la e sei que o tempo está interferindo nisso. 

-- Ela não chegou a me mostrar sobre seu passado. -- Fui claro enquanto Sn abria a porta e se afastava. A imperatriz se posicionou atrás de mim e me empurrou para dentro do local, o  quarto estava claro e iluminado pela luz do luar tradicional e não o vermelho do inferno. No centro jazia um caixão de cristal e dentro água, não o suficiente para cobri-la, mas  para que movesse seus fios. 

-- Poseidon afirmou que não da pra fazer muito, mas as águas são regenerativas então vou continuar testando e o cristal é maleável.

O Quarto além de claro estava todo enfeitado e com a essência pura da princesa e notei que a prensa ao redor de todo o cristal é feito de ouro e que há um envelope branco sobre a moldura.

-- Vou deixá-lo sozinho, espero que compreenda que isso não acabou.

Sn saiu e tudo o que fiz foi ficar ali parado encarando o caixão e por um curto devaneio afundei minha mão no local tocando sua face ainda fria, Dália parecia estar em um eterno descansando.

Desviei meu olhar para a carta e toquei o papel conferindo a caligrafia que tanto vi nos últimos meses.

Ao segundo Príncipe  - Abri rapidamente.

Espero que não encare essas palavras como um falha ou covardia, realmente não consegui me preparar para lhe dizer adeus ou sequer me despedir. Quando vim ao inferno pela primeira vez não imaginei que fosse me apaixonar por você, o deus recluso, detentor da gula e muito menos que partiria assim.

Beel eu precisava salvar a minha irmã, se eu não houvesse interferido há essa altura do campeonato nem ela ou a bebê estariam aí e a minha existência também seria questionada, uma vez que nossas vidas são ligada. Quando desci fiz um pacto com os celestiais que seria u a entregá-la á eles, uma vez que depois de grávida Sn tornou-se instável aos padrões determinados por eles. Entretanto eu não penso assim, todas as vezes que saí tive a oportunidade de ver como todos os humanos e deuses tem o direito de escolha e não me pareceu justo que nós, exatamente aquelas que mudam e ressuscitam devessem seguir o que eles queriam. Eu dei a elas uma segunda vida, longe de nossos semelhantes para sempre e isso teve um preço. Eu não sei se conseguirei voltar meu querido lorde, pois, não há corpo físico que me aguente e a sentença do meu pai me destruiu por dentro, eu não tinha mais a capacidade de manter-me sobre controle por muito tempo justamente por todas as interferências que cometi enquanto estive morando no inferno. No fim creio que a intenção dele nunca foi me libertar e mesmo assim eu optei por seguir o meu coração. Saiba que eu nunca vou deixar de amar você e peço por favor que não se feche, você tem pessoas ao seu redor que nunca irão te deixar e se um dia eu conseguir retornarei até você, sei que minhas palavras são terríveis e que tudo deveria ser dito cara a cara, mas não consigo fazer mais do que isso. Meu tempo é curto e eu prefiro passar tudo o que me resta ao seu lado, criando recordações que jamais iremos esquecer. 

Com amor, Dália

Fechei a carta e me sentei no chão, se já estava desolado agora então sinto que não há nada que consiga mudar minha ideia, parece que há uma profunda sensação de vazio crescente no meu peito e só preciso sufocar esse sentimento, as lágrimas passaram a fluir sem que eu pudesse fazer algo e eu me permitir chorar, esbravejar e sofrer tudo o que me calei por todo esse tempo desde que Dália simplesmente se foi. 

Nessa maldita vida eu nunca serei feliz e nem mesmo em minha eternidade, deve ser solitária e arrastada por todas as desgraças do meu passado, sei que isso é a minha dor falando, mas eu quase estou sucumbindo a ela.

Passei mais alguns dias aqui ao lado do caixão refletindo sobre tudo o que vivemos e como me sinto culpado por ter demorado tanto a aproveitar meus dias ao lado dela. Minha cabeça começou a dar voltas e apenas as palavras de Sn se fixaram em minha cabeça:

"Ainda não encontrei a correspondente de Dália para revivê-la..."

E foi assim que cheguei a uma conclusão impassível de erro.  Só preciso encontrar um corpo novo para Dália.

[...]

Fiz milhares de testes com os mais diversos infernais e não deu em nada, eu passei cerca de um ano me concentrando apenas nisso quando entendi que deveria explorar outras mitologias.

Minha vida passou a girar em torno do grande tempo que eu tenho disponível como o deus que sou e minha próxima parada foi o Egito. Nunca imaginei que Anúbis seria tão receptivo me oferecendo ajuda e depois de alguns meses e seus laboratórios lotados de experimentos, também falhamos. Segui para a nórdica, passei pela hindu e em todas obtive o mesmo resultado. 

Não sei quantos horas, dias, meses ou anos passaram sem que eu me desse por vencido e depois que saí de meu castelo eu não careci mais de descanso, a cada nova mitologia é uma nova e extensa anotação que em breve será descartada para todas as desgraças e anseios que me motivaram a seguir até ela, foram um total de sessenta mitologias desgraçadas e que não deram em nada, mais de seis mil deuses catalogados em vão e agora estou aqui de frente ao portal superior do inferno.

Chegou a hora de retornar para casa... 

Em toda a minha existência cruel e inóspita nunca almejei nada que não fosse morrer. Agora nem mesmo essa curta ideia me parece trazer algum tipo de alento, talvez se eu me retirar ao limbo para que possa refrescar minhas memorias deem em algo, mal adentrei meu castelo me arrastando como se meu corpo se desse por vencido que eu nunca vou revê-la. Nunca mais escutarei aquela voz doce e verei o sorriso e aquele olhar tão claro enquanto chama por meu nome.

-- Credo você precisa de um banho! -- A voz veio de Asmodeus que estava todo enfeitado me encarando com um sorriso cínico nos lábios.

-- O que faz aqui praga? 

-- Olha seus modos só pioraram depois que Dália dormiu -- dramatizou encarando as unhas que mais pareciam agulhas de tão fina na coloração vermelha. -- Sn não vê a hora de te encontrar então vá tomar um banho e aparar esses cabelos que estão terríveis. 

Por um segundo tive vontade de mandá-lo para o tártaro, mas passou,  segui para o meu quarto e tomei um banho retornando para a minha aparência usual, uma vez que cabelos longos não me caem bem. Depois de bem vestido fui surpreendido por Sn na porta do meu quarto com uma criança grande em seus braços. Os cabelos da menina iam até a altura dos ombros na cor escura, os olhos iguais ao de Hades e até mesmo a marca de nascença na testa.

-- Você assustou a todos Beel. -- A Imperatriz me olhou com carinho colocando a criança no chão para poder me abraçar. 

-- Mamãe eu vou atrás de Luthor, quero por as tranças na cabeça dele que tia Asmod meu deu. -- Sorriu e depois me olhou. -- Bem que a titia disse que você fica melhor com os fios curtos ela me abraçou e sumiu.

-- Você ficou fora por cinco anos Beel, parece que perdeu muita coisa. -- A imperatriz comentou alisando a barriga ao qual eu não tinha notado estar ali.

-- Eu... Fiz o meu máximo, mas não foi o suficiente. -- Ela alisou meu rosto e sorriu lentamente.

-- Talvez devesse ter confiado mais em mim... 

-- SENHORA SOCORRO! -- Foi tudo o que ouvimos antes de minha gárgula voar até o ombro de  Sn, logo depois vimos a criança com a poção em mãos e o ambiente extremamente escuro.

-- Nix o que eu falei a respeito de usar seus poderes dentro do castelo? -- Na mesma hora voltou ao normal.

-- Desculpe -- Balançou a cabeça e se aproximou, Luthor saiu voando e ela me encarou novamente.

-- A titia mandou remover todas as suas golas de camisa. -- Encarei mais uma vez e me abaixei.

-- Você não pode dar ouvidos ao que Asmodeus fala. -- Ela mexeu em meus cabelos sorrindo antes de ir até a mãe.

-- Essa não é a minha tia. -- Por um segundo congelei enquanto Sn tomava a criança nos braços. A imperatriz do inferno sorriu para mim se afastando lentamente.

-- Seja bem vindo de volta Beelzebub, você fez com que ela esperasse bastante.

Por um segundo minha respiração sumiu, meus ouvidos ficaram surdos e minha vista embaçou enquanto eu ainda estou agachado no corredor. Num ímpeto levantei e fui direto para o quarto onde o corpo de Dália repousa, me aproximei do caixão vítreo e não havia vestígios de sua existência ali. O que me fez sentir um alívio tremendo em meus ombros, fora o fato de que preciso encontrá-la desesperadamente.

Sai do quarto indo em direção ao que é nosso, imaginando que ela estará na banheira esse sempre foi o seu favorito e ao abrir a porta não a encontrei, retornei ao meu quarto imaginando que ela não deve querer me ver. Afinal de contas, depois de refletir muito eu cheguei a conclusão que, se o deus Hades e eu não tivesse só alterado o sangue de Sn provavelmente minha deusa nunca teria perecido. Fechei meus olhos um pouco inquieto e deitei na cama sentindo um cansaço me amortecer e sem conseguir me conter fechei meus olhos, mas não sem antes escutar um única voz:

Eu adorei ver os fogos daqui.

Abri meus olhos tão rapidamente quanto fechei, por um segundo pareceu que eu estou de ressaca, mas esse efeito se deve pela falta de sono, me levantei e fui direto para o espelho, se meus pensamentos estiverem corretos não preciso procura-la mais...

Veneza está completamente iluminada, o tradicional baile de máscaras ocorre todo ano e as recordações que tenho daqui fazem parte das melhores, nem me preocupei com o fato de meros mortais me virem caminhar entre eles e sem esperar mais subi para o hotel em um piscar utilizando o teleporte.

Seu vestido branco esvoaçante e seus fios que recaíam sobre as cotas, o olhar fixo no céu enquanto os fogos eclodiam, apenas me aproximei parando atrás dela, minha visão cada vez mais embaçada ao qual limpei rapidamente temendo ser um sonho. Um belo sonho, mas ao abrir ela ainda está aqui, Dália se virou olhou em meus olhos e afagou meu rosto e ao mero toque simplesmente fechei meus olhos sentindo os lábios dessa deusa encostarem nos meus e vis-à-vis parecia querer dizer bem mais, entretanto quando sorriu de forma aliviada me fez deixar todas as perguntas de lado.

-- Você demorou a acordar princesa. 

-- Mas agora que estou aqui não vou a lugar nenhum e teremos todo o tempo do mundo. 

Dália simplesmente evitou que eu prolongasse a conversa e pela saudade que sinto dessa deusa, não vejo motivo algum para perde tempo.
No fim os anos que se valeram de espera serão devidamente compensados e creio que pela primeira vez nosso destino esteja realmente em nossas mãos.

Teremos um epílogo  <3