Destinos Cruzados

Samira se afastou da bancada de metal analisando o bolo - muito glacê e pouca massa, pensou com o cenho fechado.  Era sua quarta tentativa, mas antes que pudesse fazer algo o sino da porta de entrada da sua loja soou. Ela ajeitou o cabelo curto castanho e limpou as mãos magras e morenas na pia repleta de louças.

- Oi, bom dia, - Começou sua declaração diária sem olhar. - Hoje temos pamonha e brigadeiro na promoção.

Assim que elevou o seu olhar, seus olhos afiados e castanhos claros se cruzaram com olhos tristes e pretos. Ela teve uma forte sensação que conhecia o homem a sua frente.

- O que o senhor vai querer? - Continuou tentando disfarçar a palpitação em seu peito que surgiu do nada. - Temos café e vários tipos de salgados.

- Um café preto e uma coxinha. - Pediu o homem sério. - Para viagem. - Completou.

Samira virou de costas para preparar o pedido sentindo a frieza dele diminuir a palpitação inicial.

- Dá R$7,00. - Respondeu com pedido pronto em mãos, mas sem olhar para ele.

Ela se assustou quando algo tocou o seu rosto oval e anguloso, levantando o seu olhar. O homem estava com a mão em seu rosto. O toque provocou arrepios e uma vergonha desconhecida.

- Tem um pouco de glacê aqui. - Ele disse passando o dedo e limpando o canto da bochecha esquerda. - Pronto.

Eles se olharam fundo por mais tempo do que seria aceito entre estranhos.

- De... Deu R$7,00. - Repetiu Samira se afastando.

- Certo. - Concordou o cliente, ele tirou da carteira uma nota de cinco reais e outra de dois reais. - Obrigado e tenha um bom dia.

- Para você também. - Retribuiu Samira com mão onde ele havia tocado. - Volte sempre.

- Vou voltar.

*******

- Bom dia, hoje estamos com uma promoção de bolos. - Começou Samira de costas para o atendimento, assim que ouviu o sino. - Está muit...

Ela parou de falar assim que viu quem era.

O homem da semana passada e que havia mexido tanto com ela. Ela o analisou, poucos centímetros mais alto, pele parda, barba rala, cabelos pretissímos e enrolados e o mesmo olhar triste.

- Oi, café preto e coxinha. - Respondeu ele, mas dessa vez tinha um sorriso amplo no rosto. - Você continua bonita, mesmo sem o glacê.

As palavras atordoaram a morena, que sentiu o rosto ferver, o coração palpitar e as pernas tremerem.

- Bom, se você quiser posso passar um pouco de glacê no corpo inteiro. - Respondeu, se arrependo de cada palavra assim que sairam. - Quer dizer... Não.. Não é isso que estou dizendo. Calma.

- Relaxa Sa, está tudo bem. Eu entendi a piada. - Devolveu o homem com as pontas das orelhas vermelhas e um sorriso bobo. - Mas poderia acelerar o café e a coxinha, se não vou me atrasar.

Samira ficou atordoada duas vezes. Como ele sabia o nome dela e porque ela havia dito aquilo, pensou querendo enfiar a cara na geladeira.

- Tá bom. - Respondeu se virando e montando o pedido. - R$7,00 reais.

- Não tô com troco, - Devolveu entregando um nota de cinquenta reais. - Eu pego o troco outro dia.

- Es... Está bem. - Ela o analisou, tentando de todas as formas encontrar respostas. - Volte sempre. - Completou quando ele estava na porta.

- Eu tenho 44 motivos para voltar. - Respondeu sorrindo.

- São 43 na verdade, pois deu sete reais. - Respondeu Samira. - Tá ruim de matemática hein.

- Você tem razão, mas tenho mais um motivo para voltar. - Ele sorriu fechando os olhos. - Glacê.

Assim que terminou de falar saiu.

*******

O sino da porta soou e Samira sentiu um movimento estranho no estômago. Ela não saiu falando como de costume, mas seguiu para frente atenta. Assim que entrou seu olhar se cruzou com o moço do Glacê, apelido que tinha dado.

- Oi, bom dia. - Ele disse, com seus olhos tristes e sorriso contido. - Café preto e coxinha.

- Claro. - Respondeu hesitante. - Já aproveito e desconto esse pedido e já dou seu troco.

- Não precisa, deixa aí. - Ele sorriu. - Assim eu fico com crédito.

- Nossa pelo jeito eu te conquistei. - Novamente Samira se arrependeu de cada palavra. - Não... Calma... Eu tô querendo dizer...

- Relaxa Sa, eu entendi. - Ele desviou o olhar. - Mas sim, você me conquistou. Vamos sair qualquer dia?

A morena ficou em silêncio, atordoada. Não sabendo o que dizer, entrou na cozinha e ficou por um longo tempo. O sino soou indicando a saída do homem. Ela sentia o coração apertado e a garganta fechada.

*******

Samira desceu a porta-metalica de sua loja se sentindo péssima.

Tinha sido o pior dia da sua vida. O banco estava cobrando o empréstimo com juros altíssimos e ameaçava seu negócio. Teve que trocar de roupa, por conta do banho forçado que um ônibus tinha lhe dado quando passou por uma poça e a ensopou por completo. Sua mãe estava se intrometendo em sua vida e sugeriu que ela fosse embora da casa. Ela só queria sumir.

Duas buzinas rápidas a fez se assustar e apertar a bolsa.

- Café preto e uma coxinha. - Falou o motoqueiro com a voz abafada.

- Você sumiu. - Disse sorrindo e aliviada. - Desculpa não ter te respondido antes, eu entrei em tilte.

- Relaxa Sa, está tudo bem. - Ele tirou o capacete preto e sorriu. - Eu fiquei um pouco desconfortável, mas você ainda me deve um café e uma coxinha, meu troco e um passeio.

- Como você sabe meu nome? - Perguntou de uma vez, resolvendo não mais fazer cerimônia. - Eu sei que ti conheço, mas não sei da onde?

- Estudamos na mesma escola, mas classes diferentes. - Respondeu ajeitando os cachos. - Você foi na minha sala pedir meu caderno emprestado para a professora conferir uma resposta.

- Ah, é verdade. Lucas, né?

- Não, Jacob. - Ele sorriu e estendeu um segundo capacete preto. - Vamos?

- Pra onde? Como assim?

- Eu tô sentindo que você precisa relaxar, - Devolveu ligando a moto. - Vamos.

Samira hesitou um pouco, mas algo no olhar dele a hipnotizava. Ela engoliu o medo e subiu na garupa.

Andaram por um bom tempo passando por paisagens diversas, entre campos e prédios, florestas e concretos. Por fim pararam em um antigo engenho, um ponto turístico local.

Desceram da moto e começaram a andar na ponte de madeira que ligava as partes do engenho. Um vento passou levantando um pouco o vestido preto que Samira usava, revelando que ela não usava nada por baixo e uma linha fina de pelos guiava o caminho até o sexo da morena.

Jacob viu tudo como se fosse em câmera lenta e engoliu em seco. Samira corou e se odiou por ter tido pressa naquele caótico e não ter vestido roupas intimas. Ela cobriu o rosto, mas sentiu o doce toque de Jacob e o seu olhar gentil fez toda a vergonha ir embora.

Conversavam por tantos assuntos como se estivessem sempre juntos e o mundo ao redor deles parecia desaparecer, não percebiam o escurecer ou as construções ao redor deles ficarem cada vez mais vazias.

Samira parou de andar e ficou de frente a Jacob, ela pousou a mão magra sobre o peito dele e olhou fundo em seus olhos. Decidida, os fechou e aproximou os seus lábios finos dos carnudos dele. Jacob respondeu rapidamente.

Os lábios se colaram, enquanto as línguas se abraçavam e se entrelaçavam. Não havia mais nada.

Sem eles perceberem como, estavam em um canto escondido em uma das construções.

Jacob deixou os lábios de Samira e se ficou em seu pescoço longo e régio. O toque arrepiava cada parte da moça, que sentia o corpo arder e implorar por mais. Ela guiou a mão dele ao seu seio esquerdo farto, enquanto ela descia com a mão entre as pernas dele, sentindo o membro duro.

O moço desceu ainda mais, beijando desesperadamente cada pedaço do corpo esguio de Samira, chegando por fim entre as pernas dela. Quando encostou a língua na pele, a moça soltou o primeiro gemido, de uma série de gemido intensos. Ele rapidamente intensificou os movimentos com a língua e os lábios, excitando e estimulando o ponto de prazer de Samira.

Ela sentiu esguichar na boca dele e o agarrou para cima. Em um movimento rápido abaixou a calça jeans dele e puxou o membro rígido para fora, sua mente ficou entre beijar e chupar, mas sentia escorrer pelas pernas o libido, se virou e guiou o membro para dentro de si com força.

Jacob sentiu se aproximar do ápice, mas respirou fundo e agarrou a cintura de Samira, e a estocou com força fazendo o choque dos corpos soar como uma palmada alta. A bunda redonda e grande da moça engolia todo o membro dele.

Sem aviso Samira aumentou a intensidade até que gemeu, mas tampou a boca para abafar o som.

Jaboc tirou a camisa e deitou no chão ainda dentro de Samira. Ela o cavalgava com força e o arranhava a cada pulsão de prazer, ela não conseguia entender como estava gemendo com tanta facilidade.

Ela saiu de cima de Jacob se sentindo exausta, mas quando viu o membro ainda duro se virou de costas para ele e segurou no pênis guiando até o meio da bunda. Ela nunca tinha feito isso, mas queria fazer com ele, no primeiro momento doeu, porém, depois ela teve que morder os lábios para não gritar como uma louca de prazer. Ela sentia o membro dele vibrar dentro dela.

- Eu vou... - Começou Jacob sem fôlego.

Samira saiu de cima e sem esperar nenhuma ação dele abriu a boca de frente ao membro. Jaboc gozou com gosto e forte. O líquido encheu a boca de Samira, e o gosto era doce. Ela engoliu e os dois ficaram deitados exaustos no chão por um tempo.

- Sa, eu quero muito ter mais dias assim com você. - Comentou Jacob alisando as costas da moça. - Eu quero que você seja minha...

- Eu já sou sua, - Antecipou a moça ficando de pé. - Ou melhor, eu sempre sou e sempre serei, pois não há vida sem você. 

O moço sentiu um arrepio corta a espinha.

- Do que você está falando? - Perguntou se levantando e encarando a moça.

- Bom, você ainda não lembrou? Bem, eu acho que não te fiz gozar o suficiente, mas é difícil dar prazer, quando se faz isso há eras.  Perde a novidade.

Jacob pensou em correr, mas suas pernas travaram. 

- Eu vi que agora você gosta de Coreanas, eu posso dar um jeito nisso, já que como você eu sou feita de barro.

Um gosto doce percorreu a boca do homem, um gosto que lembrava glacê e algum fruto.

...

Minji se afastou da bancada de metal analisando o bolo - muito glacê e pouca massa, pensou com o cenho fechado. Era sua terceira tentativa, ela precisava entregar alguma coisa nova se não sua patroa a mandaria embora, mas antes que pudesse fazer algo o sino da porta de entrada loja soou. Ela ajeitou o cabelo curto preto e limpou as mãos magras e brancas na pia repleta de louças. 

Ao sair da cozinha tropeçou e quando iria para cair sentiu algo pega-la com força.

- Aí aí ai, muito obrigado senhor.

Quando seus olhos se abriram percebeu que quem tinha segurado era o filho do  CEO do prédio que estava a loja que trabalha. 

Rapidamente se levantou e se curvou várias vezes em respeito.

- Muito bom dia senhor, - Começou sua declaração sem olhar e curvada. - O que eu posso servir ao senhor?

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