Capítulo 8 - Aproveitando Las Vegas
Depois de permanecer um tempo pensativa Vanessa finalmente aceita. Corre até sua mala atrás de roupa legal. Enquanto isso Joyce toma banho na banheira cheia de espuma bebendo champanhe e dançando ao som de "24K - Bruno Mars". O sorriso estampado no seu rosto denotava o quanto estava imersa de felicidade. Era como se os dias ruins nunca houvesse existido. Vanessa entra no banheiro ficando surpresa por vê-la com uma taça de champanhe.
— Tá bebendo? — questiona
— Não. — coloca a taça na borda da banheira estendendo os braços na mesma e em seguida apoiando a cabeça — Estou degustando. — Vanessa nada diz. Vai para o chuveiro individual tomar banho.
Após cinquenta minutos, ambas param em frente ao grande espelho no quarto. Joyce vestia uma vestido preto de paetê brilhoso acima dos joelhos. Vanessa também usava um vestido do mesmo estilo só que bege, elas haviam comprado juntas para ir ao show. Ambas estavam lindíssimas; maquiadas e bem produzidas. Joyce puxa o celular para registrar o momento e, claro, causar inveja nas inimigas quando postar nas redes sociais. Logo após, pegam suas bolsas e saem do quarto empoderadas.
Antes de curtirem a noite vão para o restaurante do hotel. Já dizia Dona Belarmina, avó de Vanessa "Saco vazio não para em pé". Assim que entram no lugar se surpreendem por ninguém as olhar. Não é porque estavam se sentindo famosas ou importantes. É só que se fosse no bairro onde moram todos os olhares estariam sobre elas. O povo são bem curiosos. Sentaram na mesa do meio, pegaram o cardápio e a partir daí surgiu o primeiro impasse, a barreira linguística. Por mais que olhassem o cardápio de baixo para cima e de cima para baixo, não entendiam nada. Exceto as palavras "with", "salad", "and", "house" Mas nunca o nome do prato completo. Elas se entreolharam. Neste instante chegou o garçom.
— Good night! Have already chosen what you want? — Elas ficaram caladas por um momento
— Good night! — respondeu Joyce tentando disfarçar — AAhh..
— salad? — Disparou Vanessa nervosa
— Salad. OK! — Anota
— No, No, — Vanessa o interrompe sorrindo amarelo. Olha para Joyce — Como se pede macaxeira ou cuscuz?
— Jura? Aqui não é Pernambuco. Não tem macaxeira e cuscuz!
O garçom continua em pé, aguardando, observa elas falando entre si, até que ele diz alguma coisa e sai.
— E agora? — pergunta Vanessa um pouco apreensiva
Joyce expira relaxando os ombros. Olha para o pessoal nas outras mesas comendo e conversando, fazendo-a sentir um pouco de inveja por saberem se comunicar e ela não. Se o inglês da escola pública que estuda fosse bom como os professores e diretores quer que pensem, saberia o que pedir — Um mulher com o tom de pele claro (não branca), cabelos castanhos amarrados num rabo de cavalo, chega até elas.
— Já decidiram o que pedir? — fala simpática
— É brasileira? — pergunta as jovens simultaneamente surpresas
— Sim — sorrir — Meu pai é Brasileiro.
— Que felicidade! — diz Joyce se recostando na cadeira aliviada.
— Nunca pensei que ficaria tão feliz em ouvir alguém falando português — desabava Vanessa
Com a ajuda da mulher "mistériosa", não perguntaram o nome, comem até ficarem satisfeitas. Logo após, agradecem e se despedem. Em frente ao hotel com a ajuda do um aplicativo chamam um táxi. Nessa parte o dinheiro já não era da rádio e sim um empréstimo que Ronaldo conseguiu com um conhecido para que ele e os pais de Vanessa paguem depois.
O primeiro ponto turístico a irem foi a avenida "The Strip". A mais famosa e badalada de Las Vegas, passada inúmeras vezes em filmes e seriados, agora elas estavam lá. Ambas colocam as cabeças para fora deslumbradas com a beleza do lugar, sentiam-se em um filme de Hollywood. O motorista dá dois tapas no painel do carro chamando atenção das duas que sentam sorrindo. Voltando o olhara para exterior observam os grandes arranha-céus luxuosos, cheios de luzes por toda parte. A noite em Las Vegas realmente é agitada. Vanessa a vista as fontes de água dançantes do hotel Bellagio e mostra a Joyce, que pede para o motorista parar. Elas pagam a corrida e correm para ver o show das águas. Lá já havia várias pessoas, turistas, gravando e tirando fotos. Dizendo "excuse-me", repetidas vezes, passam em meio ao povo conseguindo um lugar privilegiado. O olhar delas brilhavam de encantamento podiam facilmente serem comparadas a crianças num parque de diversões.
Depois do belíssimo espetáculo, andam pela avenida atrás de uma nova atração. Haviam pessoas de todo tipo por lá; mágicos, dançarinos, malabaristas, artesãos, todos pelas calçadas mostrando seu trabalho. Encontraram um belíssimo Drag Queen semelhante a RuPaul. Alto, negro, uma peruca exuberante dos tempos da monarquia de cor azulada puxando para um platinado, com um leque na mão direita fazia caras e bocas interpretando a canção de Glória Gaynor - "I Will Survive". As pessoas que o observavam gostavam do que viam balançavam a cabeça e mexiam seus corpos ao som da música. Ao final o aplaudiram pelo talento. Joyce depositou uma nota de um dólar na caixinha e conseguiram tirar uma foto.
Dando continuidade ao turismo, chegaram ao hotel cassino Luxor em formato de pirâmide com estatuas de esfinges na frente. Aproveitam para tirar foto. Na verdade, Las Vegas é tão encantadora, espetacular e diferente de tudo que já viram, que qualquer lugar era um bom lugar para tirar foto. Até os carros de luxos e limusines que passavam na avenida são uma atração a parte. Nunca viram tantos nas ruas de Verona, Brasil.
Uma aglomeração em frente ao Hotel "Circus circus las vegas", chamou atenção delas. Era uma apresentação ao ar livre: Malabaristas, cuspidores de fogos, contorcionistas e mágicos se apresentava para a galera. Elas permanecem um tempo por alí, porém a entrada de um grupo de jovem numa casa noturna ao lado faz Joyce mudar de ideia quanto a atração que queria. Ela cutuca Vanessa para irem lá, mesmo não gostando muito da ideia a morena vai. Como era de se esperar, havia seguranças na entrada, entretanto, um tumulto inesperado causado por um jovem embriagado, afastou-os da portaria deixando a entrada livre por alguns minutos. Rápida, Joyce não perdeu a oportunidade e puxou Vanessa para entrarem.
A casa estava cheia. As luzes pirotécnicas azul e rosa mal iluminavam os rostos. No centro algumas pessoas dançavam na batida da música "put your hands up for Detroit - fedde le grand" que era apenas o toque eletrônico. Elas param próximo ao bar. Aos poucos Joyce começa a se soltar. Vanessa a olha e começa a sorrir. As vezes desejava ter um pouco da louca e desinibição de Joyce, era o que mais admirava na amiga.
— Ai! — Olha para Vanessa — Hoje a noite é nossa. Então, aproveita o momento. — A música muda para "Like Crazy - Jimin". Segurando as mãos de Vanessa, Joyce a puxa para o centro da pista.
Desinibida a Loira dança sem se importar com os olhares em volta. Vanessa a olha e sorrir tímida. Aos poucos, a morena arrisca alguns passos ignorando sua timidez e em minutos está se divertindo com Joyce. As horas passam sem que se deem conta. Naquele momento o relógio não tinha importância. Iam dançam e curtir como se não houvesse amanhã.
Elas não sabiam, mas de longe, no bar, um par de olhos esverdeados, leva o copo de wisky à boca, enquanto as observava dançar.
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