Capítulo 37
Querido, eu quero te tocar
Eu quero respirar bem em você
Veja, eu tenho que caçar você
Eu tenho que te trazer ao meu inferno
Baby, eu quero foder com você
Eu quero sentir você em meus ossos
Rapaz, eu vou te amar
Vou me dilacerar dentro de sua alma
Desejo, eu estou com fome
Eu espero que você me alimente
Como é que você me quer, como é que você me quer?
(Desire - Meg Myers)
*Anastasia Byers*
Foi questão de uma semana, apenas uma semana para que eu me arrependesse de interromper o momento que tive com Billy no banheiro do karaokê. E o sentimento só piorou quando me encontrei sozinha em casa, em um sábado. Jonathan estava na casa de Nancy, e dormiria lá, Will teria uma festa do pijama com os amigos na casa de Dustin, também só voltaria no dia seguinte, e minha mãe, após finalmente assumir o relacionamento com Hopper, havia saído com ele e também passaria a noite em sua casa. Genevieve saiu com Eddie, então não poderia vir me fazer companhia, ou seja, completamente sozinha.
Liguei uma música um tanto alta no rádio, aproveitei para ficar só com a minha camiseta grande do Scorpions que usava de pijama o dia inteiro. Fiz o almoço mais simples do mundo — sanduíche de queijo e manteiga — e aproveitei para rabiscar alguns esqueletos de novas músicas no meu caderno preto surrado. Passei quase duas horas olhando para ele, sem sentir o tempo passar, até que ouvi a campainha tocar. Coloquei um short rapidamente antes de correr até lá para ver quem era.
A música ainda soava alto pela casa, então abri a porta cantarolando junto com ela, sem nenhuma expectativa de quem quer que fosse. Simplesmente travei quando vi o dono do meu descontrole emocional e físico na porta da minha casa. Billy não vinha aqui há tanto tempo, que me pareceu quase estranha a imagem intensa e imponente dele ali.
— Posso entrar? — Ele perguntou, me olhando de cima a baixo, com aquele sorrisinho sacana que só ele tinha.
— Você sabe que a Max não está aqui, não sabe? — Brinquei, sarcástica.
— Nossa, é sério? Acho que vim até aqui pra nada, então. — Ele deu de ombros, seguindo meu humor. Soltei uma risada genuína.
— Eu deixaria você ficar, mas estou muito ocupada. — Ele sorriu enquanto eu dava passagem para que entrasse.
Só então me toquei de quanto tempo fazia que eu não via o sorriso de Billy. O verdadeiro, sincero, e não apenas aquele galanteador que ele lançava a todos e especialmente a mim. Senti falta de tê-lo perto, mas então mais uma vez me lembrei de Amber, e meu sorriso sumiu com a mesma velocidade que apareceu segundos atrás, meu ombro murchou e precisei respirar fundo. Hargrove pareceu sentir a tensão, e seu sorriso diminuía gradativamente.
Por segundos longos e tortuosos ficamos em silêncio, apenas olhando no fundo dos olhos um do outro, mas não o silêncio confortável que eu sentia antes quando estava com ele, era aquela quietude pesada, desconcertante, porém, mesmo assim, eu não conseguia desviar os olhos dos azuis intensos do garoto em minha frente.
Billy se aproximou, e meu coração, já agitado por vê-lo, bateu ainda mais forte. Não me afastei, não tinha coragem, apesar de o fato de ele não ser meu ecoar em toda minha mente como uma sinfonia. Doía, mas doía mais não senti-lo de novo.
Ele se aproximou mais, e mais, e mais, sempre com os olhos fixos nos meus, dessa vez não tão fervorosos como antes, estavam calmos, fraternais, mas ainda brilhavam como nenhum outro. Aquele olhar era novo, eu jamais havia visto Billy me encarar assim, e poderia me perder naquela imagem por horas. Fiquei tão hipnotizada que nem percebi o momento que ele me puxou para perto pela cintura, parecia natural demais, rotineiro. Apoiei as mãos em seus ombros.
— Não devíamos... — comecei, mas fui interrompida.
— Senti sua falta. — Ele disse, convicto. Sua voz estava limpa, assim como seu cheiro.
Arfei, incontrolavelmente, e fechei os olhos, cortando pela primeira vez o contato visual que tinha com ele. Aquele garoto ainda me enlouqueceria mais ainda, como se fosse possível. Nunca senti isso por ninguém, e ainda estava tentando entender se era um bom sentimento, ou uma desgraça eminente.
— Você namora! — Fiz um esforço absurdo para empurra-lo, com delicadeza, sentindo como se algo fosse arrancado de mim ao não ter mais seu corpo tão perto.
— Ela não teria essa consideração por você. — Ele insistiu, e por um momento meu peito ferveu com uma leve irritação.
— Mas eu não sou ela. — rebati, um tanto ríspida.
Me afastei mais ainda, caminhando até o meio da sala, ficando de frente para o sofá. Billy ainda não respondeu, mas se aproximava lentamente, me causando as mais diversas sensações no estômago e no coração.
— Eu não deixaria você sozinho inconsciente de tanto beber e usar drogas. — Voltei a falar. — Você acha que não sei? Na verdade nem preciso saber, só de ver ela rindo enquanto você quase desmaiava na festa de ano novo foi o suficiente.
A cena de quando levei Billy para a minha casa há meses atrás, após a festa de ano novo, surgiu em minha mente, e lembrando dela agora, quando finalmente aceitei os sentimentos que eu tinha por ele, me deixava muito mais enraivecida. Com Amber, com os idiotas que ele chamava de amigos, e até mesmo com ele.
— Eu não humilho os outros por atenção, eu não fui criada em uma família perfeita e rica que me deu tudo o que eu queria na hora que eu queria. — Fiz uma pausa, e vi que Billy me escutava atentamente, um pouco mais próximo. — Então não, Billy, não me compare com ela. Eu não sou ela.
Billy continuava em silêncio, e dessa vez sua falta de fala me deixava mais nervosa e agitada que o normal. Cruzei os braços, sem coragem de dizer mais nada, eu nunca havia sido tão transparente assim com ninguém, e não sabia se eu estava começando a me arrepender ou a me sentir mais leve. Hargrove, ainda em silêncio, voltou a se aproximar lentamente, até ficar próximo de novo, com o corpo colado ao meu. Não me afastei.
— E é justamente por isso que eu tô aqui agora. — Ele finalmente disse, ainda parado em minha frente. — Eu não quero ela, Anastasia, quero você. — Suas mãos apertaram minha cintura mais uma vez e meu corpo todo se agitou, meu coração acelerou e meu desejo gritou.
— Mas... — ainda estão namorando, eu quis dizer, mas ele me cortou antes que eu falasse.
— Terminei com ela. — Sua fala me deixou um pouco sem reação no início. — Preciso te sentir de novo, porque, realmente, ela não é você!
Meu coração palpitou fortemente em meu peito ao ouvir, e um sorriso enorme quis surgir em meus lábios enquanto a minha vontade de pular em cima dele só aumentava. Me aproximei dessa vez, e ergui os braços abraçando seu pescoço, enquanto meu corpo colava no dele mais uma vez. Billy segurou minha cintura, e me trouxe para mais perto, percebi que ele também segurava um sorriso.
— Fala de novo, gostei de como soou. — disse, voltando com meu humor divertido de quando ele havia chegado.
Billy riu, genuinamente, mas eu percebi o toque forte de malícia ainda presente em seus olhos e em seu sorriso. Ele desceu o rosto até estar muito próximo do meu ouvido, e já me arrepiei apenas ao ouvir sua respiração.
— Eu quero você, Nasty Byers, agora. — Meu apelido saiu como fogo de seus lábios.
Um sorriso repleto de malícia surgiu em meus lábios enquanto eu o empurrava lenta e graciosamente até que se sentasse no sofá, de frente para mim. A música ainda soava pela casa e eu nem me importaria em desligar agora, e inclusive, só deixava o momento todo melhor. Billy sorriu de novo e passou os olhos por todo meu corpo vagarosamente, enquanto lambia o lábio inferior.
Enlacei sua cintura com as minhas pernas e me sentei em seu colo, logo voltando a sentir meu corpo queimar ao estar tão próxima. Billy deixou um aperto deliciosamente forte nas minhas coxas, logo subindo as mãos pela minha cintura por baixo da camiseta. Ele brincou alguns segundos com o piercing no seio direito, causando-me as melhores sensações, por isso, em resposta, apertei mais meu quadril no seu, enquanto suspirava pesado, que eu sabia que o deixaria fora de si.
— Você sempre faz isso de propósito. — Ele disse, após mais um suspiro um pouco mais audível meu. Sorri largo quando ele apertou minha cintura enquanto tensionava o maxilar.
— Não sei do que está falando, baby. — respondi cínica, aproximando mais ainda meu rosto do dele.
Billy soltou uma risada fraca, sarcástica, enquanto levava uma das mãos até minha nuca e puxava meu rosto até que meus lábios tocassem os seus. Sentir seu gosto era sempre uma sensação indescritível, sua língua se movia com a minha em movimentos sincronizados e deliciosos, enquanto suas mãos brincavam com todo meu corpo, apertando, deslizando e sentindo.
Desabotoei o resto dos botões de sua camisa enquanto ainda o beijava de forma ávida e calorosa, sentindo meu corpo queimar e se agitar cada vez mais. Joguei sua camisa longe quando consegui tirá-la, e logo passei as unhas por todo seu tronco, ouvindo um som satisfatório sair de sua garganta, abafado por conta do beijo, mas ainda ardente. Após longos e maravilhosos segundos, me afastei bruscamente dele, e segurei a risada quando vi sua expressão surpresa.
Mordi o lábio inferior já conferindo o volume necessitado em suas calças, enquanto levava minhas mãos até o cos do short que eu usava. Billy, quando viu meus movimentos lentos descendo o short e a calcinha, sorriu com a maior satisfação que eu já havia visto, logo desabotoando o cinto e se livrando de suas próprias roupas. Porém, antes que pudesse jogar a calça longe, tirou do bolso a carteira com um preservativo que havia ali. Ergui a sobrancelha, divertindo-me com a imagem de Billy deliciosamente nu em minha frente.
— Sempre preparado. — disse, irônica, enquanto caminhava lentamente até ele, após observá-lo vestir o preservativo.
— É difícil resistir a você, Nasty. — Mais uma vez, meu apelido saindo com fogo de seus lábios.
Sorri de novo, enquanto tirava a camiseta rapidamente e voltava a me posicionar em seu colo, não demorando para finalmente tê-lo dentro de mim. Nossas vozes se entrelaçaram juntas com a exclamação que surgiu em nossas gargantas no mesmo instante. Se meu corpo já estava queimando, eu não saberia descrever o que eu sentia ao tê-lo tão intimamente de novo, em um segundo, tudo parecia pegar fogo, mas jamais chegaria na temperatura em que estávamos naquele momento.
Movimentei meus quadris em um ritmo tortuosamente lento, enquanto fazia questão de olhá-lo nos olhos, vendo enquanto os azuis, agora escuros, reviravam diversas vezes. Suas mãos apertavam tanto minha cintura, que com certeza deixariam marcas, mas a dor apenas me fazia querer me movimentar mais. Cheguei a sentir suas unhas pequenas cravarem em minhas costas, e logo passei as minhas por sua nuca, enquanto puxava seus cabelos com certa força. Eu estava no controle, ele sabia disso e deixava, me levando a loucura.
— Quero que olhe pra mim. — pedi, após Billy fechar os olhos e me apertar novamente, quase implorando para me ter mais perto.
— Por que está tão... Ah... Devagar? — Ele disse entre exclamações incontroláveis, mas fez o que pedi, e olhou nos meus olhos.
— Por que está tão apressado? — perguntei após descer o rosto até sua orelha.
Ouvi mais um gemido dele quando deixei uma mordida intensa no lóbulo de sua orelha. Billy passou as mãos por toda a extensão das minhas costas, sempre me puxando firmemente para perto, seu corpo implorava para que eu fosse mais rápido, e isso estava me deixando cada vez mais acesa entorpecida.
— Porra, Anastasia, isso já é tortura. — Ele disse, com a voz entrecortada pela respiração pesada.
— O que você quer que eu faça, baby? — perguntei, ainda mantendo os movimentos lentos, o que já estava se tornando uma tortura até mesmo para mim.
— Mais rápido... — Ele disse, baixo, ofegante, com a voz excepcionalmente grossa, fazendo os pelos do meu corpo se arrepiarem.
Não demorei mais, nem eu estava aguentando, aumentei a velocidade dos meus movimentos, sentindo as mãos de Billy em meu quadril firmes e me ajudando no ritmo. Ele abraçou meu corpo com os braços, como se quisesse que nos fundíssemos em um só. Mergulhou o rosto em meus seios, passando a língua por eles, até que chegasse em meu pescoço, onde deixou um chupão e logo em seguida uma mordida fortes. Sorri satisfeita, sem controlar por nenhum segundo os gemidos que surgiam em minha garganta.
Acelerei mais ainda, e arranhei as costas de Billy mais forte ainda quando eu sentia meu ápice chegar. Dessa vez Billy não conseguiu me esperar, enquanto ele puxava os cabelos da minha nuca e chamava meu nome em um grunhido mais alto que o normal, senti que havia se desmanchado completamente. Se fosse qualquer outra pessoa, com certeza eu ficaria insatisfeita porque me deixariam na mão, mas era Billy, ele jamais deixaria isso acontecer.
Então, de forma ágil e rápida, ele me deitou no sofá, como se eu não pesasse nada mais do que uma pena, levando seus dedos até minha intimidade sem demora. Mordi o lábio mais forte ainda quando o senti dentro de mim de novo, massageando o exato lugar que me dava mais prazer, ele sabia muito bem onde ficava. Fechei os olhos com força, sentindo finalmente minhas pernas tremerem.
— Agora eu quero que você olhe pra mim. — Ele pediu, ainda com a voz grossa, ele estava amando aquilo tanto quanto eu.
Abri os olhos, e gritei seu nome olhando para a imensidão azul de suas orbes, enquanto arqueava as costas e sentia o mais puro prazer consumir todo meu organismo, seguido de um alívio sem igual e uma sensação entorpecente. Billy tirou os dedos de mim após alguns segundos, e os lambeu de forma provocativa, enquanto eu ainda tentava controlar minha respiração.
Com a mesma facilidade que ele me colocou deitada, voltou a me posicionar sentada em seu colo, porém não para recomeçar tudo, e sim para que ficássemos apenas perto um do outro. Billy abraçou de forma aconchegante minha cintura, enquanto eu abraçava seu pescoço e deixava uma carícia leve em seus cabelos loiros, o que eu já havia percebido que ele amava. O silêncio reinou, completando nossas respirações pesadas, e finalmente, depois de tanto tempo, voltou a ser o silêncio confortável que existia quando estávamos juntos. Me perdi drasticamente em seus olhos mais uma vez, e percebi que ele olhava apenas para os meus. Sem malícia, sem maldade, apenas o brilho genuíno e lindo do seu olhar.
— Eu não sentia isso há tempos. — Ele disse, tão ofegante quanto eu. Sorri de forma verdadeira.
— Também senti sua falta.
Ele sorriu junto comigo. Billy ergueu uma das mãos e passou os dedos pelo meu rosto, me analisando por completo. Ele deixou uma carícia a mais em meus lábios, quase hipnotizado enquanto olhava para eles. Após alguns segundos, me puxou gentilmente pela nuca e me beijou novamente. O beijo era profundo, como sempre, mas era lento, calmo e sentimentalmente intenso. Jamais havia beijado Billy daquela maneira, e poderia permanecer naquele momento por horas, sem jamais me cansar da sensação de carinho e acolhimento que eu tinha nos lábios e nos braços daquele garoto, coisa que eu jamais senti em outra pessoa.
— Que tal um banho? — perguntei após me afastar, procurando a reação que seus olhos teriam com a proposta.
Billy passou a língua nos lábios, assumindo mais uma vez a postura maliciosa e quente que ele sempre mostrava a todos enquanto sorria de canto, voltando a encarar todo meu corpo sem pudor nenhum. Ri achando graça, mas já sentindo meu corpo queimar como se eu não tivesse acabado de me desfazer com seu toque.
Entrelacei meus dedos nos dele e o levei até o banheiro, sentindo-me quente com seu olhar incessante e intenso em minha direção enquanto me seguia. Liguei a água quente, de costas para ele, e quando me virei, vi que ele apoiava as duas mãos na parede, ao lado do meu corpo, enquanto a água batia em sua figura deixando-o com uma aparência mais sexy que o normal.
Sorri provocativa, enquanto olhava todo seu corpo com o mais completo desejo me consumindo. Billy colou sua silhueta na minha, ainda com as mãos apoiadas na parede. Ergui uma das mãos e alcancei a dele ao meu lado esquerdo, logo segurando-a com firmeza e levando-a até a minha intimidade, enquanto olhava fixamente e firmemente em seus olhos. Billy riu sarcástico, mas não me parou em nenhum momento.
— Você ainda vai acabar comigo, Anastasia. — Meu nome saiu com tanto fogo de seus lábios dessa vez, que não controlei um suspiro pesado, dessa vez sem querer, mas que causou a mesma reação nele de sempre.
Não demorou para que eu chegasse ao meu ápice de novo, Billy sabia muito bem como me levar a loucura com seu toque e eu jamais me cansaria de tê-lo tão próximo. Por isso, o banho demorou por volta de uma hora, até finalmente conseguirmos nos banhar de verdade, mas sempre com as carícias e beijos molhados de um lado e outro.
————————————————
OI AMIGXS! voltei, c um capítulo bem 🔥🔥 como prometi! o próximo teremos mais 🔥🔥 mas tbm teremos mais 🥹🥹 kkkkk
bom, não darei spoilers, mas espero que estejam gostando, não esqueçam da estrelinha e de comentarem bastante!! me ajuda muito a saber o que estão achando!
AAHHH, e só lembrando da minha fanfic com o nosso querido Eddie Munson! Ela se chama torna a casa, e por enquanto está meio parada por falta de tempo e por não ter tanta visualização, mas pretendo voltar com ela logo, vão dar uma olhadinha lá também🥹
Bjin procêis💙
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top