XII
Eu olhei para o lado e avistei Estela sentada ao meu lado.
Desde de o momento que eu a vi, me vi louco por ela.
Eu nunca quis nada do meu irmão, eu nunca quis sua inteligência, sua beleza, sua bondade ou sua coroa.
Mas desde o momento em que eu pus meus pés na minha antiga casa, e meus olhos se encontram com os dela, eu desejei, eu cobiçei a mulher do meu irmão.
Eu estou apaixonado por Estela, e eu sabia que não era recíproco, ela tinha toda a sua devoção e amor direcionada ao meu irmão, e por um momento, por um momento eu tive inveja de Cristóvão. Ele a teve, e ela a têm.
Ela se virou e seus olhos se encontram com os meus.
Não havia nenhum pingo de felicidade. Enquanto uma festa se encontrava no meu peito, Estela desprezava o nosso casamento.
Eu sabia que nós nunca teríamos nada além do que um casamento de aparências, mas eu me sentia feliz em apenas tê-la ao meu lado.
Eu não havia me apaixonado por Estela por apenas sua beleza, claro que aqueles olhos cor de âmbar e aqueles imensos cabelos em cachos dourados, e seus lábios avermelhados, suas bochechas coradas, ela era um feitiço, e eu queria me enfeitiçar. E todos os dias, eu agradecia mentalmente a Cristóvão por ter escolhido uma esposa tão linda!
Mas não era só por isso que meu coração pulava por Estela. Era pelo seu carisma, pela sua bondade, sua inteligência e honestidade. Ela era meiga com tudo e com todas, tinha ar de rainha e coração mole e bondoso, era adorável, e todos a adorava.
- Você quer dançar?
A festa do meu casamento com Estela estava eufórica, mas Estela não mostrava nenhum sentimento além de desprezo a mim.
- Não.
Falou ela com a voz baixa. Ela podia me odiar, mas mesmo que seja a última coisa que eu faça, eu juro, e que Deus e Cristóvão me perdoe, mas Estela ainda haverá de se apaixonar por mim. E todo seu amor e carinho e devoção, será destinado à mim.
Eu sorri pra Estela, sorri para a minha esposa.
***
Estava na mesa tomando café quando Estela adentrou na sala.
Ela estava majestosa com seu vestido azul, e reluzia seus olhos castanhos parecia ainda mais brilhante, e seus cabelos estavam presos no topo da nuca.
- Bom dia.
Falei sorrindo. Ela sorriu de volta sem muita vontade.
- dormiu bem?
Ela concordou e sentou a três cadeiras longe de mim.
Eu me inclinei sobre a mesa e estiquei meus dedos para tocar o rosto dela. Meus dedos sentiram sua pele suave.
- Veja querida.
Ela estava estática sobre meu toque, eu gostei disso.
- mesmo que se passe um século, eu não vou desistir de você. Se passe um milênio, e eu ainda vou atrás de você. Eu não vou parar, até você está entregue à mim.
Eu dei uma pausa, ela engoliu em seco. Estava tão nervosa quanto eu.
- Escreva minhas palavras, doce linda Estela. Você é minha esposa, e ainda entregará seu coração para mim. Você se apaixonará por mim ainda.
Eu voltei para o meu assento e tomei um gole de suco. Eu voltei meus olhos para Estela, ela não havia movido um músculo, não havia dito nada. Então ela moveu os olhos com lentidão, e se seus olhos fossem facas afiadas, eu já estaria no chão. Ela me fulminou e se levantou.
Ela andou com elegância até aonde eu estava sentado, e com sua postura alinhada e de rainha ela se inclinou.
Ela piscou com seus cílios grandes revelando aquele par de olhos castanhos fazendo meu coração delirar.
- enquanto você se esforçar tanto, e lutar tanto, mesmo que se passe um século e um milênio, eu farei de tudo, até o que não me deva como rainha e sua esposa. Eu farei qualquer mísera coisa para me certificar, que nada, nada meu, pertença a você.
Ela deu uma pausa e sorriu diabolicamente, ela me pareceu ainda mais seduzente e eu gostei disso.
Eu sorri pra ela.
- Escreva minhas palavras Majestade.
Ela falou empoderada e com confiança. Eu a amo tanto.
Isso vai ser divertido.
- Claro querida.
Ela saiu da sala com segurança e sumiu, me fazendo rir e imaginando milhares de coisas para trazê-la pra mim.
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