VI
Oito meses se passaram desde o fatídico da morte de Cristóvão.
E depois de toda a tristeza, meses depois todos se animavam no castelo.
A criadagem andava pra lá e para cá afim de deixar o ambiente agradável ao príncipe Maximus.
Toda Oceânia estava à mil, loucos para conhecer seu novo rei.
Me Olhei no espelho novamente.
- Majestade?
Alguém bateu na porta.
— sim. Entre.
Então uma criada abriu a porta e surgiu.
- A rainha Valentina deseja lhe apresentar vossa alteza, o príncipe Maximus.
Arrumei minhas saias e sorri.
Fui até o salão aonde Valentina passa seu tempo. Falta cerca de um quarto de hora para apresentação de Maximus.
Entrei no salão sem bater.
Então me deparei com ele de costas.
E foi em uma lentidão ao extremo, Maximus rodou sobre os calcanhares.
Ele não disse nada, eu também, apenas sustentei o olhar afiado dele.
- Querido.
Valentina tocou - lhe o ombro.
- essa é Estela, esposa de Cristóvão.
Maximus não disse nada, apenas manteve seus olhos azuis fixos em mim.
- fico feliz em recebê-lo alteza. Espero que a viagem tenha sido do seu agrado.
Ele ainda não tinha se pronunciado.
Apenas me analisou de cima a baixo e disse uma palavra desde o momento que passei pela porta.
— obrigado.
Então se virou, e fingiu que eu fosse mais alguém em seu meio. Nenhuma reverência, ele podia ser o futuro rei, mas eu continuava sendo a rainha até outra pessoa tirar-me a coroa! Devia-me um apreço maior.
Então o jovem príncipe, que é apenas dois anos mais velho do que eu.
Cristóvão era quatro anos mais velho do que eu. E porque eu estou pensando nas idades de Cristóvão e Maximus Polús?
Cristóvão e Maximus eram semelhantes, mas tinham suas diferenças. Enquanto os cabelos de Cristóvão iam até a altura de seus ombros em alguns cachos negros, já os cabelos de Maximus eram curtos até a orelha, e lisos ao ponto de lhes fazer um topete sedoso na franja.
E os olhos, os olhos de toda a dinastia Polús eram de um azul perfeito, mas os olhos de Cristóvão eram azul oceano, enquanto os de Maximus era de um azul céu.
Ficamos calados por todo tempo, eu poderia ser um grande objeto de decoração, já que o príncipe não me direcionou nenhuma palavra desde então.
Fomos chamados até a varanda que dava para o mirante de Placidus.
Todos estavam lá, a rainha se postou ao lado direito de Maximus e eu ao lado esquerdo. Ele cheira à lavanda, e a barba dele é cheia de pêlos, Cristóvão não usava barba.
O povo vibrou com a imagem do príncipe, cantaram o velho: Vida longa ao rei. E depois de uns vinte minutos, entramos de volta para o castelo.
No salão de festas havia um banquete imenso tudo para a glória de Maximus.
Ele não se comunicava com muitas pessoas, se manteve calado durante todo o jantar. Na mesa, na roda de amigos, Maximus era saudado pela corte, mas ele não esbanjava nenhum sorriso qualquer.
- Você quer dançar?
Olhei para cima e avistei os olhos azuis céu.
- Oi?
Pisquei várias vezes.
- dançar, mi lady.
Há muito tempo ninguém me chama assim. E eu gostei de como saiu da boca de Maximus.
- Certo.
Dei meu braço a ele. Ele me conduziu até o centro do salão e seguimos o ritmo da música, e ainda sem darmos uma palavra um ao outro.
Apenas nossos olhos fixados um no outro. Sua mão firme em minha cintura me guiando. Maximus não parecia uma pessoa simpática, mas parecia alguém legal.
-como ele era?
Perguntou ele do nada.
- Quem?
Ele suspirou e olhou para o horizonte.
- Como Cristóvão era como rei.
Explicou.
Cristóvão era perfeito como rei, ele havia nascido para isso, tinha bondade genuína no peito e amor em abundância por seu país.
- Ele era misericórdioso e bondoso com todos.
Falei sincera.
- muito sábio.
Maximus Resmungou.
- o que ?
Olhei para seus olhos.
- Meu irmão, com certeza era muito sábio.
Eu Concordei. Maximus apertou sua mão em minha cintura, fazendo-me perder o ar.
- Eu sinto muito, Estela.
Era primeira vez que ele proferia meu nome. E assim que fez isso tirou a mão da minha cintura e repousou no meu ombro e sorriu. Eu gosto do sorriso dele, é meigo.
- aproveite.
Então ele me deixou sozinha no meio do salão, com o coração ainda dançando ao ritmo daquela música, e minha mente um pouco conturbada.
- seu irmão deve ser a ovelha negra da família, Cristóvão.
Murmurei pra mim mesma passando os meus dedos trêmulos por onde a mão dele repousou em mim.
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