A aparência de sua encarnação da morte o lembrava dele próprio. Ele não mandava mais no lápis. Então ele ficou confuso. Quando aquele pesadelo havia começado? Se por sorte fosse um.
Ele estava assustado. Não conhecia o outro lado da vida, mas sentia uma atração agora. Ele mexera com algo que ele não conhecia. Mas ele queria aquilo logo. Fugir de um "pesadelo".
Ele acariciou o papel, fazendo surgir dali a sua morte. Um crânio marcado por palavras, apoiado por uma coluna vertebral que se escondia em farrapos sombrios, escuros e gelados. Aquela presença esfriou o lugar. A moça de desenho, sem nome, ainda sem dizer nada, olhava, triste. Ela não fora sua única criação. Mas estava em um canto, sozinha, olhando, triste, lágrimas escorriam pelo seu rosto.
Então a morte derrubou Edwin. Como estava escrito em seu crânio.
Todos viram algo brumoso sair de seu corpo caído. Era cinza, escurecido em algumas partes. Dali dava para ver um olhar triste, uma boca escancarada de medo. Era algo horrível, medonho. Ela teve seu ápice de aparição, se dispersou no ar e sumiu. Enquanto a moça chorava sozinha em seu canto enquanto olhava.
Ela realmente o amava.
Aquela morte era totalmente algo indecifrável. A cavidade do crânio da morte escureceu ainda mais, ela também parecia algo triste. Então ela suspirou, e se dissipou no ar.
A moça também agora parecia sem vida, um olhar morto, que esbranquiçou. Sua pele branca agora ficou pálida, e seus lábios acompanharam.
Ela desejara aquilo enquanto via Edwin morrer.
Então o corpo dela também caiu, mas não se via nada saindo de lá.
Eles foram separados, e era isso que ela não almejava.
Dali só se ouvia o vento, até que o lápis caiu. Com uma das faces para cima. Com uma letra bem riscada, agora revelando algo escrito, marcado no lápis. Estava escrito: "A VIDA TRAZ A MORTE". Ate que o vento vira o lápis de novo, revelando outra frase riscada lá: "O BEM TAMBÉM TRAZ O MAL."