03. RAIOS-X

CAPÍTULO TRÊS
raios-x

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POV HOPE

NÃO SEI EXATAMENTE o que estava fazendo quando agarrei o pulso da moça, reparei que ela estava saindo e eu não ia deixar isso acontecer. Eu estava olhando, agora de perto. Eu não soltei seu braço por um tempo e não falamos nada. Eu desci minha mão até a dela e segurei. Puxei comigo para um lugar que eu ainda não sabia qual era. Meus amigos de longe começaram a gritar e zoar com a situação. Nunca fui contra beijar mulheres, só nunca tinha sentido o que estava sentindo agora e não ligava para o que qualquer pessoa iria dizer ali.

Eu fui puxando ela comigo, não sabia se era o que ela queria. Encontrei um lugar atrás do bar. Um sofá de canto com uma mesa na frente, que por sorte estava desocupado e, sem soltar sua mão, soltei um pouco o aperto para mostrar que ela poderia ir embora se quisesse, mas eu não queria que fosse.

Eu sempre fui ótima nesse jogo, flertar e encarar, nunca fez diferença na minha vida, mas meu coração agora estava na garganta e nesse jogo que eu comecei, posso admitir que não soubesse o que fazer exatamente, mas já estava aqui. Era tarde para correr.

Ela se sentou, eu me acomodei e soltei sua mão. Joguei meu corpo um pouco para lado, mostrando que ela poderia se acomodar também. Agora eu estava com a minha bebida na mão e ela não tinha uma.

— Você quer? — eu perguntei perto de seu ouvido, entregando a bebida em sua mão, tudo foi tão rápido e se ela não quiser estar aqui. — Não tem álcool na bebida. Pode beber, fique tranquila.

— Ah, tá bom. — pegou a bebida da minha mão, sua voz era tímida e doce. Eu encarei tanto sua boca, que não parei para pensar outros detalhes.

— Meu nome é Andrea, como posso te chamar? — perguntei tentando saber pelo menos uma coisa da menina que com toda certeza eu ia beijar agora.

— Meu nome é Josie, prazer. — a timidez dela estava menos aflorada, dava para ouvir sua voz em alto e bom tom.

— O prazer é todo meu. — digo isso mais próxima que já estava, senti meus lábios até tocarem sem querer em sua orelha, que nitidamente a arrepiou. Eu conseguia ver até sua respiração se acelerando em seu peito.

Ela me encara por um longo momento, não era a primeira vez, mas meu coração estava parando ali mesmo. Espero que ela faça alguma coisa, porque agora eu não consigo dar um passo.

POV JOSIE

Eu estava encarando de novo, o tempo todo vi muita confiança em seu corpo e em seu olhar, mas agora olhando de novo estou vendo sua confiança vacilando. Ela me puxou para cá, acredito que em impulso, eu vim porque já estava disposta a fazer o mesmo.

Eu precisei falar algo, talvez eu não a veja mais e acho que foi isso que me deu coragem. Nunca a vi na cidade. Com toda certeza ela não é de Mystic Falls.

— Eu estou com vergonha. É que você me olhou como um raio-X e eu quero continuar te olhando. Eu te vi descendo do carro, não me parece ser real sua beleza, é impressionante. — congelei quando falei isso, foi espontâneo. — Melhor deixar pra lá, me desculpa, extrapolei.

Ela estava respirando forte, dava para ver seu peito subindo e descendo, ela se aproximou, jogou uma perna por cima da minha. Ela estava com os olhos em mim e algo me dizia que ela queria que eu continuasse falando e assim eu fiz.

— É que nunca fiz isso, tem algo magnético aqui. Tudo em você me atrai. Eu te confesso que meu querer agora é um pouco perverso agora, não importa o querer, só importa que quero. Eu quero você, minha boca quer você.

Minha mão passa por sua coxa. Ela me encara de um jeito intenso. O som do palco já não era perceptivas para nós duas há muito tempo. Francamente, eu parei de prestar atenção em qualquer coisa desde o momento que a vi descendo daquele carro.

Ela em um movimento colocou sua mão em cima da minha que estava em sua coxa, entendi que ela não queria que eu tirasse. A mão que estava livre passou pelo meu rosto e o seu dedo fez carinho na minha boca. Meu corpo estava inteiro em pânico, eu já não estava controlando nenhum arrepio em meu corpo.

Ela se aproximou mais e colou a boca dela na minha.
Sua boca era macia e seu beijo era bom, nossas línguas se tocaram. Parecia uma dança perfeita, os movimentos sincronizados, como se já tivéssemos feito isso milhares de vezes, sua mão que estava na minha passou para o meu pescoço e a outra estava em meu cabelo, estávamos pegando fogo. Qualquer um poderia sentir.

O beijo continuou. A intensidade aumentava e diminuía no ritmo da nossa dança, as mãos dançavam por todo o corpo. Quando toquei seu seio por cima da camisa, eu a escutei gemer baixinho, continuei passando a mão em todo lugar que eu queria, ali, agora, ela inteira minha.

O beijo desacelerou, sem ar, ela se afastou. Olhou-me nos olhos, que olhos azuis lindos que ela tem. Mordeu-me nos lábios e deu alguns selinhos doces. Eu não esperava esse final. Eu retribuo o carinho, passando a mão ao longo de seu cabelo e ela aproximou sua testa da minha.

— Vamos para outro lugar? — ela finaliza essa suplica me mordiscando os lábios.

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