Capítulo 7: Inesperado
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Boa leitura. 📖
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Já havia se passado quase um mês e Erick ainda ficava no meu pé para que eu falasse com a Bia. Na verdade eu já tinha falado com ela e depois de muito insistir ela aceitou, mas não custava nada fazer ele atender os meus pedidos, já que eu tinha ele na palma da minha mão.
Luke parecia mais animado com a chegada do baile. Mas até agora eu não vi ele convidar ninguém ou ser convidado. Até mesmo a criatura da Gina não foi atrás dele, o que era um milagre por sinal.
Sai do colégio na companhia de Jean, que estava animado em fazer um trabalho de ciências comigo. Peguei a minha bicicleta e fui caminhando com ele até a sua casa.
Durante o caminho todo, ele não escondia a animação por estar fazendo um trabalho comigo.
-E então podemos fazer uma bela apresentação e....
-Mantenha a calma Jean, você está muito acelerado. -Falei rindo.
-Desculpa Lian, mas é que eu estou animado. -Disse ele.
-Mas porque tanta animação assim cara, é apenas um trabalho. -Falei.
-Não é só um trabalho. -Disse ele abaixando a cabeça. -Agora meus pais vão ver que eu tenho um amigo de verdade.
-De verdade?
-É que das outras vezes eu disse que iria para casa de amigos, mas na verdade eu iria andar sozinho por ai. -Disse ele.
-E quanto os garotos que você anda? Aqueles ne.... Negócios que vocês fazem são interessantes. -Tentei disfarçar com um sorriso sem graça.
-Tudo bem Lian, eu sei que você quis dizer nerd. -Disse ele.
-Me desculpa Jean.
-Não tem problema, afinal, é isso que todos pensam mesmo.
-E porque você não sai com eles?
-Porque as vezes cansa você ficar só atrás de equações para responder ou jogar algum jogo logico. Eu queria alguém que não fizesse esse tipo de coisa, que se aventurasse por ai, correndo pelas ruas. -Dizia ele. -Como você e o Luke.
Fiquei meio constrangido da maneira que ele falava, até parecia que estava se convidando para andar com nós dois. Fiquei calado, apenas ouvindo ele falar.
Não demorou muito e chegamos em sua casa. A fachada da casa era clara com tonalidade amarelo bem claro. Entrei dentro dela e observei ao redor, parecia grande e confortável da maneira em que foram distribuídos os moveis.
-Mãe, cheguei. -Gritou Jean.
-E como foi o seu dia filho? -Perguntou ela da cozinha.
-Foi ótimo mãe. -Disse ele retirando o casaco. -Eu trouxe alguém hoje.
Ela andou até a divisa dos cômodos e me olhou, como toda mãe faz, olhando de cima para baixo.
-Fico tão feliz que Jean tenha trazido um amigo para casa. -Disse ela se aproximando de mim e me abraçando. -Ow, e aproposito eu sou a Marisa. -Disse ela.
-Miller, Lian Miller. Prazer em conhece-la. -Cumprimentei ela.
-Nós vamos fazer um trabalho de ciências juntos, então vamos ir lá para a garagem, mãe. -Disse ele.
-Tudo bem querido, fique à vontade Lian. -Disse ela. -Estou preparando biscoitos, assim que ficarem prontos eu levo para vocês. -Disse ela voltando para a cozinha.
-Sua mãe parece ser legal. -Falei.
-Com certeza. -Disse ele. -Mas as vezes pega demais no meu pé, sabe?
-Sei muito bem, a minha é assim as vezes. -Sorri. -Mas então, o que você pensou para fazermos?
-Então, nós podemos montar uma estrutura desse tamanho aqui mais ou menos. -Disse ele medindo com os braços abertos. -Depois podemos fazer alguns pequenos trilhos aqui e aqui, para fazer com que ele se movimente, dando mais realidade.
-Não acredito que você pensou em tudo isso. -Falei impressionado. -E como que vamos fazer isso acontecer?
-Ah, isso é fácil de fazer. Apesar de parecer extremamente difícil para você. -Brincou ele.
-Claro que não, está super fácil isso, vai ser moleza. -Falei entrando na brincadeira.
Depois de algumas horas fazendo pesquisas e montando o nosso trabalho, decidi ir para casa, porque já estava muito tarde.
-Acho melhor eu ir para casa, já está ficando tarde. -Falei.
-Tudo bem, podemos terminar isso outro dia. -Disse ele.
-Agradeça a sua mae por mim, porque ela foi muito gentil comigo. -Falei agradecendo ele.
-Tudo bem. -Disse ele sorrindo. -E obrigado por fazer esse trabalho comigo, porque eu sei que você queria estar com o Luke.
Corei.
-O que? -Falei tentando entender.
-Ele é o seu amigo, então entendo que queria estar com ele. -Respondeu ele.
Soltei um suspiro aliviado.
-Bom, é melhor eu ir então. -Disse cumprimentando ele e saindo de sua casa. -Nos vemos amanhã no colégio.
Voltando para casa, tive a impressão de ter visto Luke umas duas vezes. Era bem provável de encontrar ele andando pela cidade, já que ele não parava em casa.
Esperei o ônibus chegar no ponto mais próximo de casa e desci dele, indo andando até o quarteirão da minha casa.
Já estava ficando noite, as luzes dos postes estavam sendo acesas e algumas varandas de casas também. O bairro estava meio inquieto e vazio, uma brisa gelada passou por mim me fazendo arrepiar todo.
-Acho melhor você se apressar, senão vai congelar aqui. -Disse uma voz conhecida.
-Luke? -Perguntei me virando.
-Esse é o meu nome. -Disse ele rindo.
-O que está fazendo aqui? -Perguntei.
-Apenas cuidando de você! -Ele sorriu sem graça. -Eu vim ver como você estava e vi você andando.
-Estou voltando da casa do Jean. -Falei.
-Ah, então foi por esse que você me trocou. -Brincou ele.
-Você sabe que eu não te trocaria por nada. -Fiquei vermelho de vergonha ao perceber o que havia acabado de dizer. Luke ficou calado e surpreso. -Digo, porque você é o meu melhor amigo e....
-Eu entendi Lian, não se preocupe. -Disse ele um pouco corado.
-Vamos lá para casa?
-Claro, o senhor precisa me ajudar com o dever de casa, já que está me devendo uma.
-Devendo o que? Desde quando eu tenho uma dívida com você? -Perguntei.
-Por eu deixar você fazer o trabalho que vale quarenta porcento da nossa nota para fazer com outra pessoa.
-Sobre isso, me desculpa por não fazer com você, mas é que ele não tinha ninguém para fazer sabe....
-Eu entendo Lian. O que está acontecendo com você que está meio lerdo? -Perguntou ele.
-Não é nada demais. -Falei soltando um sorriso sem graça.
Continuamos andando para a minha casa, até chegar nela e subir para o meu quarto. Retirei as coisas da mochila e me sentei na cadeira perto da mesa do computador.
Comecei a ajudar Luke a fazer o trabalho de inglês. Luke se aproximou de mim, se sentando ao meu lado e apoiando o seu caderno na mesinha. Em um dos momentos, que fui explicar um dos exercícios para ele, ficamos muito próximos um do outro.
Soltei um barulho da garganta e me afastei um pouco. Voltei a atenção nos meus exercícios e não olhei mais para ele.
Quase finalizando o trabalho, deixei minha mão em cima da mesa, enquanto a esquerda escrevia. Senti um pequeno toque na minha mão. Olhei calmamente para o lado e vi a mão de Luke encostando na minha. Era como se eu estivesse ficando sem ar com o leve toque da mão dele. Claro que isso não foi intencional, ele encostar a sua mão na minha. Retirei rapidamente a mão do lado da dele e a segurei.
-O que foi? -Perguntou ele.
-Não foi nada. -Tentei disfarçar a vergonha.
-Então vamos continuar, falta pouco para terminar. -Disse ele.
-C-claro.
Porque sentia essas coisas com Luke, ao menos será que ele sentia o mesmo quando estava comigo? Porque esse calor repentino e essa vontade de fazer alguma coisa diferente?
-Alguém já te convidou para o baile? -Perguntei tentando quebrar aquele silencio estranho.
-Sim, mas eu reusei. -Disse ele.
-Porque?
-Não sei se eu vou para essa festa.
-E porque não? Todo ano você vai. -Falei.
-É, mas esse ano eu acho que não vou, porque tenho que ficar em casa e cuidar da minha mãe. -Disse ele.
-O que ela tem?
-Ela não está se sentindo bem esses dias, então vamos levar ela em São Francisco, para ela passar por um médico especialista. -Disse ele perdendo o foco do dever de casa.
-Sinto muito Luke, eu não sabia. -Falei encostando a mão no seu ombro.
Novamente a mesma sensação de antes, mas agora com uma mistura de sentimentos. Luke se arrepiou quando o toquei, logo em seguida ele virou o rosto para que não percebesse que ele estava corado.
-Tudo bem, não tinha como você saber.
-Porque você não me disse nada? Era por isso que você estava se atrasando no colégio? -Perguntei.
-Sim, não lembra aquele dia que eu queria falar com você, mas você ficou estranho e acabei nem falando mais.
-Foi porque eu peguei você e Gina se agarrando em uma sala. -Falei, demonstrando um pouco de ciúme.
-O que? Então você sabia? -Disse ele rindo.
-É, só sabia que vocês estavam se agarrando e não que ela que te agarrou. -Falei.
-Eu não acredito Lian. -Disse ele rindo.
-O que foi.
-Você estava me espionando. -Ele riu.
-Claro que não, estava te procurando para ver o que você queria falar comigo. -Falei retirando a mão do ombro dele.
-Mas enfim, eu não vou por esse motivo.
-Mas o baile é só mês que vem, quando as aulas acabam. -Falei.
-Mas não sei quanto tempo vou precisar ficar com ela. -Disse ele. -Mas e quanto a você?
-Eu? Eu o que?
-Não convidou alguém? -Perguntou ele.
-Ainda não, não sei se eu vou.
-Mas e quanto aquelas meninas que você estava conversando essa manhã?
-Era nada demais. Só estava tirando algumas dúvidas delas. -Menti.
Na verdade, recebi alguns convites, mas disse que iria pensar ou até recusei, porque ainda não sabia se iria ou não.
-Escolhe uma delas logo e vai. -Disse ele.
-O que?
-Eu sei que alguma delas pediu para você ir com ela, então vai Lian.
-Eu não sei, não me dou bem com garotas. -Falei tentando fugir daquele assunto.
-Lian. -Luke posicionou a cadeira na minha frente, colocou as duas mãos no meu rosto e me olhou no fundo dos olhos. -Aproveite o máximo que puder, vai nessa festa e se divirta muito, seja sempre você mesmo que você não vai precisar dizer mais nada. -Disse ele.
Meu rosto começou a queimar de vergonha e meu coração palpitou mais forte. Aquele momento estava sentindo as melhores sensações do mundo. Fiquei olhando cada detalhe daquele rosto liso e bronzeado. Fiquei olhando para a sua boca, enquanto ele falava e observando cada detalhe dela. Então comecei a imaginar de como seria beijar ele, mas fui interrompido
-Lian, Lian, Lian, você está me ouvindo? -Perguntou Luke.
-O que?
-Você ouviu o que eu disse?
-S-sim. -Menti. -O que você dizia?
-Sabia que não estava prestando atenção em mim. No que você estava pensando?
-Em nada, em nada.
-Duvido que não era nada, se não fosse nada você teria prestado atenção em mim. -Disse ele.
-Não foi nada ué.
-Vou ter que apelar pra você falar? -Disse ele me ameaçando.
-Claro que não, porque nem tem o que eu falar.
-Claro que tem, você só não quer me dizer. -Disse ele.
-E-eu vou no banheiro. -Falei me levantando o mais rápido possível e indo para o banheiro.
Fechei a porta e tranquei ela. Me apoiei no balcão da pia e respirei fundo.
-Mas o que está acontecendo com você Lian, você está louco em pensar algumas coisas dessas? -Falei baixo olhando para o meu reflexo no espelho. -Tá, vamos com calma, não vamos deixar que isso aconteça novamente.
Joguei uma água no rosto, enxuguei e sai de lá.
-Está tudo bem? -Perguntou ele.
-C-claro. Vamos terminar o dever? -Falei.
-Vamos então. -Disse ele se levantando e se sentando na cama.
Me sentei na cadeira novamente e continuei com os meus exercícios, estava mais lento do que costume, já que estava perdendo o foco toda hora.
Depois de alguns minutos, Luke se levantou e se dirigiu até mim.
-Lian, eu tenho uma dúvida. -Ele colocou o caderno em cima do meu e ficou inclinado por trás de mim.
Podia sentir sua respiração no meu pescoço e o seu perfume saindo de seu corpo. Nossos rostos ficaram quase que colados lado a lado. Virei o rosto e olhei para ele. Será que isso que ele fazia era proposicional ou não?
Novamente perdi a concentração, não sabia mais o que ele falava, apenas ficava olhando para aqueles lindos lábios.
-Deu pra entender a minha pergunta? -Disse ele olhando para mim.
-Hã?
-De novo Lian? -Disse ele. -No que você estava pensando? -Insistiu ele.
Cada vez mais, sentia uma sensação de que eu tinha que beijá-lo, uma onda de prazer começou a tomar conta do meu corpo, quando imaginava a minha boca na dele, meu coração acelerou e comecei a tomar coragem.
Continuava olhando ele inclinado e me olhando. Não consegui resistir e então coloquei as mãos no seu rosto e puxei para mim, colando o seu lábio com o meu.
Luke ficou surpreso com a minha atitude e se afastou olhando para mim sem entender nada.
-E-eu, e-eu.... Sinto muito. Não sei o que....
Antes de terminar fui surpreendido por ele voltando a me beijar. Fiquei surpreso, já que pensei que a reação dele seria totalmente diferente dessa.
Luke se afastou e ficou me olhando sem entender nada também.
-E-eu, preciso ir. -Disse ele pegando suas coisas rapidamente e saído do meu quarto.
-Espera, Luke!
Quando vi ele já tinha ido. Mas o que diabos aconteceu aqui agora. Porque eu tive essa vontade de beijá-lo e porque eu beijei ele. Isso é tão confuso pra mim e além do mais, porque ele me beijou. Será que Luke estava fazendo aquelas coisas de propósito? Será que ele sente essas mesmas coisas que eu sinto?
Peguei o meu celular rapidamente e tentei ligar pra ele, mas só dava caixa postal. Mandei umas duas ou três mensagens, pedindo para que ele me respondesse assim que chegasse em sua casa.
Um medo começou a tomar conta de mim, comecei a me sentir mal por ter feito tal coisa e muitas coisas começaram a passar pela minha cabeça, como que eu posso ter perdido o meu melhor amigo pra sempre.
Uma vontade de chorar foi tomando conta, meus olhos já estavam completamente cheios de lagrimas, senti uma delas escorrer pelo meu rosto e em seguida meu celular vibrar. Olhei rapidamente a tela e era uma mensagem de Luke, com um simples emoji com uma carinha feliz.
Afinal, o que isso significava? As coisas estavam tudo bem entre a gente? Aquele beijo foi tudo bem? Ele gostou daquilo? Várias perguntas estavam em minha cabeça agora, porque Luke tinha que ser tão complicado as vezes.
Enquanto estava tendo várias perguntas em minha mente, meu celular vibrou novamente, dessa vez era ligação. Atendi sem ao menos ver quem era.
-Luke, olha me desculpe por agora pouco.
-O que? Pelo o que? Ok eu não sou o Luke, Lian. -Quem quer que seja riu. -É o Jean.
-Jean? Como conseguiu o meu número? -Perguntei.
-Luke, ele me passou, disse que eu iria precisar, mas não sei o que ele quis dizer com isso, mas enfim. Vamos nos reunir amanhã para continuar com o projeto?
-C-claro, pode ser.
-Pode ser ai na sua casa? É que minha mãe vai receber umas pessoas aqui em casa, uns parentes chatos e eu não quero que ninguém atrapalhe a gente. Mas claro, se você não se importar, se não podemos procurar outro lugar.
-Não, aqui em casa está bom, sem problemas.
-Ok, nos vemos amanhã então. -Disse ele se despedindo e desligando.
Olhei para a tela do celular e tinha duas mensagens de Luke.
Luke: Precisamos conversar.
Luke: Não comente isso com ninguém, amanhã a gente conversa. :)
Isso me deu um frio na barriga ao ler essas duas mensagens. Respondi ele tentando entender ele melhor, mas fiquei sem respostas. Vi que ele havia visualizado, mas não me respondeu.
Na manhã seguinte, acordei um pouco estranho, a noite passada mal consegui dormir pensando em como Luke iria falar comigo. Eu estava com medo, dele terminar a nossa amizade.
Tomei meu café desanimado, me despedi da minha mãe, peguei minha bicicleta e pari em direção ao colégio. Ao chegar lá, percebi que a bicicleta de Luke já estava la, o que dizia que ele já havia chegado. Engoli a seco com medo de encontrar ele.
Andei pelos corredores até o meu armário, peguei alguns livros e em seguida fechei a porta dele dando de cara com Luke, que estava parado atrás da porta aberta.
-Buu. -Disse ele.
-Filha da mãe. -Falei.
-Até que enfim te encontrei. -Disse ele.
-Acabei de chegar. -Falei sem graça. -Olha, sobre ontem...
-Relaxa, depois nós falamos disso. Não agora, pode ser? -Disse ele calmamente.
-C-claro. -Gaguejei sem entender nada.
O sinal tocou e como se fosse um bando de animal selvagem, todos saíram correndo para a sala de aula, trombando e empurrando uns nos outros.
Durante a aula, Luke parecia o mesmo de sempre, prestava atenção na aula, fazia as piadas e brincadeiras dele de costume, conversou comigo tranquilamente e até fez dupla comigo na aula de ciências.
-Você está tão calado hoje Lian, o que foi? -Perguntou ele.
-Nada. -Falei olhando para frente. -Você disse que depois nós conversaremos, então estou tentando saber o que é.
-Sobre ontem, né Lian. Você já se esqueceu?
-N-não, claro que não. Mas é só que....
-Depois Lian, depois. -Disse ele prestando a atenção no exercício que a professora estava passando.
Não tentei forçar ele a dizer mais nada, deixaria para depois que conversássemos.
-Podemos conversar na sua casa? -Perguntou ele.
-Não vai dar, Jean vai lá em casa para fazer o trabalho.
Ele riu.
-Espero que não faça o que fez ontem. -Brincou ele. -Vou te esperar lá no nosso lugar de sempre, se quiser conversar, me encontre lá no final da tarde. -Disse ele pegando a sua mochila e colocando nas costas.
-Está bem, depois eu vou para lá. -Falei.
-Oi Lian, oi Luke. -Disse Jean. -Você está pronto?
-Claro, podemos ir então. A gente se vê mais tarde Luke. -Falei me despedindo dele.
-Minha mãe vai nos levar na sua casa.
-Mas eu vim de bicicleta...
-Não tem problema, tem espaço no carro para ela. -Disse ele.
-Então tudo bem.
≈≈≈≈≈≈
No final da tarde, peguei minha bicicleta e fui até a casa da arvore que havíamos encontrado. Assim que cheguei, a bicicleta de Luke estava encostada na arvore.
-Vem, sobe. -Disse ele.
Subi pela escada de madeira dando de encontro com ele sentado na varanda, olhando para o mesmo lugar de sempre.
-E então, o que você queria me falar? -Perguntei diretamente.
-Sabe que o que a gente fez não foi certo não é? -Disse ele.
-Olha, sobre isso, me desculpa, eu não tive a intenção de...
-Me beijar?
-É. -Falei envergonhado. -Eu não sei o que deu em mim.
-Você... Então... É gay?
-N-não, não sou g-gay. -Me enrolei para responder.
-Mas você me beijou.
-E você também. -Afirmei.
-Você tem razão. -Ele sorriu.
-Porque você fez aquilo? -Perguntei olhando para ele.
-Não sei, apenas senti a vontade de fazer aquilo e aposto que você sentiu o mesmo, não foi?
-Sim. -Falei envergonhado novamente.
-Olha Lian, eu não sou gay, então se você tiver pensando em algo, eu sinto muito.
-Não, tudo bem, eu te entendo, nem sei porque eu fiz aquilo.
-Mas você gostou?
-De beijar você?
-Não, de ter comido churros. -Brincou ele rindo. -Mas é claro Lian.
-C-claro que não Luke.
-Não mente pra mim. -Disse ele.
-Não estou mentindo.
-Claro que está. Eu te conheço muito bem Lian. -Ele sorriu.
-Está bem. -Falei cabisbaixo. -Sim, eu gostei. Prometo que não faço mais aquilo.
-Porque? Já que gostou.
-Mas você disse que...
-Que não sou gay, mas posso ser bissexual. -Ele sorriu.
-E o que isso significa?
-Que eu também gostei. -Ele sorriu.
-S-sério?
-Sim. Na verdade eu estava com vontade de fazer aquilo. -Ele olhou pra mim e piscou, me deixando corado.
-Entendo, então por isso que você estava me provocando. -Falei.
-Mais ou menos isso, mas aquele não foi o meu melhor hein. -Disse ele.
-E qual é o seu melhor?
-É esse aqui. -Disse ele me puxando para um beijo.
Não queria que aquele momento acabasse nunca. Estava só nos dois, em um lugar só nosso e um pôr do sol incrível.
-Isso quer dizer que somos namorados? -Perguntei.
-Claro que não Lian. -Disse ele.
-Então o que é?
-Estamos apenas ficando. -Disse ele com ar duvidoso.
-Mas vamos continuar sendo melhores amigos, né?
-Mas é claro, porque alguém disse que nunca iria me abandonar por nada. -Ele sorriu. -Então espero que cumpra a sua palavra. Somos melhores amigos que se pegão.
-Você é muito chato as vezes, sabia? -Falei sorrindo.
≈≈≈≈≈≈
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