Capítulo 4: Raiva

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Boa leitura.📖

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https://youtu.be/hcILE-YTnao

Fly Away / Voar Longe. 🎵 ▶

Contando os segundos. Pulando estas cercas
Encontrando nosso novo lugar para recomeçar
Buracos nas calçadas
Estou cheio de conversa fiada
Vou partir como fogo no ar

Eu não vou desperdiçar outro dia
Desejando que isso fosse desaparecer
Correndo, mas sem olhar para trás

Eu quero um pouco da Califórnia
Com um pouquinho do céu de Londres
Eu quero levar meu coração até o fim do mundo
E voar esta noite
Eu quero um pouco do mar aberto

Pensando como os de Nova Iorque
Eu quero levar meu coração até o fim do mundo
E voar longe, voar longe hoje à noite
Voar longe hoje à noite
Voar longe hoje à noite

Uma repetição interminável
Com as memórias eu não posso apagar
Vejo o melhor em tempos de paz súbita
Agora eu estou depois do paraíso
É o seu mundo que nunca encontrarei
Diga adeus à dor e miséria
Na na na na na na

Eu não vou desperdiçar outro dia
Desejando que isso fosse desaparecer
Correndo,mas sem olhar olhar para trás

Eu quero um pouco da Califórnia
Com um pouquinho do estilo de Londres
Eu quero levar meu coração até o fim do mundo
E voar longe hoje à noite
Eu quero um pouco do mar aberto
Pensando como os de Nova Iorque
Eu quero levar meu coração até o fim do mundo
E voar longe, voar longe hoje à noite

Eu não vou desperdiçar outro dia
Desejando que isso fosse desaparecer
Eu não vou desperdiçar outro dia
Desejando que isso fosse desaparecer

Contando os segundos
Apenas duvidando
Sonhando com um lugar para recomeçar

Eu quero um pouco da Califórnia
Com um pouquinho do estilo de Londres
Eu quero levar meu coração até o fim do mundo
E voar longe hoje à noite
Eu quero um pouco do mar aberto
Pensando como os de Nova Iorque
Eu quero levar meu coração até o fim do mundo
E voar longe, voar longe hoje à noite
Voar longe hoje à noite
Voar longe hoje à noite

≈≈≈≈≈≈ ⏯ ▶ 🎶

Durante todos esses dias, você continuava sendo o de sempre, aquele cara que eu sempre admirei, aquele cara que sempre me fazia rir com as palhaçadas que fazia, mesmo você dizendo que não era intencional, mas eu via em seu olhar a admiração que você tinha por mim.

Durante as tardes, fizemos várias coisas juntos, como de costume. Aquele momento era o melhor do meu dia, onde eu poderia ter você ao meu lado, sem mais ninguém em volta.

Uma das vezes, decidimos ir em uma antiga praça e andamos pelos gazebos antigos, que lá tinha e nos escondemos dentro de antigos estabelecimentos. Tudo por causa das brincadeiras. Era só nos dois nesses momentos, era algo muito bom.

-Vamos Lian, vamos ver se você me encontra. -Gritou ele sumindo correndo em direção a algumas arvores.

-Está bem então, vou contar até dez e você se esconde.

-Qual é! Até dez não dá tempo. -Gritou ele.

-Se não estivesse falando já teria se escondido. -Gritei de volta. -Um, dois, três....

-Espera! -Gritou ele.

-Esperar o que?

-Eu me esconder.

-Mas pensei que já tinha se escondido. -Falei rindo.

-Você conta rápido demais, espera. -Falou ele um pouco impaciente.

-Está bem, conto até trinta então.

-É disso que estou falando. -Riu ele. -Mas conta certo e devagar.

-Não quer mais nada também né? -Gritei e comecei a contar.

Depois da contagem, comecei a procura-lo, olhando em volta e tentando deduzir em que lugar ele poderia estar. Mas com tantas opções para ele se esconder, não sei se conseguiria encontra-lo.

Olhei e olhei, nada dele.

-Poxa, que difícil encontrar ele. -Falei coçando a cabeça. -Por me conhecer, ele se esconderia em um lugar que eu passaria despercebido. Hum, mas onde? -Olhei em volta. -São tantos lugares. Já sei.

Andei em direção a alguns comércios abandonados e comecei a olhar dentro dos maiores que tinham, que era de lanches. Tenho certeza que ele se escondeu em algum lugar desses. Olhei entre as madeiras pregadas na janela e via tudo escuro, fiquei em silencio para ver se ouvi algum rangido ou qualquer outro barulho. Mas nada.

Fui em direção a próxima, que ficava quase colada com aquela. Essa era uma loja de doces, por causa das cores e alguns cartazes antigos colados nas paredes.

Andei calmamente para que não fizesse nenhum tipo de barulho, então ouvi um som de dentro do antigo estabelecimento. Era o ranger do piso. Olhei por uma das janelas quebradas, onde passava a iluminação do sol, deixando o lugar um pouco claro.

Tentei abrir a porta, mas pelo que parecia, ela estava emperrada e coberta da ferrugem a maçaneta. Andei até o outro lado, onde vi um das tabuas da janela retirada, aposto que foi por ali que ele entrou.

Passei por ela com cuidado, observando ao redor. O ambiente estava pouco iluminado, apenas com pequenos feixes de luz passando pelas tabuas presas na janela.

Andei cuidadosamente para não fazer nenhum barulho. Olhei em volta e o lugar ainda possuía alguns moveis, como mesas e cadeiras, prateleira e até mesmo o balcão de atendimento, todos empoeirados, claro.

Andei até o balcão, que era grande por sinal, parei e novamente ouvi o piso ranger naquela direção. Levei a cabeça por cima do balcão e então vi Luke abaixado, tentando abrir uma das portas para entrar e se esconder.

-Então era aí que você estava né? -Falei alto.

-Você até que demorou. -Riu ele se assustando.

-Foi porque você pediu pra eu contar devagar. -Brinquei.

-Tá bom que foi isso mesmo. Vem, vamos sair daqui. -Disse ele andando.

-Mas e quanto a minha vez? -Perguntei chateado.

-Lian, olhe para fora. Já está escurecendo, nós podemos vir outro dia. -Respondeu ele. -A não ser que você queira ficar trancado aqui. -Ele sorriu me provocando.

-O que foi? Eu ficaria. -Brinquei.

-Mesmo com algumas coisas andando por ai? -Amedrontou ele.

-Hãn? O que? -Perguntei. -Você sabe que eu tenho medo dessas coisas.

-Mas que coisas?

-Dessas coisas que as pessoas falam por aí.

-Mas eu não disse nada, só disse certas coisas, como um cachorro ou um guarda que cuida daqui. -Riu ele.

-Você é muito idiota Luke. -Soltei um sorriso de leve.

Em um dos dias, você até deixou que sua mão tocasse a minha, não sei se foi por intenção ou não, mas aquilo fez com que eu pensasse em você cada vez mais e mais. Não era normal eu pensar em você em vários momentos do dia quando você não estava. ⏹ ⏯ 🎵

≈≈≈≈≈≈

-E ai Lian, onde está o seu amigo? -Perguntou Gina.

-Não sei, ele ainda não chegou?

-Não. Ele havia prometido me emprestar as perguntas da aula passada, mas até agora nada dele aparecer, assim fico sem tempo de responde-las. -Disse ela um pouco chateada.

-Olha, se quiser eu posso te emprestar, já que ele ainda não chegou. -Falei abrindo minha mochila.

-Você faria isso? Sério? -Perguntou surpresa.

-Sim, porque não?

-Sei lá, parecia que você não gostava de mim, não sei. -Disse ela um pouco envergonhada.

-Quem disse isso?

-Ninguém, mas dava para ver da maneira com que você me olhava.

-E como era?

-Ai, sei lá, um jeito estranho. -Respondeu ela.

De fato, eu a olhava de maneira estranha quando ela estava com Luke, mas eu não imaginava de que ela poderia perceber e nem sei porque eu a olhava dessa maneira. Deveria ser pelo fato dela estar com o meu melhor amigo e o medo dele me trocar por ela.

-Acho que foi impressão sua. -Sorri sem graça. -Toma, elas estão aqui. -Entreguei o caderno aberto pra ela na matéria das questões.

Porque Luke estava demorando tanto para chegar no colégio? Ele nunca foi de se atrasar.

Demorou uma aula toda até que ele chegasse, um pouco ofegante. O professor olhou para ele com desaprovação e saiu da sala.

-Cara, ainda bem que você chegou na troca de aula, se não iria ter que ir na diretoria. -Falei cumprimentando ele.

-É. -Disse ele recuperando o folego.

-Mas o que aconteceu?

-Eu me atrasei, porque tive que fazer umas coisas em casa antes e não consegui dar conta.

-Mas aconteceu alguma coisa? -Perguntei.

-Nada para que se preocupe, está tudo bem. -Respondeu com um sorriso no rosto.

Ele poderia estar falando a verdade, mas um sorriso nunca mente. Ele estava escondendo alguma coisa de mim, de novo.

-Você não confia em mim? -Afrontei ele.

-Hãn?

-Você está sempre escondendo coisas de mim Luke e eu sou o seu melhor amigo, pensei que contávamos as coisas um para o outro.

-Mas contamos Lian. Porque você está agindo dessa maneira?

-Porque você fica escondendo as coisas de mim?

Ele suspirou, sacudiu a cabeça e sorriu.

-Porque você é o meu melhor amigo e tem certas coisas que eu não quero que você se preocupe. -Disse ele.

-Mas se preocupar com o que?

-Comigo. -Disse ele pacificamente.

Por um instante, senti meu coração palpitar mais rápido.

-C-como assim?

-Depois nós dois conversamos, sozinhos, pode ser? -Ele sorriu novamente.

Engoli a seco e sacudi a cabeça que sim. Olhei para a lousa e a professora já escrevia uma data. Já estava vendo que a aula de história de hoje seria uma chatice de novo.

Tentei anotar algumas coisas, mas a minha mente estava em outro lugar agora. O que Luke queria conversar comigo a sós? Parece ser algo muito importante.

-Senhor Miller, senhor Miller? Está prestando atenção em minha aula? -Perguntou a simpática senhora.

-C-claro professora, só que....

-Então vai querer fazer um trabalho sobre a importância da revolução americana de 1776?

-Individual ou dupla?

Ela me encarou nada contente.

-Escolha quem quiser então para ajudá-lo. -Disse ela com o giz em uma das mãos.

-Luke? -Falei olhando pra ele.

-Porque eu sabia que seria eu. -Ele riu. -Tudo bem vai, mas você vai ficar me devendo.

-Tudo bem, só me dizer o que quer depois. -Respondi.

Depois de duas longas aulas de história, saímos para o recreio. Já não aguentava mais.

-Senhor Miller, por favor. -Disse a professora me chamando ates de sair da sala. -Me diga quem irá fazer o trabalho com você.

-Será o Luke Hunt professora. -Respondi dando meia volta.

-E como vão fazer a apresentação?

-Apresentação? Não era só para entregar? -Falei boquiaberto.

-Não, vocês vão apresentar para a turma toda. Se quiser eu dou uns dias a mais para vocês dois se organizarem.

-Tudo bem. -Falei chateado.

Andei em direção ao refeitório, onde estavam dando um mingau doce de alguma coisa. Olhei em volta e vi a fila se formando, as pessoas se sentando nas cadeira e algumas meninas se exibindo para Erick que mascava o seu chiclete. Ele se levantou, fazendo com que elas se levantassem ao mesmo tempo e então foi em direção a saída.

Parou do meu lado e me encarou.

-O que foi garoto?

Ignorei ele e continuei a procurar Luke. Ele levantou seu óculos escuro e me encarou mais de perto.

-Quem você acha que é para me ignorar? -Disse ele.

-Tá falando comigo? -Perguntei ironicamente.

-Então ele fala. -Disse ele ironicamente fazendo com que as garotas rissem.

-O que você quer Erick? Quer dinheiro pra comprar uma cartela nova de chicletes?

-O que?

-Não vem com esse papinho pra cima de mim não, porque você não me engana tá? -Falei saindo de perto dele.

-Escuta aqui. -Disse ele pegando no meu braço. -Dessa vez eu vou deixar passar esse seu desaforo. Mas a próxima vez que você falar assim comigo, eu não vou deixar passar. Então fica ligado garoto. -Disse ele soltando bruscamente o meu braço.

Ele se virou e começou a andar em direção ao corredor.

-E mande lembranças para o seu amigo por mim. -Disse ele sacudindo a mão.

-Que idiota.

Continuei olhando em volta daquele imenso lugar, olhando de pessoa a pessoa tentando encontrar Luke, que parecia não estar presente.

Me virei e andei em direção aos armários, andei olhando de sala em sala para ver se o encontrava. O que era tão importante que ele queria falar comigo sozinho?

Chegando próximo a um bebedouro, olhei por dentro de um laboratório, estava Luke, encostado na parede, sendo bloqueado por Gina, que se aproximava dele lentamente.

Foi então que vi uma das piores cenas. Vi os dois se beijando. Era isso que ele queria me contar? Que ele agora tinha uma namorada? Gina?

Um sentimento estranho tomou conta do meu corpo. Uma raiva enorme trasbordava por cada veia do meu corpo. Olhei para os armários e os soquei freneticamente com raiva.

-DROGA, DROGA, DROGA. -Falava enquanto batia no armário.

Me recompus ao ver algumas pessoas me encarando com medo. Andei em direção ao banheiro mais próximo e joguei uma água em meu rosto.

-Fica calmo Lian, fique calmo. -Falei olhando o meu reflexo no espelho. -Porque você está assim? Ele pode namorar quem ele quiser, o que está acontecendo com você?

Peguei o papel e enxuguei o meu rosto. Ouvi a porta se abrir e pelo reflexo eu vejo Luke parado olhando pra mim.

-E ai Lian? -Perguntou ele um pouco envergonhado. -Aconteceu alguma coisa?

-Não sei, aconteceu? -Perguntei retoricamente.

-O que você quer dizer?

-Nada Luke, nada. -Falei jogando o papel no cesto mais próximo e tentando passar por ele.

-Hey. -Disse ele me segurando. -Ainda não conversamos.

-Tudo bem. Depois nós nos falamos, beleza? -Falei friamente.

Soltei o meu braço e sai do banheiro. Andei pelos corredores até chegar em minha sala. Sentei em meu lugar e me debrucei em cima dos meus braços.

Ouvi a porta se abrir e alguém entrar na sala.

-Olha, eu não quero falar com você agora. -Falei.

-O-oi. Eu vim pegar o meu caderno. -Disse Jean.

-Ah, é você Jean, pensei que fosse o Luke. -Falei encostando o rosto no braço novamente.

-Vocês brigaram?

-Porque o interesse?

-Nada, só que parece que você quer conversar. Só queria saber se posso ajudar. -Disse ele.

-Desculpa Jean, mas eu vi uma coisa que não consigo digerir. -Falei.

-Sobre o que?

-Agora não Jean, agora não. -Falei.

-Quer que eu fique? -Perguntou gentilmente.

-Tudo bem vai. -Respondi.

Jean andou pelos corredores da sala até chegar a minha carteira. Ele se sentou ao meu lado, arrumou os óculos e colocou a mão em cima do meu ombro.

-Vai ficar tudo bem Lian. -Disse ele.

-Como você sabe?

-Porque vocês dois são melhores amigos e melhores amigos sempre se entendem um com o outro. -Disse ele.

-Até parece que você já passou por isso. -Falei e percebi ele ficar corado.

-N-não. Eu não. -Tentou esconder a vergonha.

-Calma cara, eu só perguntei, não precisa ficar nervoso.

-M-mas eu não estou nervoso. -Gaguejou ele.

-Relaxa, está bem? -Falei.

Ele suspirou, arrumou os óculos novamente.

-Me admira a amizade que vocês dois tem. Isso é raro de acontecer sabia?

-Porque nos conhecemos desde pequenos?

-Isso mesmo, as pessoas acabam passando por alguma briga que um dos dois não olha mais na cara do outro. -Disse ele. -Eu queria ter uma amizade assim, como vocês dois. -Ele soltou um sorriso sem graça.

Fiquei calado ao vê-lo em devaneio com algum pensamento, ele parecia se imaginar em meu lugar, tendo algum amigo desde a infância.

-Você não tem muitos amigos, não é? -Perguntei.

Jean me olhou sem graça e tentou disfarçar a tristeza.

-Não muito. As pessoas só querem ser meus amigos quando tem algum trabalho difícil para fazer ou o dever de aritmética. -Disse ele sem graça.

-Poxa, mas você é um cara legal.

-É, mas nem todos pensam assim. -Ele soltou um suspiro. -Mas enfim, agora eu preciso revisar algumas coisas no meu caderno.

-Tudo bem, vai lá. Valeu pelo papo. -Agradeci ele.

-Não tem de que, quando quiser conversar, sabe onde eu estou.

Olhei confuso pra ele.

-Quero dizer ali, na minha carteira, ou na biblioteca, mas tem os corredores também. -Ele ficou pensando em voz alta.

-Tudo bem Jean, eu entendi. -Ri.

Fiquei pensando no que ele havia dito, "as pessoas acabam passando por alguma briga que um dos dois não olha mais na cara do outro", será que esse seria o motivo de que a nossa amizade iria acabar? Não! Eu não posso deixar que aquela cena que vi me incomode mais, ele é livre para namorar quem ele quiser, mesmo sendo alguém que eu não aprove, mas é a vida dele. Não vai ser isso que vai pôr um fim na nossa amizade.

Ouvi o sinal tocar e as pessoas entrarem na sala. Alguns passaram por Jean começaram a paparicar ele, como ele mesmo disse, as pessoas são amigos dele quando querem algo e isso era um pouco triste de se pensar, porque ele pode não ter ninguém com quem contar.

Luke se sentou em sua carteira e nem percebi, eu estava ainda pensando na situação de Jean.

-Está me ouvindo? -Perguntou ele.

-O que?

-Qual é, eu estava aqui me desculpando e você nem prestou a atenção em mim? -Disse ele chateado enquanto abria o caderno.

-Eu estava pensando em outra coisa agora. -Falei.

-Nossa, quanta grosseria. -Disse Luke.

Apenas olhei pra ele com desaprovação do comentário.

Gina andou em direção da carteira dele, toda feliz. Luke virou a cara e fingiu não vê-la chegando.

-Oi Luke. -Disse ela se sentando em cima de sua carteira.

Revirei os olhos para os dois, peguei o livro em minha mochila e comecei a folheá-lo.

-O-oi Gina.

-E então, como foi o recreio. -Disse ela com um sorriso enorme no rosto.

-Ah, foi tranquilo. -Disse ele um pouco nervoso.

-Se quiser repetir amanhã, eu vou te esperar.

-Não, tudo bem. E-eu.... Eu tenho que fazer o trabalho com o Lian, então foi mal. Deixa pra outro dia. -Disse ele arrumando uma desculpa.

-A gente não combinou nada para amanhã. -Falei enquanto folheava o livro.

-C-claro que combinamos, você que não está lembrado. Foi quando você estava falando com a professora.

Olhei pra ele e parecia pedir ajuda. Então concordei com ele a respeito do trabalho.

-Que pena, queria te mostrar algo a mais. -Disse ela se aproximando do rosto dele.

-É mas, fica para outro dia, talvez. -Disse ele tentando se esquivar dela.

Gina se levantou e saiu toda sorridente para a sua carteira.

-Acredita que ela me deu um beijo a força? -Sussurrou ele. -Ela é maluca.

-Pensei que você gostasse dela.

-Não dessa maneira, você está louco? -Disse ele fazendo gesto na cabeça.

-Mas então, você não está afim dela?

-Claro que não. Porque eu estaria?

-Sei lá, você fica num grude com ela e até me ignora quando ela te manda mensagens. -Desabafei.

-Então é por isso que você está dessa maneira, está pensando que te troquei por ela? -Ele sorriu.

-Não... Não é nada disso. -Falei corado.

-Relaxa que isso nunca vai acontecer, está bem? Não existe ninguém que possa fazer com que eu te troque. -Ele piscou e sorriu para mim.

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