| Desconstrução

   Para desconstruir algo, primeiro precisamos ter algo erguido– construído– sejam muros ou pontes, que te bloqueia ou te serve de atalho. Não devemos desconstruir coisas que nos trás positividade, tranquilidade, paciência, amor e seus sinônimos, mas certamente é correto desconstruir amizades tóxicas, pensamentos negativos, mentiras.

   Sim, o que eu estou lhe falando é a coisa mais óbvia do mundo, tão óbvia que chega a ser maçante, cansativo, irritante. Não vou lhe dar bons exemplos, pelo menos não os meus, não neste ponto, senhoras e senhores, me chamem de "contrariedade".
Sei que não sou a única, às vezes fazemos completamente o oposto do que é certo, principalmente do que é se trata de nós mesmos, ao invés de investir em positividade, a maioria de nós investe em confusão, o que nem sempre é bom.

" Ok Athena isso a gente já sabe!"

   Uau! Todos sabem! Mas, e a conscientização? Eu estou te fazendo sim essa pergunta, mas eu estou me fazendo essa pergunta também. Eu disse que não seria sua instrutora ou fada madrinha das idéias. Eu sou uma confusão cínica, saber e não procurar conscientização é cinismo.
Preciso ( talvez você também precise) desconstruir a ideia de " se eu sou assim a culpa é do mundo!"
   Nem sempre meu amigo, algumas vezes precisamos aceitar que a culpa é nossa. Os nossos erros, as nossas falhas, as mentiras que saem das nossas bocas e da nossa imaginação. Algumas vezes, nós fazemos questão de nos atirar no fundo do poço, de sorrir querendo chorar e de imaginar que não estar tudo bem porque é favorável para nós não parecer bem em determinado momento!

É. Isso é péssimo.

   Às vezes não somos verdadeiros com nós mesmos, as vezes eu não sou. Reconheço, mas isso dói, sabe por que? Porque dizer que outra pessoa não é verdadeira é muito fácil, você se sente superior e correto. Soberba. A verdade é que se não julgassemos tanto, não nos sentiríamos mal em reconhecer e aceitar que erramos, que perdemos, o que é natural.

   Pessoas erram e perdem todos os dias, assim como ganham e acertam na mesma proporção!

   Não é difícil entender. O que parece difícil é abdicar do erro. Daquele erro que nos deixa confortável, daquele erro que já cometemos várias vezes. Precisamos abdicar deles.

   O correto é a desconstrução, do medo, principalmente quando se trata das consequências de fazer a coisa certa e de tantas outras limitações que nos impede de desconstruir o que não nos faz bem.
   Não há nada de absurdo em errar, nadinha. O que seria de nós sem erros? Mas o que somos cometendo sempre os mesmos erros?

    Abdique. Abra mão e livre- se do que não te faz bem. Isso lhe diz alguma coisa? Espero que sim, apesar de serem apenas  palavras. Palavras que eu irei ler e pensar por um tempo, mas quando chegar no momento crucial de por em prática eu mal sei se irei conseguir. Então vamos começar por um momento não tão crucial assim.

   Diga algo que não lhe serve, algo que não te faz bem e você insiste porque é tão teimoso/teimosa quanto eu. Pode ser algo simples, não precisa ser " o maior problema da sua vida".

   Ok. Se você não disse, mas pensou tudo bem. Eu gosto de comentários visíveis, mas se você fez apenas para si mesmo, para mim também é válido.

    Agora pense, sinta e forme um elo consigo mesmo, tente abdicar-se disso. Eu irei abdicar de algo também. Pode ser algo simples para você, mas para mim é um grande problema, é algo que eu não gosto de fazer, mas sei que é necessário, então não posso ficar presa a um erro. Eu não gosto de arrumar a casa.

   O que foi? Eu disse que podia ser uma coisa simples. No decorrer deste livro, se você me suportar, abdicaremos, juntos, de problemas maiores. E então iremos perceber que continuar com os mesmos erros é abdicar da nossa própria paz de espírito e que nesses casos, a desconstrução é necessária.

    Se você quiser começar a abdicar de algo maior do que uma ação prática, simples, pode começar por abdicar de algo em si mesmo, no meu caso vai além do arrumar a casa, é a disciplina que será aplicada.

   Só mais uma coisa, não se apegue apenas a essas palavras, apegue-se ao que você sentiu ao lê-las, se você não sentiu nada, pense nos seus próprios erros e escreva com suas próprias palavras o que sente. Se for ruim, ao menos tente. Desconstrua.

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Se você se identifica com essa confusão, ou com essas palavras deixe seu voto. Eu não vou dizer que é para crescer o livro ou coisa do tipo, mas só para saber que eu não estou nessa sozinha mesmo ;)

Ah, me diz o que tu achou, eu também gosto de comentários visíveis :D

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