Sua camiseta preta estava praticamente colada nas costas pelo suor, calças pesadas ecoando pela sala, ricocheteando nas paredes da academia vazia e mal iluminada. Ele balançou a mão direita, depois a esquerda, depois a direita; cada soco ficava cada vez mais poderoso quando seus punhos se conectavam ao saco de pancadas de lona, ​​fazendo recuos na areia, lágrimas começando a aparecer pelo simples uso dele. Ele não pôde evitar. Sua mente estava atormentada com os pensamentos de um certo garoto de cabelos rosa, e ele não conseguia entender o porquê. Desde o momento em que o garoto fez contato visual com ele naquele primeiro dia, foi como se tivesse esquecido de todos os outros. Quando seus lábios se conectaram com outro, tudo o que ele imaginou foi Jimin. Quando alguém estava de joelhos para ele, tudo o que ele imaginava era Jimin e seus lábios carnudos e rosados ​​sobre seu pau.

Jimin. Jimin. Jimin.

Essa era a única coisa que passava por sua mente, e ele estava cansado disso!

Com um último soco, colocando todo o seu peso atrás do punho, ele parou. Seu peito estava arfando, a respiração ofegante e os olhos ainda cheios de fogo. Ele caminhou até a arquibancada, pegando a garrafa de água no suporte e tomou grandes goles enquanto se sentava na madeira fria.

Jungkook ainda não conseguia aceitar o fato de que ele praticamente contou tudo a Jimin. Ele não sabia por que fez isso, nem sabia se era a decisão correta ou não. Mas algo sobre Jimin o fez não querer se esconder. Ele não queria ser desonesto. Mas acima de tudo, quando ele viu Jimin em pé na frente de uma arma, mesmo que fosse de Jin... Algo dentro dele quebrou. A mera idéia do garoto de cabelos rosa se machucar era como um soco no estômago que Jungkook nunca poderia se recuperar. Ver Jimin pular na frente da arma apenas por ele... Bem, esse era um sentimento totalmente diferente que Jungkook não conseguia explorar.

Havia um calor toda vez que ele via o Jimin sorrir. Um calor que se espalhava por todo o peito. A maneira como seus olhos se enrugaram ou se transformaram em crescentes quando ele riu, se jogando em qualquer coisa e em qualquer pessoa que estivesse perto. O jeito que seus olhos se arregalavam com cada novo hematoma que Jungkook tinha, ou como seus lábios se sentiam sobre o queixo de Jungkook, gentis e macios, como se tivessem medo de machucá-lo.

Merda.

Jungkook estava muito fundo.

Ele mal conhecia o garoto! Como é que Jimin já tinha tanto poder sobre ele.

Jungkook não foi feito para esta vida. Ele não foi feito para amar! Ele não era para ser macio! Ele não era para ser vulnerável! Este era um território desconhecido.

O estrondo do telefone de Jungkook o tirou de seus devaneios, trazendo-o de volta à terra. Ele enfiou a mão na mochila, procurando até encontrá-lo.

- Jin? - Ele respondeu, olhando o nome do contato.

- Kook.

- E aí? - Jungkook perguntou.

- Hobi. Ele está acordado. - Jin disse, indo direto ao ponto.

- O que?! - Jungkook disse, praticamente pulando fora do assento: - Ele está bem? Yoongi está bem? Posso ir? Devo ir agora?! Você sabe o que, eu estou indo...

- Não. - Jin disse a ele, cortando-o.

- O quê? Por quê? Aconteceu alguma coisa?

- Kook, Archer não esfaqueou Hobi.

- Então quem fez?! - Ele perguntou.

- Eu não sei, mas preciso de mais informações, mais detalhes. - Jin disse, balançando a cabeça: - Eu acho que é sobre a informação que já tenho.

- Quer que eu pesquise? - Jungkook perguntou.

- É arriscado.

- Eu dou conta disso. - Ele assegurou ao garoto mais velho.

- Tudo bem. Vou lhe enviar as informações. - Jin disse a ele.

- Eu vou direto ao assunto.

- Jungkook. - Jin disse, antes que o garoto pudesse desligar.

- O que?

- Mantenha isso entre nós por enquanto, sim? - Jin disse.

- Como em...

- Não conte a Yoongi.

- Eu não vou mentir para ele. - Alertou Jungkook. - Você sabe disso.

- Eu sei. - Disse Jin. - Não disse mentir. Só disse para não contar a ele.

- Se ele perguntar...

- Nós vamos lidar com isso quando atravessarmos a ponte. - Jin disse a ele: - Mas por enquanto...

- Envie-me a informação. - Jungkook disse e desligou, passando os dedos pelos cabelos.

Isso seria uma boa distração. Isso garantiria que ele não pensasse no garoto.

[...]

- Você não contou a ele. - Taehyung disse, assim que Jimin fechou a porta.

- Eu não fiz. - Ele respondeu, sério.

- Você devia ter. - Taehyung disse a ele, decepcionado.

- Você não conheceu Jin. - Jimin falou, como se isso fosse uma desculpa válida.

- Como isso importa agora, Jimin?! - Taehyung perguntou, quase gritando: - Nosso melhor amigo está namorando alguém que lidera a maldita máfia!

- Eu sei.

- Você sabe?! Porque se você soubesse, tenho certeza que teria dito a ele! - Taehyung disse, gritando.

- Eu sei, Tae, ok?! - Jimin gritou de volta: - Você não acha que eu queria contar a ele?! Deus, eu ia...

- Querer e realmente contar são duas coisas diferentes!

- Você sabia e também não contou, então não coloque a culpa toda em mim! - Jimin gritou, aproximando-se de Taehyung.

- Eu não contei a ele porque pensei que você iria! Isso é algo que você descobriu!

- Essas parecem ótimas desculpas, Taehyung!

- Qual é a sua desculpa então, hein, Jimin?! - Taehyung cuspiu.

- Eu preciso descobrir mais informações antes de dizer a Namjoon qualquer coisa. - Disse Jimin. - Pelo que vi, a algo que não sabemos.

- Seu trabalho! Sério ?! - Taehyung cuspiu: - Você está preocupado com o seu trabalho, agora?!

- Acalme-se, Tae. - Jimin disse: - Isso não é apenas um trabalho! Isso é sobre todos nós! Essas pessoas são perigosas...

- Exatamente por isso deveríamos ter dito a ele, Jimin! Ele poderia estar em perigo!

- Estou colocando você em perigo, deixando você saber quem é Jin! Estarei colocando Namjoon em perigo contando a ele. - Jimin falou. - Olha, Taehyung, pense com calma, tudo bem. Eu sei que você está preocupado com Joon, assim como eu. Mas Jin é potencialmente perigoso. Ele me ameaçou por uma conversa na qual eu não tinha absolutamente nenhum contexto! Se Namjoon descobrir isso, vai imediatamente exigir explicação. Você imagina o que Jin faria se descobrisse que Namjoon, você e eu, todos nós sabemos sobre ele e sua gangue?

- E daí? - Taehyung disse: - Você só vai mantê-lo no escuro?

- Por enquanto. - Jimin disse: - Deixe-me descobrir mais, ok? Eu já estou dentro, eu só preciso de um pouco mais...

- Você está com esses caras há uma semana e eles já são mais importantes que seus amigos de verdade. - Taehyung zombou.

- Você sabe que não...

- Espero que valham a pena, Jimin. - Taehyung disse, pegando seu casaco e caminhando até a porta: - Espero que valha a pena perder seus amigos de verdade.

E com isso, Taehyung bateu a porta da frente, deixando Jimin para trás, sozinho.

[...]

Jimin acordou cedo. Yoongi pediu para ele abrir a academia novamente, dizendo que ele tinha outro lugar para estar e que Jimin poderia praticar sozinho, se quisesse, ou esperar até Jungkook chegar.

Quando ele chegou à academia, a porta já estava aberta. Jimin sentiu uma onda de medo frio correr através dele. As coisas mudaram depois que ele descobriu que a academia era basicamente um esconderijo de gangues. E se houvesse mais pessoas aqui com armas? O que ele faria então?

- Olá? - Jimin chamou a academia escura, enquanto atravessava a porta rangendo, dando passos pequenos e calculados. - Q-quem está aí?

Sem resposta.

Ele se aproximou da parede, acendendo a luz e esperando que o brilho lavasse um pouco do seu medo. Mas não ajudou.

- Eu-eu tenho uma arma! - Ele falou, não tendo nada na mão, a não ser uma mochila e um telefone.

Jimin caminhou pela academia, passando pelo ringue e percebeu que a porta do escritório de Yoongi estava aberta. Ele olhou em volta, esperando encontrar algo que pudesse usar como arma, se fosse o caso. Ele ainda não estava confiante em suas habilidades no boxe, apesar de ter melhorado seus golpes. Jimin tinha certeza de que quem quer que fosse, provavelmente tinha mais experiência do que ele.

- O-olá? - Jimin gaguejou, pegando o haltere mais leve da prateleira com um tinido e caminhando em direção ao escritório lentamente.

Ele empurrou a porta, pronta para bater em quem quer que estivesse lá dentro, mas uma mão o parou, agarrando seu pulso e segurando-o com força. Jimin ofegou quando o haltere foi arrancado de sua mão e colocado na mesa ao lado da porta.

- Da próxima vez que você quiser pegar alguém, não anuncie todos os seus movimentos.

- O que você está fazendo aqui? - Jimin perguntou.

- A melhor pergunta seria: por que diabos você é tão ruim em se esgueirar por aí?

- Não é uma habilidade que é ensinada na escola. - Disse Jimin, revirando os olhos, o pulso ainda ao alcance do homem.

- Você deveria ter mais cuidado. - Disse Jungkook.

- E você deveria ter me dito que era você, em vez de me assustar assim! - Jimin rebateu.

- Eu queria ver o que você teria feito se fosse um intruso. - Jungkook explicou. - E você foi terrível.

- O que você esperava que eu fizesse?! - Jimin zombou.

Jungkook olhou para ele, inclinando a cabeça levemente.

- O que há de errado com você?

- Desculpe? - Jimin disse, zombando, arrancando seu pulso das mãos de Jungkook.

- Eu não quis dizer isso. - Jungkook falou, revirando os olhos. - Eu quis dizer... que algo está errado com você. Você não é o seu eu normal.

- Eu tenho um eu normal agora?

Jungkook queria assentir e dizer que "seu eu normal era sorridente". Jimin chegava neste lugar escuro e iluminava tudo imediatamente. O garoto de cabelos rosa, por mais que Jungkook não quisesse admitir, era uma presença bem-vinda na academia. A academia não parecia mais tão chata... Ele não estava mais tão chato... Havia sempre esse vazio no ginásio que Jungkook nunca poderia explicar, mas com Jimin aqui, o sentimento desapareceu completamente.

Mas, em vez disso, Jungkook disse:

- Nós temos.

Jimin suspirou e se encostou no batente da porta, sem entrar no escritório de Yoongi.

- Você pode entrar, você sabe. - Disse Jungkook, recostando-se na cadeira de couro em frente ao computador que estava empoleirado na mesa.

- Eu não posso. - Jimin falou, balançando a cabeça. - Yoongi disse que seu escritório estava fora dos limites.

Jungkook não pôde evitar o sorriso que apareceu em seu rosto:

- Você era uma daquelas crianças que sempre seguiam as regras da escola, não era?

- E você foi quem as quebrava.

- Onde está a graça de colorir dentro das linhas. - Disse Jungkook.

- Se você colorir fora das linhas, a imagem nunca será concluída.

- Se você permanecer dentro das linhas, sua imagem é igual à de todos os outros. - Jungkook falou

- Você é mais sábio do que parece. - Comentou Jimin.

- É por isso que sou a pessoa perfeita para explicar o seu problema. - Falou Jungkook. - O que está incomodando você?

- É estúpido. - Disse Jimin, ignorando.

- Se fosse estúpido, não estaria incomodando você. - Jungkook declarou. - Claramente é importante.

- Você não quer ouvir sobre isso de qualquer maneira.

- Se não quisesse, não teria perguntado.

Jimin soltou um suspiro, sabendo que Jungkook não iria desistir até ele se abrir. O que é pior que poderia acontecer de qualquer maneira?

- Eu briguei com meu melhor amigo ontem à noite, só isso. - Jimin falou. - Eu pensei que hoje estaríamos bem. Normalmente, enviamos uma mensagem um para o outro de bom dia e gostamos de nos ver durante o dia, mas ele saiu eu não falou até agora...

- Este é o melhor amigo que você trouxe para a partida no outro dia?

- Você lembrou. - Jimin disse surpreso. - Eu nem apresentei vocês dois.

- Oh... eu uhh... sim... - Jungkook gaguejou, pigarreando. - Você o mencionou algumas vezes, só isso.

- Sim, é ele. - Disse Jimin.

- Sobre o que foi a briga?

Jimin congelou. Ele não podia dizer a Jungkook que a briga era sobre Namjoon, que era o namorado do seu líder de gangue e que ele contou a Taehyung sobre toda a conversa no dia anterior.

- Apenas sobre esse amigo e um segredo. - Jimin disse, mantendo o mais vago possível.

- O que tem isso?

- Tanto eu quanto ele sabemos um segredo sobre esse nosso amigo em comum. E é algo que pode... mudar tudo. - Jimin disse, tentando encontrar as palavras certas: - Eu não contei a esse amigo o segredo, mas ele também não e ficou com raiva de mim.

- Por que você está mantendo esse segredo do seu amigo em primeiro lugar? - Jungkook perguntou.

- Porque o conhecimento da informação coloca as pessoas em perigo. - Foi tudo o que Jimin disse.

- O mesmo acontece com guardar segredos.

- Oh sim? - Jimin desafiou, cruzando os braços na frente do peito: - E você acredita nisso? De todo o coração?

- Eu faço. - Jungkook confirmou com um aceno de cabeça.

- Tudo bem então. - Jimin disse: - Quando você me contou sobre a gangue ontem, você disse que eu precisava saber. Por que você manteria o resto das informações escondido de mim se soubesse que não era perigoso?

- Ponto valido. - Jungkook disse, surpreso com o pensamento de Jimin.

- Exatamente.

-Então, o que você vai fazer? - Jungkook perguntou.

- Eu não sei. - Disse Jimin com um suspiro. - Não posso me desculpar se não estiver falando sério. Ele já sabe como me sinto sobre isso e sei como ele se sente.

- Como ele se sente?

- Ele acha que nosso amigo deve saber tudo. Eu não. - Jimin disse: - Preciso de mais informações antes de poder dizer algo ao amigo. Isso não afeta apenas nosso amigo. Afeta mais pessoas do que apenas nós três.

Jungkook saiu da cadeira, caminhando em direção a Jimin, cujos olhos estavam rastreando todos os seus movimentos.

- Vamos lá. - Jungkook ordenou.

- Para onde estamos indo? Não podemos sair da academia. - Jimin disse.

- Apenas me siga. - Disse Jungkook.

- Você não tem trabalho a fazer? Parece que você estava pensando profundamente lá. - Jimin falou, apontando para o computador.

Jungkook olhou para trás, sabendo que as informações que Jin enviou estavam lá. Ele estava planejando um plano quando Jimin entrou. Mas agora, ele não se importava. Ele queria passar um tempo com Jimin. Ele precisava animá-lo. A carranca no rosto do menino de cabelo rosa era algo que ele não suportava. Ele precisava fazê-lo sorrir novamente, mesmo que fosse a última coisa que ele faria.

- Não. - Jungkook disse: - Não tenho nada importante a fazer.

- Onde estamos indo? - Jimin perguntou novamente: - E o ginásio? Eu disse a Yoongi que não iria...

- Confie em mim. - Jungkook disse, estendendo a mão e agarrando a mão de Jimin.

Jimin olhou para os dedos entrelaçados e depois olhou de volta para o garoto de cabelos negros que se erguia sobre ele.

- Eu confio em você.

Jungkook sorriu para ele. Real e genuíno. Covinha saindo de sua bochecha esquerda. Jimin jurou que podia ver um brilho nos olhos do boxeador.

- Vamos lá. - Disse Jungkook, puxando-o para fora da sala, fechando a porta atrás dele.

Jimin não sabia muito sobre esse mundo, mas se ele pudesse dizer uma coisa, seria isso: o sorriso de Jungkook, estava se tornando sua maravilha favorita do mundo.

[...]

Jin entrou no quarto do hospital, desligando o telefone enquanto atravessava o batente da porta, fechando-o atrás dele.

- Onde está Yoongi? - Foi a primeira pergunta que ele fez.

- O fiz descer as escadas para a cafeteria. - Respondeu Hoseok.

- Estou surpreso que ele tenha saído do seu lado. - Disse Jin, sentando-se ao lado da cama de Hoseok.

- Seu estômago estava roncando tão alto, mas ele continuou insistindo que estava bem. - Hoseok falou, balançando a cabeça. - Eu basicamente tive que ameaçar puxar esse gotejamento IV da minha mão para ele sair.

- Ele está preocupado com você. - Disse Jin. - Não saia do seu lado quando esteve sob esses remédios. Estou surpreso que ele tenha ido embora agora.

- Ele se preocupa demais. - Hoseok falou com carinho.

- Você pode culpá-lo com a linha de trabalho em que estamos?

- Jin. - Disse Hoseok.

- Sim?

- Você ainda não está se culpando, não está?

- Hobi... - Jin suspirou.

- Não é sua culpa, Jin. - Hoseok faliu. - Você é muito duro consigo mesmo e isso tem que parar! Com o que fazemos, vamos nos machucar de um jeito ou de outro. Você não pode se culpar por cada corte e contusão que recebermos!

- Você estava em coma! Você sabia disso? Eles tiveram que induzir clinicamente um coma para que seu corpo pudesse se curar! - Jin disse a ele: - Como isso não é culpa minha?

- Foi você quem segurou a faca? Foi você quem me forçou a ingressar nessa gangue em primeiro lugar? - Hoseok disse: - Não! Essa foi minha escolha! Eu sabia no que estava me metendo.

- Eu deveria estar com você Hobi. - Disse Jin, balançando a cabeça.

- Você estava comigo de qualquer maneira!

- Eu estava! Mas então Namjoon ligou e eu... - Jin disse, arrependido.

- Você não poderia ter previsto o futuro, Jin. - Hoseok falou gentilmente. - Você não sabia que isso iria acontecer. Você pode amar e ser amado. Você não é apenas um líder de gangue. Jin. Você é humano. Você tem sentimentos. Você tem um coração que precisa ser amado e precisa amar. Isso não é algo pelo qual você deve se desculpar.

- Hoseok, não é tão simples...

- Vou lhe contar quem me apunhalou, se você me prometer uma coisa. - Disse ele, mais sério agora.

- O que?

- Eu sei quem me esfaqueou. - Hoseok disse: - E definitivamente não era aquele cara na foto que você me mostrou.

- Quem foi?

- Não. - Hoseok disse petulantemente: - Eu não vou lhe dizer nada, a menos que você me prometa uma coisa.

- Bem. - Jin disse: - O que é isso? Que promessa eu tenho que fazer.

- Me prometa que você vai parar de se culpar por tudo. - Hoseok disse: - Prometa-me que você será mais gentil consigo mesmo.

- Vou tentar. - Jin prometeu.

- Isso é bom o suficiente para mim. - Hoseok falou. - Mas significa que você não pode se culpar por isso. Pelo que aconteceu comigo.

- Tudo bem. Eu prometo.

- Veja! Isso foi tão difícil? - Hoseok falou, o sorriso brilhante em forma de coração crescendo em seu rosto.

Jin sorriu para ele com carinho. Ele tinha sentido falta disso. Ele sentira sua falta. As coisas não eram tão brilhantes sem Hoseok por perto.

- Agora, mostre-me a foto e me pegue esse infeliz. - Hoseok disse, movendo-se lentamente na cama para ficar mais confortável, ignorando a dor que atravessou sua cintura, o efeito do medicamento acabando.

- Seu namorado vai me matar se descobrir o que estamos fazendo. - Jin murmurou, percorrendo sua galeria de fotos.

- Estamos em um hospital. - Hoseok brincou. - Eles vão consertar você muito bem.

Jin riu, balançando a cabeça com carinho.

- Espere, pare. - Hoseok exclamou.

- O que?

- É ele? Esse é o namorado? - Ele perguntou, sorrindo.

- Eu vou falar sobre ele mais tarde! Estamos meio que sem tempo se você não notou! Yoongi pode voltar a qualquer segundo!

- Certo, desculpe. - Disse Hoseok rapidamente. - Continue.

Jin puxou a foto de Archer, passando o telefone para Hoseok.

- Descobrimos que foi ele.

- Quem é esse?

- O nome dele é Archer. Pelo que sabemos, ele foi contratado pelo clã Hwan. - Jin o informou.

- O quê mais?

- Você não era o alvo dele. - Jin falou, sentindo a culpa em sua voz.

- O que?

- Não sabemos quem era seu alvo. Ele disse que recebeu uma foto e uma ordem para feri-lo. - Disse Jin. - Mas ele feriu a pessoa errada.

- Mas ele nem estava carregando uma arma naquela noite, não uma faca. - Disse Hoseok.

- Quem era?

- Havia dois outros homens com ele. -Hoseok explicou. - Os dois tinham a mesma tatuagem.

- Você não quer dizer...

- Um crânio rachado com uma coroa no topo. - Concluiu Hoseok.

- Clã Hwan. - Jin disse: - Quantas contas havia na coroa? Você se lembra?

- Duas.

- Eles não são tão altos assim. - Jin pensou em voz alta.

- E agora? - Hoseok perguntou, passando o telefone de volta para Jin.

- Eu vou descobrir alguma coisa. - Jin falou. - Ainda estou esperando algumas informações.

- Por que eles estão nos atacando de repente? Pensei que tivéssemos essa declaração de paz?! - Hoseok oerguntou.

- Eu não sei, Seok.

- Posso perguntar uma coisa que você sabe?

- O que?

- Aquele seu namorado, - disse Hoseok, um entusiasmo infantil nos olhos: - conte-me tudo sobre ele!

[...]

Jimin olhou em volta, observando o ambiente ao lado de Jungkook na fila.

- O que? - Jungkook perguntou, percebendo como Jimin ficou quieto.

- Nada. - Ele respondeu balançando a cabeça.

- Você estava esperando que eu o levasse a algum beco escuro no meio do nada e matasse você ou algo assim?

- Suas palavras, não minhas. - Jimin murmurou.

- Eu também gosto de café. - Disse! Jungkook.

- Isso é fofo. - Jimin disse.

Ele olhou em volta para o pequeno e acolhedor café. Ele nunca encontraria se não tivesse sido apresentado a ele, devido aos imensos edifícios que quase construíam um forte ao seu redor. Bolos e bolos eram exibidos na frente, ao lado da caixa, e o menu de bebidas estava escrito com giz colorido no quadro, além de alguns desenhos extravagantes e citações inspiradoras. Jimin respirou fundo, bebendo o aroma de pão e café recém-assados. Ele não conseguia se lembrar de um momento em que acordou cedo suficiente para parar e tomar um café da manhã tranquilo. Antes disso, era sempre vai e vem, vai e vem. Na corrida da vida, não há misericórdia para quem decide fazer uma pausa e parar.

- Jungkook! Você voltou! - O caixa o recebeu com um sorriso caloroso e olhos cansados.

- Já faz um tempo, não é? - Jungkook respondeu, os lábios se curvando em um sorriso, os olhos suavizando.

- Pensamos que você tinha se esquecido de nós. - Ela brincou.

- Nunca! - Ele respondeu, dramaticamente ofegando com o pensamento.

- O seu de sempre? - Ela disse, já dando um soco na ordem.

- Isso mesmo. - Ele disse, virando-se para Jimin. - O que você gostaria?

- Cappuccino quente e o um croissant, por favor. - Disse ele educadamente.

- Chegando logo. - Ela falou, dando-lhes uma placa com o número da mesa e instruindo-os a se sentarem enquanto ela preparava tudo.

- Você parece regular aqui. - Jimin falou enquanto se sentavam.

- É um bom lugar. - Disse Jungkook, quase na defensiva.

- Eu gosto. - Declarou Jimin. - É confortável. Quase isolado.

- É por isso que eu gosto. - Disse Jungkook, olhando em volta para as paredes azuis claras e as fotos penduradas nela, uma visão que ele veio a adorar.

- Como você achou isso? - Jimin perguntou.

- Eu estava andando um dia e me deparei com ele. - Respondeu o boxeador.

- Eu sinto que há algo mais que você não está me dizendo. - Disse Jimin, desconfiado, um sorriso quase provocador no rosto.

- Não. Nada. - Jungkook falou, pigarreando, tentando manter a expressão estoica em seu rosto.

- O que é isso? - Jimin perguntou.

- Eu não tomo café. - Jungkook admitiu.

- O que?

- Eu não tomo café, e este foi o único lugar que eu achei quieto o suficiente para que eu não sentisse vergonha de pedir outra coisa. - Jungkook murmurou.

Jimin não pôde deixar de arrulhar o quão cativante Jungkook estava sendo.

- Eu encontrei este lugar quando tinha 16 anos. - Disse Jungkook, - Quero dizer, não é como se eu estivesse envergonhado agora por...

- Aqui está o seu chocolate quente com chantilly extra e eu até adicionei os marshmallows rosa que você gosta. - Disse o caixa, colocando a bebida na frente de Jungkook, que se enrijeceu: - E aqui está o seu bolinho de canela.

- Obrigado. - Jungkook murmurou, as orelhas ficando vermelhas.

- E este é o seu café com um croissant. - Disse ela, colocando a comida de Jimin na frente dele. - Aproveitem, pessoal!

Jimin tentou reprimir uma risadinha.

- Nenhuma palavra. - Jungkook disse, entre dentes.

- Eu não disse nada! - Jimin se defendeu.

- Você estava pensando. - Jungkook murmurou.

- É só que...- Jimin disse, rindo e cobrindo a boca. - Você é esse garoto grande e lustroso, um bad boy que tem hematomas por toda parte. Mas, ao mesmo tempo, você gosta de chantilly e marshmallow rosa no seu chocolate porque você não gosta de café.

- Onde você quer chegar?

- Toda vez que eu acho que já descobriu tudo, você me surpreende. - Jimin falou, com um sorriso no rosto.

- De um jeito bom ou ruim?

- De alguma forma. - Ele respondeu vagamente.

Jimin sorriu para ele, pegando sua xícara e tomando um gole tentativo do café, antes de colocá-lo novamente. Ele olhou para o croissant e cortou um pedaço.

- Fato engraçado! - Jimin disse, empolgado ao morder a massa folhada, - Croissants são franceses para 'Crescent Moon' (Lua crescente).

- O que?

- Eles são nomeados croissants em função da forma do pão ser igual a lua. - disse Jimin.

- Como você sabe disso?

- Oh, vamos lá, Kookie! - Jimin disse: - Você deve conhecer alguns fatos estranhos aqui e ali!

- Eu não. - Jungkook disse, usando a colher para pegar um pouco de chantilly, ignorando como seu coração pulou uma batida com o apelido que Jimin deu a ele.

- Claro que sim! Todo mundo faz! - Jimin disse.

- Quanto você sabe?

- Algumas. - Ele respondeu: - Tipo, tudo bem, aqui está uma! A unha do dedo médio é a que cresce mais rapidamente entre as dez.

- Por que você sabe disso?

- É um fato divertido! - Jimin defendeu.

- Mas como...

- Eu realmente não consigo dormir bem à noite, então... - Jimin disse, parando, tomando outro gole de café.

Após um momento de silêncio, Jungkook falou:

- O ouvido tem o menor osso.

- O que? - Jimin disse, se animando novamente.

- A orelha. - Jungkook disse, segurando uma parte da orelha: - Tem o menor osso, bem por aqui. É chamado estribo, e tem literalmente milímetros de comprimento.

- Este é provavelmente o meu fato favorito. - disse Jimin, puxando a cadeira para mais perto da mesa. -A mesma coisa que alimenta o sol, alimenta uma bomba de hidrogênio.

- O que alimenta o sol? - Jungkook perguntou: - Não é... apenas o sol?

- Não. O poder de fusão. - Respondeu Jimin.

- Eu não sabia que você gostava de espaço. - Disse Jungkook.

- Acho que ainda temos muito a aprender um sobre o outro. - Jimin disse, os olhos enrugando enquanto sorria, as bochechas inchando.

- Fofo. - Jungkook não pôde deixar de dizer, um sorriso se formando em seu próprio rosto.

As bochechas de Jimin ficaram rosadas e ele rapidamente pegou sua xícara de café, tomando um gole na esperança de que Jungkook não tivesse notado o efeito que tinha sobre ele. Por mais que Jimin não quisesse admitir, sentia falta do toque ardente do homem de cabelos negros. Ele sentia falta da maneira como o boxeador o manejava, pegando-o como se não pesasse nada e batendo-o contra uma parede com os lábios nos dele. Ele sentia falta da maneira como suas mãos se sentiam em sua pele, queimando cada centímetro que ele tocava.

- Eu tenho um. - Jungkook disse, afastando Jimin de seus devaneios.

- O que?

- O grasnado de um pato nunca ecoa. Jungkook disse a ele.

- Realmente?

- Sim. - Ele respondeu com um aceno de cabeça. - Eu lembro de aprender sobre isso na aula de ciências.

- Eu nunca tinha notado antes... - Jimin disse, parando.

- Você está pensando em patos grasnando agora? - Jungkook perguntou, um sorriso divertido brincando em seu rosto.

- ...talvez. - Jimin disse, tomando outro gole de café.

Eles se acomodaram em um silêncio confortável, com Jimin mordendo sua massa e Jungkook mexendo o chantilly no chocolate quente.

- Jimin. - Jungkook chamou.

- Mhmm? - Ele cantarolou, os lábios ao redor da borda da xícara de café.

- Lembra do que eu te disse ontem?

- Meio difícil de esquecer. - Brincou Jimin.

- Eu quis dizer sobre a saída... - Jungkook disse, parando.

- O que tem isso?

- Você não usou? - Ele perguntou.

- Não. - Jimin respondeu, inflexivelmente.

- Por quê? - Jungkook perguntou surpreso.

- Porque, apesar de eu estar na academia há cerca de uma semana, não me sinto um estranho. Porque Yoongi me acolheu e me disse que seríamos uma família, e no começo eu realmente não acreditei, mas agora olho para vocês dois e sinto que pertenço aqui. - Jimin disse, sem saber o quanto disso era real e quanto foi fabricado.

Mas parecia funcionar, porque os olhos de Jungkook se suavizaram.

- Tem certeza de que não quer usá-lo? - Jungkook perguntou, esperando que sua resposta ainda fosse não, mas querendo ter certeza de qualquer maneira.

- Tenho certeza.

- É perigoso na academia, você sabe. - Disse ele.

- Para minha sorte, eu tenho duas pessoas para me proteger e me ensinar defesa pessoal. - Respondeu Jimin.

- Você pode morrer. - Jungkook disse mais abruptamente.

- Todos nós temos que morrer um dia. - Jimin deu de ombros.

- Jin vai estar lá muitas vezes.

- Ele vai começar a me amar. - Jimin falou. - Ninguém pode resistir aos meus encantos.

- E se você decidir que isso foi um erro? - Jungkook perguntou.

- Será meu erro, e de mais ninguém. - Jimin disse a ele, o sorriso nunca deixando seu rosto.

- Você tem certeza disso Jimin? - Jungkook perguntou, suavemente.

- Eu nunca tive tanta certeza nessa vida. - Ele respondeu.

- E se eles fizerem você se juntar à gangue?

- Eles não podem me obrigar a fazer nada. - Jimin disse serio. - Mas eu vou me juntar se eu quiser e quando eu quiser.

- Ok então... - Jungkook disse, pensando em como ele estava errado por julgar o garoto de cabelo rosa pela aparência. Talvez ele não fosse tão frágil, afinal...

- Kook. - Jimin chamou.

- Sim?

- Como você se juntou à gangue? - Jimin perguntou.

- É uma história longa e complicada.

- Não é como se tivéssemos outro lugar para ir. - Disse Jimin, tomando outro gole de seu café agora morno, um sorriso crescendo em seu rosto.

- Eu encontrei a academia de Yoongi quando eu tinha cerca de 15 anos. - Jungkook falou. - Naquela época, não era tanto uma academia, mas um depósito abandonado. Eu disse a ele que queria aprender a me defender e ele foi gentil o suficiente para me acolher. Eu estava sozinho e não tinha ninguém, e Yoongi apenas... Ele largou tudo e cuidou de mim. Ele me vestiu, me alimentou e me ensinou tudo o que sabia.

Jungkook agitou distraidamente o chocolate quente, o brilho em seus olhos que Jimin admirava desaparecendo, e os olhos ficando mais escuros e quase sem vida quando Jungkook refletiu sobre o tempo.

- Houve dias difíceis, é claro. - Disse Jungkook. - Um onde não comemos direito porque mal tínhamos dinheiro para nós dois. Um onde o teto da academia quase desabou por causa da chuva forte e tivemos nos aconchegarmos juntos por causa do frio... Mas sempre soubemos que tudo ficaria bem no final, porque tínhamos um ao outro.

Jungkook sorriu agora, e Jimin sorriu com ele, ouvindo atentamente sua história.

- Então nós conhecemos Jin. Eu realmente não sei como nos tornamos melhores amigos, mas acabamos se do. - Jungkook falou, balançando a cabeça com carinho. - Jin, Yoongi e eu éramos inseparáveis. Nós fomos a todos os lugares e fizemos tudo juntos! Jin era o único de nós que tinha carro, então ele nos levava a todos os lugares. Lembro-me de um dia em que seu carro quebrou no meio do nada e andamos por trinta minutos, até chegarmos a uma praia. Outro foi que corremos na praia, jogando areia um no outro, construindo castelos, escrevendo as coisas mais estúpidas na areia e jogando um ao outro no mar. Esse foi provavelmente o meu dia favorito. Mas então. - Disse Jungkook, os olhos escurecendo novamente. - Um dia, Jin nos chamou em pânico. Ele estava chorando por telefone, Yoongi e eu não conseguíamos entender o que ele estava dizendo. Basicamente, corremos todo o caminho até o outro lado da cidade onde ele morava, e ele nos disse que seu pai foi assassinado e que as pessoas o procurariam em seguida. Nós não sabíamos o que fazer. Quero dizer, o que você poderia esperar de um jovem de 17 anos, que literalmente acabou de se formar no ensino médio? Ou de dois com 20 e 21 anos que descobriu algo assim?! As pessoas da nossa idade estavam bebendo e indo a boates e tomando más decisões das quais provavelmente se arrependeriam quando a ressaca acontecesse, mas nós estávamos tentando escapar de assassinos reais.

Jungkook balançou a cabeça, recostando-se na cadeira com um escárnio.

- Para encurtar a história . - Disse ele, Fomos apanhados. Nesse momento, tivemos certeza de que morreríamos, que nos tornaríamos notícias de primeira página para os jornais. Mas não o fizemos. O pai de Jin tinha um amigo leal. Ele levou Jin para casa e explicou tudo para ele. Ele contou tudo sobre a gangue, os negócios, as pessoas que ele tinha sob seu controle... Ele disse que era a vez de Jin aprender a liderar e que ele ensinaria tudo. Era muito para absorver. Naquela noite, Yoongi, Jin e eu apenas sentamos na academia, nenhum de nós dizendo uma palavra, mas todos sabíamos o que o outro estava pensando.

- Você se juntou à gangue. - Jimin disse.

- Não. - Jungkook balançou a cabeça. - Nós esperamos até Jin aprender a ser um líder. Yoongi e eu treinamos cada vez mais, para que quando Jin finalmente assumisse o comando, estiversemos lá ao seu lado.

- Ele teve uma escolha? - Jimin perguntou: - Jin poderia escolher não participar?

- É o trono do pai dele. O legado do pai dele. - Jungkook disse: - Realmente não havia uma escolha a fazer.

- Mesmo que essa escolha envolvesse assassinato?

- Nós não matamos pessoas inocentes. - Jungkook disse, boca em uma linha dura.

Jimin não disse nada. Ele não queria dizer a coisa errada. Então ele apenas assentiu.

- Jin é realmente inofensivo quando você o conhece. - Jungkook falou, mais suave agora: - Ele é um cara muito legal, posso garantir isso. Todos nós tivemos vidas complicadas, e a gangue oferece uma sensação de conforto e família.

- Eles sabem que você está me dizendo isso? - Jimin perguntou, antes que ele pudesse se controlar.

- Não. - Jungkook disse.

- Por que você está me contando? - Ele perguntou.

- Porque eu confio em você.

- Oh. - Ele disse, quase inaudível.

Jimin jurou que sentiu seu coração pular uma batida com as palavras de Jungkook. Havia algo sobre isso que fazia o calor se espalhar por toda parte, fazia borboletas se formarem em seu estômago e o deixava tonto de uma maneira que nada mais fazia.

Jungkook não conseguia tirar os olhos de Jimin. Ele não conseguia tirar os olhos da maneira como seus olhos cresciam duas vezes mais, brilhando com reverência. Sua boca formou um beicinho natural quando ele olhou para Jungkook como se não acreditasse no que acabou de ouvir. Deus, Jungkook não queria nada mais do que agarrar o garoto de cabelos rosa e esmagar seus lábios nos dele.

Quando Jungkook estava prestes a dizer alguma coisa, seu telefone tocou com uma mensagem de texto.

- Você precisa entender isso? - Jimin perguntou.

Jungkook olhou para baixo.

📩 Jin

Encontrou o que procurava?

Jungkook leu a mensagem repetidas vezes. Em sua cabeça, ele sabia que Jin estava falando sobre as informações que ele havia lhe enviado antes. Mas agora, a única coisa que passava por sua cabeça era o garoto sentado à sua frente.

No início da manhã, Jungkook só conseguia pensar em destruir o garoto de cabelos cor de rosa. Ele queria vê-lo se contorcer e gemer sob seu toque. Ele queria ver aqueles olhos arregalados olhando para ele com lágrimas enquanto seus lábios carnudos estavam trabalhando em seu pênis, uma e outra vez.

Mas agora, Jungkook podia se ver apenas conversando com ele. Nada de sexual nisso. Ele podia se ver rindo de piadas, falando sobre tudo e falando sobre nada. Ele podia vê-los juntos, naquele café em que nunca havia trazido ninguém antes.

- Jungkook? - Jimin perguntou, preocupação em seus olhos. - Você está bem?

Jungkook olhou para Jimin, igualmente assustado e surpreso, com um pensamento em sua mente: eu encontrei algo que eu nem sabia que estava procurando. Jimin

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Oh, meu Jungkookie... Voce está completamente apaixonado, querido.