5. chapter five

- Taehyung. - Jimin chamou, o coração batendo rápido no peito.

- Jiminie! - Taehyung respondeu com um largo sorriso quadrado enquanto segurava o telefone próximo ao ouvido: - A que devo esse prazer?

- Tae, eu errei! Eu errei muito! - Jimin disse rapidamente, em pânico.

- Woah! Woah! Woah! Acalme-se. - Taehyung disse, sentando-se ereto em sua cadeira. - Respire, Chim.

- Tae, eu não posso! Eu não... Tae-por que eu... - Jimin disse, ficando sem fôlego.

- Jimin, acalme-se! Respire comigo. Respire devagar e profundamente. - Taehyung falou através do telefone.

Uma vez que ele tinha Jimin coerente o suficiente para entendê-lo, ele lentamente o persuadiu a dizer o que estava errado.

- Tae... - Jimin disse, mordendo o lábio.

- O que aconteceu? O que há de errado? - Taehyung perguntou calmamente, porém muito preocupado.

- Eu estraguei.

- Como?

- Você sabe como foi meu primeiro dia na academia? - Jimin disse, mais do que perguntou: - Bem, Yoongi, que é o instrutor, estava me ensinando enquanto Jungkook estava fazendo suas próprias coisas, mas então Yoongi recebeu uma ligação e saiu e então Jungkook que ficou me ajudando, mas uma coisa levou a outra, e nós meio que nos beijamos...

- Espere, você o que?!

- Nós... nos beijamos. - Jimin confessou, estremecendo: - Eu nem sei o que aconteceu! Ele estava consertando minha posição e a próxima coisa que eu sei é que seus lábios estava nos meus e minhas pernas estão em torno de sua cintura e estamos contra essa parede e...

- Ele é bom? - Taehyung perguntou.

- Tae!

- O quê? É para a ciência...

- Tae, Yoongi entrou e viu. - Jimin disse.

- Oh. Isso não é bom. - Taehyung falou.

- Você não acha que eu sei disso?!

- O que ele disse?

- Ele me pediu para sair. - Jimin sussurou ao telefone.

- Ele te expulsou? - Taehyung perguntou surpreso.

- Não exatamente...

- Então o que?

- Ele disse para voltar amanhã às 10? - Jimin falou: - O que isso significa?

- Acho que significa voltar amanhã às 10 horas.

- Tae, vamos lá, seja sério. - Disse Jimin, mordendo a ponta da unha do polegar.

- Eu não sei o que isso significa, Chim. - Taehyung disse a ele. - Eu não sou Yoongi, não posso lhe dizer o que ele está pensando.

- Estou ferrado, não estou? - Jimin suspirou: - Eu estava fazendo um progresso tão bom também! Eles iam me levar para uma partida amanhã e eu estraguei tudo por um beijo!

- Foi pelo menos uma bom beijo? - Taehyung perguntou.

-Realmente foi... - Jimin admitiu em voz baixa.

- Você acha que poderá entrar em outra academia?

- Não, a menos que eu seja experiente. - Jimin suspirou.

- Pela tempo que ficou lá, eu não acho que você é. - Provocou Taehyung.

- Tae. - Jimin reclamou.

- Cedo demais pra piadas?

- Muito cedo.

- O que fará agora? - Taehyung perguntou depois de um momento de silêncio.

- O que você está fazendo? - Jimin perguntou a ele.

- Estou no trabalho. - Disse Taehyung, girando em sua cadeira preta de trabalho, a gravata afrouxada quando ele mordeu a caneta já mastigada com o telefone perto da orelha.

- Você pode vir hoje à noite? - Jimin perguntou, fazendo beicinho, mesmo que Taehyung não pudesse vê-lo.

- Comida chinesa e um filme? - Taehyung perguntou.

- Sorvete também.

- Vamos convidar Namjoon. - Sugeriu Taehyung. - Eu não tenho notícias dele há algum tempo.

- Mais um cérebro para descobrir o que posso fazer. - Jimin falou.

- Você vai contar a ele sobre toda a coisa secreta? - Taehyung perguntou.

- Joon não consegue guardar segredo para salvar sua vida. - Jimin soltou uma risada. - Não há como eu dizer isso a ele.

- Talvez possamos finalmente ouvir sobre Lover Boy. - Disse Taehyung.

- Oh, eu espero que sim! - Jimin disse pegando as chaves de seu apartamento do bolso: - Eu preciso de uma distração agora mais do que qualquer coisa.

- Vejo você hoje à noite, Chim.

- Traga vinho a caminho daqui! - Jimin o lembrou antes de desligar.

[...]


- Yoongi! Jin já está aqui! Estou indo! - Jungkook chamou a academia vazia, a luz brilhando apenas no escritório de Yoongi.

Imediatamente, a porta do escritório se abriu e a cabeça de Yoongi espiou enquanto olhava para o jovem.

- Kook, seja c....

- Eu sei. - Disse Jungkook, balançando a cabeça para o homem muito cauteloso. - Cuidadoso.

- Sim. - Disse Yoongi, balançando a cabeça, tentando parecer calmo, mas não conseguiu evitar o aumento da ansiedade em seu estômago.

- Vou ficar bem, não se preocupe. - Assegurou Jungkook. - Quando eu voltar, podemos até treinar para a partida de amanhã!

- Você ainda irá lutar amanhã? - Yoongi perguntou, levantando a sobrancelha.

- É uma conversa para quando eu voltar! - Jungkook disse, saindo correndo pela porta antes que Yoongi pudesse dizer qualquer coisa. - Ok! Tchau!

- Jung.... - Yoongi disse, mas se deteve quando a porta se fechou com um rangido. Seus lábios se curvaram em um sorriso carinhoso quando ele olhou para a porta agora fechada, balançando a cabeça enquanto sussurrava para si mesmo: - Pirralho.

Jungkook caminhou em silêncio até o carro de Jin, fechando a porta do passageiro atrás dele e colocando o cinto de segurança.

- Você vai continuar me encarando, ou vai dirigir? - Jungkook perguntou, sem olhar para Jin enquanto afivelava o cinto.

- Você realmente vai fazer isso? - Jin perguntou, a voz baixa e séria.

- Eu estaria aqui se não fosse? - Jungkook disse, olhando para cima e inclinando a cabeça levemente.

- Kook, você sabe que eu não tenho muita informação e depois da última vez...

- Passado é passado. - Jungkook disse a ele: - Se eu vivesse lamentando o passado, não estaria aqui agora.

- Você quase morreu! - Jin disse a ele como se fosse uma informação nova.

- Mas eu não fiz.

- Você foi esfaqueado! Uma polegada mais alto e você não estaria aqui agora!

- Mas eu estou aqui. - Jungkook falou. - Estou vivo e estou aqui. Agora você vai dirigir ou vamos continuar com isso pelo resto da noite?

- Kook... - Jin suspirou, as mãos caindo do volante enquanto olhava para o garoto mais novo. - Tem certeza de que quer fazer isso? Você pode recuar agora e eu não teria nenhum ressentimento, juro...

- Eu irei fazer isto! - Jungkook disse com convicção: - Não por você, nem porque Yoongi pediu. Estou fazendo isso por mim e porque o bastardo do rato é a única conexão que temos com quem colocou Hoseok no hospital.

Ele olhou para o garoto mais velho com fogo nos olhos e as mãos em punho.

- Agora. - Ele disse. - Você vai dirigir ou eu tenho que encontrar meu próprio caminho para onde diabos quer que esteja este lugar!

Jin suspirou, mudando as marchas do carro antes de sair do estacionamento e entrar na estrada.

- Conte-me mais sobre essa pessoa. - Jungkook pediu.

- Eu não sei muito. - Disse Jin. - Mas pelo que me disseram, esse cara foi contratado. Eu não sei por quem e não sei por que. Tudo o que sei é que ele foi contratado por alguém do alto escalão para matar alguém da nossa gangue... Essa faca poderia ser para mim.

- Não se culpe. - Jungkook falou. - Você não poderia saber.

- Se eu não tivesse mandado Hoseok naquele dia... - Jin disse, a voz tremendo enquanto tentava ser forte.

- O que quer que tenha acontecido, aconteceu e quanto mais você continuar pensando sobre isso, pior será para você. - Disse Jungkook. - Você e eu sabemos que Hoseok não irá culpar você por nada disso.

- Ele nem está acordado para eu perguntar a ele. - Jin zombou.

- Ele irá acordar. - Jungkook disse a ele: - Ele está sendo sobre medicamento. Mas acordará.

- Eu não deveria estar te confortando? - Jin perguntou, olhando para Jungkook. - Eu sou o mais velho.

- Mais velho nem sempre significa mais sábio. - Jungkook falou, recostando-se na cadeira com um sorriso provocador no rosto.

- Kook. - Jin falou, mais sério agora.

- O que?

- Abra o porta-luvas. - Disse ele. - Há uma arma lá. Pegue-a.

Jungkook abriu o porta-luvas e, com certeza, lá estava, a pistola de metal preta. Ele não conseguia se concentrar em mais nada, exceto na arma. Ele se abaixou e a pegou. Faz bastante tempo que ele pegou em uma. O metal frio parecia mais pesado em suas mãos do que da última vez. Ele girou a arma, tentando sentir novamente, tentando lembrar como era segurar algo tão poderoso em suas mãos.

- Você está bem? - Jin perguntou, percebendo o quão quieto o garoto mais novo estava.

- Não pego uma dessas há algum tempo, só isso. - Jungkook respondeu honestamente.

- E?

- Parece estranho.

- Bom ou mal? - Jin perguntou.

- Apenas estranho. - Jungkook falou, tentando ser indiferente.

- Tudo o que você precisa fazer é entrar lá e obter algumas informações dele. - Explicou Jin. - Precisamos dele vivo.

- E eu só vou interrogá-lo e deixá-lo ir depois? Mais nada? - Jungkook perguntou.

- Ele não sabe quem você é. - Disse Jin. - Você não precisa fazer nada além de intimidá-lo e extorquir algumas informações.

- Parece bastante simples. - Jungkook falou.

- Na pior das hipóteses, você pode nocauteá-lo e trazê-lo para o carro.

- Ahh. - Jungkook falou. - A situação clássica dos reféns.

- Temos alguns equipamentos no armazém que podem ser úteis para ele falar. - Jin explicou. - Mas, novamente, essa é a última e pior opção e depois teríamos que cobrir nossos rastros muito bem.

- Você é a opção de fuga, suponho? - Jungkook perguntou, levantando uma sobrancelha.

- Eu não confiei em mais ninguém para fazer isso. - Jin disse, estoicamente, sua voz dura e seus olhos se estreitaram em fendas escuras.

Jungkook se recostou na cadeira, a arma ainda pesando pesado em suas mãos enquanto seus dedos deslizavam ao redor do punho, com cuidado para manter os dedos afastados do gatilho.

O telefone de Jin tocou de repente, quebrando a parede do silêncio. Com uma mão, ele agarrou o volante, enquanto a outra se abaixou e pegou o telefone, levando-o ao ouvido.

- Olá? - Jin respondeu, com a mandíbula tensa, a voz ainda cheia de aço e a mão segurando o volante com tanta força que ficou branca com os nós dos dedos.

Jungkook olhou para o mais velho, milhares de cenários passando por sua mente sobre de quem seria o telefonema.

De repente, a mandíbula de Jin relaxou, seus lábios se curvando em um sorriso que ficou cada vez maior quando suas mãos se abriram do volante

- Ei Namjoon! Eu também senti sua falta.

Jungkook balançou a cabeça, querendo rir de como um garoto comum poderia suavizar o maior líder da máfia de toda a cidade em apenas dois segundos.

- Sim, acho que deveríamos conversar também. - Disse Jin, voz suave e compreensiva.

Jin balançou a cabeça assentindo e sorriu para o telefone, embora Namjoon não pudesse vê-lo.

- Esta noite? - Jin perguntou: - Oh.... Você está ocupado?... Não, não, tudo bem! Uhmm...

Jin olhou para Jungkook, erguendo uma sobrancelha silenciosamente como se perguntasse se o trabalho estaria completo até então. Jungkook apenas deu de ombros e Jin tomou isso como um bom sinal.

- Que tal daqui a uma hora e meia? - Jin perguntou: - Poderíamos ir àquele café com o aquário que você gostou?

Um grande sorriso bobo apareceu no rosto de Jin enquanto ouvia o outro garoto falar.

- Vejo você mas tarde, Joonie. - Jin falou, incapaz de tirar o sorriso do rosto. - Sim! Eu também sinto sua falta! Vejo você então.

- Sabe, - Disse Jungkook com um sorriso provocador. - você não deve atender uma ligação quanto estiver dirigindo. É uma das principais razões para acidentes de carro, atrás apenas de ler mensagens de texto enquanto dirige.

- Acabei de lhe dar uma arma de fogo e a segurança nas estradas é sua maior preocupação? - Jin perguntou, levantando a sobrancelha.

- Eu só estou dizendo... - Jungkook interrompeu: - É um perigo, não apenas para você e eu, mas para as pessoas ao nosso redor. Não é seguro.

- Uma arma também não!

- Você deve pensar em comprar o bluetooth. - Sugeriu Jungkook. - Não apenas é barato, mas é a opção mais segura.

- Sim? - Jin desafiou: - E você trabalha para a máfia!

- A segurança no trânsito é uma piada para você, Jin?! - Jungkook disse: - Não é uma piada! É um problema sério!

- Eu não posso acreditar que você está pregando um sermão sobre segurança no trânsito com uma arma na mão. - Disse Jin, balançando a cabeça, o sorriso carinhoso nunca deixando seu rosto.

- Estou assumindo que a pessoa pela qual você está colocando em risco nossas vidas é seu namorado? - Jungkook perguntou.

- Ainda não.

- Por que a demora? - Ele perguntou, apoiando a cabeça no encosto da poltrona.

- Eu contei a ele sobre o ringue de boxe. - Jin explicou. - Não quero mentir para ele.

- Você vai contar a ele sobre o resto?

- Ele levou três dias para me ligar depois que eu contei. - Disse Jin, com uma pequena carranca. - Eu não sei como ele vai lidar com toda essa coisa de gangue.

- Isso é muito. - Jungkook admitiu.

- Eu não quero perdê-lo. - Disse Jin, tristemente. - Mas também não quero mentir. E se eu não contar e ele descobrir mais tarde.... não sei qual será a reação dele.

- Por que você não o ajuda nisso? - Jungkook sugeriu: - Você sabe, comece devagar.

- O que isto quer dizer?

- Bem, você contou a ele sobre o ringue de boxe. - Explicou Jungkook, -Então construa a partir daí. Apenas leve-o a mais lutas, deixe-o ficar ao seu lado e depois, lentamente, conte-o sobre isso.

- Não quero que ele se envolva na gangue. - Disse Jin.

- Ele vai precisar se estiver com você. - Jungkook falou: - Você sabe que quanto mais você esconde, mais eles vão atrás do garoto.

Jin ficou quieto, a gravidade da situação finalmente o atingindo.

- O envolvimento dele é um erro? - Jin perguntou, estacionando o carro enquanto olhava para Jungkook.

- Se for, então vocês dois devem decidir.

Jin se recostou no banco, desligando o motor enquanto deixava as mãos caírem do volante, olhando para o garoto mais novo, cujo olhar parecia estar fixo na janela, os olhos examinando todo o local.

- Última chance de desistir. - Jin falou.

- De jeito nenhum. - Jungkook zombou, desafivelando o cinto de segurança.

- Você tem certeza disso?

- Nada que eu não tenha feito antes. - Jungkook deu de ombros com indiferença, segurando a arma mais apertada em suas mãos quando abriu a porta do lado do passageiro com cuidado, tentando fazer o mínimo de barulho possível.

- Jungkook. - Jin chamou, fazendo o mais novo se inclinar para dentro do carro, ao alcance da voz: - Precisamos dele vivo.

- Oh, ele estará vivo bem. - Disse ele com um sorriso, fechando a porta suavemente antes de murmurar: - Não posso prometer que ele estará em perfeitas condições.

Jungkook andou levemente, hiperconsciente de que estava entrando cegamente. Ele não sabia nada sobre esse cara, nem sabia onde estava, ou quantas pessoas estariam nesse armazém. Ele viu uma porta na extrema direita de onde estava e se agachou enquanto corria em direção a ela, os nós dos dedos ficando brancos por causa do quão forte ele estava segurando a arma. Jungkook não estava assustado, mas ele estava sendo um pouco mais cauteloso do que normalmente era. A última vez que ele esteve em uma dessas missões, ele foi muito relaxado, o que o fez ser esfaqueado em primeiro lugar. E agora, ele tinha uma cicatriz para lembrá-lo constantemente de que nunca poderia ficar relaxado demais em uma missão.

Ele agarrou a maçaneta com força e girou-a lentamente, tentando não gritar de alegria pelo fato de não estar trancada. Ele entrou no armazém velho, o fedor de pisos úmidos e mofados, madeira podre e sujeira o atingiram como uma tonelada de tijolos. Jungkook torceu o nariz, tentando ao máximo ignorar o cheiro enquanto seus olhos examinava o interior do armazém procurando por sinais de vida. O próprio armazém parecia vazio e sem uso, como se estivesse sendo deixado aqui para apodrecer. Ele entrou, os olhos ainda examinando todos os cantos, todas as sombras, cada pedacinho de móveis não utilizados e mofados, todos os pequenos detalhes deste armazém mal iluminado.

Ele ouviu o rangido da tábua do assoalho e imediatamente se virou, apontando a arma na direção em que ele achava que os som vinha. Houve outro rangido e antes que ele pudesse se virar, sentiu um golpe nas costas, lascas mordendo sua pele quando ele caiu no chão devido à força do golpe. Sua arma voou de sua mão, quase do outro lado da sala, enquanto Jungkook tentava recuperar o equilíbrio e o fôlego. Ele se virou rapidamente, sentindo a adrenalina correr por suas veias, a dor sendo amortecida por um momento. Ele se levantou, espanando as mãos, com a língua na bochecha quando ficou cara a cara com o homem que o atingiu com a grossa tábua de madeira.

- Quem é você? - Jungkook perguntou, olhos escuros com um fogo que não estava lá antes, mandíbula esticada e mãos fechadas em punhos ao seu lado.

- A melhor pergunta seria: quem é você? - O homem perguntou, seu cabelo empurrado para trás, um sorriso arrogante no rosto e uma arma na calça jeans: - O que você está fazendo aqui?

- Eu estava no bairro e decidi parar e dizer olá. - Jungkook falou com um sorriso doentio. - Sua mãe nunca te ensinou como receber os convidados?

- A sua nunca te ensinou a avisar antes de vim? - O homem disse a ele.

- Estou de bom humor. - Jungkook falou. - Você pode fazer isso da maneira mais fácil ou mais difícil.

- Onde está a diversão na maneira mais fácil? - O homem sorriu, inclinando a cabeça levemente enquanto olhava para o garoto em sua frente.

Jungkook zombou, balançando a cabeça enquanto suspirava.

Antes que Jungkook pudesse dizer mais alguma coisa, ele sentiu uma dor aguda no maxilar. O segundo soco, atingiu o lado do estômago. Ele se dobrou de dor, grunhindo com a força do punho atigindo ele. Tudo em que ele podia se concentrar era na dor. Uma pessoa normal estaria no chão agora, apertando o estômago e tentando recuperar o fôlego. Mas Jungkook não era normal. Foi por isso que ele treinou, para ter resistência. As cicatrizes em seu corpo eram prova suficiente de que Jungkook foi construído para levar mais de um golpe antes de desmoronar. Ele não desmoronou no ringue e ele com certeza não iria desmoronar na frente deste cara.

Mais do que tudo, Jungkook tinha algo a provar para si mesmo. Ele queria saber se ainda poderia fazer trabalhos como esse para Jin e quem mais precisasse da gangue, sem se deixar levar pela ansiedade e pelo trauma que veio com uma experiência de quase morte. Ele precisava acreditar em si mesmo antes que alguém pudesse acreditar nele. Isso era importante para Jungkook e ele não ia perder. Ele não foi chamado de JK imbatível por nada.

Ele se levantou, ignorando a pontada de dor que irradiava tanto de seu intestino quanto de sua mandíbula. Um sorriso diabólico apareceu em seu rosto, acompanhado pela raiva e fogo que queimavam em seus olhos.

- Minha vez. - Ele rosnou, um barulho assustador saindo de sua garganta, com um aperto dos dentes.

O homem diante dele pareceu surpreso por uma fração de segundo, antes de se recompor. Jungkook balançou o punho, apontando direto para a mandíbula do cara, o mesmo lugar em que ele bateu em Jungkook pela primeira vez. Ele balançou uma segunda vez, o peso por trás desse soco triplicou antes de pousá-lo em seu estômago. Ele podia ouvir seu punho bater na pele, um som familiar que Jungkook estava acostumado, mas por alguma razão, desta vez, foi mais gratificante do que nunca. Um sorriso presunçoso estava no rosto de Jungkook antes que ele percebesse. Ele se afastou, dando um terceiro soco no estômago antes que o homem se dobrasse de dor, aterrissando no chão, segurando o lado dolorido.

- Patético. - Jungkook cuspiu, chutando o homem ao lado.

O homem gemeu de dor, apertando o lado com mais força, cuspindo sangue nas tábuas sujas, enegrecidas e podres do chão.

- Quem é você? - Jungkook perguntou, veneno em sua voz.

O homem não disse nada. Ele apenas apertou o lado e gemeu de dor.

- Quem é você?! - Jungkook repetiu, mais severo agora, a voz caindo uma oitava.

Ele não respondeu.

Jungkook rosnou, puxando o pé para trás e chutando o mais forte que pôde, apontando para o mesmo lado que ele havia socado. O homem gritou de dor, a respiração saindo trêmula quando ele estremeceu de dor.

- Eu não vou perguntar de novo! - Jungkook disse, veneno e aço pingando de sua voz.

- Eu-eu sou Joo Wan (ator). - O homem gritou, com dor em todas as suas sílabas: - M-mas as pessoas me chamam de Archer.

- Há algumas semanas, alguém o contratou para ferir alguém no clã Kim. - Jungkook disse: - Quem fez isso e por quê?

Joo Wan riu fracamente, cuspindo sangue nas tábuas podres de madeira, pressionando a mão contra o lado dele, esperando que a dor desaparecesse.

- Quem foi?! - Jungkook perguntou, pé ameaçando chutá-lo novamente.

- Se você pensa... - Joo Wan disse, quase sem fôlego pela dor. - que suas ameaças fracas se comparam a qualquer coisa que a pessoa que me contratou faria comigo, então você está gravemente enganado.

- Eu vou te perguntar mais uma vez. - Jungkook ameaçou: - Quem te contratou e por quê?!

Joo Wan não disse nada, ele tentou esperar, sua mão lentamente deslizando para pegar a arma. Jungkook pegou o pequeno movimento. Ele soltou uma risada sombria, chutando o homem na canela antes de se abaixar e arrancar a arma fria de seu jeans.

- Você pensou que poderia me enganar? - Jungkook disse, balançando a cabeça em decepção: - E eu aqui pensei que você jogaria limpo.

Jungkook brincou com a arma, mostrando a arma e pressionando o dedo levemente contra o gatilho enquanto apontava para a parede do armazém.

-Agora. - Jungkook falou, circulando o homem com a arma na mão. - Ou você me diz o que eu quero saber, ou eu puxo o gatilho e apago o seu pau. A escolha é sua.

- Faça o seu pior! - Joo Wan disse, cuspindo sangue no chão.

- Sério? - Jungkook disse, levantando uma sobrancelha.

Ele apontou diretamente entre as calças do homem, diretamente na virilha, dedo no gatilho. Quando ele estava prestes a puxá-lo, ele rapidamente moveu o cano da arma bem perto da coxa direita e puxou o gatilho. Joo Wan se encolheu, congelando por uma fração de segundo antes de soltar um suspiro de alívio ao ver que o tiro foi no chão.

Jungkook levantou a arma novamente.

- Eu nunca falho. - Jungkook alertou: - Agora, você vai me dizer o que eu quero saber, ou devo atirar no seu pau e deixá-lo sangrar até a morte bem no meio deste armazém imundo, onde ninguém o encontrará. Apenas os ratos famintos

- Bem. - Joo Wan admitiu: - Vou lhe contar tudo.

- Bom garoto. - Jungkook disse com um sorriso arrogante: - Comece a falar.

- Algumas semanas atrás, um homem chamado Jaehwan veio até mim. - Falou Joo Wan, com o peito pesado, a dor irradiando ao lado do corpo e o queixo doendo. - Ele queria que eu ferisse alguém no clã Kim. Ele disse que pagaria três vezes a minha quantia normal.

- Em quem foi o golpe ordenado? - Jungkook perguntou, sentindo os músculos de sua mandíbula apertarem.

- Eu não sei. - Disse Joo Wan honestamente. - Tudo o que ele fez foi me mostrar uma foto algumas horas antes e então eu tive que ir.

- Você conseguiu ferir a pessoa certa? - Jungkook perguntou.

- Não. - Ele disse, balançando a cabeça: - Eu peguei a pessoa errada.

- E por dizer Jaehwan, você quer dizer...

- O clã Hwan.

Jungkook assentiu, embolsando a arma de Joo Wan antes de caminhar até onde sua arma caiu no meio da luta e a pegar.

- Obrigado por sua ajuda. - Disse Jungkook com um sorriso arrogante. -Foi um prazer.

- Não posso dizer o mesmo.

- Oh, você pode querer verificar isso. - Jungkook falou, apontando vagamente para o corpo de Joo Wan. - Pode ter quebrado alguma costela.

Jungkook fechou a porta do armazém quando ele saiu, orgulhoso e feliz pelo fato de ter sido capaz de realizar essa missão com sucesso e sozinho.
Ele caminhou até o carro de Jin e entrou.

- Eu te trouxe um presente. - Ele disse imediatamente.

- Antes que você diga alguma coisa, - Jin começou com um suspiro, - eu só preciso saber, ele está vivo?

- Ele está. - Jungkook assentiu: - Um pouco machucado, mas sobreviverá.

- Oh! Graças a deus! - Jin disse, soltando um suspiro de alívio: - Eu ouvi um tiro!

- Fiz o que precisava ser feito. - Jungkook disse.

- Você atirou nele?!

- Eu atirei no chão perto dele. - Jungkook corrigiu: - Eu dei um soco nele algumas vezes, mas o máximo que ele conseguirá é provavelmente uma costela machucada ou fraturada. Nada grave.

- Pelo menos ele está vivo. - Jin disse, ligando o carro novamente.

- Você não está curioso sobre o seu presente? - Jungkook perguntou.

- Se for dentes humanos de novo...

- Isso foi uma vez! E foi hilário! - Jungkook defendeu.

- Qual é o meu presente?

- Eu peguei uma arma para você! - Jungkook falou, apresentando a Jin com um sorriso no rosto.

- Obrigado. - Disse Jin com uma risada. - Coloque-o no porta-luvas com a outra arma.

Jungkook abriu o porta-luvas, abaixou as duas armas e depois fechou-a novamente, recostando-se no banco, a adrenalina desaparecendo.

- Você está machucado? - Jin perguntou.

- Uau! - Jungkook disse: - Você só conseguiu segurar sua língua por dois minutos.

- Eu estava preocupado.

- Eu sei.

- Ele te machucou? - Jin perguntou, olhando para ele, tentando ver se ele podia detectar algum ferimento visível.

- Nada muito ruim. - Jungkook disse: - Apenas um soco ou dois. Eu sobrevivi a coisa pior.

- Você conseguiu descobrir alguma coisa com ele?

- Sim. - Jungkook respirou: - Foi o clã Hwan quem ordenou o ataque.

- O que?

- O ataque não foi para Hoseok.

- Para quem foi feito? - Jin perguntou.

- Eu não sei. - Jungkook disse: - Mas quem quer que seja, ele não está seguro e nenhum de nós esta.


CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
──── ──────── ────
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶

Ai gente, para quem foi o ataque? Jungkook? Kim Seokjin? Yoongi? Ou outro membro do clã? Enfim, agora que o clã Hwan apareceu as coisas vão esquentar.

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