34. chapter thirty four

– A área está limpa. – Hoseok reportou a Yoongi, segurando uma arma na mão direita, enquanto continuava examinando a área. A única coisa que ele aprendeu com todos esses anos de corrida é que nada é o que parece. Sempre haverá ameaças escondidas. Ele nunca poderia baixar a guarda.

– Sim, aqui também. – Yoongi disse com um breve aceno de cabeça, como se não acreditasse.

Kang era um idiota sorrateiro. Ele não pediria para se encontrar no cais se não tivesse nenhuma proteção. O único problema era encontrá-los.

– Isso não é uma coisa boa? – Taehyung perguntou, inseguro.

– Eu não confio nisso. – Hoseok disse com um aceno de cabeça.

– Nem eu. - Yoongi concordou. – Há algo viscoso em Kang... estamos perdendo alguma coisa.

– Você não acha que há algum traidor na gangue, acha? – Taehyung perguntou, mordendo o lábio, assustado.

– Não. – Hoseok disse, balançando a cabeça. – Definitivamente não entre nós sete.

– Nem mesmo eu? – Taehyung perguntou, hesitante.

Yoongi inclinou a cabeça, finalmente entendendo por que Taehyung tem agido de forma estranha nos últimos dias.

– Tae, olhe para mim. – Disse Yoongi, colocando uma mão no ombro dele.

Taehyung se recusou a olhar para cima.

– Vamos Tae, somos apenas nós aqui. – Hoseok falou, com um sorriso no rosto. – Olhe para nós.

Taehyung respirou fundo e levantou a cabeça, finalmente olhando para os dois homens que tinham nada mais do que adoração nos olhos e um pequeno sorriso no rosto. Mesmo no meio de tudo isso, eles só queriam que Tae fosse ouvido.

Família. Isso é o que eles eram.

– Confiamos em você, Tae. – Disse Yoongi. – Claro, ficamos bravos com você e até brigarmos, mas isso não significa que confiamos menos em você. Você não estaria aqui se a gente não confiassem. Não teríamos trazido você aqui, nem teríamos treinado você, ou mesmo deixado você ficar na academia se não confiassemos em você. O que aconteceu com Jimin e você quebrou nossos corações, mas ainda assim, nós o perdoamos. Não estou dizendo que não falaremos sobre isso depois desta noite. Só estou dizendo que não importa o que aconteça, não vamos deixar você aqui.

– Ainda somos uma família, Taehyung. – Continuou Hoseok. – E as famílias brigam. Mas não desistimos um do outro.

Yoongi entrelaçou os dedos com Hoseok, sorrindo para ele:

– Nem fugimos.

– Ficamos juntos e resolvemos isso conversando. – Hoseok disse com um aceno de cabeça, olhando para Taehyung: – Nós vamos descobrir isso. Juntos. Como uma família.

– Você... você ainda pensa em mim como uma família... – Taehyung disse, parando, como se ele não acreditasse.

Família para ele era uma palavra estrangeira. Um que era semelhante a fadas e sereias. Não existia para ele na vida real. Era sempre algo que ele lia nos livros e via nos filmes, sempre imaginando como seria realmente ter uma. Ele se entregou à fantasia de ter uma família na academia, no fundo de sua mente, sabendo que um dia tudo isso teria que acabar. Ele nunca esperava que isso se tornasse realidade.

– Nós sempre pensamos em você como uma família, Taehyung. – Yoongi falou.

– Você é como nosso irmão mais novo. – Hoseok disse, sorrindo.

Demora alguns segundos para as palavras realmente penetrarem. Era como se as palavras ditas estivessem viajando. Saiu da boca de Hoseok, viajando para os ouvidos de Taehyung e depois para o cérebro e viajou pelas veias direto para o coração, aquecendo cada centímetro de pele.

– Eu tenho uma família. – Taehyung sussurrou para si mesmo, as palavras parecendo pesadas e estranhas em sua língua. – Eu tenho uma família...

[...]

       
Cada passo que eles davam era menor que o anterior. A cada passo, a gravidade da situação pesava cada vez mais sobre eles. Era isso. Esta poderia ser a última noite deles. A ameaça pairava sobre eles como uma nuvem escura, mechas de fumaça se arrastando atrás deles, preenchendo o espaço que eles ocupavam juntos.

– Jungkook. – Jimin finalmente gritou, incapaz de segurá-lo por mais tempo.

Jungkook se virou, expectante. Como se ele estivesse esperando o tempo todo que Jimin dizer alguma coisa.

Jimin se aproximou de Jungkook, ignorando o baque pesado de seu coração palpitante, e passou os braços em volta da cintura dele. Jungkook piscou inexpressivamente, seu cérebro demorando um pouco para alcançar a realidade. Jimin não se importou, ele apenas o abraçou com mais força, aconchegando o rosto no peito quente do boxeador, a noite fria de repente não existia mais.

– O que quer que aconteça hoje à noite... – Jimin suspirou, afastando-se do peito, os braços ainda firmemente em volta da cintura. – Eu não posso deixar você entrar lá sem que você saiba o quanto você significa para mim.

Jungkook passou os braços em volta de Jimin, deixando seu orgulho de lado. Ele não queria que sua última interação com Jimin fosse cheia de orgulho. Eles poderiam descobrir seu relacionamento mais tarde. O que não precisava descobrir era o fato de que eles estavam loucamente apaixonados um pelo outro. Eles ficaram juntos em tudo. Eles estavam aqui, juntos, no que poderiam ser seus últimos momentos de paz, quando poderiam ter fugido e sido felizes sem essa guerra de gangues.

Jimin poderia ter saído a qualquer momento. Ele não precisava estar aqui. Ele não precisava se importar. Ele poderia ter escrito seu artigo e recebido milhões de dólares e fama, e até mesmo seu nome na porta. Mas ele não fez. Ele estava bem aqui, exatamente onde precisava estar. O que aconteceu no passado o levou a esse momento com Jungkook. Seu passado o levou ao seu futuro. Jungkook era o seu futuro. Mesmo se esse futuro fosse daqui a 50 anos, meses a partir de agora, ou inferno, mesmo por mais algumas horas... Jimin não se arrependia de nada.

Jungkook o amava. Ele o amava mais do que tudo. E isso o assustou. Hoje à noite, quando seu foco deveria estar em Kang e em todos os outros, tentando seguir o plano e proteger sua família, ele estava com medo de que seus olhos continuassem se voltando para Jimin. Jungkook estava com medo de que algo acontecesse com Jimin e ele não estivesse lá para protegê-lo como prometeu que faria. Ele não sabia como iria viver se Jimin se machucasse.

– Temos que ir. – Jungkook sussurrou nos cabelos de Jimin, abraçando-o com mais força, não querendo ir. Não querendo deixá-lo ir.

– Sessenta segundos. – Jimin disse: – Por favor.

– Jiminie...

– Quarenta. – Jimin murmurou em sua camisa, absorvendo o calor, sentindo o cheiro de Jungkook e como seus braços pareciam estar em casa. Ele se sentiu seguro. Mais seguro do que nunca.

– Eu te amo. – Jungkook disse em seus cabelos, puxando Jimin para dar um beijo em sua testa.

Jimin fechou os olhos e saboreou o calor de seus lábios carnudos em seu beijo, como se fosse o último que ele conseguiria.

– Venha para casa hoje à noite. – Jimin falou.

– Você é minha casa. – Jungkook respondeu. – Onde quer que você vá hoje à noite, eu estarei lá.

– Eu amo você, Jeon Jungkook. – Jimin disse, o medo borbulhando dentro dele, sabendo que este era o último par de segundos que eles tinham juntos.

– Através dos momentos bons e ruins... – Jungkook disse, inclinando-se e passando os lábios sobre os de Jimin.

– Sempre juntos. – Jimin disse enquanto se afastava.

Jungkook pegou sua mão, entrelaçando seus dedos enquanto eles caminhavam em seu próprio campo de batalha.
(Só eu que estou chorando?)

Memórias da última noite de luta invadiram a cabeça de Jimin. Imagens de Jungkook sangrando no chão, machucado e, o peito arfando. Os sons da pele batendo na pele, Yoongi gritando no topo de seus pulmões para Jungkook sair do chão e lutar. O sentimento de desespero por alguém para fazer alguma coisa e apenas salvar Jungkook do ringue. O...

– O que você está pensando? – Jungkook perguntou a ele.

– A última vez que estivemos aqui foi por sua luta... – Jimin disse, interrompendo, sabendo que ele não precisava dizer muito mais.

– Você está assustado?

– Eu não quero que você se machuque. – Disse Jimin.

– E você? Você não está com medo de si mesmo? – Jungkook perguntou, olhando para Jimin.

– Estou armado. – Disse Jimin, pegando sua faca e acenando. – Eles deveriam ter medo de mim.

– Meu pequeno fogo de artifício. – Disse Jungkook rindo.

Eles continuaram a andar, observando os números do cais aumentarem cada vez mais, sabendo que a caminhada estava ficando cada vez menor e prestes a chegar ao fim.

– Quando sairmos disso. – Disse Jimin, apertando o peito. – Podemos conversar? Sobre nós?

Jungkook apenas assentiu, sem saber mais o que dizer. Jimin apertou a mão dele, lembrando-o de que ele estaria sempre lá antes de afastar a mão.

Jimin viu Taehyung à distância e deu um sorriso para Jungkook antes de caminhar para se juntar ao amigo.

– Se eu sair dessa vivo... – Jungkook sussurrou na noite, observando o garoto de cabelos cor-de-rosa andar até Taehyung. – Podemos conversar sobre nós.

[...]

      
– Kang estará aqui a qualquer momento e Jin ainda não apareceu! Somos cinco! Você pode imaginar se Kang apareceu agora? Pareceríamos perdedores! – Hoseok sibilou, os olhos olhando para todos os lados, paranóia e medo subindo nele como a brisa de um vento frio.

– Faça ele fazer um monólogo*. – Jimin sugeriu, encolhendo os ombros: – Dessa forma, inflaria seu ego e, quando Jin vier, teremos a vantagem.
(*Pequeno discurso sobre si mesmo)

– O que? – Yoongi perguntou, levantando a sobrancelha.

– Todo mundo adora falar de si. – Jimin explicou. – Então, faça ele se gabar. Tenho certeza de que ele ficaria mais do que feliz em falar sobre como ele é tão poderoso agora e blá blá blá, e como Jaehwan nunca poderia fazer o que ele fez e, como ele será o dono da gangue e de nossas bundas, e basicamente merdas estúpidas assim.

– Ele tem razão... – Taehyung disse com um aceno de cabeça, impressionado com a idéia.

– Tudo bem, isso pode ser o plano B. – Hoseok grunhiu.

– O que é o plano A? – Jimin perguntou.

– Atirar para matar.

– Não. – Yoongi disse imediatamente.

– Mas... – Hoseok começou, mas Yoongi apenas lançou-lhe um olhar e ele murmurou xingamentos.

– Por mais que eu adorasse colocar uma bala no meio da testa daquele idiota, não sabemos o que ele planejou, ou quantas pessoas ele está trazendo com ele, ou se...

– Tudo bem, eu entendi. – Hoseok disse. – Sem disparos.

– Sem tiros, por enquanto. – Yoongi disse, apertando o braço dele.

Hoseok olhou para o namorado, comunicando-se apenas com os olhos. Eles sabiam o que queriam dizer um ao outro. Não era nada que precisava ser dito em voz alta. Um olhar disse mais do que suficiente. Com apenas um olhar, eles compartilharam seus medos, seu amor, seu desejo de estar próximos um do outro, suas esperanças de que ambos conseguiriam sair dessa noite. De um jeito ou de outro, eles estavam bem onde estavam.

Com um aceno de cabeça e uma massagem do polegar de Yoongi na pele nua de seu braço, Hoseok se sentiu muito melhor. Era tudo o que ele realmente precisava.

– Uh, pessoal... – Taehyung disse, a voz trêmula, os olhos dobrando de tamanho. – E-eu acho que eles estão aqui.

Imediatamente, Jungkook deu um passo à frente, empurrando Jimin para trás dele.

– Fique atrás de mim. – Jungkook disse, já se movendo para as linhas de frente imaginárias.

Era isso.

Jimin permaneceu firme em seu chão, tentando fingir que suas pernas não estavam tremendo. Ele podia sentir a faca enfiada no cós da calça jeans, a ponta pontiaguda fazendo pequenos arranhões na pele.

Ele observou Kang, apoiado por cerca de 50 pessoas estranhas, caminhando até onde estavam, encontrando-os no meio do caminho com um sorriso arrogante no rosto, como se soubesse que não eram páreo para ele.

– Ora, ora, ora. – Disse Kang, a arma pendurada no dedo, exatamente como na noite em que atirou em Jaehwan. – Se não é minha gangue favorita.

Hoseok apertou o punho com força, mordendo a língua para evitar dizer algo. Ele tem que seguir o plano.

– O que é isso? Gato comeu sua língua? – Kang disse com um sorriso. – Ou você simplesmente não tem voz sem a sua patética e fraca merda que chama de líder?

– Agora, eu sei que você não está falando de mim. – Jin falou andando até a frente, a arma enfiada na cintura da calça jeans, a superfície de metal brilhante refletindo a luz da lua.

Jimin olhou para trás, esperando ver outras pessoas além de Namjoon e Jin. Mas não havia... Eram apenas os 7 contra varias pessoas que Kang trouxe. E pela primeira vez naquela noite, Jimin estava perdendo a esperança.

JIn viu a expressão chocada de Kang e sorriu. Havia uma parte de Kang que pensava que ele não iria aparecer e Jin poderia usar isso para sua vantagem.

– O que é isso, Kang? Gato comeu sua língua? – Jin disse, zombando dele, usando suas palavras contra ele.

Kang rapidamente se recompôs, como se o pequeno erro nunca tivesse acontecido em primeiro lugar.

– Que bom que você pode se juntar a nós. Pensei que não iria vim.

– Você me conhece. - Jin disse com um sorriso. – Eu gosto de fazer uma entrada.

Os olhos de Jin examinaram a multidão, tentando descobrir se sua estratégia realmente funcionaria e também tentando encontrar Roscoe. Ele não queria machucar o garoto, ele só queria falar com ele e ver por que ele fez o que fez e onde exatamente Jin havia errado. Ele entendia; Jin realmente entendia. Ele já foi um adolescente perdido e impressionável . Ele sabia o quão belas eram as palavras e com que facilidade alguém poderia simplesmente influenciar outros. Ele também sabia o quão cruel era este mundo e como era fácil confiar em alguém. Mais do que isso, Jin queria mostrar a todos, especialmente agora, o quão importante a família era; e como o Kim Clan era, antes de tudo, uma família, mais do que uma gangue.

– O que é isso, Jin? – Kang disse, percebendo. – Procurando alguma coisa? Ou devo dizer... alguém?

– Onde ele está? – Jin pontuou, sem perder tempo.

– Por que, quero dizer, quem? – Kang disse, voz doce e zombeteira.

– Roscoe. – Jin disse, mordendo a língua para impedir que as maldições saíssem pela boca dele. – Onde ele está? Onde está Roscoe?

Kang sorriu, girando a arma em torno do dedo indicador parecendo mais orgulhoso de si mesmo.

– Onde diabos ele está, Kang? – Jin cuspiu, já sabendo a resposta, mas querendo que Kang a dissesse, precisando de mais fogo.

– Finalmente entendi você, Jin? – Kang disse, provocando-o.

– Cale a boca. – Yoongi cuspiu, dando um passo, mas Jin o parou com um aperto suave no antebraço.

– Mas demorou um pouco para entender. – Disse Kang com um suspiro exagerado. – Estou decepcionado com você.

Jin zombou.

– Você realmente quer que eu acredite que planejou tudo isso, e não Jaehwan?

Jimin tentou não deixar sua confusão aparecer em seu rosto. O que Jin estava fazendo? Dias atrás, na academia, enquanto conversavam, ficou bem óbvio que Jaehwan não planejou nada e que o idealizador era Kang o tempo todo.

O rosto de Kang caiu e a arma parou de girar. A escuridão penetrou nos olhos dele.

Jimin apertou as costas da camisa de Jungkook, precisando sentir um pouco de segurança, mesmo que soubesse que não estava realmente seguro. Jungkook se recostou um pouco, deixando Jimin saber que ele estava ali com ele, que Jimin estava seguro, e não importava as circunstâncias, Jimin sempre estaria seguro com ele.

– Você acha, – Kang fervilhava, visivelmente ficando cada vez mais irritado. - que aquele maldito Jaehwan, foi o cérebro por trás de tudo isso?! Você realmente pensa que aquele idiota, que nem pensou em entrar no negócio das drogas, em primeiro lugar, assim como o maldito pai, poderia ter feito tudo isso?! Se não fosse por mim, o pai de Jaehwan ainda estaria vivo e Jaehwan também.

– O que? – Jin disse, tentando não deixar a surpresa aparecer em sua voz.

– Jaehwan não estava fazendo nada direito quando eu o conheci e nem o pai dele. Se não fosse por mim, que plantou a semente no cérebro de Jaehwan que o negócio das drogas era bom, ele nunca teria falado para o pai. Depois de toda essa briga com o pai, Jaehwan voltou para mim, chorando como uma puta sobre como seu pai nunca o ouve e toda essa besteira. Eu continuava dizendo a Jaehwan como 'ele seria um líder muito melhor do que o pai dele... Mas era uma pena que velho ainda estava vivo'. E então eu saí e, coincidentemente, minha arma foi deixada na cama, bem ao lado de Jaehwan... – Kang disse, seu sorriso orgulhoso retornando ao seu rosto enquanto ele observava suas expressões chocadas.

– Jaehwan matou o próprio pai. – Jin ofegou.

– Você fez Jaehwan matar o pai dele, seu miserável. – Yoongi falou.

– Você acha que Jaehwan teve todas essas idéias para si depois? Inferno para o caralho, não! Era tudo eu! – Kang zombou. – De quebrar o tratado, mudar a lista de lutas para remover JK e colocar aquela cadela de algodão doce. Porra, eu até selecionei os lutadores naquele dia. Fiz tudo e Jaehwan apenas aceitou. Eu tive que manter meu ato estúpido de puta assustada e fingir que estava com tanto medo dele quando, na realidade, eu continuava plantando sementes em sua cabeça e dando-lhe idéias. Ele nunca estava dirigindo o show. Eu estava. Isso, sim, foi tudo eu.

– Você estava se escondendo atrás dele como uma putinha. – Jin provocou. – Nada disso é seu. Você não merece nada.

– Se não fosse por mim, Jaehwan nunca teria chegado onde está.

– Ele está morto. – Yoongi Brincou.

– E Roscoe também. – Kang sorriu.

– Roscoe era apenas uma criança... – Jin começou a gritar, seu sangue fervendo.

– Uma criança estúpida. - Kang zombou: – Ele tinha potencial, mas era descuidado.

– O que ele fez para merecer uma bala de merda nele? – Hoseok perguntou, fervendo.

– Pensou que eu fosse Jaehwan.

– Seu filho da puta... – Jin disse, pulando para frente, a raiva tomando conta de cada centímetro de sua pele.

Yoongi o puxou de volta, contendo-o no seu lugar.

– Eu não sabia que você se importava tanto com seu pequeno fracasso que chama de gangue, Jin. – Kang disse com uma risada zombeteira.

– Você vê uma gangue. Eu vejo família.

Kang revirou os olhos, zombando do sentimento.

– Você é fraco.

– Eu sou? – Jin perguntou, levantando uma sobrancelha.

– Há apenas sete de vocês contra todos nós. – Kang se gabou, brincando com a arma na mão. – Desista, Jin. Você nunca vai ganhar.

Jin sorriu, sabendo que ele tinha vantagem.

– Claro, Kang. Existem apenas sete de nós que você pode ver.

– O que? – Kang falou, quase deixando cair a arma.

– Você realmente achou que eu apareceria sozinho? – Jin disse, sorrindo enquanto adicionava combustível ao fogo. – Jaehwan nunca teria cometido esse erro.

Kang rosnou, raiva brilhando em seus olhos já escuros. Ele respirou fundo e disse.

– Entregue tudo em silêncio ou...

– Ou o que, hein, Kang? – Jin zombou: – Você vai me matar do jeito que matou Jaehwan? Você vai colocar uma bala em mim? – Jin deu um passo à frente, largando a arma no chão e ficou lá. – Atire em mim.

Kang não se mexeu.

Namjoon não conseguia sentir as pernas. Ele prendeu a respiração, apertando e soltando as mãos em punhos. Ele precisava se lembrar de que tudo isso fazia parte do plano de Jin e que tudo ficaria bem. Ele teve que se lembrar dos lábios de Jin capturando os dele em um beijo ardente no carro, pouco antes deles saírem para encontrar seu destino. Ele teve que se lembrar das palavras suaves ditas no ar da noite e da bolha que elas criaram para si mesmas. Ele teve que se lembrar de como se sentia seguro com Jin e como Jin lhe explicou quais eram seus planos. Ele teve que se lembrar que Jin sabia o que estava fazendo. Mesmo que isso assustasse Namjoon até a morte.

– Porra, atire em mim, seu covarde! – Jin gritou com Kang, que estava congelado em seu lugar.

Kang balançou a cabeça, saindo rapidamente de seu estado de surpresa. A confusão apareceu brevemente em seu rosto antes dele se recompor.

– Ultimas palavras? – Kang perguntou, com o dedo no gatilho, a arma ainda abaixada.

Jin apenas sorriu para ele, calmo, frio e tranquilo enquanto ele estava lá, esperando.

Kang levantou o braço direito, a arma na mão, o dedo no gatilho quando apontou diretamente para Jin. Ele levantou a arma e começou a pressionar o gatilho. Um tiro alto ecoou pelo píer, seguido de um leve grito e depois um assobio de dor e um baque de algo no chão.
  
  

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶

😱😱😱😱

O que?? Jin??

Nãaaaooooo pode ser...

Vamos descobrir logo isso, antes que eu morra de ansiedade... 😉

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