Capítulo 3: Um Eclipse se Ergue
Enquanto as outras pessoas estavam escondidas pelo cenário superficialmente arquitetado, e profundamente do acaso, deste peculiar planeta. Onde crescia em regiões específicas do solo de aspecto energético, prolongamentos semelhantes as raízes de árvores. Rádican, andava cuidadosamente pelo medo de atravessar a superfície, e ser desintegrado, devido o lugar parecer uma gigantesca esfera energética. Mas, tendo adaptado a consciência pelo contato com os pés, reconheceu não haver esse perigo, ficando menos tenso. Tornando a se concentrar na pior das paisagens, que se levanta do horizonte da mente: a cena de todos sendo absorvidos num fenômeno espantoso. Ainda sentia a pele esfriar pela lembrança ameaçadora. Rádican, pensava enquanto se virava inquieto para ver aonde as pessoas estavam:
"Qual será o problema visto por Eldamon?... estava bastante feliz!... qual será a trama dele com isso tudo?... Poderia considerar um alívio, mas ele disse que poderia ser uma terrível calamidade, essa possibilidade está me afligindo! Enfim, estou aqui, me resta procurar os demais. Cada tempo a menos pode ser uma chance perdida! Concentre-se!"
Chegando no alto de um monte, em meio aquele campo de visão extradimensional, completamente incomum, uma coisa pôde ser mais atrativa, justamente pelas características humanoides do que se observou, elas lembravam ao mínimo as pessoas, e sua preocupação fez atentar a este detalhe. Estimulando Rádican a sentir uma leve esperança, porém as esperanças só são sentidas a distância.
O lugar que sutilmente encostou na mente de Rádican, era aonde estavam os Arcas, que tentavam resistir a compulsão implantada por Eldamon, exceto um. Este havia escutado em sua mente uma mensagem posterior, de voz delicada e feminina, que o fez até ficar com semblante mais sereno, e pronunciar aquela resposta para a mensagem de Eldamon:
"Ápizer, meu querido, não enraiveça como se tivesse nascido para ser um objeto descartável nas mãos dos humanos. Mas, eles, meu amor, experimentarão o poder da nossa paixão eterna, presente em nossos corpos! Você, por nós, irá submetê-los a nossa vontade, todos eles, os absorvendo, mostrando o quão forte é a atração do nosso amor! Não é por egoísmo, mas para criar uma fraternidade eterna, que irá instaurar uma paz universal, seremos um deus para reger esse mundo em desordem! Preservando a nossa existência, e esculpindo o mundo de acordo aos nossos amorosos desejos! Sozinhos viveremos um êxtase eterno de prazer mútuo em nosso amor!... a depender, poderemos gerar filhos perfeitos, uma nova espécie superior de seres vivos. Sei que você fará todo o possível para consumar o teu tão amável desejo pela nossa união eterna... estou lhe esperando ansiosa e confiante por detrás do portal dos céus, que o levará até a mim, no planeta terra. Faça nosso amor se elevar até a mim, sua amada Eclipsia, para alcançar as mais elevadas alturas! Não me despeço, porque você já está aqui comigo!"
O único arca com nome, ao qual sinalizava um propósito maior que tudo presente na existência, até a si próprio. Ápizer, se considerava apenas para ser amado pela noiva de Rádican, Eclipsia, ou subjugar os outros seres, mostrando o quão pesado é o objeto amado dela. Um amor concentrado num único lugar, como fora toda a galáxia por Eldamon, e conectado em si próprio, como o portal do Grande Senhor da energia que surgiu dentro da sua tecnologia.
Um tempo após escutar a mensagem de Eclipsia, movido pelo seu egoico amor, Ápizer olhou serenamente para um dos Arcas que o fitava de semblante surpreso e indignado, agachado tremendo pela compulsão. Depois, disse a todos transparecendo compaixão:
"Não fiquem desesperados, se reúnam comigo no meio, que ficarão como a mim!"
Os outros Arcas se juntaram, bem próximos, com menos dificuldade de moverem até o centro, devido o ânimo da esperança. Ápizer se dividiu em dois, pelo meio da parte superior do seu corpo. Ergueu a um pouco nos ares, e pôs a palma da mão sobre dois dos Arcas, fazendo eles e todos os outros comprimirem como se tivesse espremendo eles pela energia. Enquanto tinham o tamanho de seus corpos reduzidos, ficavam cada vez mais iguais a uma rocha com várias linhas geométricas, até desaparecerem nas mãos de Ápizer. Entre a divisão do seu corpo havia surgido uma esfera energética, que dissipou na conexão das duas parte, ao término da absorção, ressoando um som de trovão menos agudo.
O acontecido havia assustado um pouco Rádican, devido as emanações de energia, as alterações daqueles seres humanoides, e gritos com sonoridade deforme. Porém, um outro haveria de se assustar com isso, e veemente, mesmo sem ver os fatos, apenas vendo a ausência de sinal dos outros Arcas na tecnologia de Engenharia Energética. Era Eldamon, que segurava uma garrafa de bebida alcóolica com braços cruzados, e fitava de olhar sério e levemente triste um objeto de aparência humanoide, com traços robóticos. Transparecia no rosto que não aceitava por completo algo. O Grande Senhor da energia disse consigo, enquanto as suas frequências de onda estavam mais baixas, ou seja, levemente triste:
"Finalmente podemos ver uma esperança palpável, ainda paradisíaca, desde tantas perdas! Finalmente conseguiremos um benefício social, um avanço da civilização humana que levará os humanos a outro estágio, além da espécie!... porque sentir medo... A civilização se expandiu e evoluiu em meio as guerras e mortes, dentro e fora das nações! Os seres humanos progrediam com tecnologias, e estas nada sentiam e nem morriam, porque eram objetos eternos pela sua utilidade! Mas, nós, acumulávamos dor sobre dor a longo do tempo, e depois morríamos, e o esquecimento apagava parte da nossa história! Os objetos podem durar para sempre, nunca se frustram ao meio, e agem exatamente como planejado, com movimentos coordenados... assim eu projetei esses corpos robóticos, para nunca mais errarem... mas, nunca mais seremos os mesmos, quando nossas mentes ativá-los, não teremos mais identidade humana... Não há como! É necessário! Tive que me aproveitar da autodestruição galáctica, ela foi a origem desta ideia! Não haverá mais conflitos humanos nem guerras, será uma utopia social!"
Depois que Eldamon argumentou para si mesmo, se voltou para a tecnologia que criou, e viu haver o sinal de apenas um arca. Isto, o fez suar em desespero, que logo foi intercalado por uma resposta a sua fala anterior:
"Querido tio, você diz meio projeto. Aliás, tudo que você projetou foi pela metade. A galáxia não estava em processo de autodestruição, fiz alguns ajustes na máquina para você receber um sinal falso, depois fui aproveitando dos seus demais projetos para reciclá-los a meu favor... você sabe o que foi preciso fazer na Última Guerra, o quanto perdemos, e o que estava disposto a fazer conosco. Apenas farei o mesmo, então se conforme. Agradeço por tudo, e principalmente pela sua genialidade"
A perplexidade de ver sua sobrinha, Eclipsia, dizer isso, argumentava a favor do seu ideal pessimista da espécie humana, mas tortuosamente. Em seguida, atrás dela surgiu alguns dos corpos robóticos criados por ele, e pela fisionomia de seus rostos, viu que eram aqueles criados para acolher a mente dos senhores da energia. Estes disseram algo que o fez até cair apoiando numas das quatros hastes:
"Então, senhora, é este quem devemos submeter até que venha o seu amado, e senhor nosso, Ápizer!?"
Neste momento, Rádican, também foi acometido pela imprevisibilidade da vida, estava pasmo, pois olhava um ser de rosto com traços iguais aos seus, mas aparência imponente, era Ápizer, a procura do seu ápice.
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