Capítulo 23

A caminhada parecia durar para sempre. A tensão pode ser cortada com uma faca, fazendo com que nós dois caminhássemos em silêncio. Com Lucille em uma mão e segurando meu braço com a outra, nós seguimos pelos corredores.

Eu ainda estava alta da adrenalina e da raiva, e podia quase sentir a aura escura ao redor de Negan. Eu pensei que ele me levaria para a enfermaria — porque passei a mão onde Arat me acertou e estava as sangrando um pouco — mas subimos até o último andar, onde ele ficava.

Por um momento eu pensei em questioná-lo, mas quando vi seu rosto com a expressão fechada, decidi ficar quieta.

Quando alcançamos o quarto, eu me preparei para ouvi-lo gritar ou pior. Fechando a porta atrás dele, ele me colocou sentada no sofá. Ele me deixou você sozinha por alguns segundos enquanto ele desapareceu no quarto.

Eu pensei nas maneiras que ele planejou me torturar, ou gritar comigo ou os dois, sendo que ninguém enfrentava os homens dele, que eram tipo linha de frente da cavalaria do Santuário, e Negan parecia gostar de Arat.

Em vez disso, ele voltou com um kit de primeiros socorros e se sentou ao meu lado. Eu não conseguia mais suportar o silêncio.

— Eu não fiz nada. Ela me ofendeu...

— Basta — ele retrucou severamente. Ele passou um pano molhado contra o arranhão em minha bochecha, fazendo com que eu puxasse o rosto longe do seu toque.

— Está tudo bem, querida — ele tocou meu queixo, mantendo meu rosto parado, e eu relaxei um pouco com suas palavras.

Depois de limpar, ele se levantou, colocando o pano em cima do balcão de mármore ao lado de várias garrafas de bebida. Eu também levantei, colocando a mão onde levei a pancada.

— Ela me socou, mas eu também chutei a bunda da puta. Eu não sou fraca como pensam — eu ri, pensando que mesmo depois de beber eu consegui derrubar ela. Ele virou para mim, apertando os olhos.

— Primeiro, não fique rindo de lutar contra um dos meus salvadores. Você tem sorte de ainda estar aqui depois da merda que você puxou. Mesmo que você parecesse muito bem enquanto fazia isso, você não conseguiria ir muito longe com essa merda.

Embora ele estivesse me elogiando, o fato de sua voz ter sido levantada enquanto ele falava me fez tremer.

Negan começou a caminhar para mim, fechando o espaço entre nós. Agora eu tinha que olhar para cima enquanto ele pairava sobre mim.

— Segundo, chutar a bunda da puta só mostra que você ainda não sabe como seguir as regras. Eu odeio isso.

— Eu sigo as regras. Eu só não quis apanhar quieta.

— Eu não sei o que fazer com você as vezes — ele rosnou e saiu de perto de mim, indo para perto das bebidas. Ele tirou a jaqueta e a jogou em cima da mesa, em seguida encheu um copo. Eu percebi que essa era a minha deixa, já que ele não ia me punir.

— Obrigada pelo... — eu faço um gesto para o meu rosto — Acho que já vou indo.

Ele levantou o rosto para mim com um brilho ameaçador no olhar.

— Eu disse pra você ir? — ele bate o copo de volta no mármore, fazendo barulho — Eu ainda não decidi o que vou fazer com você depois dos seu pequeno show. Sente-se.

Fiz o que ele disse e sentei no sofá. Na mesa a frente havia um mapa enorme aberto com marcações que pareciam ser de rotas, com alguns papeis jogados em cima, escritos à mão. Tentei ler o que estava escrito — podia ser informações uteis para Jesus — mas estava longe o suficiente para eu não conseguir ver sem chamar a atenção.

Eu já havia perdido a conta de quantos copos ele virou, e tudo indicava que isso não ia acabar bem. Ele não parecia o cara que perdia a linha — pelo menos não com bebida. Não era como no dia que ele bebeu com Spencer, agora parecia que ele realmente queria ficar bêbado.

Negan sempre parecia tão calculado e no controle de suas emoções que o pensamento de ele desistir de um pouco desse controle para os efeitos do álcool era difícil de imaginar. 

Andei até onde ele estava, vendo ele encher o copo novamente. Toquei seu braço com uma mão. O contato me fez suspirar com a aproximação, e, por mais que eu quisesse negar, meu corpo reagia ao seu. Tirei lentamente o copo de sua mão, enquanto via ele observar meu rosto.

Ele tinha deixado eu pegar o copo, mas deu um olhar de confusão, se endireitando novamente. Segurando seu olhar castanho, eu disse suavemente.

— Você já bebeu demais — pousei o copo no balcão. Vendo que minha outra mão ainda estava em seu braço, eu a retirei.

Ele me levantou pela cintura e me colocou sentada no balcão, ficando entre minhas pernas. Tentando sem sucesso manter a expressão calma, eu podia sentir o calor flamejando em minhas bochechas enquanto suas mãos seguravam firmemente minha cintura.

— O que eu vou fazer com você? Você não é capaz de me obedecer nem quando eu mando você sentar a bunda no sofá — inclinando-se um pouco para trás, Negan ergueu as sobrancelhas, enquanto lambia seu lábio inferior.

Ele continuou olhando para mim com aquele olhar intenso que sempre me faz sentir desconfortável, sentindo uma bola no estômago toda vez, me forçando a limpar a garganta antes de responder.

— Você deveria comer alguma coisa. Ir para a cama com o estômago cheio de álcool não leva a uma manhã muito agradável — eu disse, forçando meu cérebro a ignorar seu rosto tão perto. E suas mãos. E seu corpo todo.

Negan levou a boca ao meu pescoço, roçando a barba. Ouvi o sorriso em sua voz quando ele sussurrou de volta.

— Com certeza eu vou comer.

— Ah é? — eu perguntei, sussurrando do mesmo jeito que ele fez comigo, correndo a mão pelo seu peito. Ele fez um barulho de aprovação, enquanto corria suas mãos pela minha coxa — Então pegue uma de suas mulheres para isso.

O empurrei, saltando do balcão. Ele não esperava por isso, e ficou me olhando incrédulo. Andei pra longe dele, passando uma mão pelo cabelo, tentando recuperar o fôlego.

— Volte aqui, não me faça ir atrás de você — ele avisa — Você não vai gostar.

Eu devia simplesmente sair andando porta afora, mas eu não me contive.

— Quer saber? — perguntei quando virei, o vendo com um sorriso no rosto — Talvez eu queira outra pessoa. Alguém que queira só a mim.

— Está falando do garoto? — ele fala calmo e debochado, se referindo a Bellamy, mas seus olhos revelam sua raiva. Eu sei que não devia empurra-lo desse jeito, mas sua arrogância me enfurece.

— Isso não é assunto seu.

Virei e continuei andando até sentir um puxão forte em meu braço e no segundo seguinte ser lançada contra a parede, com Negan pressionado contra mim. Seu ombro bateu contra a estante ao lado, fazendo-a balançar.

— Sabe quantas pessoas eu já matei por menos do que você já fez? — A raiva brilhou com mais intensidade em seus olhosMuitas.

Quando fui o empurrar, ele segurou meus pulsos em cima da minha cabeça. Seu aperto era forte o suficiente para me manter no lugar sem me machucar. Mesmo estando louco comigo, ele nunca me machucou. Isso me aliviava e me confundia, porque eu não queria me sentir segura com ele. Mas eu me sentia. O quão doentio era isso?

Ele estava tão pressionado contra mim, que eu estava certa de que ele podia sentir meu coração batendo contra a minha caixa torácica como uma marreta.

— Eu sei. O medo que as pessoas tem de você é um lembrete diário — respirei fundo, toda aquela proximidade fazia meu corpo vacilar. Meu peito subia e descia enquanto ele olhava nos meus olhos.

— Você é minha. Ninguém vai tocar no que é meu — o tom possessivo enviou uma onda de arrepios pela minha pele. O sentimento de vulnerabilidade provocado por seu olhar era intenso, e eu mentiria se dissesse que não me sentia excitada com isso. 

Sentia meu coração revirar no peito. Eu não devia estar aqui, eu devia estar fazendo o que Jesus me pediu. Mas eu estava presa nessa bizarra mistura de raiva e desejo que eu sentia por ele.

— Eu não sou sua. Eu sigo todas as regras daqui, e nenhuma delas diz que eu tenho que ficar com você. Eu não quero nada com você, lide com isso — eu disse as palavras tao rápido como eu desviei o olhar dele. Negan segurou meus pulsos com uma mão só e levantou meu queixo para que os nossos olhos não desviassem.

— Não minta para você, querida — ele sussurrou, empurrando ainda mais seu corpo contra mim — Você gostou do que aconteceu a algumas noites atrás, não vale a pena mentir para você mesma sobre isso. Eu sei o efeito que eu tenho em você. E é forte. Eu sei como eu fiz você se sentir. Eu posso sentir seu ódio por mim, mas eu posso sentir a maneira que eu faço o seu corpo se sentir também. Você pode lutar contra isso o tanto que você quiser, mas eu vejo.

— Certamente você é muito seguro de si mesmo — uma risada incrédula saiu dos meus lábios. Mas ele estava centrado demais, diferente demais, como se algo tivesse estalado dentro dele.

— Eu quero você, Emma — disse roçando seu nariz em minha bochecha.

— Assim como você quer outras cinquenta — eu joguei de volta, o veneno pingando em cada palavra. Pensei que ele fosse rir ou fazer um comentário sarcástico, mas nada disso aconteceu.

— Foda-se elas, eu quero só você. Eu preciso de você — ele sussurrou com a voz grave no meu ouvido. Suspirei profundamente, tentando com todas as forças não me deixar atingir pelas suas palavras. 

Eu fiquei alguns segundos sentindo o toque quente e molhado da sua língua na minha pele, mordendo o lábio para não gemer.

— O que quer dizer com isso? — disse depois de conseguir um pouco de controle sobre mim mesma. Ele encostou a testa na minha.

— Eu não preciso delas se eu tiver você — sua língua entrou na minha boca, seus lábios sugaram os meus.

— Você vai... deixar elas? — a frase saiu da minha boca num sussurro, parte de mim não querendo acreditar que eu tinha perguntado isso. Suas mãos exploravam meu corpo, me apertando com força. Gemi, sentindo-o pressionar sua ereção em mim.

— Sim, eu faço a merda que você quiser — ele colocou meus braços ao redor do seu pescoço — Vamos baby, me toque.

Essas palavras fizeram meu cérebro entrar em curto. Eu queria ele — eu precisava daquilo novamente. O fogo que estava subindo por meu corpo tomou conta. Tomou conta de meus sentidos, de minha razão, do meu eu.

Colei nossos lábios e desci minhas mãos por suas costas até a barra da sua camisa, subindo e sentindo seu abdômen se contrair embaixo de meus dedos. Negan se afastou, tirando a camisa e a jogando no chão. 

Envolvi seu pescoço com meus braços. Ele desceu a mão por minhas costas, as parando em minha bunda e a apertando com força, me fazendo arfar. Logo em seguida, com um impulso, ele me ergueu e eu prendi minhas pernas em sua cintura.

— Quero você na minha cama — ele disse colado na minha boca enquanto caminhava. Tirei minha blusa pelo caminho e logo senti o colchão nas minhas costas. Negan ficou de pé ao lado da cama, se livrando das botas. Eu praticamente arranquei meu jeans, ficando de joelhos na beira da cama e o puxando pela barra da calça.

— Quero sentir seu gosto.

Ele abriu um sorriso sabendo o que eu queria, e me segurou pela nuca, colando nossos lábios e abrindo meu sutiã com uma mão.

Desci minhas mãos para sua calça, o apertando o volume duro e arrancando um gemido dele. Abri seu cinto enquanto sentia ele apertar meus mamilos, em seguida fechando a mão ao redor dos meus seios, massageando.

— Amo os seus peitos — ele disse enquanto eu descia beijando seu peitoral, até chegar na barra da sua calça.

Abri e desci o zíper. Negan me olhava de cima, mordendo o lábio. Abaixei a calça e a cueca, ouvindo um suspiro aliviado quando eu o peguei na mão, quente e duro. Lambi toda sua extensão, da base a ponta, subindo e descendo pela veia pulsante do seu pau.

Ele soltou um palavrão, pousando as mãos na minha cabeça. Não fechei os olhos quando abocanhei a cabeça do seu pau, o levando para dentro da minha boca, sentindo a textura macia na minha língua, junto com o gosto salgado da sua excitação.

Negan fechou os olhos com força enquanto eu masturbava o que eu não conseguira colocar na boca e continuava com os movimentos de vai e vem, rodando a língua ao redor.

— Isso... Porra, assim mesmo — ele rosnou, juntando meus cabelos em um rabo de cavalo. Ele se afastou um pouco, empurrou seu pau até na minha garganta e depois puxou de volta, movendo os quadris, entrando e saindo da minha boca. Era como se ele estivesse em transe. Era tão bom vê-lo perdendo a cabeça assim.

Negan murmurou alguma coisa antes de me puxar pelos cabelos para longe, me deitando na cama e ficando por cima de mim. Eu não consigo explicar porque a sensação de pele contra pele é tão inebriante. O corpo quente dele se encaixava no meu perfeitamente, enquanto ele chupa meus seios. Eu arfo quando sua mão desce pelo meu corpo, entrando dentro da calcinha e penetrando um dedo dentro de mim.

— Molhadinha — disse passando os dedos por minhas dobras — Você ficou excitada chupando meu pau — seu tom era de pura satisfação masculina.

— Sua voz me deixa louca — murmurei com a voz tremula enquanto ele movia o dedo dentro de mim. Eu queria fechar os olhos, mas eu adorava olhar seu rosto.

Ele riu contra minha boca antes de tirar o dedo e descer os lábios pela minha barriga, sua língua deixando uma trilha quente e molhada.

— Só minha voz? — ele pergunta com um sorriso safado e desce minha calcinha, me abrindo e ficando entre minhas pernas. Eu nego com a cabeça — O que mais?

— Sua... — eu não consigo completar quando ele passa o polegar no meu clitóris. Meu corpo todo se arca contra sua mão.

— Continue — ele beijou a parte interna da minha coxa, aumentando a velocidade.

— Suas mãos. Sua... boca — minha voz saiu engasgada. Ele olha para mim e umedece os lábios.

Arqueio minha coluna e fecho os olhos com força quando sinto sua respiração bater na minha intimidade. Negan coloca minhas pernas no seu ombro e lambe todo o meu sexo antes de sugar meu clitóris.

— Sim, sim, não para — eu ofeguei, gemendo e me contorcendo quando ele me penetra com dois dedos, movimentando no mesmo ritmo da sua língua. 

Ele me segurava pelas coxas, sua língua era como um veludo molhado fazendo movimentos sobre meu clitóris pulsante. Agarrei seu cabelo, afundando os calcanhares no colchão, gemendo sem pudor e movendo meu quadril contra sua boca, os espasmos me sacudindo por completo. Ele fica ali, sugando até a última gota do meu prazer.

Quando abro os olhos, vejo ele vestir o preservativo com habilidade. A maioria dos homens é meio estabanado nessa hora, mas ele não. Provavelmente porque já colocou muitas vezes. Seu abdômen está tenso, assim como seus os músculos dos seus braços.

Negan se inclinou sobre mim, uma mão ao lado da minha cabeça, a palma apoiando seu peso, enquanto a outra segura meu rosto. Puxo-o para baixo para me beijar, sentindo-o roçar seu pau na minha entrada.

Ele entrou em mim com força, num único movimento, me fazendo gritar, impondo um ritmo constante desde o início.

— Você é minha — a voz dele saiu profunda, quase um rosnado — Minha.

Seus movimentos eram intensos e profundos e seu corpo batia contra o meu com violência.

Meu corpo já não me pertencia. Era dele. Ele era o único que conseguia me deixar assim, completamente entregue, capaz de fazer qualquer coisa. Era tão gostoso. O ritmo, o modo como nossos corpos se encaixavam e se moviam. Ele sabia exatamente o que fazer.

— Isso é tão bom — engoli em seco, a garganta seca — Você é tão bom.

A cada impulso, eu me desfazia. Minhas mãos se agarravam a ele com força, querendo me fundir ao seu corpo.

— Fala pra mim — ele gemeu com os lábios grudados no meu pescoço — Diz que você é minha.

Negan — gemi ofegante, puxando sua boca pra perto da minha.

Eu fixei meu olhar no dele, vendo o reflexo brilhante em seus olhos. Aquele pedido emanava de algum lugar mais profundo, de algum lugar de dentro dele. Ele estava se agarrando a mim tão desesperadamente como eu a ele. 

Senti uma emoção se apossar de mim, mas ao mesmo tempo que eu queria dizer, eu não conseguia. Ele abrandou o ritmo, segurando meu olhar. Eu podia senti-lo ainda mais fundo dentro de mim agora.

— Quero ouvir você dizer.

Seu olhar era tão intenso e cheio de algo que eu não sabia descrever. E isso me assustou.

— Sim — eu respondi e trouxe sua testa para descansar contra a minha e fechei os olhos — Sou sua.

Com seus lábios nos meus, eu sentia o orgasmo se formando em meu corpo, ganhando força a cada investida.

— Não segure, deixe vir — ele sussurrou no meio do beijo. Suas entocadas ficaram mais fortes, fazendo com que meu corpo fosse para frente e pra trás.

— Eu não quero gozar agora, eu não quero que acabe — choraminguei. Meu sexo latejava ao redor do seu membro. Fechei os olhos, sentindo que não conseguiria me segurar por mais tempo.

— Emma — ele me chamou, sua barba roçando no meu rosto. Eu não abrir os olhos, queria ficar presa nessa sensação para sempre. Senti sua mão entrar por de baixo do meu cabelo, segurando minha nuca.

— Emma, olha para mim — abri os olhos lentamente, o vendo com o rosto corado, sua mão firme no meu quadril — Quero que olhe para mim enquanto te faço gozar. 

Ele mal termina de falar e eu sinto meu corpo explodir enquanto me agarro a ele. Negan vem logo atras. Entrando e saindo de mim de um jeito descontrolado, ele geme meu nome em meu ouvido, ficando todo tenso e em seguida relaxando completamente, desabando em cima de mim, tremendo e sem fôlego.

O silêncio encheu o quarto. Era quase um contraste chocante com a cena apenas momentos antes, quando gemidos luxuriosos enchiam o ar ao redor. Os lábios dele estavam junto a minha orelha, sua respiração quente e acelerada. Minhas mãos agarravam suas costas molhadas de suor.

Seu coração martela contra o meu. Continuei acariciando seu corpo, uma mão descendo e subindo pelas suas costas e a outra no seu cabelo. Eu não consigo — nem quero — me mexer.

Negan se mexeu sobre mim e o olhei, e ele sorriu, saindo de cima. Estremeci quando ele deslizou seu membro para fora do meu corpo, se jogando ao meu lado. Ficamos em silêncio por algum tempo, antes de ele virar para mim. Eu estava tentando não pensar no que vinha a seguir.

— O que foi? — perguntei, movendo minha cabeça para o lado, para ele.

Ele levanta seu rosto para mim, se sustentando em um de seus braços. Meus olhos correm por todo seu corpo, vendo uma tatuagem aqui e outra ali.

— Para quem não queria, até que você participou bem, não? — ele sorriu. Eu revirei os olhos, mas sem deixar de sorrir também.

— Não me canso de te olhar — ele tocou meu rosto, traçando o desenho dos meus lábios com o dedo. Seus olhos me encaravam com tanta intensidade que me desconcertaram.

— Eu quero conhecer você — eu disse suavemente. Ele sorriu, ainda muito perto do meu rosto. Sua mão foi para a minha cintura e ele puxou meu corpo contra o seu.

— Eu sou um livro aberto, querida.

— Eu não comprei. Quero conhecer você. Não o líder Negan, mas o Negan que você é quando está sozinho — acaricio seu rosto, correndo os dedos pela barba. Ele se inclinou escovando seus lábios contra os meus.

— Baby, você sempre consegue exatamente o que você quer.

Ele me beija, e por um momento eu penso em perguntar o porquê, mas desisto, não querendo estragar. Eu suspirei o abraçando pelo pescoço, minhas mãos indo para sua nuca e enroscando nos fios bagunçados. Quando nos afastamos ele sorriu e beijou minha testa.

— Vou ver se tenho algo pra passar aqui — ele diz, passando o dedo onde eu levei a pancada. Eu faço uma careta de dor. Provavelmente vai ficar roxo — se já não está — mas eu não quero ver, não hoje.

— Vamos tomar um banho — ele diz, se sentando na cama.

— Eu não consigo me mexer — eu rio, me sentindo esgotada.

— Não precisa me agradecer — ele pisca, puxando o edredom para me cobrir.

— Claro que não, você que deve — eu arqueio as sobrancelhas.

— Claro que sim, adoro essa bocetinha apertada — ele dá um tapa na minha bunda por cima do edredom — Já volto.

Eu continuei olhando fixamente enquanto caminhava para o banheiro do outro lado do quarto. Dessa vez não tive que me preocupar com a guerra entre meu subconsciente e meu cérebro. Meu cérebro estava ocupado em curto-circuito, enquanto seu subconsciente estava no chão, desmaiado de emoção.

Com as pálpebras pesadas e o corpo esgotado, eu adormeço antes de ele voltar, mas com um único pensamento na cabeça: eu vou conseguir fazer o que Jesus me pediu depois disso?

Demorei mas cheguei 

Espero ter deixado vcs felizes com esse cap, ainda tem muita coisa pela frente, o próximo capítulo vai tá malaviloso. 

Beijinhos

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