Cap 40. Crème brûlée
Tudo bem que Nancy e Simon aceitaram tranquilamente o fato de eu ser stripper, porém, durante o tempo em que permanecemos sentados à mesa, continuei tensa de qualquer jeito. Eu segui como o centro das atenções, por motivos óbvios, e acabei bombardeada com uma pergunta atrás da outra. E não foi fácil falar de mim, de parte do meu passado e da minha trajetória até chegar à Los Angeles. Se não tinha sido simples me abrir para Nathan um dia antes, imagine para eles.
Depois da sobremesa, um Crème Brûlée delicioso, que quase me fez esquecer toda ansiedade do jantar, ficamos mais um tempinho na sala de estar. Bebericamos um pouco de vinho — Nathan já havia passado do suco para a água —, e logo Simon pediu licença para se retirar, alegando que acordaria cedo para trabalhar no dia seguinte. Nancy se recolheu com ele, mas não sem antes me dar um aviso enigmático:
— Descanse bem, querida, e durma com os anjos. Amanhã bem cedo teremos uma programação muito especial.
Depois ela falou para o filho, como se ele fosse uma criança que precisasse ser advertida:
— E você, Ed, não fique ocupando a menina a madrugada toda.
Nancy nos deu um adeusinho e saiu com o marido pelo corredor adentro, sem me dar chance de perguntar qual seria a tal programação especial. Mas eu não perguntaria, mesmo se houvesse chance. Se a dona da casa havia determinado uma agenda para logo cedo, quem era eu para questionar? Fosse o que fosse, eu teria que entubar.
Com cara de bunda e o sorriso tenso descongelando aos poucos, só me restou perguntar a Nathan se ele sabia algo sobre o enigma de sua mãe. Abri a boca assim que ficamos sozinhos, afundados, lado a lado, no gigantesco sofá de couro marrom:
— O que ela quis dizer com "programação especial"? Não me diga que vai me tirar da cama às 6 da manhã para malhar. Vai? — Depois do tanto de vinho que eu havia tomado, era só o que faltava; acordar cedo para correr na esteira.
— Eu não faço a menor ideia. — Ele prendeu o riso e me deu um beijinho nos lábios. — Coisas de minha mãe, e ela é um pouco doidinha.
Ah, isso havia ficado bem claro.
— Mas você não faz ideia mesmo? — insisti, intrigada com aquele mistério todo. — Nem uma pontinha de ideia?
— Não, linda. O jeito é esperar e descobrir pela manhã. — Como se eu fosse do tipo que conseguia esperar tranquila depois de receber uma bomba nas mãos. Nathan me deu outro beijinho e perguntou: — Você já quer ir dormir, para se preparar para amanhã "bem cedo"? — Ele riu, depois de relembrar as palavras da mãe.
— Não. — Estreitei os olhos. Lá estava ele me zoando de novo. — Lógico que não. Eu não durmo cedo, e você sabe muito bem disso. Sabe que a esta hora meu trabalho estaria só começando. E se não durmo cedo em dias normais, hoje menos ainda. Se eu for para o quarto agora, vou ficar rolando na cama, para lá e para cá, criando listas mentais de infinitas possibilidades para essa tal "programação especial". — Ufa! Respirei. — Poxa vida, isso não se faz.
— Poxa vida, tadinha. — Nathan praticamente me remedou e riu da minha reclamação cheia de dramaticidade.
Torci o nariz para ele, um pouco contrariada com as suas gracinhas fora de hora.
— Leve a sério, Nathan. É muito ruim esperar sem saber o que esperar. — Ele voltou à sua expressão atenta, e eu lhe perguntei, preocupada de verdade: — Você acha que me saí bem nesse jantar? Fale a verdade.
— Lógico. Pensei que tivesse ficado claro, pela reação dos dois. — Ele afastou uma mecha de cabelo da minha testa, colocando-a para trás da orelha. — Linda, você foi aberta, sincera, divertida... Foi você mesma. A empatia se deu imediatamente. Com certeza a minha garota foi mais do que aprovada. — Ele sorriu e pegou minha mão para dar um beijo em seu dorso. — Agora você faz parte desta família, e vamos cuidar muito bem de você.
Muito fofo ele dizer que os três cuidariam de mim. Eu não falava com os meus pais havia meses, e eles sequer me procuravam, então saber que Nancy e Simon me acolheriam como filha, deu-me um calorzinho no coração na mesma hora.
— Eu é que não me saí tão bem nesse jantar — continuou Nathan, brincalhão de novo. — Além de ter tomado uma bronca da minha mãe, graças a você devo ter ficado com a perna roxa. A senhorita bate forte, sabia?
— Bem feito! — Ri e dei outro soco em sua coxa, desta vez na direita, para igualar o hematoma e não perder o hábito.
— Ai, doeu! — Ele massageou a área atingida, porém não levei a sério o seu drama. — Não sabia do seu lado agressivo e raivoso, mas você fica tão bonitinha emburrada que até vale a pena apanhar. Acho que vez ou outra eu farei por merecer.
— Você deu sorte, viu? Eu pensei em acertar o seu saco, e foi por muito pouco que mudei de ideia. Se estivesse com os ovos esmagados agora, aposto que o seu discurso seria bem diferente. Pensaria duas vezes antes de me irritar.
— Você cogitou esmagar os meus ovos? Como você é má, dona Isabelle. — Riu.
— Sou mesmo e, caso não lembre, eu já lhe disse isso antes. Muito, muito, muito má. Má daqui até a lua.
— Mas da outra vez que foi má, o contexto era bem melhor... Toda provocante me chamando, de perna aberta, passando a mão na calcinha molhada... Hmm. O tipo de maldade que sempre vou ansiar por mais. — Nathan me enlaçou sem jeito pela cintura e me arrastou para mais perto dele no sofá.
— Pode parar, pode parar, Nathan Edward Smith. — Ri, livrando-me de suas mãos e voltando para o meu lugar de braços cruzados. — Ainda estou pensando se vou lhe perdoar por não ter me dito que sua mãe foi stripper. Você me fez passar nervoso, me corroer de ansiedade, quase vomitar à toa.
— Mas é claro que você vai me perdoar. Sou seu namorado carinhoso e dedicado, bastante dedicado... — Nathan se aproximou devagar, cheio de dengo, e daquele jeito não tinha como me manter irritada com ele. Nem mesmo continuar fingindo irritação. Seus lábios tocaram meu pescoço, soprando beijinhos breves em direção à orelha, arrepiando-me todinha. — Pense que no final ficou tudo bem. Passou, passou... Acabou aquela fase tensa, e daqui para frente será só alegria.
— Você promete? — Mordi o lábio inferior, fazendo charme. — Promete que não vai mais esconder informações relevantes de mim, nem mesmo quando achar que é para o meu bem?
Nathan afastou-se um pouco e sentou-se direito, esticando-se no sofá.
— Eu não posso prometer isso. Não posso, porque...
— Não pode por quê? O que você está escondendo de mim? — Dei-lhe um empurrãozinho no ombro quando vi que ficou todo vermelho antes de completar sua explicação. — Ah, Nathan, fale de uma vez! — ordenei, com um meio-sorriso no rosto e o punho serrado para atacá-lo de novo.
Ele levantou os braços, rendendo-se, e girou o corpo na minha direção.
— Tudo bem, sem agressão. Eu vou falar. — Prendeu o riso e pigarreou forçado. — Eu sei, sim, qual a "programação especial" de amanhã.
— Sabia! — Empurrei o seu ombro com mais força. — Sabia que você estava por dentro! Sua mãe pode até ser doidinha, como você falou, mas ela não faria nada sem o seu aval. O que vocês estão arrumando, hein?
— Voltamos à sua indagação inicial. Não seja tão curiosa. — Ele sacudiu de leve a ponta do meu nariz. — Não vou contar agora e ser estraga prazer. Aliás, nem era para a minha mãe ter dito nada. Era para ser uma grande surpresa, sem causar essa expectativa em você.
— Mas agora expectativa é o meu sobrenome.
— Linda, ao contrário de minha mãe, sei guardar segredo. O que vai acontecer amanhã, prefiro deixá-la descobrir na hora.
— Ah, caramba! — Cravei minhas unhas nos seus dois braços, agoniada. — Nathan!
— Linda — ele segurou as minhas mãos, trazendo-as de volta para baixo, e disse no seu tom de voz calmo e irritante —, é uma surpresa. Eu não vou lhe dizer o que nós dois preparamos, nem sob tortura.
— Você é que está, neste exato momento, me torturando. Você acha que vou conseguir relaxar depois disso? Eu já não ia dormir mesmo, mas agora, com a certeza de que você está envolvido nesse esquema, só piorou.
Nathan conferiu a hora no seu relógio de pulso.
— Quase uma da manhã. É melhor você tentar dormir. A programação é "bem cedo". — Ele deu mais uma de suas risadinhas enervantes.
— Vá-se-fer-rar! — silabei, bem devagarinho, só porque eu era muito educada para mandar meu namorado se foder. — Não vou deixar que levante deste sofá até me dizer para que eu tenho que me preparar amanhã. Coloque a mão no meu peito e dê uma sentida no meu coração. — Ele obedeceu. — Está vendo? À mil por hora, mil por hora. E a culpa é sua.
— Se a culpa é minha, então terei que dar um jeito nisso aí, para você se acalmar... — Com a mão direita ainda sobre o meu peito, Nathan chegou mais perto e me deu uma fungada atrás da orelha, para, em seguida, roçar o nariz ao longo do pescoço e terminar mordiscando o meu ombro.
— Assim só piora... Meu coração bate cada vez mais rápido. — Soltei um suspiro, praticamente entregue. O safado sabia direitinho como me enrolar. Como sabia!
— Mas agora bate mais rápido por um motivo bom, não? — Perguntou ele, com os lábios soprando ar quente na minha clavícula. Nathan deslizou para cima a mão que sentia a minha frequência cardíaca e apertou de leve a base do meu pescoço. Depois, descendo-a lentamente, invadiu o meu decote, massageando o bico do seio esquerdo com os dedos até senti-lo endurecer.
E, então, bastou seu toque quente e seus olhos expressivos me encarando. Apaguei da minha cabeça, ainda que momentaneamente, a curiosidade angustiante para saber sobre a tal "programação especial".
Puxei Nathan pelo colarinho da camisa, trazendo-o mais para perto de mim — se é que isso era possível — e toquei os seus lábios com os meus, provocando-o com a pontinha da língua circundando a sua devagar, sentindo a textura de veludo molhado.
— Seus pais podem aparecer... — murmurei quando a mão esquerda de Nathan subiu pela parte interna da minha coxa. — Você não sente medo?
— Uhum, sinto — assentiu, praticamente gemendo. — Mas não tenho a menor intenção de parar... A menos que você queira.
Pressionei sua cintura e mordi seu queixo, dando-lhe a resposta que precisava. Nathan olhou por cima do meu ombro, talvez para se certificar de que não havia ninguém no corredor logo atrás, e voltou a se concentrar no beijo e no meu seio, que agora preenchia sua outra mão por inteiro.
— Não sabia que gostava de brincar com o fogo deste jeito...
— Mas eu gosto... E muito — sussurrou Nathan, apertando meu mamilo túrgido do seio exposto. — Um amasso no sofá, como um adolescente correndo o risco de ser pego... Quem não gosta? — Nathan me provocou, enfiando a língua em minha boca.
Após a sua confissão de que gostava de uma sacanagem correndo o risco de ser flagrado, a mão de Nathan subiu ainda mais firme pela minha coxa, tecendo um caminho de arrepios sob o vestido. Ao atingir o quadril, mais do que depressa ele enfiou todos os dedos, famintos, por debaixo da lateral da calcinha, afastando-a do meu corpo.
— Hmmm, fininha, de renda, do jeito que eu gosto. Hmm, e como gosto.
Sua mão subiu e desceu por aquele caminho diversas vezes, as pontas dos dedos pressionando a minha pele, o polegar tocando o osso da bacia, querendo descer para a virilha. Os movimentos sôfregos do desejo que ele sentia, levantaram o vestido e expuseram a minha bunda.
— Sua gostosa... — gemeu, apertando a minha nádega esquerda.
Nathan agarrou a parte de trás da minha calcinha com todos os dedos e a puxou para cima, cravando-a mais fundo na minha fenda, fazendo-me grunhir de dor e de prazer.
As luzes acesas não ajudavam a camuflar nosso agarramento. Se alguém aparecesse de repente, daria de cara com aquela cena. Apesar disso, sem o menor pudor, enterrando ainda mais a calcinha no meu cu e fazendo minha pele arder com o atrito, Nathan pegou a minha mão e a levou até o volume na sua calça. Foi delicioso sentir a sua ereção crescente, à ponto de se tornar dolorida caso se mantivesse presa.
Entendendo o recado silencioso e urgente, desafivelei o seu cinto, desabotoei sua calça e baixei o zíper, revelando parte de sua cueca branca. Minha mão direita adentrou sua calça, da mesma maneira que ele invadira o meu decote, e, sem hesitar, apalpei seu pau sobre o tecido macio de algodão. Passei o polegar de um lado para outro no contorno da glande e me dediquei à pontinha. No instante em que uma gota de lubrificação umedeceu a superfície, intensifiquei as carícias, arrancando de sua garganta um gemido.
Nathan reclinou um pouco mais no sofá, apoiando a cabeça no encosto, e levantou o quadril para baixar a calça, apenas o suficiente para colocar o pau para fora. E, depois de olhar mais uma vez para o corredor, puxou minha mão de volta para o seu membro ereto.
— Abra as pernas para mim... Quero ver sua bocetinha gostosa debaixo da renda enquanto me toca.
Com a palma fechada, firme, subindo e descendo, sentindo a sua pele fina e as veias saltadas, ajeitei-me ao seu lado, completamente virada para ele. Sentada sobre uma das pernas dobrada e com a outra tocando o chão, tentando lidar com o incêndio incontrolável que me dominava, arreganhei-me para deixá-lo ver minha calcinha.
Seus dedos passaram pelo tecido molhado, fazendo pressão na entrada, aumentando ainda mais o meu desejo. Deixei Nathan brincar um pouco por ali, com os dedos ora na renda, ora nos meus lábios molhados, apreciando sua ereção crescer mais e mais.
— Se você soubesse como fico louco a tocando assim, sentido essa textura... — Seu polegar entrou em mim e logo saiu, e Nathan massageou com ele a região sensível inteira. — Sua pele, seus pelos, o tecido...
Inclinei meu tronco para chupar e lubrificar ainda mais o seu pau, para sentir o seu gosto amargo delicioso em minha língua. Ao mesmo tempo que eu me deleitava com sua cabeça grande e rosada, seu dedo médio entrava, saía e girava dentro de mim, excitando-me ainda mais.
Eu queria montá-lo ali mesmo, subir e descer no seu colo até nós dois, suados e arfantes, gozarmos juntos. Meu sexo latejante implorava pelo preenchimento. No entanto, sabendo dos riscos, não só pelo possível flagrante, mas, principalmente, por não ter um preservativo à mão, insisti na masturbação, tocando-o cada vez mais rápido, concentrando toda a minha energia na sua cabeça gostosa.
Nathan, ofegante, pediu para eu continuar naquele ritmo, então obedeci, ordenhando-o vigorosamente, até sentir a sua porra cremosa esquentar as minhas mãos.
— Ah, linda, gostosa... O que foi isso?
Nathan revirou os olhos, satisfeito, guardou o pau melado e ainda ereto na cueca e subiu a calça, mais uma vez olhando para o corredor. Em seguida, limpou minha mão na barra de sua camisa e se ajeitou no sofá para me dar um beijo cheio de tesão.
— Não pense que acabamos... — avisou-me ele, só para constar, enquanto puxava o meu seio esquerdo para fora do decote, fazendo companhia ao outro.
Depois de mais uma olhadela para o corredor, Nathan segurou os dois juntos pela base e desceu o rosto para se deliciar com os meus mamilos, lambendo-os e chupando-os. Ora um, ora o outro, insistentemente.
— Lá embaixo está tudo tão molhadinho para você... — sussurrei, gemendo, agarrada aos seus cabelos.
Sem perder tempo, atento à dica, mas ainda se divertindo com os meus mamilos, Nathan levantou a saia do vestido e baixou um pouco a calcinha, entrando por cima com a mão em concha, fazendo-me chamar seu nome e pedir mais no seu ouvido. Contorci-me ao ter meu sexo preenchido e apalpado com vigor, e foi ainda melhor quando ele pressionou o polegar em círculos no meu clitóris.
— Ah, Nathan... — Curvei-me um pouco para frente, cravando os dentes no vão entre o seu pescoço e a clavícula, sentindo uma poça de lubrificação se formar debaixo de mim. — Ah, assim...
Seu dedo médio entrou fundo em mim, explorando meu interior molhado. E eu gemi baixinho, bem devagar, assim que ele enfiou mais um, intensificando o prazer.
— Goze na minha mão, gostosa — ele sussurrou no meu ouvido. As palavras me excitaram ainda mais. — Molhe a minha mão todinha, vai... Se entregue... Se entregue para o seu namorado.
Não precisou de muita coisa além. Nathan pediu e eu me entreguei, rebolando o meu quadril e gemendo no seu ouvido, um pouco contida, abafando o grito na gola da sua camisa, mas muito realizada na palma da sua mão.
.......
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