Buongiorno
GIULIANNA PRATICAMENTE PISCOU DIVERSAS VEZES, quando sentiu uma lambida no seu rosto, seguido de uma pata tocando seu braço, era o Lui. O pequeno border collie tricolor que sua irmã mais nova havia resgatado. Ela virou para o lado e o relógio batia 5h00 da manhã em pleno sábado de janeiro. A ruiva falou algumas coisas incompreensíveis e se revirou na cama, colocando seu travesseiro sobre a cabeça. Uns grunhidos e um peso a mais na cama foi sentido, Lui tinha subido na cama e a perturbava para acordar, pois deveriam fazer seu passeio da manhã e por ser sábado, dia de ninguém trabalhar naquela dia, ele desejaria um verdadeiro passeio digno de um cão resgatado.
O prédio que as irmãs Ferrari moravam era um reflexo dos prédios históricos do povo neerlandês, construções em tons sóbrios, janelas grandes e altas. Tinham apenas cinco andares. Com área comum ampla, pergolados, muitas árvores que coloriam aquele lugar e alguns bosques com bancos de madeira nobre próximo a um parque florestal. Giulia e Giulianna eram duas irmãs que dividiam aqueleapartamento após Giulia chegar a uns dois anos de Milão, cidade natal das duas.
Embora fosse um apartamento em um prédio antigo, ele possuía muitos cômodos amplos, pé direito alto e enormes janelas como esperado do estilo holandês, deixando totalmente fresco e arejado, por mais que estivesse de derreter qualquer cidadão do lado de fora. O clima úmido e litoral de Nova Amsterdam possibilitava ventos fortes, o que ajudava a suportar aquele calor de janeiro. O piso era parquet, além de ter um parapeito de ferro, repleto de plantas na sacada, com algumas cadeiras, e luzes.
Mesmo bem localizado, ventilado, amplo, não havia elevador e as meninas moravam noúltimo andar.
Lui começou a choramingar e a rolar na cama para fazer a ruiva acordar. Uma risada começava a escapulir por baixo daquele travesseiro pena de ganso e ela agarrou o pescoço daquele cachorrão fofo e peludo que distribuiu lambidas de forma animada. Conseguia lembrar quando chegou em casa e se deparou com a irmã deitada no sofá vermelho, junto do cachorro, vendo alguma animação sobre bichos.
A dois anos atrás, ela ainda se considerava de luto por causa do Lucas, seu ex-noivo, embora fizesse exatos seis anos do falecimento do rapaz, Giulianna ainda não havia conseguido seguir em frente. Foi quando Giulia veio morar com ela, dois anos atrás que sua vida começou a virar de pernas pro ar, sendo mãe de pet.
- Tudo bem, tudo bem! Eu já acordei, bocia - Giulianna se espreguiçava para poder se levantar, seu cabelo estava todo bagunçado, o que fez a gata Sorte, outra moradora da sua residência, fruto de mais um resgate de sua irmã caçula, se assustar com aquela bagunça cedo da manhã.
"Pela gata amada, parece que fizeram um ninho de rato no cabelo dessa garota!" - pensava a gata ao fitar a humana pernuda ruiva.
- Giorno para você também, Sorte! Lui, vai acordar a Gi, ok? – um latido foi dado como resposta e o cachorro saiu em direção ao outro quarto, quando ouviram do outro cômodo palavras como:
- Ah, Lui, amore mio! - um estrondo foi ouvido e parecia que algo ou alguém tinha ido ao chão. Giulianna foi até o quarto da irmã abrindo a porta e se deparou com ela no chão, risos foram ouvidos.
- Parece que o Lui fez você se levantar direitinho. – dizia Giulianna rindo da sua irmã.
- Como você é malévola pela manhã, Giugiu – proferiu Giulia se levantando. – Vocês dois sabem como serem insuportáveis. – brincou.
- Trate de se arrumar, vamos para a praia hoje, o Lui quer se divertir e quem sabe essa bola de pelo que você resgatou também curta um pouco – olhou para o Lui e depois para elas. – acho que precisamos também. – Giulianna dizia animada, indo para o banheiro tomar banho e fazer sua higiene matinal. - Acha que vai conseguir o emprego na empresa Jansen com a entrevista que teve ontem?
- Eu não sei, a responsável por fazer as entrevistas teve um imprevisto e fui entrevistada pela secretária dela. Apenas conheci uma mulher, chamada Di. Parece ser muito legal, me levou para tomar café em uma cafeteria maravilhosa. Você iria adorar conhecer ela.
- Sim, ontem você estava triste mesmo com a entrevista, mas não se preocupe, elas sempre são assim. – Giulianna ficou na porta do banheiro, enquanto escovava os dentes para fitar a irmã que estava sentada na cama, acariciando o Lui e depois chegou Sorte.
"Santa Gata, como essas mulheres fazem barulho às 5h da madrugada! Que horror, ninguém sabe dormir aqui? "
- Não, pelo contrário eu estou MUITO FELIZ! É uma excelente oportunidade também! A empresa Jansen é o sonho de qualquer um. - falava a morena.
- Sabe que estou sempre aqui para você. Agora pare de procrastinar e comece a se ajeitar, partiremos em meia hora e sabe que não gosto de atrasos.
- Sim capitã! - Giulia batia continência para a irmã mais velha, em uma tentativa vã de irritá-la um pouco. A mais velha apenas sorriu, pois a relação era sempre amena. Giulianna sentia-se no dever de cuidar da irmã caçula desde o falecimento dos pais.
Bocia - Expressão italiana para Criança.
Ah Lui, Amore mio - Ah Lui, meu amor!
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