23. Vinte Três
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Voltamos para a pespectiva do Jimin. Na última vez ele saiu com Jungkook e conheceu sua cachorrinha.
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Jimin não tem notícias de Jungkook por cinco dias. Ele nem o vê no Deca. Não é como se ele quisesse que Jungkook aparecesse sem avisar em sua porta para arrastá-lo sabe Deus para onde, mas quanto mais Jungkook está desaparecido, mais ansiedade aumenta dentro de Jimin sobre quando o homem vai aparecer do nada dando-lhe um susto.
Jimin está no Deca durante a quarta noite de ausência de Jungkook, preparando-se para atuar com Kkuli. Um dos patrocinadores de Kkuli solicitou que ele se apresentasse com Jimin usando roupas selecionadas a dedo. Aparentemente, o homem tem uma queda por lingerie. Jimin não se importa. Ele atualmente tem um roupão enrolado em seu conjunto de babados enquanto espera nos bastidores com Kkuli para continuar. Entre eles estão Taehyung e Yoongi, definidos para continuar como ato número três.
Jimin e Kkuli sentam-se um ao lado do outro em frente aos espelhos de maquiagem. Os maquiadores e estilistas do Deca já cumpriram suas tarefas, deixando seus artistas prontos e relaxados em suas cadeiras enquanto a primeira apresentação da noite continua no showroom. A corrida solo de Hyesong está sendo transmitida na tela na parede ao lado da porta, mas ninguém a está observando. Em vez disso, Jimin passou os últimos minutos repetindo sua atual situação de patrocínio para seus colegas de trabalho.
— Você está me dizendo que Jungkook não quer nada com você? — Kkuli pergunta incrédulo. Ele está meio virado na cadeira, costas retas e olhos mais abertos sem os óculos. Em vez disso, lentes de contato azuis centáureas colorem suas íris. Seu manto está frouxamente amarrado na cintura.
— Não é nada demais. — Yoongi aponta de seu lugar no sofá do canto, seu celular nas mãos. Ele não levanta os olhos do dispositivo enquanto continua: — Jungkook está escolhendo patrocinar Anjo, não importa o quão não convencional seja.
— Hum, sim, mas ele fez isso para ser o único a patrociná-lo, — Argumenta Kkuli. — para depois deixar de apreciar totalmente este homem adorável aqui? Isso parece um grande e gordo desperdício.
Jimin finge modéstia, rindo para si mesmo quando Kkuli imita a expressão em resposta.
— Existem algumas pessoas por aí que genuinamente gostam de mimar alguém. — Taehyung fala por trás de Kkuli. — Sem condições. — Taehyung bagunça o cabelo cacheado de Kkuli antes de deslizar entre ele e Jimin, levantando-se para sentar-se na beirada do balcão de maquiagem. Ele já está arrumado para sua própria apresentação, vestindo calças de couro brilhante que se agarram a suas pernas.
— Isso soa falso. — Kkuli zomba. — Todo patrocinador aqui quer algo mais do que isso, mesmo que seja apenas 15. Anjo, Jungkook realmente não quer nada? Nem mesmo um beijo de despedida na bochecha?
Jimin bufa, olhando para seu rosto minimamente empoado de maquiagem no espelho.
— Não. Ele foi bastante claro.
— Eu pensei que ele patrocinar você significava que eu finalmente descobriria seus segredos sujos, mas tudo o que estou descobrindo é que ele é chato.
— Confie em mim, — Garante Jimin, pensando nas surpresas que Jungkook já revelou sobre si mesmo em alguns dias, desde seu sarcasmo até seu cachorro de estimação, — ele não é chato.
Pelo espelho, Jimin ver Yoongi dizendo para Kkuli.
— Jeon Jungkook precisa se envolver sexualmente para você achá-lo interessante?
— Oh, não aja de maneira arrogante. Eu faço sexo para viver, então sou apenas naturalmente curioso.
— Eu também, mas não dou a mínima para a vida sexual de Jungkook.
— Isso é porque você tem seu próprio patrocinador gostoso para ficar obcecado, — Menciona Kkuli. — enquanto meu pequeno punhado não é leal porque eles vêm e vão. Caramba, algum deles já pode me pegar? — Kkuli solta um suspiro, caindo em sua cadeira. — É brutal aqui fora, Soonsu, meu Deus.
Taehyung cutuca a perna com o pé, dizendo com ternura:
— Você é um sonho, Kkuli. A pessoa certa virá para você quando for a hora certa.
— Se eu pudesse te dar Jungkook, — Jimin acrescenta, — eu daria.
Kkuli inclina a cabeça para ele.
— Você imploraria a ele por mim?
— Oh, não, desculpe, eu não imploro.
Kkuli faz beicinho enquanto Taehyung gargalha de tanto rir. Aplausos de repente soam tanto na transmissão quanto no palco principal, reinando no final da apresentação de Hyesong. Jimin lança um olhar para Kkuli, e os dois se levantam de seus assentos para a sua vez.
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Colocado no alto-falante em cima da pia do banheiro, o celular de Jimin toca fazendo uma ligação. Esperando que Jungkook respondesse, ele se inclina sobre o balcão, terminando sua rotina matinal de cuidados com a pele.
Antes de reunir energia para rolar para fora da cama, ele passou a hora anterior enrolado em seus cobertores percorrendo o Slab e outros conteúdos inúteis, mas divertidos da internet. Ele dormiu até tarde depois de sua madrugada no Deca, tendo comparecido ao VIP social como faz a cada vez que se apresenta, antes de voltar para casa para tomar banho e depois rastejar para a cama e deixar o sono levá-lo.
Durante os sessenta minutos no salão de coquetéis, Jimin não pôde deixar de olhar para Taehyung e Yoongi com Jung Hoseok. Ele os observou se aconchegar em um sofá para toda a sala ver. Ele os observou inclinar as bebidas e compartilhar risadas. Ele até assistiu enquanto Taehyung e Yoongi conversavam com outros patrocinadores deles, enquanto Hoseok observava cuidadosamente as conversas, mas mantinha distância. Ele e Jungkook não deveriam fazer o mesmo?
Jimin passou o resto da noite conhecendo membros que ainda não haviam se apresentado a ele. Isso nunca acabava. Ele desconfia que ainda vai precisar de mais algumas redes sociais para conquistar todos que desejam conhecer a nova estrela do Deca. Alguns dos VIPs simplesmente querem dizer olá e sentir sua personalidade em cinco minutos, enquanto um homem ontem à noite manteve Jimin falando por metade do tempo previsto. Jimin fez uma anotação mental para não encorajar a conversa com aquele membro em particular no futuro, e ficar entediado até a morte.
Ele tem feito anotações mentais de todos que conhece. Está indo além, ele se pergunta, quando nenhum deles tem permissão para patrociná-lo? O máximo que Jimin pode fazer com essas pessoas fora do palco é ter conversas amigáveis com elas durante o happy hour.
A chamada de Jimin se conecta.
— Bom Dia, Anjo.
Jimin não consegue acreditar que já não passa do meio-dia. Ele olha para a tela do celular, verificando se ainda faltam dez minutos. Ele zomba de si mesmo.
— Tenho uma lista de desejos para hoje.
— Você tem? — Jungkook diz.
Se Jungkook não vai vê-lo por cinco dias, então Jimin vai usar seu dia de folga para contatá-lo por conta própria.
Jimin teve uma epifania ontem à noite enquanto observava os outros artistas e seus patrocinadores: Jungkook é quem o patrocina, o que significa que é seu trabalho fornecer a ele o que ele quiser. Além do pequeno detalhe de Jungkook cortar Jimin de qualquer outro membro interessado do Deca, Jimin está no controle total de seu patrocínio. Se ele quer algo, ele só precisa pedir.
— Se eu quiser alguma coisa, — Jimin se pergunta, afofando seu cabelo preto com as mãos, — você é obrigado a largar o que quer que esteja fazendo e atender aos meus desejos?
— Isso não é totalmente realista, — Diz Jungkook, que ganha um revirar de olhos de Jimin, — mas para sua sorte, só recentemente fui disponibilizado. O que você gostaria, anjo?
— Eu quero ir às compras.
— Para roupas, estou supondo?
Jimin sorri, embora Jungkook não possa ver.
— Você supõe certo.
— Você pode me enviar links do que quiser e eu posso...
— Oh, mas isso é chato. — Jimin repreende, pegando seu telefone e saindo do banheiro. Ele se dirige para seu armário, dizendo: — Eu não deveria estar usando você? E vice-versa, sou bonito o suficiente para você se exibir ao seu lado, eu acho. — Ele acende as luzes do armário, examinando a variedade de opções da roupa anterior de Jungkook. — Quero fazer compras no Grand Center. Me pegue em uma hora? A menos que você esteja por perto e consiga chegar em 30 minutos, é o ideal.
Em vez de uma observação espirituosa, Jungkook apenas diz:
— Estarei aí em breve. — Antes de desligar.
Jimin franze a testa percebendo que isso não é justo e ele sabe o quão rápido precisa trabalhar para terminar de se arrumar a tempo.
Depois de passar muito tempo escolhendo uma roupa, ele sai tropeçando pela porta quando Jungkook chega para buscá-lo. Jimin nem convidou para entrar, mas acenou maliciosamente com os dedos no lugar de um olá antes de passar por ele e sair pela porta. Jimin ouve sua porta travar automaticamente atrás dele antes que as batidas suaves das botas de Jungkook o siga.
— Como Woojoo está? — Jimin pergunta quando eles estão no elevador, apoiando-se em uma perna e olhando por cima das unhas.
— Ela está bem. — Jungkook responde, focando diretamente nas portas metálicas fechadas. — Ela é uma cachorra.
Jimin vira o pescoço para ele, pouco impressionado com sua resposta.
— Bem, não vou perguntar como você está, então.
— Por que? — Jungkook pergunta, o humor brilhando em seus olhos profundos quando encontra os de Jimin. A aparência é levemente irritante, como um arranhão que você não consegue coçar. — Você me despreza como se fosse um cachorro?
Jimin oferece um doce sorriso pingando ironia.
— Isso é um insulto aos cães. — O elevador apita e Jimin sai antes de perceber que Jungkook apertou o botão da garagem subterrânea em vez do saguão. Antes que Jimin possa voltar atrás, o homem passa por ele, um destino claro em mente. Jimin segue, presumindo que Jungkook dirigiu aqui sozinho em vez de utilizar um transporte encomendado.
Mas, em vez de parar em uma das centenas de transportes apenas neste andar, Jungkook se dirige para as vagas de estacionamento dedicadas aos transportes de motocicletas. Jimin para a alguns passos de distância enquanto observa Jungkook alcançar uma moto preta, sua camada brilhante de tinta refletindo as luzes fluorescentes do teto. Seu corpo elegante é longo, suas rodas largas e sem aro, e a máquina é equilibrada o suficiente para ficar sozinha sem um suporte. Em seu assento curvo está um capacete que está preso com segurança à moto por meio de um cordão de metal. Jungkook vai desbloqueá-lo.
(Moto que inspirou a autora)
— Eu não vou ir nessa armadilha mortal. — Jimin anuncia, seus pés firmemente plantados no lugar a três metros de distância.
— É só um pouco mais uma armadilha mortal do que um transporte padrão. — Jungkook diz a ele, levantando o assento da moto para tirar um segundo capacete do compartimento abaixo.
— Então, você admite que é mais perigoso?
— Está tudo bem, Anjo. Vamos.
Jimin se irrita, cruzando os braços.
— Não, obrigado.
Jungkook apenas dá de ombros, passando a mão pelo cabelo antes de ajustar um dos capacetes sobre a cabeça.
— Como quiser. Posso pedir um transporte se você for tão exigente.
— E você?
— Não tenho medo da minha moto, mas obrigado por sua preocupação. Posso te encontrar lá. — Ele responde, a frente aberta de seu capacete exibindo seu meio sorriso divertido. Ele aperta um botão na lateral do capacete, e os painéis frontais se fecham automaticamente, escurecendo o suficiente para esconder seu rosto.
— Não é estar com medo, — Jimin fala, ficando parado enquanto Jungkook passa uma perna por cima da moto. — é estar no lado mais inteligente da evolução!
Jungkook o ignora. Ele acena com a mão sobre o pequeno painel de controle entre o guidão, a tela iluminando em resposta. Com um toque do polegar, ele dá vida a moto. Ela não faz nenhum som, mas a luz violeta de repente atinge o exterior da moto, estendendo-se ao longo de sua lateral e circulando as rodas. Acessórios ocultos abaixo da máquina embaçam o chão com um brilho roxo, delineando o perímetro da moto.
— Você está falando sério, não é? — Jimin murmura.
Jungkook meio que torce em seu assento, silenciosamente segurando seu segundo capacete.
Com um som derrotado, Jimin se joga para a frente, arrancando o capacete da mão de Jungkook com atrevimento suficiente para provar o quanto ele não quer fazer isso. Ele empurra o capacete sobre sua cabeça, fechando-o. Jimin acredita plenamente que Jungkook pedirá um transporte apenas para ele andar sozinho se ele não quiser ir nessa coisa. Jimin não é um bebê chorão para não saber lidar com um passeio.
Ele sobe no assento atrás de Jungkook, feliz por haver pelo menos uma pequena parte de trás para sua bunda. Depois de descansar os pés nos apoios para os pés da moto, ele franze a testa quando Jungkook não faz nada por um momento longo o suficiente para Jimin perguntar:
— Por que não vamos?
— Porque você não está segurando nada.
Jimin olha para os dois lados de si mesmo, percebendo que há pequenas reentrâncias ao lado de seus quadris, aparentemente destinadas aos passageiros do banco traseiro para deslizar as palmas das mãos. Jimin testa para ter certeza de que está certo, acenando com a cabeça em aprovação quando seus dedos se dobram em torno de uma barra interna para ajudar a mantê-lo seguro.
— Você pode me segurar, você sabe. — Jungkook diz a ele.
Jimin intencionalmente mantém as mãos onde estão.
Jungkook apenas se acomoda em seu assento com a recusa, inclinando-se para frente para agarrar cada guidão.
O ponto de vista é um que Jimin nunca viu antes com ninguém. Ele não pode deixar de deslizar seu olhar pelos ombros largos de Jungkook antes de viajar até sua cintura estreita. É impossível que a frente dele não o toque, ou que os joelhos dobrados dele não estejam alinhados com os de Jungkook.
O aperto de Jimin na moto aumenta quando Jungkook começa, lenta mas seguramente saindo de sua vaga de estacionamento antes de ir para a saída da garagem.
Jimin não explorou o estacionamento desde que se mudou. Ele não tinha motivos para isso. Mas, como qualquer garagem na cidade, tem uma entrada e uma rampa de saída exclusivas para motociclista feitas para as rodovias exclusivas para motociclista que contornam os prédios de Nova Seul como um rio caudaloso. Construídas pelo menos cinco andares acima do solo, as estradas especiais são destinadas aos veículos menores para evitar o tráfego típico de transporte abaixo. Seu principal objetivo é a eficiência, mas para Jimin, nada mais é do que uma desculpa para dirigir rápido e de forma imprudente. Existem faixas diferentes para velocidades diferentes, o que de alguma forma mantém um registro de acidentes pouco frequentes, mas Jimin sempre prefere ficar preso em um transporte parado em um semáforo em vez de voar pela ciclovia. Ou, melhor ainda, ele apenas pega o metrô.
(A pista de moto fica no alto e a de carro embaixo, no chão por assim dizer. "Cidade moderna", moto tem sua própria pista)
Quando Jungkook entra na rampa de moto da garagem, Jimin agarra a moto com tanta força que tem certeza de que seus dedos ficaram brancos. Eles espiralam para cima, para cima e para cima, eventualmente quebrando na luz do dia ofuscante apenas mascarada pelo capacete colorido de Jimin para colocá-los em uma pista de fusão direta para a ciclovia.
Jungkook ganha velocidade e Jimin grita quando seu coração fica preso na garganta.
Foda-se isso. Ele coloca os braços em volta da cintura de Jungkook, agarrando-se a ele como um macaco enquanto eles voam sem problemas pela pista da direita. Jungkook deve pensar que isso lhe dá permissão para ir mais rápido, porque ele se funde à esquerda. O vento frio do inverno açoita os membros de Jimin, e ele quase engasga quando olha por engano para a estrada borrada abaixo de seus pés. Ele está prestes a gritar através de seu capacete para Jungkook diminuir a velocidade antes de ver o número digital na tela do console central da moto. Jungkook está bem dentro da faixa de limite de velocidade para esta faixa em particular, com base nos sinais luminosos suspensos sob os quais eles passam. Mas parece tão fodidamente rápido. Deve ser tão aparente para Jimin sem nenhuma porta ou teto para mantê-lo dentro.
Ele está segurando Jungkook forte o suficiente para que, se eles forem jogados para fora da moto, eles irem juntos. Por um momento, Jimin considera afrouxar seu aperto apenas um pouco, a caixa torácica de Jungkook está empurrando seus antebraços. Mas o pensamento evapora quando a ciclovia corta abruptamente uma seção de edifícios como uma linha ondulada.
Apesar da insanidade de tudo isso, Jimin mantém os olhos abertos durante todo o passeio. Por um lado, ele acha que é ainda pior não ver para onde está indo quando a moto está disparando pelas estradas tão ridiculamente rápido. Mas é meio bonito, ele decide. Ele viu muito de Nova Seul do chão e muito das histórias, mas nunca se moveu tão rapidamente como um personagem de um videogame. Azul brilhante chicoteia por ele enquanto eles passam por arranha-céus. Telas de anúncios piscando e hologramas pintando o mar de vidro está mudando as imagens de cor. Árvores germinadas plantadas em varandas pontilham o ar em fatias aleatórias de verde.
Jimin nem percebe que eles chegaram ao Grand Center até que começa a desacelerar visivelmente quando se aproxima da rampa de entrada correta.
Dez andares acima, o Grand Center é um dos principais centros comerciais da cidade. Seus sete andares ascendentes estão conectados entre dois edifícios por seu átrio central com jardim, que fica acima da rua abaixo. Jimin olha para a enorme estrutura abobadada com suas paredes de vidro antes de sua visão ser cortada enquanto Jungkook os leva para a garagem de concreto do shopping.
Os andares abaixo do primeiro andar do centro são inteiramente dedicados ao estacionamento das lojas e áreas públicas ao redor. A ciclovia se conecta imediatamente a um dos andares de estacionamento apenas para motos, e Jungkook tem que dirigir por um minuto antes de encontrar uma vaga vazia. Ele estaciona, sentando-se ereto e desligando a moto. Ele vai levantar os braços para tirar o capacete, mas de repente para para dizer:
— Você pode me soltar agora.
Jimin apressadamente afasta os braços, balançando-se para fora da bicicleta antes de tirar o capacete. Ele faz isso rápido o suficiente para vencer Jungkook. Limpando a garganta, Jimin usa uma mão para bagunçar seu cabelo. O outro segura o capacete e o usa para ver seu reflexo e ajustar a franja. Ele o devolve para Jungkook quando termina, e o homem prende seus capacetes na moto antes de seguirem para a entrada do centro.
— Admita. — Jungkook diz ao lado dele.
— Admitir o quê?
— Que não foi tão ruim.
— Eu pensei que você queria que eu fosse honesto com você. — Jimin responde, chegando antes de Jungkook no elevador. Uma vez lá dentro, ele diz: — Surpreendentemente, não sinto que vou vomitar depois disso, então vamos pegar comida primeiro.
Jungkook levanta uma sobrancelha para ele.
— Você ainda não comeu hoje?
— Eu comi. — Diz ele. — Mas não estou cheio, e a melhor maneira de experimentar roupas é quando você está inchado. Dessa forma, você saberá o que funciona melhor mesmo quando estiver se sentindo pior.
O átrio é principalmente comida, então Jimin os leva a uma lanchonete onde eles pedem um punhado de compartilháveis. Mesmo que o shopping tenha lojas de grife, suas opções gastronômicas variam de restaurantes cinco estrelas a carrinhos de comida baratos. O cardápio da lanchonete é o mais clássico possível, tteokbokki, bolo de peixe, kimbap, cachorros-quentes com queijo etc. O pedido deles fica pronto, e Jimin gesticula para Jungkook pegá-lo como um garçom enquanto ele os leva a uma mesa vazia ao lado da borda de uma das paredes curvas com janelas.
Eles se sentam cercados por plantas e flores delicadamente plantadas, espaçadas ao redor das mesas com bastante precisão. A duas mesas de distância, uma criança está pilotando um drone de brinquedo em volta da cabeça de sua mãe. Um casal pega colheres de sorvete gigantesco. Além das janelas grossas, a estrada principal abaixo mostra um cruzamento de oito pistas repleto de telas gigantes e empresas imponentes. Os pedestres percorrem as ruas em todas as direções, com os transportes deslizando lentamente pelo tráfego do meio-dia.
Jimin entusiasmadamente enfia um dos palitos em um bolo de arroz antes de levá-lo a boca.
— Teokbokki era seu lanche favorito quando criança? — Jungkook pergunta, dando uma mordida.
— Não é de todos?
— Sim, mas eu me pergunto se você era chato o suficiente para não ter um favorito mais interessante.
Jimin fica inexpressivo antes de responder:
— Hotteok. Eu poderia comer um todos os dias.
— Você gosta de doces?
— Até certo ponto. Eu gosto de doces quentes e suaves. — Jimin elabora, pegando seus pauzinhos para selecionar um pedaço carregado de kimbap de carne. — Eu não ligo muito para doces. Por que? Você está fazendo anotações para me surpreender com presentes relacionados a sobremesas?
Jungkook engole sua atual mordida de comida, respondendo:
— Eu poderia, se você quiser.
— O que você gostaria, Sr. Patrocinador? — Jimin pressiona, pensando que talvez se ele continuar pressionando por uma resposta, Jungkook um dia ficará cansado o suficiente para revelá-la a ele.
Jungkook apenas sorri.
— Que você não me chame de Sr. Patrocinador.
— E quanto a Homem Misterioso? — Jimin se pergunta, apoiando um cotovelo na superfície da mesa, seus pauzinhos na mão. — Olhos estrelados? — Jungkook dá a ele um olhar curioso para isso. — O que? Acho que são apelidos bastante precisos.
— Meu nome verdadeiro te ofende? Você parece relutante em usá-lo.
— Não. — Diz Jimin, pegando outro kimbap. — Mas considerando que você me chama pelo meu falso, posso muito bem ter um para você. Você ao menos sabe meu nome verdadeiro? Porque, apesar de nossa pequena situação de patrocínio, você parece bastante indiferente sobre.
— Claro que sei seu nome, Jimin.
Jimin pisca com o reconhecimento direto, deixando o uso de seu nome permear.
— Sim, não importa. — Ele estremece, enfiando o kimbap na boca. — Continue me chamando de Anjo.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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O que acharam desse capítulo? Será que Jimin com seu jeitinho irá derrubar o muro ao redor do coração de Jungkook? Veremos mais a frente.
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