11. Onze

╴╴╴╴╴╴╴╴╴╴ 
O BB é um serzinho maravilhoso. Vamos ver quem ele realmente é.
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶

Eles caminham até um café a duas ruas de distância que de alguma forma consegue parecer um jardim de palácio por dentro, apesar de sua localização escondida no 21º andar do prédio.

Jimin folheia o menu digital sobre o bar antes de pedir o latte de bordo com especiarias da estação, enquanto BB decide por um chá gelado de frutas vermelhas. Ele também pede uma fatia grossa de bolo de gergelim para compartilhar. Os dois se acomodam em cadeiras brancas curvadas em uma das muitas mesas, não tendo que esperar muito até que um servidor robótico deixe seus pedidos em uma bandeja elegante.

— Ora, obrigado. — BB diz profundamente ao robô com rodas, embora a máquina seja simplesmente uma caixa de fios. Ainda assim, a máquina tem inteligência interna suficiente para responder: “De nada”, antes de voltar para o bar para o próximo pedido. — Ajudantes são tão fofos. — BB diz, tirando as bebidas e a fatia de pão da bandeja. — Mas eu não acho que poderia ter um morando comigo. Não me importo de ouvir minhas conversas, mas sei que há pequenas câmeras naquela coisa me observando. As pessoas desmontaram os robôs para refutá-lo, sim, sim, mas eu não acredito nisso. Eles provavelmente estão trabalhando para o fabricante para nos convencer de que não há lentes nos ajudantes. Você tem um ajudante?
(Ajudante são os robôs)

— Não. — Diz Jimin, olhando casualmente para a máquina enquanto ela faz suas rondas. — Só os vi em lojas e restaurantes.

— O que faz todo o sentido, mas não na minha casa. Nuh-uh. — BB pega o canudo de metal do chá com dois dedos enquanto abaixa a cabeça para bebericar. Ele se mexe em seu assento com seu aparente sabor delicioso, sua boca se abrindo naquele famoso sorriso quadrado dele.

Jimin leva seu próprio café com leite à boca, o vapor aquecendo suas bochechas. A bebida é injustamente boa, uma mistura perfeita de café expresso forte com a quantidade certa de doçura com sabor. Ele imagina que voltará a este lugar novamente. Abaixando a xícara, ele pergunta:

— Você está bem com estranhos no Deca observando você pessoalmente, mas não com a chance de um Ajudante secretamente filmar você em seu sofá ou preparando o jantar?

BB ri disso, o som rico em seu tom mais baixo.

— A diferença é o consentimento. Além disso, eu não gostaria que os membros do Deca vissem como eu fico quando acordo de manhã. Meu cabelo é assim. — Ele passa os dedos pelo cabelo e levanta as mechas onduladas para que se espalhem em volta da cabeça como pontas soltas. Elas caem lindamente quando ele as solta. Jimin acha difícil acreditar que alguém como BB pareça nada menos que bonito sem esforço, mesmo depois de uma longa noite de sono. — Coma um pouco disso comigo. — BB pede, apontando para o pão de gergelim.

Ambos pegam os garfos fornecidos, desenterrando seus próprios pedaços do bolo com redemoinho preto e polvilhado com sementes. O bolo ainda está quente quando Jimin o morde, úmido e com sabor forte. Ele encontra os olhos de BB, e os dois acenam em aprovação.

— Sim, é isso. — BB resmunga, engolindo em seco. Ele imediatamente vai para um segundo pedaço.

O café com leite quente de Jimin combina bem com o bolo, apesar dos ingredientes diferentes. Ele está abaixando o copo de seus lábios quando BB diz com as bochechas mastigando.

— Eu sou Taehyung, a propósito. Kim Taehyung.

As mãos de Jimin permanecem em torno de seu copo com a admissão repentina. Ele não achava que Seokjin aconselhar ele a se sentir confortável com seus colegas artistas significava compartilhar suas identidades, pelo menos não imediatamente. Ele não vê mal em alguém como BB, Taehyung, saber seu nome verdadeiro, mas o pega desprevenido que BB revelou o seu próprio tão de repente. Na verdade, Taehyung deveria ser o único relutante em revelar seu nome a um novato desconhecido. Mas talvez a posição de Taehyung no Deca não o deixe preocupado se pessoas além da equipe descobrirem quem ele é.

Jimin lembra a si mesmo que os artistas do Deca são protegidos e cuidados, algo que ele nunca teve, não importa as promessas de seus ex-empregadores. Os antigos colegas de trabalho de Jimin em clubes de strip sabiam quem ele era, mas isso era apenas porque os clubes não eram tão secretos entre os funcionários. Aqui, no Deca, o Jimin tem escolha.

— Eu sou Park Jimin. — Ele diz a Taehyung.

— Park Jimin. — Tae repete, o nome soando tão doce em sua língua quanto o bolo. Ele aponta o garfo para Jimin, dizendo: — Como Anjo, combina com você. Jimin. É um nome bonito.

Jimin nunca pensou tão profundamente sobre seu nome de batismo. Ele acha que ouviu mais Anjo nos últimos anos do que o nome que sua mãe lhe deu. Anjo sempre teve um significado e uma identidade. Mas Jimin? Quando combinadas com o sobrenome de sua mãe, as três sílabas referem-se à sabedoria que alcança o céu. Anjos residindo no céu é uma coincidência, mas Jimin nunca se considerou sábio. Inteligente? Até certo ponto, mas inteligência não equivale a sabedoria. Ele definitivamente nunca considerou seu nome bonito.

Kim Taehyung é exatamente o que seu nome parece, mas ele dificilmente age como intimidador.

— Obrigado. — Jimin diz com sinceridade.

— Então, por onde você quer começar? — Taehyung pergunta, brincando com o canudo de sua bebida. — Podemos começar com você ou comigo, o que você preferir.

— Tipo, nossas histórias?

— Mm, como nossas jornadas profissionais e qualquer outra coisa que você queira saber sobre mim ou compartilhar. Você descobrirá rapidamente, Jimin-ah, que gosto muito de fazer amigos, e isso requer muita conversa.

Jimin encontra-se ainda mais relaxado com o uso informal de seu nome por Taehyung, acrescentando algo que ninguém mais se preocupa em usar. Seokjin usando ssi já foi uma surpresa agradável, mas Taehyung dando um passo adiante ao utilizar uma terminologia que costumava ser frequentada apenas por familiares ou amigos desperta algo quente no peito de Jimin.

— Bem, então, — Jimin diz, recostando-se na cadeira enquanto curva o canto da boca, — vá em frente e me conte tudo sobre você. Como você acabou na Decadentia?

Taehyung está emocionado por receber o aval, embora Jimin suspeite que Tae ficaria feliz em ouvir sobre a história de vida dele (JM) primeiro. Ele cruza os braços sobre a mesa, pressionando sua borda. Seu casaco roxo é atado com brilhos de azul e rosa, e as cores quase piscam sob as luzes brilhantes do teto do café.

— Quando eu era criança, — Taehyung começa, tão entusiasmado quanto qualquer grande contador de histórias. — eu sonhava em me tornar um ator. Eu sempre amei filmes, shows, vídeos da internet, o que você imaginar. Adorava a ideia de que os atores podiam fingir e se tornar pessoas totalmente diferentes. Eles podiam se vestir e se transformar em quem quisessem ser, com o produto final, algo criado com tantos detalhes que, por um momento, você acredita que o ator realmente entrou em qualquer mundo que tenha sido criado para eles. Mas não foi apenas o drama de interpretar os personagens, foi o conhecimento de que a atuação é feita na frente de uma câmera para o público. Se eu apenas adorasse atuar, poderia me divertir brincando de faz de conta no meu quarto. Não, eu queria que as pessoas me vissem. Eu queria me apresentar para um público para que eles pudessem não apenas testemunhar minha própria paixão e alegria, mas também receber alegria em troca. Meus pais sempre me apoiaram muito e me levaram a testes durante toda a minha infância. Eu estava em alguns anúncios, Play Pad, aquele tablet de aprendizado à prova de crianças; o cereal Berry Beans; a marca de roupas DongJuAhn.

— De jeito nenhum? — Jimin fica boquiaberto, cada uma dessas marcas sendo empresas de grande nome.

— Realmente.

— Vou procurá-lo assim que sair daqui, você sabe disso, certo?

Taehyung cantarola uma risada, jogando para frente uma mão tímida.

— Não chore muito quando fizer isso. Eu era um bebê naquela época.

— Sem promessas.

— Mesmo sendo jovem, sabia que não queria fazer anúncios para sempre. — Continua ele, pegando o garfo para cortar outro pedaço do bolo de gergelim. — Eu queria ser uma estrela, sabe? Mas não importa o quão bom eu era, alguém sempre era melhor. A indústria do cinema e da TV é difícil. Existem muitos indivíduos talentosos e não há papéis suficientes para todos. Agentes de elenco e diretores sempre me diziam que eu tinha a aparência e as habilidades, mas não conseguia nenhum papel. Consegui alguns shows de baixo custo, mas nada importante. Essas experiências ainda foram incríveis, não me interpretem mal. Eles foram tão divertidos e me ensinaram muito sobre estar em sets e como é realmente atuar em algo que não seja um anúncio ou um vídeo curto.

Ele continua.

— Naquela época, eu tinha dezenove anos, a propósito, uma empresa de filmes adultos me procurou interessada. Inicialmente, hesitei, porque definitivamente não era um caminho que eu havia considerado seguir, mas não sou de recusar uma oportunidade. Eu me encontrei com eles e os ouvi, depois fiz minha própria pesquisa e, finalmente, decidi aceitar a oferta deles.

— Bem desse jeito? — Jimin questiona, impressionado com sua surpresa. — Esse é um caminho bem diferente do que você pretendia.

— Mm, — Taehyung concorda, finalmente dando uma mordida no pão com o garfo. — Mas nunca me opus ao trabalho sexual. É uma indústria massiva com seus próprios encantos. Além disso, sempre gostei de um público, e a indústria do trabalho sexual tem um público bastante dedicado.

Essa é uma maneira de colocar isso, Jimin pensa. Ele não tem certeza de qual empresa escolheu Taehyung, e ele não vai perguntar a ele, mas há muitas empresas éticas de entretenimento por aí, especialmente quando suas estrelas de cinema são celebridades por direito próprio. Despir-se em um clube está longe de ser o trabalho meticuloso de filmar um filme com uma equipe e um roteiro, mas a maior diferença é que Jimin nunca trabalhou em um clube que trata seus artistas como estrelas elevadas.

— Eu trabalhei na indústria cinematográfica por cerca de um ano. — Diz Taehyung. — O que significa que fiz apenas alguns filmes. Eles foram feitos rapidamente. É um trabalho acelerado. Mas, pela cadeia de networking que existe naturalmente nesse tipo de trabalho, consegui saber sobre o Deca e como ela estava realizando suas audições anuais. É muito difícil saber das audições do Deca. É um milagre que de alguma forma eu tenha ouvido falar disso. Tenho certeza de que o lugar ficaria lotado se anunciasse publicamente quaisquer posições em aberto. Mas, eu ouvi falar disso e fiz o teste.

— Você estava procurando algo diferente de estar em filmes? — Jimin perguntou. — Você queria ficar na frente de uma câmera por tanto tempo.

— É verdade, mas aprendi que o público não precisa estar atrás de uma tela. Descobri que me apresentar para uma multidão ao vivo é o dobro da satisfação para mim. Pensar nisso foi o que me levou ao teste, e assim que soube de todas as vantagens que recebemos... bem, foi um negócio fechado. — Jimin bebe sua bebida, meio vazia agora enquanto Taehyung terminar de falar.

— Então, se você tinha dezenove anos quando se tornou uma estrela de cinema e depois entrou no Deca, você está no Deca há...? — Jimin pergunta.

— Três anos.

Jimin assobia baixo.

— Uau. Três anos? Não leve a mal, mas você já se preocupou com os membros se acostumando com você? As pessoas são inconstantes. Eles se cansam de nós facilmente.

Taehyung exala um sorriso simpático, caindo para trás em sua cadeira.

— No começo, eu me preocupava com isso, — Ele admite. — quando eu era um bebê aprendendo tudo, como você está agora, mas nossos membros são diferentes. Alguns deles vêm e vão, sim, mas a maioria é fiel, especialmente nossos patrocinadores. Somos mais para eles do que apenas alguns atores de palco para fantasiar. Eles se tornam verdadeiros fãs. Amigos também.

Jimin pensa na conversa que teve com seus colegas de quarto quando se mudou para os dormitórios, de Nuri, Kkuli e Jinju em particular discutindo o assunto dos patrocinadores. Eles mencionaram que BB tem um ao lado de Soonsu.

— Se seus patrocinadores parassem de te pagar você ainda seria amigo deles? — Jimin perguntou.

— Não. — Taehyung diz sem hesitação em sua resposta. É ainda mais destacado após a autoproclamação de Taehyung de gostar de fazer amigos. — Há sempre esse limite. Ter patrocinador é uma relação complicada, mas o fato é que os patrocinadores sabem disso. Eles sabem que não somos seus parceiros de verdade, que não pertencemos a eles. Muitos deles são casados, então não é como se eles não tivessem alguém para eles nesse sentido. E eu não posso chafurdar na moralidade desses patrocinadores serem casados ​​se for o caso em que seu outro significativo não tem conhecimento de suas atividades externas. — Taehyung explica com um encolher de ombros. — Estou apenas fazendo meu trabalho e são os membros que estão optando por pagar meu salário.

Metade dos clientes para os quais Jimin se despiu usava alianças de casamento. Nunca foi da conta dele.

— Quantos patrocinadores você tem? — Jimin pergunta. Ele rapidamente acrescenta: — Se você não se importa em me dizer.

— De jeito nenhum! — Taehyung exclama, como se estivesse ofendido por Jimin se preocupar com a curiosidade. — É por isso que estou aqui. Então, atualmente? Cinco. Limito-o a cinco.

— Atualmente?

— Sim, sem contar aqueles que me dão gorjeta uma vez para fazer um único pedido. Patrocinadores ativos são aqueles que estão me apoiando no momento, seja me dando gorjeta consistentemente toda semana ou comprando algo da minha lista de desejos toda semana. Se eu não colocasse um número máximo, teria mais patrocinadores do que poderia atender. Meu tempo livre não é indefinido. Além disso, tenho Hoba para priorizar.

— Hoba?

Taehyung solta um suspiro sonhador ao ouvir o nome.

— Meu lindo patrocinador principal, Jung Hoseok. Ele fornece minha casa, bem, minha casa e a de Soonsu. Dividimos um apartamento. Hoba adora nós dois, então ele só precisava de um conjunto embalado para nós. Eu não posso reclamar, eu amo Soonsu, meu pequeno bolinho.

Jimin reprime uma risada automática com o carinho. Ele conheceu Soonsu apenas uma vez, mas se lembra o suficiente de seu rosto pálido para considerar que o homem com olhos de gato poderia, de fato, se parecer com um bolinho de massa.

— Então, seu principal patrocinador é aquele que paga pela sua casa. — Jimin imagina.

— Normalmente, sim. Eles também são o patrocinador com quem você passa mais tempo. Eles têm uma reivindicação maior sobre você do que os outros. Claro, — Taehyung diz, sentando-se para sua bebida, — você está no controle total de como você lida com seus patrocinadores. Isso é o que há de tão maravilhoso no sistema do Deca. Você pode escolher quantos patrocinadores deseja, aceitar quem deseja e fazer seus próprios termos com aqueles que espera. Claro, existem expectativas não ditas. Mas deveria haver. Se você aceitar um patrocinador, seria de mau gosto não satisfazer os seus desejos se ele estiver apoiando você. E se continuar negando patrocinadores, isso reflete mal no Deca. Artistas anteriores foram demitidos por causa de conduta mesquinha com patrocinadores. Mas não se preocupe muito com isso. Como um bebê, Jimin, não se espera que você se apresse em lidar com patrocinadores no momento em que estrear.

É estranho estar sentado com Taehyung em um local público discutindo sua linha de trabalho dentro de um café normal. A maioria das pessoas ao seu redor provavelmente hesitaria se ouvissem. No entanto, a maioria das pessoas é atraída pelo sexo, seja em apoio ou oposição, e Jimin sabe que a maioria das pessoas que hesitariam ainda seriam vítimas de sua curiosidade se por acaso se encontrassem dentro do showroom da Decadentia. Ainda assim, Jimin não costuma anunciar sua profissão. Mas ele não acha que Taehyung se importa tanto assim.

— Você e Jung Hoseok são... próximos?

— Muito. — Taehyung responde, a evidência da verdade em seu tom terno. — Eu adoro ele. Eu disse a ele que se nos conhecêssemos em outras circunstâncias, eu teria me apaixonado completamente por ele.

A resposta pega Jimin desprevenido.

— Você não está agora?

Algo melancólico, mas definido, marca as feições de Taehyung.

— Eu o amo, sim, mas não romanticamente. É como eu amo Soonsu como meu colega de trabalho, como meu parceiro de Hoba e como meu amigo. Eu amo Hoba no contexto de quem ele é para mim. Hoba… — Taehyung respira longamente, os olhos caindo na superfície da mesa. — Ele se preocupa profundamente conosco, mas sabe o que é isso. Como expliquei anteriormente, os membros da Deca não seriam membros se esperassem algo diferente do que estão pagando. Nem todos conseguem se controlar e, no momento em que demonstram um apego perigoso, o patrocínio acaba. Se eles lutarem, não poderão patrocinar ninguém. Se agirem mais, são banidos do Deca. Hoba não passa dos limites, nem eu.

— Como você faz isso? — Jimin fica confuso. — Não é difícil? Negar seu coração?

A maneira como Taehyung fala de Jung Hoseok soa como um conto de fadas tornado realidade, mas a realidade de seu relacionamento é tudo menos isso. A determinação de Taehyung é admirável, mas desconcertante. Jimin não tem certeza se poderia se apaixonar tão completamente por uma pessoa enquanto a mantém à distância. É bom que ele não considere ninguém chamado de cliente, assinante ou membro da audiência como um interesse amoroso em potencial. Ele não planeja chegar tão perto de um patrocinador, não importa o quanto eles os mimem.

— Não estou negando meu coração se estou agindo com meu cérebro. — Diz Taehyung. — Eu não posso me deixar ir por esse caminho. Esse é outro motivo para um artista sair do Deca, porque se apaixona por um patrocinador. Isso compromete o trabalho deles. Como eles podem trabalhar de forma justa se têm sentimentos pessoais por um membro? Seu lugar precisava ser preenchido por causa da última pessoa que o ocupou.

— Kkuli me contou sobre isso. Haru, certo?

Taehyung levanta um meio sorriso.

— Sim. Horu. Ele e seu patrocinador se apaixonaram, o que todos previmos, para ser honesto. Ele renunciou antes que Deca pudesse deixá-lo ir. O casal mudou-se para Paris, onde se casaram. Foi muito romântico, a coisa toda. Eu teria ido ao casamento deles se eles tivessem um, mas eles apenas conseguiram algum juiz para fazê-lo discretamente. Quem vai a Paris e não tem um casamento de conto de fadas com a Torre Eiffel como pano de fundo? Que desperdício.

Jimin levanta o garfo e brinca com o bolo de gergelim, perguntando:

— Algo assim é comum? Não Paris, mas a saída para ficar com um patrocinador.

Taehyung leva seu chá gelado aos lábios para beber uma vez antes de responder.

— Na verdade. Todos nós tendemos a nos manter sob controle. Nós gostamos deste trabalho. Mas, como você pode ver, há um ponto final para algumas pessoas, e tudo bem. O Deca não sai mal de ninguém, a não ser que, sei lá, se tentarem difamar o negócio, roubar ou algo assim. Se você acabar ficando aqui permanentemente, mas depois decidir que quer seguir em frente em um ano, pode sair sem ressentimentos.

Jimin acena com a cabeça em lembrança, murmurando:

— Certo. Li sobre isso no contrato. Bem, você está aqui há três anos. Quanto tempo mais você se vê ficando aqui?

Taehyung torce a boca com um pensamento repentino, como se nunca tivesse pensado nisso antes.

— Honestamente? Não sei. Se você ainda não percebeu, o artista mais velho tem trinta e poucos anos, então não há longevidade. Talvez eu fique até meu rosto enrugar, ou talvez eu vá embora porque decido que quero trocar as madrugadas e a manutenção do corpo por dias preguiçosos e uma barriga de cerveja. Mas ainda gosto de me apresentar no Deca, então por enquanto vou ficar. Além disso, de alguma maneira, meu desejo sexual ainda está impressionantemente estável, então é isso.

Jimin bufa uma risada.

— Sim, isso pode se tornar uma preocupação se isso mudar.

Taehyung ostenta um sorriso largo, pressionando a mesa para dizer:

— Ainda bem que gosto de exibicionismo. — Ele cai para trás em sua cadeira, cruzando as mangas de seu casaco extravagante. — E você, anjo? Como você veio parar aqui? Já ouvi dizer que você fez striper e que nem fez um teste. Isso é impressionante.

Jimin circula a ponta de seu dedo sobre o contorno de seu copo.

— Seokjin te contou isso?

— Kkuli. — Quando Jimin ri, Taehyung acrescenta: — Você aprenderá rapidamente que Kkuli é nosso fofoqueiro residente.

— Eu já estou aprendendo. — Jimin ri.

Enquanto suas risadas diminuem, Taehyung espera ansiosamente que Jimin comece. Jimin puxa a mão para trás, descansando ambas em seu colo enquanto reúne um ponto de partida. Ele percebe que não sente escrúpulos em compartilhar seu passado com Taehyung. Ele não divulga seu drama familiar, mas Taehyung escuta atentamente enquanto ele conta como sua carreira de striptease se desenrolou até chegar ao Deca agora. Quanto mais eles conversam, mais Jimin relaxa, e quando eles se despedem, Jimin determina que Kim Taehyung poderá facilmente se tornar um de seus amigos mais novos e próximos.

  
  
 
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
──── ──────── ────
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶

Acertaram sobre BB? BB é Taehyung e Hoseok seu patrocinador e também de Soonsu. Que já é bem óbvio quem é. Já que os três são uma coisa...

Espero que esteja gostando porque eu estou amando traduzir ela para vocês.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top